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SUMÀRIO 1 PARTE I – Tijolo e bloco para vedação alvenaria de vedação: material cerâmico 6 PARTE II – Tijolo e bloco para vedação alvenaria de vedação: Tijolo maciço de solo- cimento. 20 PARTE III – Tijolo maciço de materiais alternativos para vedação 23 Parte IV – Formas de assentamento do bloco e tijolos para alvenaria de vedação 28 PARTE V – Tijolo e blocos para piso – Plaquetas 31 PARTE VI – Tijolo e blocos para piso – Bloco intertravado 33 PARTE VII – Tijolo e blocos para piso – Ladrilhos Hidráulicos 38 Tijolo modular de barro cozido Tijolo cujas medidas são determinadas para ocupar um espaço modular. 45 BIBLIOGRAFIA Definições Definições ABNT. 1. Objetivos: O levantamento tem por objetivo: informar aos fabricantes de blocos de alvenaria de vedação e blocos para assentamento sobre a adequação das normas nacionais de fabricação destes produtos; informar sobre a oferta de material no mercado nacional; mostrar a variedade de produtos disponível no mercado internacional; fornecer subsídios para a indústria nacional melhorar continuamente a qualidade de seus produtos. 2. Introdução: O setor produtivo de artefatos de cimento é composto por cerca de 2.500 (duas mil e quinhentas) empresas legalmente registradas, que respondem por uma produção mensal de 50 (cinqüenta) milhões de peças, segundo dados fornecidos pelo SINAPROCIM - Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos de Cimento (apud INMETRO). O comércio informal também se faz presente através de um número representativo de empresas que trabalham à margem da norma. O sindicato estima que este número, encontra-se em torno de 1.000 (mil) fornecedores que comercializam produtos financeiramente mais atrativos, por não pagarem impostos. Segundo o SINAPROCIM, o principal problema que o setor enfrenta é a incidência da não conformidade praticada intencionalmente, não só por fabricantes, mas também pelas empreiteiras que fabricam seus próprios blocos dentro dos canteiros de obras, não respeitando critérios básicos que garantam a mínima eficiência do produto como, por exemplo, o tempo de "cura", ou secagem, do cimento usado na fabricação do produto. Os principais pólos produtores brasileiros de artefatos de cimento são: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Minas Gerais e Pernambuco. Para se ter uma idéia da representatividade desses estados, apenas a produção do estado de São Paulo corresponde a cerca de 60% (sessenta por cento) da produção nacional, empregando cerca de 70 mil trabalhadores no segmento e com faturamento que, em 1998, ultrapassou 1 bilhão de reais. De acordo com o gráfico 1, podemos visualizar a estratificação da produção nacional de blocos de concreto em termos das características técnicas do produto e, conseqüentemente, ao fim a que se destina na construção. Gráfico 1. Estratificação da produção nacional de blocos de concreto. Fonte: INMETRO. Blocos de Vedação: destinam-se ao fechamento de vãos de prédios; Blocos Aparentes ou Arquitetônicos: função decorativa; Blocos Estruturais: permitem que as instalações elétricas e hidráulicas fiquem embutidas já na fase de levantamento da obra. Outro dado interessante é que o setor de blocos de concreto foi um dos 15 (quinze) da área da construção civil que aderiu, por iniciativa própria, ao Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade - PBQP, quando do relançamento do Programa e das Metas Mobilizadoras Nacionais - MMN, em 1998, comprometendo-se, através da apresentação de um programa setorial da qualidade, buscar atingir a meta definida para a área da habitação: "elevar até 90%, até o ano 2002, o percentual médio de conformidade com as normas técnicas dos produtos que compõem a cesta básica de materiais de construção". De acordo com a Secretaria de Política Urbana, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano da Presidência da República, responsável pela coordenação da Meta da Habitação, a adesão voluntária de fabricantes de materiais de construção, de empresas de projetos e da indústria da construção civil permite a evolução contínua da qualidade de seus produtos e serviços que, aliada à redução dos custos de fabricação, possibilita o aumento progressivo da construção de habitações para as populações de baixa renda. A Associação Brasileira de Cimento Portland - ABCP faz concessão de selos de qualidade como uma garantia de que os produtos oferecidos atendem às normas técnicas recomendadas pela ABNT ou órgão similar de normalização técnica. O fabricante adere ao programa de qualidade de forma voluntária para obter o selo de um produto, técnicos da ABCP inspecionam a fábrica, coletam amostras do produto e realizam ensaios, com a aprovação das amostras foram aprovadas, a empresa recebe o selo, mas a empresa continua sob avaliação. No caso de não conformidade das amostras a ABCP concede apoio técnico para o fabricante . Até maio de 2004, 71 produtos de 32 empresas já haviam recebido selos da ABCP. Três selos de qualidade são concedidos a produtos à base de cimento: cimento, blocos de concreto para alvenaria e pavimentação e tubos de concreto para águas pluviais e esgoto sanitário. A cerca de três anos o número de empresas que procuram certificação vem aumentando rapidamente. Ainda existem outras 45 empresas em processo de certificação, para um total de 97 produtos diferentes. A tendência do mercado é exigir a certificação dos produtos, como já pode ser observado no caso de licitações que tem como pré-requisito produtos certificados, o que garante que os produtos excedem as exigências das normas. PARTE I – Tijolo e bloco para vedação alvenaria de vedação: material cerâmico Os blocos de vedação são aqueles destinados à execução de paredes que suportarão o peso próprio e pequenas cargas de ocupação (armários, pias, lavatórios) e geralmente são utilizados com os furos na posição horizontal. Figura 1. Exemplo de tijolo furado e maciço. O mercado nacional apresenta hoje uma enorme gama de materiais para esta finalidade, com dimensões, coloração e propriedades mecânicas, que variam de acordo com o fabricante. Tipo Medida (cm) Peças por m2 Peso (Kg) Bloco cerâmico 11,5x14x24 26 2,30 Bloco cerâmico 11,5x19x24 20 3,30 Bloco cerâmico 11,5x19x29 16 4,00 Bloco cerâmico 11,5x19x39 12 5,80 Bloco cerâmico 14x19x24 20 3,80 Bloco cerâmico 14x19x29 16 4,70 Bloco cerâmico 14x19x39 12 6,60 Bloco cerâmico 19x19x29 16 6,90 Bloco cerâmico 19x19x39 12 9,00 Tijolo aparente 5,5x11,5x22 67 2,00 Tijolo comum maciço 4,5x9x19 90 1,10 Tabela 1. Dimensões das cerâmicas fornecidas pela Cerâmica e Olaria ABCD. Fonte: CERÂMICA E OLARIA ABCD De acordo com a Companhia Estadual de Obras Públicas – CEHOP, as dimensões destes elementos pode apresentar a seguinte variação: Tipo Medida (cm) Bloco cerâmico 6 furos 9x13x18 Bloco cerâmico 11,5x19x24 Bloco cerâmico 8 furos 9x19x26 Tijolo comum maciço 4 x9x17 Tabela 2. Dimensões de blocos cerâmicos de acordo com CEHOP. Fonte: CEHOP No entanto como podemos observar nas tabelas 3, 4 e 5, a possibilidade de escolha de materiais de acordo com suas dimensões é muito grande. Tipo Medida (cm) Tijolo cerâmico de 2 furos 5,5x11x24 Tijolo cerâmico 10x15x19 Tijolo cerâmico 10x15x19 Tijolo cerâmico á vista 4 furos Tijolo maciço 5x9x20 Tabela 3. Dimensões de cerâmica a venda Fonte: Garbado materiais de construção . Tipo Medida (cm) Peças por m2 Peso (Kg) Bloco cerâmico 8furos 9x19x19 27 2,20 Bloco cerâmico 9 furos 11,5x14x24 28 2,30 Tijolo comum maciço 4,5x9x20,5 51 2,00 Tabela 4. Dimensões de blocos cerâmicos. Fonte: TIJOLO MAX TIJOLO. Tijolo maciço Medida (cm) Fabricante/Revendedor Tijolão mesclado 12x7x26 Cerâmica Forte Tijolo caju 15x5x22 Cerâmica Forte Tijolo gigante 17x9x35 A Padroeira Tijolo Colonial 13x7x29 Spina Tijolo aparente palha 10,5x5x23 Spina Tijolo comum salmão 9x4x18 Cerâmica Forte Tijolo aparente 10,5x5x23 Cia das Telhas Aparente vermelho 10,5x5x23 Spina Tijolo aparente Salmão 10,5x5x23 Spina Tijolo aparente mesclado 10,5x5x23 Spina Tabela 5. Outras dimensões comerciais de blocos e tijolos. Fonte: Revista Arquitetura e Construção setembro de 2004. No exterior assim como no Brasil a oferta de produtos é grande, só uma empresa Inglesa (Baggeridge Brick), possui 10 opções de dimensões para blocos de maciços de vedação: Medida (cm) 19x9x9x 20x10x5,2 21,5x14x6,5 21,5x10,25x5 21,5x10,25x5,2 21,5x10,25x7,3 21,5x10,25x8 23,3x11,25x80 24x11,5x5,2 24x11,5x7,1 Tabela 6. Dimensões dos tijolos maciços da empresa Baggeridge Brick. Fonte: Baggeridge Brick. Coloração Além da diversidade de dimensões, peso e resistência dos tijolos disponíveis no mercado outra característica também bastante diversificada é a coloração. Devido à variedade de matéria prima existente no bloco cerâmico, cada olaria produz um tijolo com características próprias dificilmente iguais à de outra olaria. Figura 2. Exemplo de diferença de coloração de tijolos. Fonte: Revista Arquitetura e Construção, setembro de 2004. No mercado exterior a oferta de cores também é grande, e como a coloração é adquirida por processos químicos e não só baseada em matérias primas naturais é possível escolher o produto pela cor com pequenas alterações das características físicas e mecânicas. Figura 3. Exemplo de coloração de tijolos da empresa Baggeridge Brick . Fonte: Baggeridge Brick. Normas NBR 5711, de 1982: Tijolo modular de barro cozido. A norma objetiva padronizar os tijolos modulares a serem empregados na construção modular. O tijolo modular, tijolo com dimensões determinadas para ocupar espaços modulados, deve ter largura, comprimento e altura que se enquadre nas medidas apresentadas na tabela 11 e 12. Comprimento (cm) Largura (cm) Altura (cm) 20 10 10 20 10 20 30 10 20 Tabela 7. Medida modular para tijolos furados de barro cozido. Comprimento (cm) Largura (cm) Altura (cm) 20 10 8 10 10 8 Tabela 8. Medida modular para tijolos furados de barro cozido, onde a altura só preenche o espaço modular a cada cinco fiadas. A norma admite uma tolerância para uma medida de +- 3 mm para cada uma das medidas. NBR 7170, de junho de 1983: Bloco Cerâmico para Alvenaria: Especificação. A norma fixa as condições para recebimento de tijolos maciços cerâmicos destinados a obras de alvenaria. A norma determina que os blocos devem apresentar identificação do fabricante sem que prejudique seu uso. O fornecimento deve ser em lotes ou sub lotes, com tijolos de mesma qualidade, essencialmente fabricados nas mesmas condições. Devem ser vendidos em milheiros. Os tijolos são classificados em comuns e especiais. Os comuns de uso corrente recebem a classificação A, B e C de acordo com sua resistência à compressão, conforme tabela 13. Os tijolos especiais são tijolos fabricados em formatos e especificações acordados entre as partes. Categoria Resistência à compressão (Mpa) A 1,5 B 2,5 C 4,0 Tabela 9.Classificação dos tijolos comuns quanto a resistência à compressão. Os tijolos não podem apresentar defeitos como trincas, quebras, superfícies irregulares, deformações e desuniformidade na cor. A forma dos tijolos comuns devem ser em forma de paralelepípedo retângulo tendo sua dimensões nominais recomendadas na tabela 16. Comprimento (mm) Largura (mm) Altura (mm) 190 90 57 190 90 90 Tabela 10. Recomendação de dimensão nominal de tijolos comuns de acordo com a NBR 7170/1983. NBR 6461, de junho de 1983: Bloco Cerâmico para Alvenaria – Verificação da Resistência à Compressão: Método de Ensaio. NBR 8041, de 1983: Tijolos maciços cerâmicos para alvenaria – formas e dimensões. Esta norma padroniza dimensões para tijolos maciços cerâmicos a serem utilizados em alvenaria. As dimensões dos tijolos comuns são as mesmas apresentadas na norma NBR 71790/1983. A tolerância aceita pela norma é de 3 mm para mais ou para menos , nas três dimensões no caso de tijolo comum, no caso de tijolo especial as tolerâncias devem ser determinadas por acordo entre fabricante e consumidor. NBR 8042 de novembro de 1992: Bloco cerâmico para alvenaria – Formas e dimensões. A norma padroniza as formas e dimensões de blocos cerâmicos a serem utilizados em alvenaria com função estrutural. Os blocos cerâmicos podem ser de vedação e estruturais, classificados como comuns e especiais conforme visto na NBR 5711. NBR 8545, de 1984: Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos. Portaria INMETRO nº 152, de 08 de setembro de 1998: estabelece as condições para comercialização dos blocos cerâmicos para alvenaria (dimensões e marcações) e a metodologia para execução do exame de verificação da conformidade metrológica dos mesmos. Por esta portaria os blocos cerâmicos devem ter gravadas, em alto ou baixo relevo, em uma das suas faces externas, as seguintes informações de caráter obrigatório: As dimensões nominais em centímetros, nesta ordem: largura (L), altura (H) e comprimento (C), sempre de forma bem visível O nome e/ou marca que identifique o fabricante A obrigatoriedade da presença dessas informações se deve à sua relevância e é mais uma garantia para os consumidores no caso de reclamações, pois facilita a identificação do produto e a do seu fabricante. NBR 7171, de novembro de 1992: Bloco Cerâmico para Alvenaria: Especificação. Regulamenta requisitos mínimos de resistência a compressão, absorção de água e características geométricas, como pode ser observado nas tabelas abaixo. Para testar o percentual de absorção de água primeiro determina-se a massa do bloco cerâmico após ter sido colocada em estufa para secagem. Feito isso, mergulha-se a amostra em água, deixando-a submersa por um determinado período de tempo. Desta vez, mede-se a massa do bloco úmido. Através da diferença entre os dois valores encontrados, obtém-se o percentual de água absorvido pela amostra. Ensaios Absorção de Água Resistência à Compressão Mínima Requisitos maior que 8% menor que 25% Classe 10 1,0 Mpa Classe 15 1,5 Mpa Classe 25 2,5 Mpa Classe 45 4,5 Mpa Classe 60 6,0 Mpa Classe 70 7,0 Mpa Classe 100 10,0 Mpa Tabela 11. Características Físicas e Mecânicas determinadas pela NBR 7171. Formas Requisitos Desvio em Relação ao Esquadro (D) £ 3mm Planeza das Faces / Flecha (F) £ 3mm Espessura das Paredes Externas £ 7mm 4.001 a 10.000 80 Tabela 12. Características Geométricas, segundo NBR 7171. A norma brasileira estabelece 07 (sete) classes de resistência à compressão. Essa resistência é determinada a partir dos resultados obtidos pelas amostras durante o ensaio ou em função da informação prestada pelo fabricante. No caso de blocos cerâmicos com largura (L) inferior a 90mm, a resistência mínima à compressão exigida é de 2,5MPa.Independentemente da classificação, todas as amostras de blocos cerâmicos têm de atender ao requisito mínimo de 1,0 MPa. Procedimento Português de certificação. Realizado de acordo com legislação e sistema de certificação: · decreto-lei N.º 304/90 relativo à certificação dos materiais cerâmicos de construção. · Directiva 106/89/CEE relativa aos produtos da construção. A certificação de tijolos cerâmicos é efetuada pelo CTCV-OCS segundo o procedimento n.º 4.1.121/OCS, sendo aplicado o sistema n.º 3 - Exame de tipo, (Directiva CNQ 5/94) seguido de posterior acompanhamento através de ensaios a amostras colhidas na fábrica. Para além dos ensaios de acompanhamento, o CTCV-OCS poderá solicitar a realização de ensaios extraordinários para verificação da conformidade, podendo o certificado ser suspenso caso se verifiquem não conformidades. O certificado tem a validade de 1 ano, sendo renovado após a realização dos respectivos Norma Especificação Norma de Ensaio Ensaios Requisitos da Norma NP 80 NP 80 Características Gerais Identificação Boa aparência Sonoridade NP 80 Resistência à compressão Ver quadro das classes de compressão NP 80 Eflorescências Máximo 5 cm2 NP 80 Sais solúveis Máximo 0,5% NP 834 NP 834 Formatos Ver quadro dos formatos Pr EN 771-1 Tolerâncias dimensionais (*) ± 0,4 Ö d NP 834 Deformação <= 5 mm NP 80 NP 80 Coeficiente de saturação (**) Ver quadro (*)Avaliação alternativa no caso de formatos que não se enquadrem na norma NP 834. (**) Ensaio complementar para tijolo de face à vista. Tabela 13. Relação de normas portuguesas. Fonte: Certificação de Tijolos. Designação Comprimento Largura Altura nominal (mm) tolerância (mm) nominal (mm) tolerância (mm) nominal (mm) tolerância (mm) 22x11x7 220 ± 6 107 30x20x7 295 ± 7 70 30x20x11 295 ± 7 110 30x20x15 295 ± 7 150 Tabela 14. Dimensões normalizadas para tijolo NP 834. Fonte: Certificação de Tijolos. Critérios Classificação Absorção de água fervente B <7.0% ou Coeficiente de saturação A/B < 0.60 ou Resistência à compressão > 490gf/cm2 ou B + 100 A/B<72 Durável (1) Sob severas exposições (DSE) 72 < B + 100 A/B < 93 Durável (2) Sob exposições normais (DEN) B + 100 A/B<93 Não Durável (3) ao gelo (NDG) Tabela 15. Classificação da durabilidade de tijolos de face à vista quando sujeitos a temperaturas inferiores a 0°C NP 80. Fonte: Certificação de Tijolos. 1) Severa exposição é aquela na qual os tijolos podem estar sujeitos a acções do gelo enquanto saturados ou quase. (2) Exposição normal é aquela em que os tijolos podem ainda estar sujeitos à acção do gelo, sendo improvável, entretanto, que seja elevado o seu grau de saturação quando tal suceda. (3) Não aconselhável para zonas onde possa ocorrer condições para a formação de gelo. Os tijolos cerâmicos serão abrangidos, a curto prazo, pelas normas europeias actualmente em elaboração pelo CEN TC/125: Normas Européias para projeto em tijolo: pr EN 771-1, Especificações para Elementos de Alvenaria. Elementos cerâmicos para alvenaria. Parte 1 - Tijolos cerâmicos pr EN 772, Método de Ensaio para Unidades de Alvenaria. Parte 1 - Determinação da resistência à compressão; Parte 3 - Determinação do volume absoluto e da percentagem de furação em elementos cerâmicos de alvenaria por pesagem hidrostática; Parte 5 - Determinação do conteúdo de sais solúveis em elementos cerâmicos de alvenaria; Parte 7 - Determinação da absorção de água em elementos cerâmicos de alvenaria, com água fervente; Parte 9 - Determinação do volume de ocos e do volume absoluto de elementos cerâmicos de alvenaria por enchimento com areia; Parte 9 - Determinação do volume de ocos e do volume absoluto de elementos cerâmicos de alvenaria por enchimento com areia; Parte 11 - Determinação da absorção de água, devido à ação capilar, em elementos cerâmicos de alvenaria; Parte 13 - Determinação da massa volúmica absoluta seca e da massa volúmica aparente seca, em elementos cerâmicos de alvenaria; Parte 16 - Determinação de formatos e dimensões; Parte 19 - Determinação da estabilidade dimensional de elementos cerâmicos de grandes formatos; Parte 20 - Determinação da planaridade das faces e da perpendicularidade das arestas e dos ângulos; Parte 22 - Determinação da resistência ao gelo de elementos cerâmicos de alvenaria. pr EN 1745, Métodos para determinação de propriedades térmicas declaradas em elementos de alvenaria. Verificação do INMETRO A grande diversidade de produtos, tanto de dimensão, coloração, características de resistência mecânica, ocorre não por falta de normalização, mas por falta de organização do setor, o que faz com que os produtos a venda no mercado não satisfaçam as exigências das normas existentes, ficando assim fora da conformidade técnica intencional. Apesar dos grandes esforços que sendo feito neste sentido, com sistemas de certificação, testes realizados pelo INMETRO e empenho da Secretaria Executiva do Comitê Nacional de Desenvolvimento Tecnológico da Habitação. De acordo com dados da, de julho de 1998, o percentual médio de não conformidade dos materiais e componentes da construção civil habitacional está em torno de 40%. Lembrando que a Meta Mobilizadora Nacional voltada para a área da Habitação é elevar para 90%, até o ano 2002, o percentual médio de conformidade com as normas técnicas dos produtos que compõem a cesta básica de materiais de construção. Por esse motivo o INMETRO com o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade – PBQP, através de um esforço que integra o governo, o setor produtivo e a sociedade, vem analisando produtos, priorizando aqueles de consumo intensivo e extensivo pela sociedade e que estejam relacionados a questões que envolvam a segurança e a saúde dos consumidores e o meio ambiente. A análise de conformidade realizada pelo INMETRO em materiais de construção tem como um de seus objetivos principais fornecer informações que poderão orientar os consumidores e os programas setoriais da qualidade existentes, obtendo-se resultados mais imediatos e um engajamento maior das partes envolvidas. Os ensaios foram realizados pelo Laboratório de Tecnologia de Materiais e Produtos para Construção Civil da empresa CONCREMAT Engenharia e Tecnologia S/A, integrante da Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaios – RBLE e referência em atividades de controle da qualidade em construção civil. Os ensaios que verificaram as dimensões das amostras (largura, altura e comprimento) e a presença das marcações exigidas pela Portaria INMETRO foram realizados pelas equipes de fiscalização dos órgãos da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade - RBMLQ dos estados nos quais as amostras foram adquiridas (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina). A análise foi precedida de uma pesquisa de mercado realizada em 11 (onze) Estados: Pará, Rondônia, Goiás, Bahia, Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, e identificou 152 (cento e cinqüenta e dois) diferentes fornecedores do produto. Segundo dados da ANICER, Associação Nacional da Indústria Cerâmica, entidade que congrega os fabricantes do setor, o setor cerâmico no Brasil é composto por mais de 11.000 (onze mil) indústrias cerâmicas de pequeno, médio e grande porte, apresentando uma grande dispersão geográfica. Foram compradas 80 (oitenta) unidades de cada uma das marcas de Bloco Cerâmico selecionadas, para que fossem submetidas aos ensaios de conformidade descritosna norma brasileira que verificaram as seguintes características do produto: características físicas e mecêncicas, características geométricas, verificação das marcações e dimensões. Gráfico 2. Resultados dos ensaios realizados pelo INMETRO. Fonte: INMETRO. De acordo com análise dos resultados obtidos, o INMETRO conclui que a tendência da qualidade dos blocos cerâmicos existentes no mercado é não atenderem aos parâmetros vigentes, tanto no que se refere aos requisitos estabelecidos pela norma brasileira, quanto aos relacionados à Portaria INMETRO para verificação da conformidade metrológica para produtos desta natureza. Das 12 (doze) marcas analisadas, 11 (onze) foram consideradas não conformes, ou seja, cerca de 92% (noventa e dois por cento) das marcas analisadas apresentaram irregularidades em relação a, pelo menos, uma das características verificadas. PARTE II – Tijolo e bloco para vedação alvenaria de vedação: Tijolo maciço de solo- cimento. O solo-cimento é conhecido como um material alternativo, com baixo custo, que é utilizado na construção desde os tempos da construção da muralha da China, por volta de 200a.c. Composto por solo, cimento e um pouco de água, que deve ser prensado e dispensa a queima. O solo ideal a ser utilizado nesta mistura é constituído por 50% a 70% de areia e o restante de argila. Normas NBR – 12024: Solo-cimento – moldagem e cura de corpos de prova cilíndricos. Rio de Janeiro. 1990. NBR – 12025: Ensaio de compressão simples de corpos de prova cilíndricos. Rio de Janeiro. 1990. NBR – 8491, de abril de 1984: Tijolo maciço de solo-cimento, especificação. A norma fixa as condições exigíveis no recebimento de tijolos maciços, destinados a execução de alvenarias. O cimento Portland utilizado na fabricação destes tijolos deve atender as normas NBR 5732, NBR 5733, NBR 5735 e NBR 5736. O solo não deve apresentar matéria orgânica em teores prejudiciais às características exigíveis pela norma. A água deve ser isenta de impurezas nocivas à hidratação do cimento. Designação Comprimento Largura Altura Tipo I 20 9,5 5 Tipo II 23 11 5 Tabela 16. Dimensões nominais de tijolos maciços de solo cimento de acordo com NBR 8491. Tijolos que apresentarem reentrância (marca de identificação de fabricante), as mesmas podem ficar a no mínimo 2,5cm a partir das arestas paralelas a face das reentrâncias, com prufundidade máxima de 1,3cm. O tijolos de solo-cimento devem apresentar resistência a compressão média (no caso de amostras, ver NBR 8492) superior a 2,0MPa (20 Kgf/cm²) e no caso de unidades individuais a resistência a compressão mínima de 1,7 MPa (17 Kgf/cm²), com sete dias. Quanto a absorção de água, a amostra ensaiada, ainda de acordo com a NBR 8492, não deve apresentar a média dos valores de absorção de água maior do que 20%, nem valores individuais superiores a 22%. O método para inspeção deve ser realizado da seguinte maneira: a cada 25000 tijolos ou fração superior a 10000 unidades constituem um lote do qual se deve retirar, ao acaso, uma amostra de treze tijolos, determinando-se a resistência a compressão e a absorção de água. NBR – 10832, de novembro de 1989: Fabricação de Tijolo maciço de solo-cimento- com a utilização de prensa manual- procedimento. A norma fixa as condições para fabricação dos tijolos de solo-cimento. Para o correto procedimento das instruções contidas na norma deve-se ainda consultar as seguintes normas complementares: NRB 5732 Cimento Portland comum – Especificação NRB 5733 Cimento Portland de alta resistência inicial – Especificação NRB 5734 Peneiras para ensaio com telas de tecido metálico – Especificação NRB 5735 Cimento Portland de alto forno – Especificação NRB 5736 Cimento Portland pozolânico – Especificação NRB 6457 Amostra de solo – Preparação para ensaio de compactação e ensaio de caracterização – Método de ensaio. NBR 6459 Solo – Determinação do limite de liquidez – Método de ensaio NBR 7180 Solo – Determinação do limite de plasticidade – Método de ensaio NBR 8491 Tijolo maciço de solo-cimento - Especificação NBR 8492 Tijolo maciço de solo-cimento – Determinação da resistência à compressão e da absorção d’água – Método de ensaio. Os materiais envolvidos na confecção do solo-cimento devem atender as seguintes exigências: o solo deve passar 100% na peneira 4,8mm (nº 4, NBR 5734, 10 a 50% deve passar pela peneira 0,075mm (nº 200, NBR 5734), o limite de liquidez deve ser < 45% e índice de plasticidade <18%; o cimento Portlande deve antender, conforme o emprego às NBR5732, NBR 5733, NBR 5735 e NBR 5736; a água deve ser isenta de impurezas prejudiciais a hidratação do cimento. Como método de dosagem deve-se primeiro moldar, no mínimo seis tijolos para cada traço, no mínimo três traços. Os tijolos devem ser ensaiados (compressão e absorção de água). A escolha deve dar preferência o traço mais econômico dos que atendam as exigências da NBR 8492 e NBR 8491. A mistura do solo-cimento pode ser manual ou mecânica, o cimento deve ser adicionado ao solo, destorroado e peneirado, a mistura deve ocorrer até que se obtenha uma coloração uniforme. A água deve ser adicionada aos poucos, até atingir a umidade ótima. Os tijolos prensados devem secar a sombra, sobre superfície plana, empilhados até a altura de 1,5 m. Após seis hora da moldagem e durante os sete primeiros dias, os tijolos devem ser mantidos úmidos, com a finalidade de garantir a cura. Podem ser utilizados após 14 dias de fabricação. NBR – 10833, de novembro de 1989: Fabricação de Tijolo maciço e bloco vazado de solo- cimento- com a utilização de prensa hidraulica- procedimento. PARTE III – Tijolo maciço de materiais alternativos para vedação Tijolo Ecossocial Desenvolvido em 1994 no Centro Superior de Tecnologia – CESET, Unicamp, Limeira- SP, pelo então aluno André Luis Bonim, como um trabalho de graduação. A pesquisa visava a reutilização de areia preta de fundição na construção civil. A empresa Freios Vargas, hoje TRW – levou o aluno para aperfeiçoar os estudos na empresa através de um convênio firmado com o CESET. A média de resíduo da empresa gira em torno de 800 a 1000 toneladas por mês. Os tijolos criados por André Luis Bonim são compostos por areia de fundição, cimento e água. Pesam 1.600g e medem 5x10x20 cm. A secagem é natural o que garante maior uniformidade das peças. Bloco cerâmico reforçado com fibra celulósica (tijolo baiano reciclado) Material composto por pó de carvão (reaproveitamento), argila e resíduo de papel (30% do total), para fechamento de parede (tipo tijolo baiano). Trata-se de um produto que incorpora sobras da indústria de papel e celulose, com menor tempo de queima que os blocos convencionais e menor emissão de CO2 à atmosfera. A adição desses insumos reaproveitados resulta num produto de maior resistência mecânica, com redução, inclusive, das perdas por quebra durante transporte, descarregamentos e movimentação em geral. Produtos semelhantes são fabricados e conhecidos na Europa com o nome de blocos termo- argila. Medida (cm) Peças por m2 Peso (Kg) 11,5x14x24 32 2,30 9x19x19 50 1,70 Tabela 17. Medidas nominais do cerâmico reforçado com fibra celulósica. Fonte: IDHEA Figura 4. Bloco cerâmico reforçado com fibra celulósica]. Placas Ecocerâmicas Anti-Ácidas Produzidas com matérias-primas minerais naturais e minerais reaproveitadas. Não levam pigmentos à base de metais pesados, já que a cor é resultado do próprio processo de fabricação. Toda a água utilizada em sua elaboração é tratada e reciclada na própria fábrica, nãohavendo efluentes lançados à rede pública ou meio ambiente. A tecnologia é de origem alemã, mas a produção é brasileira. Figura 5. Placas Ecocerâmicas Anti-Ácidas. O produto sofre queima, por gás natural, de 1.300º C para atingir a cura adequada. É, portanto, um Produto de baixo impacto ambiental (aceitável). Pode ser aplicado em pisos industriais, que exigem alta resistência a agentes químicos e físicos e movimentação de cargas ou com pisos residenciais, para áreas externas (em volta de piscinas). Não esfriam, nem aquecem, independente da temperatura ambiente. São placas cerâmicas anti-ácidas, de alta resistência a mais de 50 produtos químicos (entre ácidos, sais e bases), que possuem excelente estabilidade térmica. O formato do verso é em garras, a fim de proporcionar melhor aderência ao contrapiso. As cores cinza e creme são conseguidas de forma natural, sem adição de pigmentos. Características Ecocerâmica1 Ecocerâmica2 Ecocerâmica3 Ecocerâmica antiderrapante Dimensão 24cm X 11,5cm X 1,0cm 24cm X 11,5Cm X 1,4cm 24cm X 11,5 x 1,7cm 24cm x 11,5cm X 1,4cm Descrição Placa lisa Placa lisa Placa lisa Placa antiderrapante Peças/ m2 33 33 33 33 Peso kg/m2 18 27 30 27 Tabela 18. edidas das Placas Ecocerâmicas Anti-Ácidas . Fonte: IDHEA Recibloco e Ecolajota para pisos Trata-se de um bloco para vedação não estrutural, de excelente qualidade, que incorpora areia descartada em fundições. Com este mesmo resíduo, geram-se lajotas para piso de excepcional qualidade e resistência mecânica. São apresentados na cor cinza escuro, com resistência média de 2,8 MPa superior ao exigido em Norma (2,0Mpa). Figura 6. Recibloco (bloco, meio bloco e canaleta em U). Figura 7. Pátio externo com lajota reciclada. Figura 8. Ecolajota. A fabricação da ecolajota e do recibloco é aprovada pelo órgão ambiental máximo do Estado de São Paulo, a CETESB, sem oferecer riscos ao meio ambiente. O produto conta também com análises laboratoriais que comprovam que o produto é atóxico ao meio ambiente e seres vivos. A importância do trabalho cresce à medida que se sabe que há 720 mil/toneladas dessa areia descartadas ao ano, sem solução final, ocupando espaços em aterros sanitários ou mesmo, muitas vezes, degradando o meio ambiente quando não são destinadas legalmente. Tipo Dimensões Peso (kg) Características Bloco de 9 9X19X39 8,3 C/ fundo/parede de 19mm Bloco de 14 14X19X39 9,8 Vazado/parede de 19mm Meio bloco de 14 14X19X19 6,2 C. fundo/parede de 25mm Canaleta de "U" de 14 14X19X39 12,5 Parede de 25mm Meia canaleta "U" de 14 14X19X39 6,0 Parede de 25mm Bloco de 19 19x19X39 11,5 Vazado/parede de 19mm Canaleta "U" de 19 19X19X39 16,7 Parede de 25mm Lajota para piso 3,5 Altura 8cm/ 35MPa Tabela 19. Medidas do recibloco e ecolajota. Fonte: IDHEA. PARTE IV – Formas de assentamento do bloco e tijolos para alvenaria de vedação As possibilidades de aplicação dos tijolos varia de acordo com as necessidades do projeto e criatividade dos projetistas. A figura ilustra o exemplo te tijolos utilizados substituindo uma laje de concreto. Os tijolos de dimensões 8,5x4x17 cm foram assentados no fundo da fôrma circular, antes que fosse colocado o concreto da laje. Figura 9. Projeto da Arquiteta Eneida Mendes. Fonte: Revista Arquitetura e Construção, setembro de 2004. Figura 10. Ajuste corrente. Figura 11. Ajuste corrente. Tijolos colocados transversalmente. Figura 12. Ajuste francês, vista frontal e vista em planta: fileira par e ímpar. Figura 13. Ajuste inglês ou gótico. Vista frontal e em planta. Figura 14. Ajuste francês parede com 38 ou 34 cm de grossura.Vista frontal e em planta: fileira par e ímpar. Figura 15. Ajuste inglês, paredes de 38 ou 34 cm de grossura. Vista frontal e em planta. Figura 16. Ajuste escama de peixe. Figura 17. Ajuste dama. Normas NBR – 6455: Ladrilho cerâmico não-esmaltado. NBR –9449: Ladrilho cerâmico não-esmaltado – Determinação da resistência ao desgaste por meio de abrasão. PARTE V – Tijolo e blocos para piso – Plaquetas Os tijolos também podem ser utilizados para piso, mas as plaquetas são a opção específica para este fim. Elas não diferem dos tijolos utilizados em paredes nas características de resistência e dureza. A vantagem de seu uso se dá pelo fato das plaquetas não possuírem relevo nas faces, o que funciona como identificador nos tijolos. Figura 18. Ambiente criado pelo Arquiteto Paulo de Carvalho. Fonte: Revista Arquitetura e construção, setembro de 2004. O uso das plaquetas pedem alguns cuidados: em áreas externas, é melhor instalar as peças só em locais ensolarados, pois o desgaste natural da superfície provoca maior absorção de água, facilitando a formação de limo. Outro ponto importante é ter um contrapiso bem regularizado e impermeabilizado para que a unidade do solo não suba até as plaquetas. Figura 19. Exemplos de plaquetas. Assim como no caso dos tijolos as plaquetas podem variar suas dimensões de acordocom o fabricante. Revendedor/ Fabricante Dimensão (cm) Padroeira 12,5x4x25,5 Padroeira 17x6x35 Cia das telhas 10,5x3,5x23 Lajoteiro 13,5x4,5x27 Lajoteiro 7x3,5x22 Figura 20. Dimensões das plaquetas para piso. Fonte: Revista Arquitetura e Construção, setembro de 2004. PARTE VI – Tijolo e blocos para piso – Bloco intertravado Os pavimentos intertravados são blocos pré-moldados de concreto para utilização de pisos em áreas de grande trafego, indicado para o uso em calçadas, praças e ruas. Apresentam bom desempenho quando utilizados em áreasde gargas, como aeroportos, pátios, terminais de cargas, áreas industriais ou portarias. As dimensões dos blocos e sua qualidade são verificados pela ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland, que confere um selo de qualidade as empresas que atendem sua exigências. A coloração, formas e texturas dos blocos fica livre para os fabricantes . Abaixo podemos observar os formatos dos blocos fabricados pela empresa Americana Hanover Architectural Products. Figura 21. Formatos de pisos intertravados. Figura 22. Formatos de pisos intertravados. Estes blocos possuem algumas vantagens aos outros calçamentos: São de fácil estocagem; Fácil aplicação; Permite maior permeabilidade do solo; Possui superfície antiderrapante; Grande capacidade estrutural; Maior possibilidade de formas e cores, gerando paisagens mais harmônicas; Pouca ou nenhuma manutenção; Facilidade de reparos em encanamentos, por exemplo, sem quebra do acabamento. Alguns exemplos de aplicação: Figura 23. Exemplos de aplicação de pisos inertravados. Figura 24. Exemplos de aplicação de pisos inertravados. Possibilidade de cores fornecidas pela empresa Hanover. Figura 25. Possibilidades de coloração de blocos intertravados para piso. Figura 26. Possibilidades de coloração de blocos intertravados para piso. PARTE VII – Tijolo e blocos para piso – Ladrilhos Hidráulicos Figura 27. Exemplos de aplicação de ladrilhos hidráulicos. São mais porosos que as cerâmicas, esmaltadas, recebebem os tratamentos modernos de impermeabilização, com acabamento em poliuretano. O nome "hidráulico" vem do próprio banho de imersão em água pura que cada peça recebe durante a confecção. Cada ladrilho, dependendo do desenho, pode demorar até meia hora para ser feito. De acordo com Zilton Apolinário Michiles, artesão e proprietário do Ornato Nossa Senhora da Penha, as peças são feitas uma a uma e compostas por três camadas. A primeira camada é feita de argamassa de concreto comum, depois vem uma camada seca de cimento e pó de pedra, que é a camada principal que vai fixar o desenho do ladrilho, que tem a função de puxar o excesso de água. Por fim, a última camada, que é superlíquida, feita com uma mistura de tinta composta por pó de mármore, cimento branco e óxido de ferro, sendo que este último é que determina as cores da peça. O artesão dispõe os recipientes com esses ingredientes separados sobre a tampa da mesa que apóia a prensa primitiva a manual. Unta, com óleo de soja queimado, a chapa que apóia o molde do desenho. E com uma caneca rústica de lata enche cada forma do molde com uma nata colorida. A forma é tapada e colocada sobre a prensa, porém uma dose errada de força na alavanca mancha ou deforma o ladrilho. Prensada, a peça é desmoldada ainda com a consistência de um biscoito molhado e colocada para secar em uma prateleira. Quase 15 horas depois, cada peça é mergulhada num tanque com água pura. E esse banho de 20 minutos é responsável pela reação química que lhe dará maior resistência. Finalmente, outra etapa de secagem, de oito dias. Figura 28. Processo de fabricação de ladrilho hidráulico. Normas NBR – 9457: Ladrilho hidráulico. BIBLIOGRAFIA GUIA CERÂMICA SUDESTE Criciúma: Grafica e EditoraCoan, 2004. PRISMA SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS COM BLOCOS DE CONCRETO. São Paulo: Mandarim Editora ABNT. NBR 7170 : Tijolo cerâmico para alvenaria - Especificação. Rio de Janeiro, 1983. ABNT. NBR 8041 : Tijolo maciço cerâmico para alvenaria - Forma e dimensões.. Rio de Janeiro, 1983. ABNT. NBR 8042 : Bloco cerâmico para alvenaria - Formas e dimensões.. Rio de Janeiro, 1992. ABNT. NBR 5711 : Tijolo modular da barro cozido.. Rio de Janeiro, 1982. ABNT. NBR 10833 : Fabricação de tijolo maciço e bloco vazado de solo-cimento com utilização de prensa hidráulica.. Rio de Janeiro, 1989. ABNT. NBR 10832 : Fabricação de tijolo maciço de solo-cimento com a utilização de prensa manual.. Rio de Janeiro, 1989. ABNT. NBR 8491 : Tijolo de solo-cimento - Especificação. Rio de Janeiro, 1984. CERÂMICA E OLARIA ABCD. Produtos. Disponível em <http://www.ceramicaabcd.com.br> Acesso em: 21 set. 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CERÂMICA - ABC. Informações técnicas, apanhado sobre cerâmica Disponível em: <http://www.abceram.org.br/asp/abc_5.asp#> Acesso em: 21 set. 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. A ABCP e o desenvolvimento dos pavimentos Intertravados 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023 : referências bibliográficas. Rio de Janeiro, 2001. ASSOCIAÇÃO DAS CERÂMICAS VERMELHAS DE ITU E REGIÃO - ACEVIR . Guia de Cerâmicas Disponível em: < http://www.acervir.com.br/index.php > Acesso em: 20 set. 2004. Certificação de Tijolos Disponível em: <http://www.fa.utl.pt/materiais/ceramicos/2/ceramica/normas_tijolos.htm > Acesso em: 02 out 2004. BAGGERIDGE. Bricks & brickwork West Midlands, 2003. Catálogo. BAUD, G. Manual de Construção São Paulo: Hemus - Livraria eEditora Ltda.440 p. CAMPALINE, M. Resíduo Industrial é Transformado em Tijolo ecossocial. Disponível em: <http://estadao.com.br> Acesso em: 02 out 2004. CEHOP. Quali obras/SE Disponível em: < http://www.cehop.se.gov.br/Downloads.htm > Acesso em: 25 set. 2004. DEMETRI, G. Theme: Bricks and blocks Aj focus, p. 49-58, Sep 2000. GARBADO MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO. Material Básico Disponível em: <http://web.onda.com.br/c.gabardo/prod01.htm> Acesso dia 07 de outubro de 2004. GIUSEPPONI, S. C. Sistema construitivo modularizado de tijolo solo-cimento: vantagens econômicas,ambientais e sociais. Campinas, 2003. 77 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil, Área de concentração: Aruitetura e Construção Civil) - Faculdade de Engenharia Civil, UniCAMP. HANOVER . Architectural Products Hanover, 1998. catálogo. INMETRO. Informações ao consumidor Disponível em: < http://www.acervir.com.br/index.php > Acesso em: 09 set 2004. INSTITUTO PARA O DESENVOLVIMENTO DAHABITAÇÃO ECOLÓGICA IDHEA. Ecoprodutos Disponível em: <http://www.idhea.com.br/ecoprodutos/bloco_de_concreto_reciclados.htm> Acesso em: 01 out. 2004. MEDEIROS, E. G. E VILLAÇA, L. V. Beleza à prova do tempo Arquitetura e Construção, São Paulo, p. 108- 113, set. 2004. SANTOS, R. DO C. Fábrica produz tijolo desenvolvido no Ceset. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 14 a 20 jul. 2003. TIJOLO MAX TIJOLO Tijlos Disponible em:<http://www.tijomaxtijolos.hpg.ig.com.br/tijo.htm>. Acesso dia 20 de setembro de 2004. Definições Cerâmica compreende todos os materiais inorgânicos, não-metálicos, obtidos geralmente após tratamento térmico em temperaturas elevadas. O setor cerâmico é amplo e heterogêneo o que induz a dividi-lo em subsetores ou segmentos em função de diversos fatores, como matérias-primas, propriedades e áreas de utilização. Dessa forma, a seguinte classificação, em geral, é adotada. Cerâmica Vermelha - compreende aqueles materiais com coloração avermelhada empregados na construção civil (tijolos, blocos, telhas, elementos vazados, lajes, tubos cerâmicos e argilas expandidas, objeto de estudo deste capítulo) e também utensílios de uso doméstico e de adorno. As lajotas muitas vezes são enquadradas neste grupo. Cerâmica Branca - Este grupo é bastante diversificado, compreendendo materiais constituídos por um corpo branco e em geral recobertos por uma camada vítrea transparente e incolor e que eram assim agrupados pela cor branca de massa, necessária por razões estéticas e/ou técnicas. Com o advento dos vidrados opacificados, muitos dos produtos enquadrados neste grupo passaram a ser fabricados, sem prejuizo das características para uma dada aplicação, com matérias primas com certo grau de impurezas, responsáveis pela coloração. Fritas e Corantes - Estes dois produtos são importantes matérias-primas para diversos segmentos cerâmicos que requerem determinados acabamentos. Frita (ou vidrado fritado) é um vidro moído, fabricado por indústrias especializadas a partir da fusão da mistura de diferentes matérias-primas. É aplicado na superfície do corpo cerâmico que, após a queima, adquire aspecto vítreo. Este acabamento tem por finalidade aprimorar a estética, tornar a peça impermeável, aumentar a resistência mecânica e melhorar ou proporcionar outras características. Corantes constituem-se de óxidos puros ou pigmentos inorgânicos sintéticos obtidos a partir da mistura de óxidos ou de seus compostos. Os pigmentos são fabricados por empresas especializadas, inclusive por muitas das que produzem fritas, cuja obtenção envolve a mistura das matérias-primas, calcinação e moagem. Os corantes são adicionados aos esmaltes (vidrados) ou aos corpos cerâmicos para conferir-lhes colorações das mais diversas tonalidades e efeitos especiais. Solo cimento uma alternativa para a alvenaria cerâmica, formado pela mistura de solo, cimento e água, a massa é prensada e a secagem ocorre naturalmente, dispensando a queima. As matérias-primas empregadas na fabricação de produtos cerâmicos são classificadas em naturais e sintéticas: naturais – são aquelas utilizadas como extraídas da naturezaou que foram submetidas a algum tratamento físico para eliminação de impurezas indesejáveis, ou seja sem alterar a composição química e mineralógica dos componentes principais (agalmatolito, andalusita - cianita – silimanita, argila , bauxito , calcita , cromita ,dolomita, feldspato , filitos cerâmicos , grafita, magnesita, materiais fundentes diversos, pirofilita, quartzo, talco, wollastonita, zirconita). sintéticas – são aquelas que individualmente ou em mistura foram submetidas a um tratamento térmico, que pode ser calcinação, sinterização, fusão e fusão/redução e as produzidas por processos químicos (Alumina, alumina calcinada para cerâmica, alumina eletrofundida marrom -óxido de alumínio eletrofundido marrom, alumina eletrofundida branca -oxido de alumínio eletrofundido branco, alumina tabular, carbeto de silício, cimento aluminoso, mulita – zircônia, espinélio, sílica ativa, magnésia, mulita sintética). Os processos de fabricação se inicia com a preparação da matéria prima. Grande parte das matérias-primas utilizadas na indústria cerâmica tradicional é natural, encontrando-se em depósitos espalhados na crosta terrestre. Após a mineração, os materiais devem ser beneficiados, isto é desagregados ou moídos, classificados de acordo com a granulometria, e muitas vezes também purificadas. O processo de fabricação, propriamente dito, tem início somente após essas operações. As matérias-primas sintéticas geralmente são fornecidas prontas para uso, necessitando apenas, em alguns casos, de um ajuste de granulometria. Os materiais cerâmicos geralmente são fabricados a partir da composição de duas ou mais matérias- primas, além de aditivos e água ou outro meio. Mesmo no caso da cerâmica vermelha, para a qual se utiliza apenas argila como matéria-prima, dois ou mais tipos de argilas com características diferentes entram na sua composição. Raramente emprega-se apenas uma única matéria prima. Dessa forma, uma das etapas fundamentais do processo de fabricação de produtos cerâmicos é a dosagem das matérias primas e dos aditivos, que deve seguir com rigor as formulações de massas, previamente estabelecidas. Os diferentes tipos de massas são preparados de acordo com a técnica a ser empregada para dar forma às peças. De modo geral, as massas podem ser classificadas em: suspensão, também chamada barbotina, para obtenção de peças em moldes de gesso ou poliméricos; massas secas ou semi-secas, na forma granulada, para obtenção de peças por prensagem; massas plásticas, para obtenção de peças por extrusão, seguida ou não de torneamento ou prensagem. Existem diversos processos para dar forma às peças cerâmicas, e a seleção de um deles depende fundamentalmente de fatores econômicos, da geometria e das características do produto. Tijoleiras e Ladrilhos São tijolos de pequenas espessuras usadas para pavimentação e revestimento. · Tijoleiras – são fabricadas com cerâmica comum, em diversos tamanhos. Os mais comuns são o quadrado e o retangular liso. Há também peças para arremate, como para peitoris e pingadeiras. Apresentam espessuras de 2 cm. · Ladrilhos – são produzidas com cerâmica prensada a seco e devem ter, na face inferior, rugosidades e saliência para aumentar a aderência. A cozedura é mais completa para poderem resistir ao desgaste pelo trânsito. As temperaturas de cozimento variam de 1250 a 1300 ºC, até alcançar um elevado grau de vitrificação, tornando o material compacto e impermeável. Apresenta- se, geralmente, de cor vermelha, ou de diversos pigmentos. Podem ser lisos ou canelados. Apresentam espessuras de 5 a 7 mm. Definições ABNT Área bruta Área de qualquer uma das faces do tijolo. Área líquida Área bruta de qualquer umas das faces do bloco, diminuída a área doa vazios contidos nesta face. Bloco Componente de alvenaria que possui furos prismáticos e/ou cilíndricos perpendiculares às faces que os contêm. Dimensão nominal Dimensão especificada pelo fabricante para as arestas do tijolo. Dimensão real Dimensão obtida de acordo com 4.7.2. Tijolo modular de barro cozido Tijolo cujas medidas são determinadas para ocupar um espaço modular. Tijolo maciço Tijolo que possui todas as faces plenas de material, podendo apresentar rebaixos de fabricação em uma das faces de maior área. Tijolo maciço de solo-cimento Tijolo cujo volume não é inferior a 85% de seu volume total aparente e é constituído por uma mistura homogênea, compactada e endurecida de solo, cimento Portland, água e , eventualmente, aditivos em proporções que permitam atender às exigências da norma. Solo-cimento Mistura compacta e endurecida, de solo, cimento Portland e água, em proporções que permitem atender às exigências da norma.
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