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APS 3º semestre- "A Revolução Chamada Nádia Comaneci"

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
COMPONENTES DO GRUPO: 
Nome: Alessandro Gonçalves dos Santos RA:C765DJ-3 
Nome: Ana Lucia de Moraes B. R. Forte RA:C59CJC-1 
Nome: Dennis Gustavo Ferreira da Silva RA:C3510E-8 
Nome: Hugo Alecrin G. de Castro RA:C443CA-5 
Nome: Juliana Mayumi Yamatto Delgado RA:C52CBA-9 
Nome: Mariana Cardoso Rodrigues Costa RA:C65620-8 
Nome: Nancy Saraiva de Magalhães RA:C65622-4 
Nome: Pablo Marlon A. C. de Godoi RA:C63GIB-3 
Nome: Stephany Silva de Almeida RA:C454AD-7 
Nome: Thalía Thaís de Oliveira RA:C55870-2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÍTULO: “A Revolução chamada Nádia Comaneci” 
(“Quem foi Nádia Comaneci e sua influencia na Ginástica Artística Feminina”) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTANA DE PARNAÍBA 
2016 
 
 
COMPONENTES DO GRUPO: 
Nome: Alessandro Gonçalves dos Santos RA:C765DJ-3 
Nome: Ana Lucia de Moraes B. R. Forte RA:C59CJC-1 
Nome: Dennis Gustavo Ferreira da Silva RA:C3510E-8 
Nome: Hugo Alecrin G. de Castro RA:C443CA-5 
Nome: Juliana Mayumi Yamatto Delgado RA:C52CBA-9 
Nome: Mariana Cardoso Rodrigues Costa RA:C65620-8 
Nome: Nancy Saraiva de Magalhães RA:C65622-4 
Nome: Pablo Marlon A. C. de Godoi RA:C63GIB-3 
Nome: Stephany Silva de Almeida RA:C454AD-7 
Nome: Thalía Thaís de Oliveira RA:C55870-2 
 
 
 
 
 
 
TÍTULO: “A Revolução chamada Nádia Comaneci” 
 (“Quem foi Nádia Comaneci e sua influência na Ginástica Artística Feminina”) 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório de Atividade Prática Supervisionada 
(APS) elaborado para avaliação no semestre letivo do 
curso de Educação Física apresentado à 
Universidade Paulista - UNIP 
ORIENTADOR: Luiz Antonio Trientini 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTANA DE PARNAÍBA 
2016 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Os Jogos Olímpicos são uma das maiores e mais antigas festas da história da 
humanidade. Iniciaram-se com total restrição a participação de mulheres, pela visão 
de que estas seriam frágeis e deveriam apenas procriar e cuidar da família e do lar. 
No ano de 1976, nos Jogos Olímpicos de Montreal, Nádia Comaneci sagrou-se 
campeã das Barras Paralelas Assimétricas atingindo a nota 10,0 a maior nota 
regulamentada para a competição. 
O trabalho desenvolvido tem por objetivo apresentar o feito da ginasta, 
considerando a nova era inaugurada pela mesma, as novas possibilidades criadas e 
a visibilidade alcançada pelo esporte após Montreal. Abordaremos a história e 
evolução dos Jogos Olímpicos, em conjunto com a marcante e exímia conquista da 
jovem ginasta. Sabe-se que, durante milhares de anos a figura da mulher foi tratada 
como “sexo frágil”, que teria como papel social procriar, trazendo ao mundo crianças 
saudáveis para depois educá-las e cuidar do lar. A sua inserção efetiva na 
sociedade e no mundo esportivo ocorreu após o período da Segunda Guerra, com 
as revoluções sociais. 
2 DESENVOLVIMENTO 
Os Jogos Olímpicos iniciaram-se na Grécia, por volta de 776 A.C., na cidade 
de Olímpia em homenagem aos deuses gregos que, de acordo com a crença, 
residiam no Olimpo, montanha inatingível aos humanos, logo acima de Olímpia. 
Zeus, maior dos deuses era o mais homenageado. Os Jogos eram utilizados de 
forma religiosa, para propagar a paz e a harmonia; aos campeões das competições 
eram dados fama e titulo de herói da sua cidade. Como a competição era 
organizada em prol dos deuses, apenas homens eram autorizados a participar 
sendo que, antes de ser autorizada a participação, uma rigorosa investigação sobre 
a conduta e história do indivíduo era realizada; além disso, antes do inicio dos jogos, 
os participantes chegavam ao templo de Zeus para se prepararem física e 
espiritualmente para as competições. 
As primeiras edições dos Jogos limitavam-se ao que hoje chamamos de 
atletismo, uma única corrida com cerca de 192 metros, depois, incluiu-se a prova de 
400 metros, semelhante a prova atual e o pentatlo, posteriormente o pancrácio, luta 
similar ao boxe atual. Em 600 a.c. , foi construído um templo em homenagem a 
esposa de Zeus, Hera, onde eram depositadas as coroas de louro para os 
campeões. Até 472 a.c., as provas eram realizadas em um único dia, sendo que as 
mulheres eram totalmente proibidas de competir e até mesmo de serem 
espectadoras das atividades. 
Caso as cidades pertencentes a Grécia estivessem em guerra, era declarada 
uma trégua para a realização dos jogos, considerada uma trégua sagrada, que 
concedia uma “licença” aos viajantes a caminho de Olímpia. A invasão romana na 
Grécia promoveu a perca da identidade e força dos jogos, tornando-se uma prática 
entre escravos e animais. Em 392 a.c., o imperador Theodosius I converteu-se ao 
cristianismo e proibiu a prática dos jogos por considerá-los uma prática pagã, 
proibindo também, toda e qualquer forma de atividade considerada pagã. 
Uma personalidade importante para a história da ginástica propriamente dita é 
o professor alemão Johann- Christoph Guts Muths que iniciou a introdução de um 
sistema de exercícios ginásticos nas escolas, com aspectos didático-pedagógicos. A 
ginástica artística propriamente dita iniciou-se com Johann Friedrich Ludwing 
Chistoph Jahn, que sofreu junto ao exército da Prússia a humilhante derrota na 
Batalha de Jena, quando as tropas francesas de Napoleão dizimaram a atual 
Alemanha. Extremamente nacionalista, após a derrota mudou-se para Berlim, 
conquistando a juventude universitária que era levada a uma área arborizada duas 
vezes por semana. A simulação de batalhas entre os alunos ganhou grande adesão. 
Jahn criou o radical idealizado “Turn” para designar a ginástica alemã; Em 
1811 fundou a primeira “praça de turn” chamada de “Turnplatz”, que foi equipada 
com aparelhos já utilizados pelos soldados e com outros que foram criados, para o 
desenvolvimento de força física e moral. No ano seguinte, foi criado o segundo 
“Turnplatz”. Em 1813 o imperador da Prússia decide voltar ao campo de batalha a 
fim de expulsar as tropas de Napoleão, ocasião na qual Janh , seus alunos e 
seguidores se alistaram, obtendo sucesso sob as tropas napoleônicas, tornando-se 
um herói nacional. Logo após este evento, ocorre o Congresso de Viena, que frustra 
o sonho da unificação do território de Janh, que num evento é considerado cúmplice 
de assassinato, sendo preso e exilado. O Bloqueio Ginástico foi decretado logo após 
ao congresso, fechando os turnplatz e censurando totalmente o Turn e sua prática. 
Jahn acreditava que a ginástica era para todos, independente de sua 
condição : “ Caminhar, correr, saltar, lançar, sustentar-se, são exercícios que nadacustam, que podem ser praticados em toda a parte, gratuitamente, como se respira 
o ar” (NUNOMURA e PICCOLO, 2005) 
Eiselen, discípulo mais graduado de Jahn, em meio ao bloqueio, foi o 
responsável por levar a ginástica para dentro de ginásios, estimulando a pratica. 
Diversos discípulos migraram para os países vizinhos divulgando o Turn. Diversos 
equipamentos presentes nos turnplatz foram levados para dentro dos ginásios e 
muitos adaptados, fazendo a ginástica artística como é conhecida hoje. 
Em 1896 os jogos foram reeditados em Atenas pelo educador francês Pierre 
de Frédy, mais conhecido por Barão de Coubertin; fascinado pela cultura e 
comportamento da antiga Grécia, em 1894 convocou uma reunião com cerca de 
nove delegados, cada qual de um respectivo país, expondo seu desejo de 
reorganizar e resgatar os torneios interrompidos a séculos. Após o feito, foi realizada 
a primeira edição dos Jogos Olímpicos da Modernidade, em Atenas. A Ginástica já 
estava presente, com as provas: Barras Paralelas, Barra Fixa, Cavalo com Alças, 
Salto sobre o Cavalo e Subida na Corda Lisa Vertical, sem a presença feminina. 
Miragaya e DaCosta relatam: 
“A prática do esporte e da atividade física lhes 
dava prazer, porém o esporte sempre foi um construto 
masculino do qual muito raramente as mulheres fizeram 
parte. Além disso, crenças tradicionais sempre 
prescreveram que o cansaço físico e a competição eram 
contrários à natureza da mulher. Acreditava-se que o 
lugar da mulher era dentro de casa, num mundo interno 
e particular, tomando conta do lar e dos filhos e que o 
lugar do homem era fora de casa, no mundo externo e 
público, trabalhando para o sustento da família” 
(Miragaya & DaCosta, 2002). 
Coubertin considerava os Jogos local apropriado para representar a figura 
competitiva do homem, por relacioná-lo com as questões do uso da força, sua 
virilidade, coragem, masculinidade e moralidade, não cabendo as mulheres 
contemplar os jogos com seu suor, apenas coroando os vencedores. De acordo com 
Miragaya e DaCosta: 
 “Coubertin tenha também resgatado com isso o 
espírito do herói olímpico, que tem inspirado atletas do 
mundo todo por décadas. Não houve o resgate da figura 
da heroína por que na realidade ela nunca existiu” 
(Miragaya & DaCosta, 2006). 
 
Uma personalidade talvez pouco conhecida é Stamat Revith, grega de origem 
pobre que percorreu a maratona no dia seguinte a realização da prova de forma 
extra-oficial, tendo melhor desempenho que muitos participantes homens. Sua 
entrada no Ginásio Olímpico não foi permitida, terminando o percurso pelo lado de 
fora; foi apelidada de Melpomene, deusa grega da tragédia, lembrando apenas o 
drama, não seu feito que possibilitou o inicio da luta da mulher pelo seu espaço no 
esporte. 
Pierre tornou-se presidente do Comitê Olímpico Internacional e declarou: “Eu 
continuo contra a participação das mulheres nos Jogos Olímpicos. Elas foram 
incluídas em grandes números contra a minha vontade”. Em 1924, os jogos passam 
a ter um programa olímpico, onde a ginástica se tornou parte constituinte, em Paris. 
No ano de 1928 as mulheres aparecem pela primeira vez na Ginástica, nos Jogos 
Olímpicos de Amisterdã. Nas Olimpíadas de 1952 a Ginástica Artística passa a ser 
esporte, com regras definidas para a arbitragem, aparelhagem, entre outras e houve 
a primeira competição feminina individual (antes as competições realizadas eram 
apenas por equipe); 
Na década de 1970, duas ginastas obtiveram grande destaque: Olga Korbut e 
Nadia Comaneci, personalidade da qual teremos maior atenção. Ambas com feições 
infantis iniciaram a era das “pequenas grandes ginastas”. Olga iniciou a presença da 
figura infantil em grandes competições, com 17 anos nos Jogos Olímpicos de 1972, 
tornou-se sensação mundial. Nádia sagrou-se Campeã Olímpica com apenas 14 
anos, obtendo a primeira nota 10 em uma competição ginástica, maior nota 
regulamentada na época, elevando o nível de competência técnica, promovendo 
uma revolução no esporte. 
Nádia Elena Comaneci, primeira filha de Gheorghe e Stefania Alexandrina, 
natural da cidade de Onesti na Romênia, nascida no dia 12 de novembro de 1961, 
herdou este nome em homenagem a uma heroína de um filme que sua mãe havia 
assistido, que é um diminutivo do russo “Nadiejda”, que significa esperança. Desde 
pequena, a menina que mais tarde se tornaria um símbolo olímpico, sempre gostou 
de saltar, iniciando estes movimentos nos sofás de sua casa. Aos seis anos de 
idade, brincando com uma amiga, foi vista pelo treinador Béla Kaloryi, que as perdeu 
de vista após o sinal da escola tocar. Fascinado com os possíveis talentos que havia 
avistado, Béla adentrou o colégio a procura das garotas, passando de sala em sala. 
Na terceira tentativa, encontrou as duas e as convidou para realizar um teste 
visando entrarem para o mundo da ginástica. 
O teste consistia em andar na Trave, aparelho que a grande maioria das 
crianças tem medo, Nadia desenvolveu o teste com maestria, andou, saltou e 
cumpriu com todos os requisitos necessários; foi recrutada para iniciar seu 
treinamento com Béla e sua esposa Marta. Após o recrutamento, Béla declarou : 
“Ela não conhece o medo!”. Nádia entrou para a equipe de treinamento aos sete 
anos, quando passou a treinar seis dias por semana durante quatro horas; era a 
primeira a chegar, aquecer e aprimorar seus movimentos, visando o 
aperfeiçoamento técnico e elevação da dificuldade. 
Apta a competir, Comaneci disputou inicialmente o Campeonato Nacional 
Romeno, ficando com a 13º colocação; pouco tempo depois, entrou para a equipe 
junior de sua cidade, sendo a mais jovem atleta a conquistar um ouro no 
campeonato. Em 1971, foi realizado o campeonato Romênia X Iugoslávia, primeira 
competição internacional de Nadia, que conquistou seu primeiro título individual 
geral e teve grande contribuição para a conquista do ouro por equipe. Nos anos 
seguintes Nádia esteve em constante evolução, participando de diversos encontros 
com Itália, Hungria e Polônia e campeonatos nacionais. 
Em 1973,no Torneio da Amizade Júnior, competição mais importante para a 
ginastas da época na sua categoria, Nádia obteve excelentes resultados, vencendo 
o concurso geral nas Barras Paralelas Assimétricas, que mais tarde se tornariam sua 
especialidade e no Salto sobre o Cavalo, hoje, Salto sobre a Mesa. Em 1975 
participou do Campeonato Europeu realizado na Noruega, onde conquistou o 
individual geral e as provas no salto, nas Barras Paralelas Assimétricas e na Trave, 
ficando com a prata no Solo. Neste mesmo ano, ainda participou no Champions All, 
ficando com a primeira colocação no concurso geral; Campeonato Nacional 
Romeno, conquistou o ouro no individual geral, na trave, na paralelas e no salto, 
ficando na segunda colocação mais uma vez no solo. Na disputa do Pré-olímpico, 
Nadia conquistou o individual geral e as Barras Paralelas Assimétricas, sendo prata 
no solo e no salto e terceira colocada na trave. 
Meses antes dos Jogos Olímpicos de Montreal, a empresa responsável pela 
exibição dos placares de pontuação procurou o Comitê Olímpico Internacional para 
propor uma mudança nos placares, que exibiam apenas três dígitos para quatro 
dígitos; o COI decidiu pela manutenção dos placares, considerando que seria 
impossível um atleta atingir a pontuação máxima 10,00. 
O ano dourado de Nádia, 1976. Após cinco anos na categoria Junior, Nadia 
adentrou a categoria sênior, o que permitiu a sua participação nos Jogos Olímpicos 
de Montreal. No inicio do ano, Nadia participou da primeira edição da Copa América, 
realizada no Madison Square Garden, ocasião na qual conheceu o atleta Bart Coner, 
em Nova York; Atingiu suas primeirasnotas dez e realizou pela primeira vez um 
duplo mortal invertido como saída das Barras Paralelas Assimétricas. Com 152 cm e 
39Kg, teve sua fama e reconhecimento mundial nos Jogos Olímpicos de Montreal, 
quando realizou movimentos elegantes e de precisão técnica impressionantes, 
obtendo o primeiro 10,0 em Olimpíada. 
Aos quinze anos, foi eleita personalidade do ano dentre os componentes de 
sua categoria, escolhida atleta feminina geral do ano e figurou as capas das revistas 
Times e Sport Illustrade. No ano seguinte a conquista inédita, Nadia tornou-se 
octacampeã por equipes e no concurso geral, após vencer outros três duelos contra 
a Espanha, França e Estados Unidos. Ainda internacionalmente, a ginasta manteve 
seu bom desempenho, conquistando o ouro no individual geral no Campeonato 
Europeu de Praga, além do primeiro lugar nas Paralelas Assimétricas empatada 
com a soviética Elena Mukhina e uma prata no salto; em contrapartida, uma ordem 
do governante romeno Ceausescu obrigou toda a equipe a retornar imediatamente 
ao país, abandonando os eventos finais da Trave de Equilíbrio e do Solo. Uma 
segunda ordem do governante obrigou os atletas a abandonarem seus treinadores 
assim que chegaram ao país, passando a ter como espaço de treinamento o 
complexo esportivo escolhido pelo governante. 
O acontecimento prejudicou o desempenho de Nadia no Campeonato Mundial 
do ano seguinte e em outras competições. No fim de 1977, a equipe romena 
participou de uma turnê entre Estados Unidos e México, ocasião na qual a ginasta 
continuou chamando grande atenção, embora apresenta-se maior altura e mais 
desenvolvimento físico. O governante “confiscou” Nadia como patrimônio nacional, 
obrigando-a a residir no complexo esportivo. Em 1978, ela é autorizada a voltar a 
treinar com os Kalory, e em 1979 torna-se a primeira ginasta, entre os atletas 
femininos e masculinos, tri-campeã europeia. Em 1980, participou das Olimpíadas 
de Moscou e do duelo Romênia X Itália. Em 1981, participou de uma turnê de 
exibição gímnica nos Estados Unidos e na Universidade de Bucareste. 
Encerrou sua carreira aos vinte anos, porém, sua despedida oficial ocorreu 
em 1984, em Bucareste a pedido do Comitê Olímpico Internacional. Embora 
aposentada, foi convidada para assistir os Jogos de Los Angeles, o governo, ainda 
liderado pelo governante que obrigou o retorno da equipe, vigiou todos os passos de 
Nadia, seu telefone foi grampeado e sua correspondência confiscada. A revolta 
contra o governo durou até 1989 (quando o governo opressor foi derrubado e o 
governante executado), obrigando a atleta a fugir. Partiu de seu país natal, junto a 
um grupo de atletas, atravessando a Hungria e Áustria com destino aos Estados 
Unidos. O compatriota Constatin Paneti, estava a sua espera em solo americano, o 
que Nadia não esperava era que viveria pesadelos após sua entrada no estrangeiro. 
Constantin Paneti via na atleta a possibilidade de enriquecer, vendendo 
entrevistas e aparições públicas, manteve em cativeiro, extorquiu e explorou Nadia, 
arrecadando dinheiro por cerca de um ano. Com a ajuda de dois amigos, ela 
consegue escapar e volta a Montreal. Reencontra o agora ex-ginasta Bart Coner, 
que a ajuda a se reestabelecer e estruturar-se; mais tarde, eles se casam em 
Bucareste. Juntos, Nadia e Bart abriram uma academia de ginástica e colaboram 
com a revista “International Gymnast”, revista mais vendida sobre ginástica no 
mundo, possuem uma empresa que fabrica materiais e uniformes ginásticos, assim 
como auxiliam algumas instituições nos Estados Unidos e na Romênia. 
Em 2006, nasceu o primeiro e único filho do casal, Dylan. Eles viajam o 
mundo promovendo a ginástica, o esporte e a qualidade de vida promovida por 
estes. A responsabilidade carregada por Nádia desde muito cedo, a tornou não 
apenas uma ginasta completa, mas também uma pessoa excepcional, suas 
conquistas não implicam apenas na fama que foi conquistada, nem tampouco o que 
foi ganho monetariamente com isto, como a própria afirma: 
 “Basicamente, eu tenho minha vida hoje como 
resultado do que fiz enquanto criança. O que eu perdi, 
sim perdi os passeios no shopping acho, mas isso não é 
grande coisa porquê você não ganha medalha por isso” 
(Nadia Comaneci) 
 A conquista de Nádia em Montreal 1976 se tornou uma revolução no esporte, 
na ginástica artística em si, se transformou no momento em que aquela criança 
conquistou a nota mais alta regulamentada para a época, em que, o feito foi tão 
grande que o placar não pode mostrar a real nota daquela apresentação 
espetacular. Após a “nota perfeita” ter sido alcançada, diversos paradigmas foram 
derrubados e o Comitê Olímpico Internacional foi obrigado a rever seus conceitos de 
pontuação. 
 O “dez” conquistado inicialmente por Nádia, passou a ser banalizado por 
parte dos árbitros, que acabaram não definindo um conceito universal para a nota. A 
cada Ciclo Olímpico, de quatro em quatro anos, o Comitê se reúne para discutir os 
caminhos que o esporte deve seguir, o que deve ser valorizado, o que não pode ser 
perdido e o que deve ser exigido. Hoje, a nota de um atleta é composta por dois 
painéis, o Painel D, que analisa a Dificuldade dos movimentos executados e o Painel 
E, que analisa minuciosamente o movimento e a forma de execução deste. A nota é 
composta pela soma destes dois painéis, não existindo mais uma nota a ser batida. 
 A Ginástica Artística é um esporte que pode ser utilizado das mais variadas 
formas, seja para preparação física, seja para diversão e para alto rendimento. Uma 
execução técnica apurada depende de horas diárias de treinamento e anos dentro 
dos ginásios. O indivíduo que se torna atleta, mais especificamente ginasta, não 
está preocupado apenas com a sua saúde, seu foco é principalmente em seus 
resultados, sendo assim, não é apenas a conquista de determinado campeonato que 
o move, também existe o reconhecimento que ele ganha a partir desta conquista. 
Após árduos períodos de treinamento, sagrar-se campeão é uma honra, que é 
motivação para cada treino. 
 Béla Kalory encontrou por acaso uma ginasta brilhante, que não demonstrou 
medo de nenhum desafio. Nadia Comeneci, tornou-se um ícone para o esporte 
mundial, não apenas por sua conquista inédita, mas também , por sua postura 
dentro e fora das competições; ela, tem como maior orgulho, o reconhecimento que 
recebeu por isso: “ Meu maior orgulho é que se lembrem de mim”. 
 
3 CONCLUSÃO 
 A ginástica está presente na vida do homem deste a antiguidade, com a 
evolução da sociedade, o retorno dos Jogos Olímpicos na era moderna pode-se 
afirmar que o esporte está presente na essência humana. Desta forma, a ginástica 
encontra seus caminhos e sua evolução nos desafios criados a cada novo treino, de 
todos os que a utilizam de diferentes formas. 
 A ex-ginasta Nadia Comaneci revolucionou o esporte não apenas por desafiar 
a si mesma a quebrar barreiras, físicas e psicológicas. Seu treinador afirmou, “Nadia 
não te medo” e ela, durante toda a sua trajetória confirmou o que foi lhe dado como 
sinônimo. É, sem sombra de dúvida, uma das maiores atletas olímpicas de toda a 
história e uma inspiração para todos aqueles que se interessam em conquistar seus 
objetivos, lutando a cada dia, seja em seu trabalho ou no mundo do esporte de alto 
rendimento, o sucesso é construído a partir de pequenos passos, vencendo grandes 
desafios. 
 O reconhecimento que ela obteve, mostra que, não apenas os primeiros 
campeões obtém sempre a vitória, quem acreditaria que a menina 13º colocada se 
tornaria o maior nome olímpico já visto. O legado que Nádia deixou, pode ser 
retratado como inspiração e crença, que nada pode ser alcançado sem luta,treino e 
esforço, que o responsável pela realização dos seus sonhos é apenas si próprio. 
4 REFERÊNCIAS 
NUNOMURA,M., PICCOLO,N. , LÉNI, V., Compreendendo a Ginástica Artística- 
Editora Phorte, SP 2005. 
HTTP://www.educaçãofisica.com.br/esportes/jogos-olimpicos2/origem-dos-jogos-
olimpicos/ , Acesso em 11/05/2016 as 21:30h. 
HTTP://sportv.globo.com/site/programas/almanaque-olimpico/noticia/2015/10/nadia-
comaneci-atleta-romena-que-revolucionou-ginastica-com-notas-10.html; Acesso em 
10/05/2016 as 18:17h. 
 
HTTP://operamundi.uol.com.br/conteudo/samuel/41702/montreal+1976+nadia+coma
neci+alcanca+a+perfeicao+e+conquista+o+primeiro+10+da+historia+da+ginastica.s
html; Acesso em 10/05/2016 as 15:05h. 
 
HTTP://www.terra.com.br/esportes/atletas/nadia.html; Acesso em 09/04/2016 as 
18:11h. 
 
HTTP://www.bartandnadia.com/index.php?nadia-comaneci; Acesso em 27/03 as 
18:38h. 
NUNOMURA,M. , FERREIRA FILHO, R. A., TSUKAMOTO, M. H. C., Ginástica 
Artística e estatura: Mitos e verdades na sociedade brasileira; Revista Mackenzie de 
Educação Física e Esporte – 2006, p.21-31. Acesso em 27/03/2016 as 17:42h 
KERR, R. The Impact of Nadia Comaneci on the Sport of Women’s Artistic 
Gymnastics., Sports Traditions, vol.23 n.1, November 2006 pp. 87-102. Publish by 
the Australian Society of Sports History; Acesso em 27/03/2016 as 17:36h. 
NUNOMURA, M., SANTOS OLIVEIRA, M., Centro de Excelência e ginástica Artística 
Feminina: a Perspectiva dos técnicos brasileiros. Revista Motriz, Rio Claro, v.18 n.2 
pp. 378-392, abr/jun- 2012. Acesso em 27/03/2016 as 17:27h. 
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comaneci-atleta-romena-que-revolucionou-ginastica-com-notas-10.html; Acesso em 
09/05/2016 as 17:28h. 
HTTP://atarde.uol.com.br/cienciaevida/noticias/1524000-saiba-mais-sobre-os-
transtornos-alimentares; Acesso em 10/05/2016 as 15:00h. 
HTTP://www.scielo.br/pdf/motriz/v18n2/v18n2a18; Acesso em 08/05/2016 as 16:47h. 
HTTP://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteu
do=80; Acesso em 11/05/2016 as 18:26h. 
HTTP://acritica.uol.com.br/craque/Manaus-Amazonas-Amazonia-Nadia-Comaneci-
ginastica-artistica-mundial_0_724127589.html; Acesso em 26/03/2016 as 17:55h. 
HTTP://operamundi.uol.com.br/conteudo/samuel/41702/montreal+1976+nadia+coma
neci+alcanca+a+perfeicao+e+conquista+o+primeiro+10+da+historia+da+ginastica.s
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