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Farmacologia da Insuficiência Cardíaca

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Profº Douglas Cobo Micheli- 2014 
Disciplina de Farmacologia
Farmacologia do Sistema Cardiovascular: 
Insuficiência Cardíaca
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Insuficiência Cardíaca Congestiva
Representa uma síndrome complexa em que o
coração doente se mostra incapaz de fornecer o Débito
cardíaco (DC) que atenda a necessidade dos órgãos e
tecidos periféricos, ou só é capaz de fazê-lo sob
condições de alta pressões de enchimento de suas
câmaras.
Etiologia Insuficiência Cardíaca
Congênitas
Valvares
(Insuf. Mitral e Aortica) Miocárdicas
(IAM, Miocardítes)
Hipertensão
Arterial
Inflamatória
Infecciosas
Tóxicas
(Álcool)
Fisiopatologia 
Insuficiência Cardíaca 
Compensação Neuro-humoral reflexa envolvendo dois mecanismos principais:
Resposta hormonal Renina-Angiotensina-Aldosterona e SNS
Se DC
reduzido
ICC
Redução PA
Redução FSR
Vasoconstrição
Renal
Renina
Aldosterona
Angiotensina I
Angiotensina II
ECA
Retenção
Na e Água
Pré-carga
Elevada 
Edema
Aumento Tônus
Simpático
Vasoconstrição
Pós-carga
Aumentada
Compensação
Insuficiência Cardíaca Congestiva
Dilatação e deformação do VE, hipertrofia e perda progressiva de miócitos (apoptose)
e excesso de colágeno intersticial.
Volemia
Resistência Vascular 
Periférica e Aórtica
Apresentação Clínica da ICC
Falência Ventricular Esquerda
 Congestão Pulmonar (Hiperemia) :
 Dispnéia;
 Tosse.
Falência Ventricular Direita
 Estase de Jugulares;
 Congestão Hepática (Hiperemia) ;
 Edemas Membros Inferiores.
Sensações de 
fadiga, redução DC
Classificação Funcional da ICC
New York Heart Association
Classe I Assintomático em atividades habituais -
Classe II Assintomático em repouso,
Sintomas diante de grandes esforços
Atividade física limitada: andar 
rápido, subir escadas, carregar 
compras
Classe III Sintomas nas atividades menores que 
as habituais (mínimo esforço)
Acentuada limitação física: tomar 
banho, se vestir, higiene pessoal
Classe IV Sintomas em repouso -
Estágios da IC em Adultos
New York Heart Association
Alto 
Risco
para IC
Cardiopatia
Estrutural
S/ Sintomas
Cardiopatia
Estrutural
C/ Sintomas
IC
Refratária
H A
Coronariopatia
Diabetes Mellitus
Alcoolismo
Febre reumática
HF de 
Miocardiopatia
Hipertrofia VE
Dilatação VE
Fração Ejeção VE < 40%
Valvulopatia assint.
IAM prévio
Dispnéia ou
fadiga por Disf. VE
Assintomáticos em
tratamento para IC
Hospitalização Frequente
Inotrópicos (ev)
Suporte Mecânico Vent.
Aguardando Transplante
A
B C
D
Tratamento Insuficiência Cardíaca
Tratamento Não Farmacológico
Acompanhamento Nutricional
Restrição Sódica 2 a 3 g/dia
1.000 a 1.500 ml em
pacientes sintomáticos
Equipe Multidisciplinar
Objetivo do Tratamento Farmacológico na IC
Controlar os Sintomas
 Melhorar a qualidade de vida.
Controlar a Ativação Neuro-Humonal:
 O estresse sobre a parede ventricular;
 O remodelamento cardíaco;
 A progressão da doença;
 A morbidade e mortalidade.
Controlar a Retenção Hídrica
Tratamento Farmacológico da IC
Os fármacos utilizados para o tratamento da ICC podem
ser agrupados:
 Agentes Inotrópicos
 Agentes Diuréticos;
 Agentes Vasodilatadores;
 Beta-bloqueadores.
Agentes Inotrópicos
Tratamento Farmacológico da IC
Agentes Inotrópicos:
Tem por finalidade aumentar a contratilidade miocárdica
que se encontra deprimida nos casos de IC do tipo
sistólico, possibilitando uma maior eficácia cardíaca.
Classificação:
Agentes Inotrópicos Digitálicos e Não-digitálicos
Tratamento Farmacológico da IC
Agentes Inotrópicos Digitálicos :
São empregados para o tratamento da Insuficiência
Cardíaca há mais de 200 anos, extraídos de plantas da
família das dedaleiras: Digitalis lanata e Digitalis purpurea,
daí se chamarem Digitálicos.
Agentes Inotrópicos Digitálicos
Mecanismo de ação:
Sua ação inotrópica positiva se deve, em última
análise, ao favorecimento que proporciona da
disponibilidade de cálcio junto às proteínas contráteis, do
que resulta a dissociação de tropomiosina e maior
possibilidade de sítios de interação entre actina e miosina.
Etiologia Insuficiência Cardíaca 
[ Na]
Digitálicos
-
[ Ca]
-
Permutador de Na/Ca 
Membrana Sarcoplasmática
Contratilidade
Agentes Inotrópicos Digitálicos
Absorção Meia-vida Eliminção Dose Diária
Digitálico VO Plasmática
Digoxina 55 a 75% 36 a 48h Renal e GI 0,125 a 0,25 mg
Digitoxina 90 a 100% 4 a 6d Hepática 0,1mg
Indicação Clinica: todos os casos de IC com disfunção
sistólica sintomática, prevenção de arritmias.
Agentes Inotrópicos Digitálicos
Efeitos Indesejáveis:
Tem sua ação em todos os tecidos excitáveis, incluindo o
Músculo Liso e SNC, o TGI é o local mais comum de
toxicidade dos digitálicos fora do coração:
Anorexia;
Náuseas;
Vômitos;
Diarréia.
Agentes Inotrópicos Digitálicos
Interações com o Potássio e o Cálcio
O Potássio extracelular aumentado reduz o efeito dos
digitálicos:
Digitálico Na/K ATPase
Hiperpotassemia
Hipopotassemia
[ Na] [ Ca]
Contratilidade
-
+
-
Agentes Inotrópicos Digitálicos
Interações com o Potássio e o Cálcio
O íon de cálcio facilita as ações tóxicas dos digitálicos
acelerando a sobrecarga dos estoques intracelulares.
Digitálico Na/K ATPase
Hipercalcemia
[ Na] [ Ca]
Contratilidade
-
ArritmiaToxicidade
Agentes Inotrópicos Não-Digitálicos
Inibidores da Fosfodiesterase:
Inanrinona e Milrinona
Mecanismo de Ação: impede a ação de degradação da enzima AMPc,
aumentando assim o seu conteúdo potencializando a contractilidade
cardíaca e vasodilatação.
Indicação Clínica: IC aguda ou IC Crônica
Efeitos Adversos: Náuseas, vômitos, arritimias, trombocitopenia e
alterações nas enzimas hepáticas.
Agentes Diuréticos
Agentes Diuréticos
São agentes efetivos no controle de sintomas da IC
empregados rotineiramente, principalmente na existência
de edemas.
Disponíveis para uso clínico:
 Tiazídicos;
 Diuréticos de Alça;
 Poupadores de K.
Clorotiazida e Hidroclorotiazida 25 a 50 mg/dia Via Oral
Agentes Diuréticos - Tiazídicos
Mecanismo de Ação 
Agem impedindo a
reabsorção de Na no TCD,
contra indicado na presença
de IR.
Agentes Diuréticos - Tiazídicos
Uso Clínico:
Úteis na IC leve e associados à diuréticos de Alça em casos
de IC refrataria.
Efeito Adverso:
Hipocalemia e Hipomagnesemia (particularmente
importante na ICC, dado o uso concomitante a Digitálicos
pode potenciar arritmias) diabetogênico, aumento do Col-T
e Triglicerídeos.
Furosemida, Bumetamida e Torsemida
Agentes Diuréticos de Alça
Mecanismo de Ação:
Agem no ramo ascendente da
Alça de Henle inibindo a Pt
responsável pelo transporte
Na/K/Cl, são diuréticos
potentes atuando mesmo
com a função renal
comprometida.
Agentes Diuréticos de Alça
Uso Clínico: São usados de forma dose dependente, nas 
formas mais intensas de ICC;
Efeito Adverso: Hipocalemia, Hipomagnesemia, 
Hipocalcemia, Urecemia, Diabetogênico.
Furosemida : 40 a 80mg 1 ou 2x tomadas ao dia Via Oral 
por via endovenosa em casos de situações 
agudas edematosas.
Agentes Diuréticos Poupadores de K
Amilorida
Mecanismo de Ação:
Age nos Túbulos Coletores impedindo a reabsorção de Na e
a eliminação de K.
Uso Clínico: é pouco potente porém se associado ao
tiazídico promovem a retenção de K e Mg.
Efeito Adverso: elevação do K principalmente na IR
Amilorida e Espironolactona
Agentes Diuréticos Poupadores de K
Espironolactona
Mecanismo deAção:
Antagonista da Aldosterona, bloqueando seus receptores
no TCD, facilitando a excreção de Na e a retenção de K.
Uso Clínico: é mais eficaz nas grande elevações de
aldosterona. (ascites associadas a hepatopatias)
Efeito Adverso: Indução da ginecomastia e elevação do K
principalmente na IR
Amilorida e Espironolactona
Agentes Diuréticos Poupadores de K
Inibidores de Aldosterona
Aldosterona (20x na IC)
Retenção de Na¹
Retenção de H²O
Excreção de K¹
Excreção de Mg²
Excreta
Edema
Retém
ESPIRONOLACTONA
X
X
Agentes Vasodilatadores
Agentes Vasodilatadores
Mecanismo de Ação:
Inibição da enzima conversora de angiotensina que resulta
na diminuição da produção de Angiotensina II e por outro
lado o acúmulo de bradicinina, já que a ECA é uma cinase 2
que atua tanto no sistema renina-angiotensina (SRA) como
no sistema Calicreína-bradicinina.
Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina - IECA
Ação dos I- ECA da IC
Angiotensina
Angiotensina I
Renina
Angiotensina II
Vasoconstrição 
Aumento da resistência 
vascular periférica
ECA
Cininogênio
Bradicinina
Produto
Inativo
Aumento da Síntese
Prostaglandina
Vasodilatação
Diminuição da resistência 
vascular periférica
I-ECA
Calicreina
X
XX
Ação dos I- ECA da IC
Indicação Clínica: IC sistólica de todos os graus e pacientes 
com DV assintomático.
Efeitos Adversoso: Tosse seca ( acumulo pulmonar de 
bradicinina)
Bloqueadores de AT1
Crescimento 
Vascular 
Hiperplasia e 
Hipertrofia
Vasoconstrição
direta aumento 
da liberação de 
Noradrenalina
Retenção de 
Sal: Secreção 
de Aldosterona
e reabsorção de 
Sódio
Indicação Clínica: pacientes
com IC sintomáticos em uso de
Beta-B ou IECA, no caso de
intolerância aos IECA
Agentes Betabloqueadores
β-Bloqueadores
Indicação: IC com Deficiência Sistólica VE; pacientes com
sintomas Classe II e III associados iECA ou AT1 e aos
diuréticos.
Efeitos
 Redução da FC
 Controle da PA
 Controle de arritmias
Diminuição da renina
β-Bloqueadores
Efeitos Adversos: Broncoconstrição, Cansaço, Fraqueza, depressão, 
Extremidades Frias, Hipoglicemia.
* Ajustado a cada 7 ou 14 dias
Tratamento Farmacológico da IC
Estágio de 
Evolução da IC Alteração Estrutural Classe Funcional Tratamento
Presença de fatores de risco
A HA, DM e Hipertrofia Assintomático Fatores de Risco
Sem alteração estrutural
Disfunção Sistólica sem Assintomático I- ECA
B desenvolvimento de sintomas Betabloqueadores
C Disfunção Sistólica com sintomas I, II, III Diuréticos
I-ECA
Betabloqueadores
Digitálicos
Espironolactona
D Isuficiência Cardíaca Refratária IV Todos os acima e 
inotrópicos (iv)
Suporte hemodinâmico
Lista de Transplante
Profº Douglas Cobo Micheli- 2014 
Disciplina de Farmacologia
Farmacologia do Sistema Cardiovascular: 
Insuficiência Cardíaca
Universidade Federal do Triângulo Mineiro

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