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UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA COMPONENTES DO GRUPO: Nome: Alessandro Gonçalves dos Santos RA:C765DJ-3 Nome: Ana Lucia de Moraes B. R. Forte RA:C59CJC-1 Nome: Dennis Gustavo Ferreira da Silva RA:C3510E-8 Nome: Hugo Alecrin G. de Castro RA:C443CA-5 Nome: Juliana Mayumi Yamatto Delgado RA:C52CBA-9 Nome: Mariana Cardoso Rodrigues Costa RA:C65620-8 Nome: Nancy Saraiva de Magalhães RA:C65622-4 Nome: Pablo Marlon A. C. de Godoi RA:C63GIB-3 Nome: Stephany Silva de Almeida RA:C454AD-7 Nome: Thalía Thaís de Oliveira RA:C55870-2 TÍTULO: “A Revolução chamada Nádia Comaneci” (“Quem foi Nádia Comaneci e sua influencia na Ginástica Artística Feminina”) SANTANA DE PARNAÍBA 2016 COMPONENTES DO GRUPO: Nome: Alessandro Gonçalves dos Santos RA:C765DJ-3 Nome: Ana Lucia de Moraes B. R. Forte RA:C59CJC-1 Nome: Dennis Gustavo Ferreira da Silva RA:C3510E-8 Nome: Hugo Alecrin G. de Castro RA:C443CA-5 Nome: Juliana Mayumi Yamatto Delgado RA:C52CBA-9 Nome: Mariana Cardoso Rodrigues Costa RA:C65620-8 Nome: Nancy Saraiva de Magalhães RA:C65622-4 Nome: Pablo Marlon A. C. de Godoi RA:C63GIB-3 Nome: Stephany Silva de Almeida RA:C454AD-7 Nome: Thalía Thaís de Oliveira RA:C55870-2 TÍTULO: “A Revolução chamada Nádia Comaneci” (“Quem foi Nádia Comaneci e sua influência na Ginástica Artística Feminina”) Relatório de Atividade Prática Supervisionada (APS) elaborado para avaliação no semestre letivo do curso de Educação Física apresentado à Universidade Paulista - UNIP ORIENTADOR: Luiz Antonio Trientini SANTANA DE PARNAÍBA 2016 1 INTRODUÇÃO Os Jogos Olímpicos são uma das maiores e mais antigas festas da história da humanidade. Iniciaram-se com total restrição a participação de mulheres, pela visão de que estas seriam frágeis e deveriam apenas procriar e cuidar da família e do lar. No ano de 1976, nos Jogos Olímpicos de Montreal, Nádia Comaneci sagrou-se campeã das Barras Paralelas Assimétricas atingindo a nota 10,0 a maior nota regulamentada para a competição. O trabalho desenvolvido tem por objetivo apresentar o feito da ginasta, considerando a nova era inaugurada pela mesma, as novas possibilidades criadas e a visibilidade alcançada pelo esporte após Montreal. Abordaremos a história e evolução dos Jogos Olímpicos, em conjunto com a marcante e exímia conquista da jovem ginasta. Sabe-se que, durante milhares de anos a figura da mulher foi tratada como “sexo frágil”, que teria como papel social procriar, trazendo ao mundo crianças saudáveis para depois educá-las e cuidar do lar. A sua inserção efetiva na sociedade e no mundo esportivo ocorreu após o período da Segunda Guerra, com as revoluções sociais. 2 DESENVOLVIMENTO Os Jogos Olímpicos iniciaram-se na Grécia, por volta de 776 A.C., na cidade de Olímpia em homenagem aos deuses gregos que, de acordo com a crença, residiam no Olimpo, montanha inatingível aos humanos, logo acima de Olímpia. Zeus, maior dos deuses era o mais homenageado. Os Jogos eram utilizados de forma religiosa, para propagar a paz e a harmonia; aos campeões das competições eram dados fama e titulo de herói da sua cidade. Como a competição era organizada em prol dos deuses, apenas homens eram autorizados a participar sendo que, antes de ser autorizada a participação, uma rigorosa investigação sobre a conduta e história do indivíduo era realizada; além disso, antes do inicio dos jogos, os participantes chegavam ao templo de Zeus para se prepararem física e espiritualmente para as competições. As primeiras edições dos Jogos limitavam-se ao que hoje chamamos de atletismo, uma única corrida com cerca de 192 metros, depois, incluiu-se a prova de 400 metros, semelhante a prova atual e o pentatlo, posteriormente o pancrácio, luta similar ao boxe atual. Em 600 a.c. , foi construído um templo em homenagem a esposa de Zeus, Hera, onde eram depositadas as coroas de louro para os campeões. Até 472 a.c., as provas eram realizadas em um único dia, sendo que as mulheres eram totalmente proibidas de competir e até mesmo de serem espectadoras das atividades. Caso as cidades pertencentes a Grécia estivessem em guerra, era declarada uma trégua para a realização dos jogos, considerada uma trégua sagrada, que concedia uma “licença” aos viajantes a caminho de Olímpia. A invasão romana na Grécia promoveu a perca da identidade e força dos jogos, tornando-se uma prática entre escravos e animais. Em 392 a.c., o imperador Theodosius I converteu-se ao cristianismo e proibiu a prática dos jogos por considerá-los uma prática pagã, proibindo também, toda e qualquer forma de atividade considerada pagã. Uma personalidade importante para a história da ginástica propriamente dita é o professor alemão Johann- Christoph Guts Muths que iniciou a introdução de um sistema de exercícios ginásticos nas escolas, com aspectos didático-pedagógicos. A ginástica artística propriamente dita iniciou-se com Johann Friedrich Ludwing Chistoph Jahn, que sofreu junto ao exército da Prússia a humilhante derrota na Batalha de Jena, quando as tropas francesas de Napoleão dizimaram a atual Alemanha. Extremamente nacionalista, após a derrota mudou-se para Berlim, conquistando a juventude universitária que era levada a uma área arborizada duas vezes por semana. A simulação de batalhas entre os alunos ganhou grande adesão. Jahn criou o radical idealizado “Turn” para designar a ginástica alemã; Em 1811 fundou a primeira “praça de turn” chamada de “Turnplatz”, que foi equipada com aparelhos já utilizados pelos soldados e com outros que foram criados, para o desenvolvimento de força física e moral. No ano seguinte, foi criado o segundo “Turnplatz”. Em 1813 o imperador da Prússia decide voltar ao campo de batalha a fim de expulsar as tropas de Napoleão, ocasião na qual Janh , seus alunos e seguidores se alistaram, obtendo sucesso sob as tropas napoleônicas, tornando-se um herói nacional. Logo após este evento, ocorre o Congresso de Viena, que frustra o sonho da unificação do território de Janh, que num evento é considerado cúmplice de assassinato, sendo preso e exilado. O Bloqueio Ginástico foi decretado logo após ao congresso, fechando os turnplatz e censurando totalmente o Turn e sua prática. Jahn acreditava que a ginástica era para todos, independente de sua condição : “ Caminhar, correr, saltar, lançar, sustentar-se, são exercícios que nadacustam, que podem ser praticados em toda a parte, gratuitamente, como se respira o ar” (NUNOMURA e PICCOLO, 2005) Eiselen, discípulo mais graduado de Jahn, em meio ao bloqueio, foi o responsável por levar a ginástica para dentro de ginásios, estimulando a pratica. Diversos discípulos migraram para os países vizinhos divulgando o Turn. Diversos equipamentos presentes nos turnplatz foram levados para dentro dos ginásios e muitos adaptados, fazendo a ginástica artística como é conhecida hoje. Em 1896 os jogos foram reeditados em Atenas pelo educador francês Pierre de Frédy, mais conhecido por Barão de Coubertin; fascinado pela cultura e comportamento da antiga Grécia, em 1894 convocou uma reunião com cerca de nove delegados, cada qual de um respectivo país, expondo seu desejo de reorganizar e resgatar os torneios interrompidos a séculos. Após o feito, foi realizada a primeira edição dos Jogos Olímpicos da Modernidade, em Atenas. A Ginástica já estava presente, com as provas: Barras Paralelas, Barra Fixa, Cavalo com Alças, Salto sobre o Cavalo e Subida na Corda Lisa Vertical, sem a presença feminina. Miragaya e DaCosta relatam: “A prática do esporte e da atividade física lhes dava prazer, porém o esporte sempre foi um construto masculino do qual muito raramente as mulheres fizeram parte. Além disso, crenças tradicionais sempre prescreveram que o cansaço físico e a competição eram contrários à natureza da mulher. Acreditava-se que o lugar da mulher era dentro de casa, num mundo interno e particular, tomando conta do lar e dos filhos e que o lugar do homem era fora de casa, no mundo externo e público, trabalhando para o sustento da família” (Miragaya & DaCosta, 2002). Coubertin considerava os Jogos local apropriado para representar a figura competitiva do homem, por relacioná-lo com as questões do uso da força, sua virilidade, coragem, masculinidade e moralidade, não cabendo as mulheres contemplar os jogos com seu suor, apenas coroando os vencedores. De acordo com Miragaya e DaCosta: “Coubertin tenha também resgatado com isso o espírito do herói olímpico, que tem inspirado atletas do mundo todo por décadas. Não houve o resgate da figura da heroína por que na realidade ela nunca existiu” (Miragaya & DaCosta, 2006). Uma personalidade talvez pouco conhecida é Stamat Revith, grega de origem pobre que percorreu a maratona no dia seguinte a realização da prova de forma extra-oficial, tendo melhor desempenho que muitos participantes homens. Sua entrada no Ginásio Olímpico não foi permitida, terminando o percurso pelo lado de fora; foi apelidada de Melpomene, deusa grega da tragédia, lembrando apenas o drama, não seu feito que possibilitou o inicio da luta da mulher pelo seu espaço no esporte. Pierre tornou-se presidente do Comitê Olímpico Internacional e declarou: “Eu continuo contra a participação das mulheres nos Jogos Olímpicos. Elas foram incluídas em grandes números contra a minha vontade”. Em 1924, os jogos passam a ter um programa olímpico, onde a ginástica se tornou parte constituinte, em Paris. No ano de 1928 as mulheres aparecem pela primeira vez na Ginástica, nos Jogos Olímpicos de Amisterdã. Nas Olimpíadas de 1952 a Ginástica Artística passa a ser esporte, com regras definidas para a arbitragem, aparelhagem, entre outras e houve a primeira competição feminina individual (antes as competições realizadas eram apenas por equipe); Na década de 1970, duas ginastas obtiveram grande destaque: Olga Korbut e Nadia Comaneci, personalidade da qual teremos maior atenção. Ambas com feições infantis iniciaram a era das “pequenas grandes ginastas”. Olga iniciou a presença da figura infantil em grandes competições, com 17 anos nos Jogos Olímpicos de 1972, tornou-se sensação mundial. Nádia sagrou-se Campeã Olímpica com apenas 14 anos, obtendo a primeira nota 10 em uma competição ginástica, maior nota regulamentada na época, elevando o nível de competência técnica, promovendo uma revolução no esporte. Nádia Elena Comaneci, primeira filha de Gheorghe e Stefania Alexandrina, natural da cidade de Onesti na Romênia, nascida no dia 12 de novembro de 1961, herdou este nome em homenagem a uma heroína de um filme que sua mãe havia assistido, que é um diminutivo do russo “Nadiejda”, que significa esperança. Desde pequena, a menina que mais tarde se tornaria um símbolo olímpico, sempre gostou de saltar, iniciando estes movimentos nos sofás de sua casa. Aos seis anos de idade, brincando com uma amiga, foi vista pelo treinador Béla Kaloryi, que as perdeu de vista após o sinal da escola tocar. Fascinado com os possíveis talentos que havia avistado, Béla adentrou o colégio a procura das garotas, passando de sala em sala. Na terceira tentativa, encontrou as duas e as convidou para realizar um teste visando entrarem para o mundo da ginástica. O teste consistia em andar na Trave, aparelho que a grande maioria das crianças tem medo, Nadia desenvolveu o teste com maestria, andou, saltou e cumpriu com todos os requisitos necessários; foi recrutada para iniciar seu treinamento com Béla e sua esposa Marta. Após o recrutamento, Béla declarou : “Ela não conhece o medo!”. Nádia entrou para a equipe de treinamento aos sete anos, quando passou a treinar seis dias por semana durante quatro horas; era a primeira a chegar, aquecer e aprimorar seus movimentos, visando o aperfeiçoamento técnico e elevação da dificuldade. Apta a competir, Comaneci disputou inicialmente o Campeonato Nacional Romeno, ficando com a 13º colocação; pouco tempo depois, entrou para a equipe junior de sua cidade, sendo a mais jovem atleta a conquistar um ouro no campeonato. Em 1971, foi realizado o campeonato Romênia X Iugoslávia, primeira competição internacional de Nadia, que conquistou seu primeiro título individual geral e teve grande contribuição para a conquista do ouro por equipe. Nos anos seguintes Nádia esteve em constante evolução, participando de diversos encontros com Itália, Hungria e Polônia e campeonatos nacionais. Em 1973,no Torneio da Amizade Júnior, competição mais importante para a ginastas da época na sua categoria, Nádia obteve excelentes resultados, vencendo o concurso geral nas Barras Paralelas Assimétricas, que mais tarde se tornariam sua especialidade e no Salto sobre o Cavalo, hoje, Salto sobre a Mesa. Em 1975 participou do Campeonato Europeu realizado na Noruega, onde conquistou o individual geral e as provas no salto, nas Barras Paralelas Assimétricas e na Trave, ficando com a prata no Solo. Neste mesmo ano, ainda participou no Champions All, ficando com a primeira colocação no concurso geral; Campeonato Nacional Romeno, conquistou o ouro no individual geral, na trave, na paralelas e no salto, ficando na segunda colocação mais uma vez no solo. Na disputa do Pré-olímpico, Nadia conquistou o individual geral e as Barras Paralelas Assimétricas, sendo prata no solo e no salto e terceira colocada na trave. Meses antes dos Jogos Olímpicos de Montreal, a empresa responsável pela exibição dos placares de pontuação procurou o Comitê Olímpico Internacional para propor uma mudança nos placares, que exibiam apenas três dígitos para quatro dígitos; o COI decidiu pela manutenção dos placares, considerando que seria impossível um atleta atingir a pontuação máxima 10,00. O ano dourado de Nádia, 1976. Após cinco anos na categoria Junior, Nadia adentrou a categoria sênior, o que permitiu a sua participação nos Jogos Olímpicos de Montreal. No inicio do ano, Nadia participou da primeira edição da Copa América, realizada no Madison Square Garden, ocasião na qual conheceu o atleta Bart Coner, em Nova York; Atingiu suas primeirasnotas dez e realizou pela primeira vez um duplo mortal invertido como saída das Barras Paralelas Assimétricas. Com 152 cm e 39Kg, teve sua fama e reconhecimento mundial nos Jogos Olímpicos de Montreal, quando realizou movimentos elegantes e de precisão técnica impressionantes, obtendo o primeiro 10,0 em Olimpíada. Aos quinze anos, foi eleita personalidade do ano dentre os componentes de sua categoria, escolhida atleta feminina geral do ano e figurou as capas das revistas Times e Sport Illustrade. No ano seguinte a conquista inédita, Nadia tornou-se octacampeã por equipes e no concurso geral, após vencer outros três duelos contra a Espanha, França e Estados Unidos. Ainda internacionalmente, a ginasta manteve seu bom desempenho, conquistando o ouro no individual geral no Campeonato Europeu de Praga, além do primeiro lugar nas Paralelas Assimétricas empatada com a soviética Elena Mukhina e uma prata no salto; em contrapartida, uma ordem do governante romeno Ceausescu obrigou toda a equipe a retornar imediatamente ao país, abandonando os eventos finais da Trave de Equilíbrio e do Solo. Uma segunda ordem do governante obrigou os atletas a abandonarem seus treinadores assim que chegaram ao país, passando a ter como espaço de treinamento o complexo esportivo escolhido pelo governante. O acontecimento prejudicou o desempenho de Nadia no Campeonato Mundial do ano seguinte e em outras competições. No fim de 1977, a equipe romena participou de uma turnê entre Estados Unidos e México, ocasião na qual a ginasta continuou chamando grande atenção, embora apresenta-se maior altura e mais desenvolvimento físico. O governante “confiscou” Nadia como patrimônio nacional, obrigando-a a residir no complexo esportivo. Em 1978, ela é autorizada a voltar a treinar com os Kalory, e em 1979 torna-se a primeira ginasta, entre os atletas femininos e masculinos, tri-campeã europeia. Em 1980, participou das Olimpíadas de Moscou e do duelo Romênia X Itália. Em 1981, participou de uma turnê de exibição gímnica nos Estados Unidos e na Universidade de Bucareste. Encerrou sua carreira aos vinte anos, porém, sua despedida oficial ocorreu em 1984, em Bucareste a pedido do Comitê Olímpico Internacional. Embora aposentada, foi convidada para assistir os Jogos de Los Angeles, o governo, ainda liderado pelo governante que obrigou o retorno da equipe, vigiou todos os passos de Nadia, seu telefone foi grampeado e sua correspondência confiscada. A revolta contra o governo durou até 1989 (quando o governo opressor foi derrubado e o governante executado), obrigando a atleta a fugir. Partiu de seu país natal, junto a um grupo de atletas, atravessando a Hungria e Áustria com destino aos Estados Unidos. O compatriota Constatin Paneti, estava a sua espera em solo americano, o que Nadia não esperava era que viveria pesadelos após sua entrada no estrangeiro. Constantin Paneti via na atleta a possibilidade de enriquecer, vendendo entrevistas e aparições públicas, manteve em cativeiro, extorquiu e explorou Nadia, arrecadando dinheiro por cerca de um ano. Com a ajuda de dois amigos, ela consegue escapar e volta a Montreal. Reencontra o agora ex-ginasta Bart Coner, que a ajuda a se reestabelecer e estruturar-se; mais tarde, eles se casam em Bucareste. Juntos, Nadia e Bart abriram uma academia de ginástica e colaboram com a revista “International Gymnast”, revista mais vendida sobre ginástica no mundo, possuem uma empresa que fabrica materiais e uniformes ginásticos, assim como auxiliam algumas instituições nos Estados Unidos e na Romênia. Em 2006, nasceu o primeiro e único filho do casal, Dylan. Eles viajam o mundo promovendo a ginástica, o esporte e a qualidade de vida promovida por estes. A responsabilidade carregada por Nádia desde muito cedo, a tornou não apenas uma ginasta completa, mas também uma pessoa excepcional, suas conquistas não implicam apenas na fama que foi conquistada, nem tampouco o que foi ganho monetariamente com isto, como a própria afirma: “Basicamente, eu tenho minha vida hoje como resultado do que fiz enquanto criança. O que eu perdi, sim perdi os passeios no shopping acho, mas isso não é grande coisa porquê você não ganha medalha por isso” (Nadia Comaneci) A conquista de Nádia em Montreal 1976 se tornou uma revolução no esporte, na ginástica artística em si, se transformou no momento em que aquela criança conquistou a nota mais alta regulamentada para a época, em que, o feito foi tão grande que o placar não pode mostrar a real nota daquela apresentação espetacular. Após a “nota perfeita” ter sido alcançada, diversos paradigmas foram derrubados e o Comitê Olímpico Internacional foi obrigado a rever seus conceitos de pontuação. O “dez” conquistado inicialmente por Nádia, passou a ser banalizado por parte dos árbitros, que acabaram não definindo um conceito universal para a nota. A cada Ciclo Olímpico, de quatro em quatro anos, o Comitê se reúne para discutir os caminhos que o esporte deve seguir, o que deve ser valorizado, o que não pode ser perdido e o que deve ser exigido. Hoje, a nota de um atleta é composta por dois painéis, o Painel D, que analisa a Dificuldade dos movimentos executados e o Painel E, que analisa minuciosamente o movimento e a forma de execução deste. A nota é composta pela soma destes dois painéis, não existindo mais uma nota a ser batida. A Ginástica Artística é um esporte que pode ser utilizado das mais variadas formas, seja para preparação física, seja para diversão e para alto rendimento. Uma execução técnica apurada depende de horas diárias de treinamento e anos dentro dos ginásios. O indivíduo que se torna atleta, mais especificamente ginasta, não está preocupado apenas com a sua saúde, seu foco é principalmente em seus resultados, sendo assim, não é apenas a conquista de determinado campeonato que o move, também existe o reconhecimento que ele ganha a partir desta conquista. Após árduos períodos de treinamento, sagrar-se campeão é uma honra, que é motivação para cada treino. Béla Kalory encontrou por acaso uma ginasta brilhante, que não demonstrou medo de nenhum desafio. Nadia Comeneci, tornou-se um ícone para o esporte mundial, não apenas por sua conquista inédita, mas também , por sua postura dentro e fora das competições; ela, tem como maior orgulho, o reconhecimento que recebeu por isso: “ Meu maior orgulho é que se lembrem de mim”. 3 CONCLUSÃO A ginástica está presente na vida do homem deste a antiguidade, com a evolução da sociedade, o retorno dos Jogos Olímpicos na era moderna pode-se afirmar que o esporte está presente na essência humana. Desta forma, a ginástica encontra seus caminhos e sua evolução nos desafios criados a cada novo treino, de todos os que a utilizam de diferentes formas. A ex-ginasta Nadia Comaneci revolucionou o esporte não apenas por desafiar a si mesma a quebrar barreiras, físicas e psicológicas. Seu treinador afirmou, “Nadia não te medo” e ela, durante toda a sua trajetória confirmou o que foi lhe dado como sinônimo. É, sem sombra de dúvida, uma das maiores atletas olímpicas de toda a história e uma inspiração para todos aqueles que se interessam em conquistar seus objetivos, lutando a cada dia, seja em seu trabalho ou no mundo do esporte de alto rendimento, o sucesso é construído a partir de pequenos passos, vencendo grandes desafios. O reconhecimento que ela obteve, mostra que, não apenas os primeiros campeões obtém sempre a vitória, quem acreditaria que a menina 13º colocada se tornaria o maior nome olímpico já visto. O legado que Nádia deixou, pode ser retratado como inspiração e crença, que nada pode ser alcançado sem luta,treino e esforço, que o responsável pela realização dos seus sonhos é apenas si próprio. 4 REFERÊNCIAS NUNOMURA,M., PICCOLO,N. , LÉNI, V., Compreendendo a Ginástica Artística- Editora Phorte, SP 2005. HTTP://www.educaçãofisica.com.br/esportes/jogos-olimpicos2/origem-dos-jogos- olimpicos/ , Acesso em 11/05/2016 as 21:30h. 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NUNOMURA, M., SANTOS OLIVEIRA, M., Centro de Excelência e ginástica Artística Feminina: a Perspectiva dos técnicos brasileiros. Revista Motriz, Rio Claro, v.18 n.2 pp. 378-392, abr/jun- 2012. Acesso em 27/03/2016 as 17:27h. HTTP://sportv.globo.com/site/programas/almanaque-olimpico/noticia/2015/10/nadia- comaneci-atleta-romena-que-revolucionou-ginastica-com-notas-10.html; Acesso em 09/05/2016 as 17:28h. HTTP://atarde.uol.com.br/cienciaevida/noticias/1524000-saiba-mais-sobre-os- transtornos-alimentares; Acesso em 10/05/2016 as 15:00h. HTTP://www.scielo.br/pdf/motriz/v18n2/v18n2a18; Acesso em 08/05/2016 as 16:47h. HTTP://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteu do=80; Acesso em 11/05/2016 as 18:26h. HTTP://acritica.uol.com.br/craque/Manaus-Amazonas-Amazonia-Nadia-Comaneci- ginastica-artistica-mundial_0_724127589.html; Acesso em 26/03/2016 as 17:55h. HTTP://operamundi.uol.com.br/conteudo/samuel/41702/montreal+1976+nadia+coma neci+alcanca+a+perfeicao+e+conquista+o+primeiro+10+da+historia+da+ginastica.s html; Acesso em 24/04/2016 as 16:14h. OLIVEIRA,G., CHEREM, E. H. L., TUBINO, M. J. G., A Inserção histórica da mulher no esporte; Revista Brasileira de Ciência e Movimento, pp. 117-125, 2008. Acesso em 27/03/2016 as 15:47h. MIRAGAYA, A. As mulheres nos Jogos Olímpicos- Participação e Inclusão Social; Google Acadêmico. Acesso em 05/05/2016 as 15:46h. HTTP://sportv.globo.com/site/programas/almanaque-olimpico/noticia/2015/10/nadia- comaneci-atleta-romena-que-revolucionou-ginastica-com-notas-10.html. Acesso em 13/05/2016 as 19:40h.
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