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Exsicata: técnicas para elaboração

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MANEJO FLORESTAL – DEF/UFV Prof. Agostinho Lopes de Souza 
 1 
TÉCNICAS DE COLETAS, HERBORIZAÇÃO E INVENTÁRIO 
FLORÍSTICO DE ARBÓREAS 
 
 
Ana Patrícia Cota 
 
ÍNDICE 
Página 
 
1. APRESENTAÇÃO ............................................................................... 2 
2. PRELIMINARES ................................................................................. 2 
2.1. Nível de detalhamento ...................................................................... 2 
2.2. Definição da área e época de coleta .................................................. 2 
2.3. Alguns cuidados durante a coleta...................................................... 3 
2.4. Variações morfológicas .................................................................... 3 
3. TÉCNICAS DE COLETA .................................................................... 3 
3.1. Materiais auxiliares utilizados para a coleta ..................................... 3 
3.2. Métodos usuais para Coleta botânica de arbóreas ............................. 4 
3.2.1. Tesoura de alta poda (Podão) ................................................... 4 
3.2.2. Escalada................................................................................... 5 
3.2.3. Esporão.................................................................................... 5 
3.2.4. Escada de alumínio .................................................................. 6 
3.2.5. Espingarda ............................................................................... 7 
4. HERBORIZAÇÃO DE MATERIAL BOTÂNICO ................................ 7 
4.1. Materiais utilizados na herborização................................................. 7 
4.2. Montagem das exsicatas ................................................................... 8 
5. IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA ........................................................... 12 
5.1. O herbário......................................................................................... 12 
5.2. A literatura........................................................................................ 14 
5.3. Os especialistas................................................................................. 15 
6. ELABORAÇÃO DA LISTA DE TÁXONS .......................................... 16 
6.1. Sistema taxonômico.......................................................................... 16 
6.2. Grafia e autores................................................................................. 16 
6.3. Sinônimias ........................................................................................ 16 
7. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS................................... 16 
7.1. Análise Simples (qualitativa)............................................................ 16 
7.1.1. Espectro biológico ................................................................... 17 
7.1.2. Construção de perfis ................................................................ 18 
7.2. Análises Comparativas ..................................................................... 19 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................... 21 
MANEJO FLORESTAL – DEF/UFV Prof. Agostinho Lopes de Souza 
 2 
1. APRESENTAÇÃO 
 O presente trabalho tem como objetivo, dar uma abordagem geral acerca dos 
procedimentos para execução de levantamentos florísticos de espécies arbóreas, sem 
contudo pretender esgotar os diversos assuntos abordados. 
2. PRELIMINARES 
 Os inventários florísticos em vegetações tropicais, em função principalmente da 
alta diversidade, são geralmente conduzidos por estudiosos botânicos e sistemátas, afim 
de se chegar à correta identidade das espécies vegetais, delineando assim a composição 
de uma dada vegetação. 
 Estes levantamentos devem ser realizados com critérios, dado sua extrema 
importância, sendo preliminares à elaboração de uma série de estudos de cunho 
ambiental como, recomposição vegetal, estudos de ecologia de comunidades, planos de 
manejo florestal, planos de gestão de unidades de conservação, dentre outros. 
2.1. Nível de detalhamento 
O nível de detalhamento desses levantamentos, serão definidos a priori de 
acordo com os objetivos de cada estudo, e principalmente com o recurso financeiro 
disponível. Esses levantamentos podem ainda contemplar uma ou mais formas de vida, 
desde espécies arbóreas (objeto de enfoque deste trabalho), passando pelas espécies 
herbáceas, lianas, até as epífitas. 
 O nível de abordagem ou nível de inclusão dos indivíduos a serem amostrados 
nestes estudos, precisam também ser definidos a priori, variando de acordo com os 
objetivos e com o recurso financeiro disponível, uma vez que quanto menor o nível de 
inclusão, maiores serão os gastos para o levantamento. Alguns estudos, como por 
exemplo a elaboração de planos de manejo florestal para o estado de Minas Gerais 
(portaria do IEF Nº 054, de 25 de agosto de 1997), já determina o nível de inclusão a ser 
utilizado neste tipo de estudo, devendo ser mensurados os indivíduos com DAP 
(diâmetro à altura do peito) maior ou igual à 5,0 cm. 
2.2. Definição da área e época de coleta 
 Para realização de um bom levantamento florístico, o primeiro passo é definir a 
área a ser estuda, de modo que esta seja representativa, e que permita atender aos 
objetivos propostos por cada estudo. Definida a área, torna-se necessário estabelecer a 
época e o horário em que serão feitas as expedições de campo, que dependerá por sua 
vez da fisionomia da vegetação. Evitar períodos de chuvas e preferir épocas que 
antecedam as perdas das folhas (em fisionomias deciduais ou semideciduais), optar 
pelos trabalhos de coletas no período da manhã, e por coletar em estações como 
primavera-verão, apesar de na maioria das vezes ser necessário o monitoramento de 
alguns indivíduos ao longo do ano, para obter material fértil. 
MANEJO FLORESTAL – DEF/UFV Prof. Agostinho Lopes de Souza 
 3 
2.3. Alguns cuidados durante a coleta 
A equipe de campo deve contar, se possível, com um bom mateiro conhecedor 
da flora local. Recomenda-se para isso, avaliar com cautela se o mateiro reconhece as 
mesmas espécies com o mesmo nome vulgar, dinamizando o levantamento e evitando-
se resultados duvidosos. Além do mateiro, a equipe de campo deve contar com um 
coletor experiente, pois não raro encontram-se copas emaranhadas de cipós, devendo 
certificar que está coletando material da árvore que deseja. 
Deve-se dar preferência para coletas de ramos completos, procurando coletar 
exemplares com flores e frutos, se ocorrer, e em quantidade suficiente para montar uma 
exsicata contendo em torno de três a cinco duplicatas. 
No caso de plantas dióicas, procurar coletar tanto do indivíduo feminino quanto 
do masculino, no sentido de facilitar a identificação, sendo normalmente encontrados os 
indivíduos de uma espécie dióica, próximos aos outros, facilitando a procura. 
2.4. Variações morfológicas 
 Uma outra situação normalmente encontrada em campo, são as grandes 
variações morfológicas que algumas espécies apresentam, variando desde consistência 
da folha, tamanho, até espécies que apresentam em um mesmo indivíduo folhas simples 
e compostas, paripenadas e imparipenadas. Neste caso, deve-se coletar os diversos tipos 
de variação encontradas, tomando-se o cuidado de registrar que se tratam de um mesmo 
indivíduo. 
 
3. TÉCNICAS DE COLETA 
3.1. Materiais auxiliares utilizados para a coleta 
• Binóculo: Auxilia o profissional na localização de material fértil, bem como na 
própria identificação das espécies em campo. 
• Tesoura de poda: Utilizada para redução do material coletado, à apenas o tamanho e 
número necessário para montagem das exsicatas. 
• Caderno de coleta: Permite fazer anotações, que irão facilitar a posterior 
identificaçãodos materiais botânicos coletados. Deverão ser anotados, o local e a 
data de coleta, o coletor, o tipo de vegetação (se cerrado, mata estacional 
semidecidual, etc.), o hábito de crescimento, o número do indivíduo (se for o caso), 
o nome vulgar regional e principalmente as características do indivíduo que são 
perdidas nas coletas, como por exemplo: tipo de tronco (se fissurado, estriado, em 
placas, etc.), cheiro, presença de látex, cor da flor, etc. 
• Caneta: Utilizada tanto para anotação, como para marcar os materiais vegetativos 
coletados. 
• Fita crepe: Todo material botânico coletado, deverá ser identificado com auxílio de 
uma fita crepe, contendo o número do indivíduo. 
• Saco de plástico: Utilizado para acondicionar em campo o material coletado. 
• Canivete: Auxilia na constatação de determinadas características em campo, como 
retirada de casca para averiguar cor e odores, verificação da presença de látex, etc. 
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 4 
3.2. Métodos usuais para Coleta botânica de arbóreas 
3.2.1. Tesoura de alta poda (Podão) 
Um dos métodos mais usuais para coleta de plantas arbóreas (Fig.1), consiste no 
uso de ganchos ou tesouras de poda acopladas à uma das extremidades de uma vara de 
alumínio, de aproximadamente 2 m, que acopladas às outras varas de tamanho igual, 
permite alcançar uma altura de até 9 m. A coleta se dá por tração mecânica de um cordel 
amarada à tesoura de poda. 
 
Vantagens 
• Relativamente de baixo custo 
• De fácil transporte em campo 
• Não necessita treinamento especial para seu manuseio 
 
Desvantagens 
• Alcance limitado em termos de altura (entre 15 e 20m no máximo) 
• O equipamento de qualidade precisa ser confeccionado, ou importado 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – Coleta de material botânico utilizando tesoura de alta poda, no detalhe a 
tesoura acoplada aos módulos de alumínio. 
 
MANEJO FLORESTAL – DEF/UFV Prof. Agostinho Lopes de Souza 
 5 
3.2.2. Escalada 
 É um método de coleta não danoso ao tronco, que consiste na utilização de 
equipamentos de alpinismo, para a elevação e escalada do coletor em árvores. Os 
equipamentos necessários são: cadeira de segurança, cordas, roldanas e travas. 
 
Vantagens 
• Facilidade de transitar de um indivíduo arbóreo para outro próximo, tornando as 
coletas mais rápidas 
 
Desvantagens 
• Custo relativamente alto 
• Exige profissionais altamente treinados 
• O tamanho e porte dos indivíduos, são fatores limitantes 
• Lentidão nas coletas 
 
Por se tratar de um método relativamente caro e moroso, seu uso deve se restringir à 
algumas situações, como por exemplo coletas freqüentes à árvores matrizes ou em 
reservas genéticas. 
3.2.3. Esporão 
 O equipamento consiste de esporas que presas ao calçado se fixam ao tronco e 
com auxílio de correias presas à cintura e ao redor do tronco, dão sustentação ao coletor 
(Fig.2). 
 
 
 
Figura 2 - Coleta de material botânico utilizando esporão, no detalhe as esporas 
presas ao calçado que se fixam ao tronco. 
 
MANEJO FLORESTAL – DEF/UFV Prof. Agostinho Lopes de Souza 
 6 
Vantagens 
• Rapidez nas coletas 
• Relativamente de baixo custo 
• Facilidade de locomoção com o equipamento em fisionomias florestais 
 
Desvantagens 
• Necessita de pessoal altamente treinado 
• O porte das árvores, é um fator limitante ao uso do método (tanto para árvores 
pequenas quanto para as de grande diâmetro) 
• Algumas espécies são sensíveis aos danos provocados pelo equipamento 
 
Porém apesar de ser um método simples e rápido, este deve ser usado com critério, 
pois os danos causados pelas esporas funcionam como porta de entrada para patógenos, 
danificando e podendo levar à morte dos indivíduos arbóreos. 
3.2.4. Escada de alumínio 
 Diferentes tipos de escadas de alumínio podem ser encontradas no mercado, com 
lances de 2 a 3 m, articuladas ou não (Fig.3), que colocadas e amarradas paralelas ao 
tronco permite alcançar as partes mais altas. Esse método de coleta pode contar ainda, 
com auxílios de podões, aumentando assim o raio de ação. 
 
Vantagens 
• Relativamente de baixo custo 
• Não exige mão de obra qualificada 
• Equipamento leve para o transporte 
Desvantagens 
• Dificuldade de locomoção e manuseio em campo, principalmente em tipologias com 
densidade alta de lianas e regeneração abundante 
• Lentidão nos trabalhos de coleta 
 
 
Figura 3 - Coleta de material botânico utilizando módulos de escada em alumínio. 
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 7 
3.2.5. Espingarda 
 Usualmente utiliza-se espingarda de calibre 22 a 45, alvejando o ramo que se 
deseja coletar, sendo recomendado para isso, modelos com mira telescópica. 
 
Vantagens 
• Permite fazer coletas a grandes alturas, muitas vezes inacessíveis a outros métodos 
 
Desvantagens 
• De altíssimo custo 
• Necessita de pessoas altamente treinadas 
• Não é recomendado o uso em espécies fibrosas 
• De alto impacto sonoro durante as coletas 
• Aumentam-se os riscos de acidentes 
 
Porém, ao utilizar espingardas para coletas, faz-se necessário além de cuidados 
especiais de segurança, comunicar previamente ao proprietário da área o uso da arma de 
fogo e o motivo, e em caso de UC's, muitas vezes são exigidas autorizações ao órgão 
competente. 
 
4. HERBORIZAÇÃO DE MATERIAL BOTÂNICO 
4.1. Materiais utilizados na herborização 
• Estufa para secagem: As estufas para secagem de plantas podem ser construídas ou 
até mesmo improvisadas. Consiste em uma câmara geralmente de madeira onde ao 
fundo se encontram instaladas lâmpadas que auxiliam na secagem dos materiais 
botânicos. A temperatura fica em torno de 60°C, levando aproximadamente 72 para 
a secagem, dependendo da característica do material botânico (Fig.4). 
• Prensa: Utilizada para acondicionar as plantas durante a secagem. Geralmente são 
feitas de madeira no formato 42 x 30 cm, tendo correias para comprimir fortemente 
a pilha formada pela sobreposição do material botânico. 
• Folha de alumínio enrugada: São utilizadas entre os papelões no intuito de permitir a 
passagem do ar quente, acelerando a secagem, são de dimensões iguais à prensa. 
• Folha de papelão: São colocadas entre as folhas de jornal, contendo as plantas. 
• Folha de jornal: Cada material coletado, é envolvido com uma folha de jornal, no 
intuito de facilitar a secagem. As plantas que ultrapassarem as dimensões padrões 
das exsicatas, deverão ser dobradas em "V" ou em "W", no ato da prensagem. 
 
A seqüência para a montagem do conjunto a ser prensado, é a seguinte: folha de 
papelão, folha de alumínio enrugada, folha de papelão, folha de jornal contendo o 
material botânico, folha de papelão, folha de alumínio enrugada, folha de papelão. Esta 
seqüência pode ser repetida quantas vezes for possível de acondicionar na prensa 
(Fig.5). 
 
 
MANEJO FLORESTAL – DEF/UFV Prof. Agostinho Lopes de Souza 
 8 
 
Figura 4 - Estufa de madeira utilizada na secagem do material botânico prensado. 
 
 
 
Figura 5 - Prensa de madeira, utilizada na prensagem e secagem de material 
botânico. 
4.2. Montagem das exsicatas 
• Cartolina (29,5 x 42 cm): A planta deverá ser costurada por pontos, com linha e 
agulha, numa cartolina branca de tamanho padrão e boa textura, permitindo um 
manuseio mais seguro do material. Os frutos ou flores que por ventura soltarem do 
material a ser costurado poderá ser acondicionado em um pequeno envelope e ser 
fixado no canto superior esquerdo da cartolina de montagem. 
• Etiqueta ou rótulo (12 x 10 cm): A etiqueta é colocada no canto inferior direito da 
cartolina de montagem, contendo as informações, conforme o modelo abaixo: 
MANEJO FLORESTAL – DEF/UFV Prof. Agostinho Lopes de Souza 
 9Figura 6 - Modelo de etiqueta das exsicatas, utilizada Pelo herbário VIC da 
Universidade Federal de Viçosa, MG. 
 
 
• Capa (42 x 59 cm): Geralmente de papel Kraft, envolve a cartolina com o material já 
costurado e as duplicatas em jornal (repetições do material botânico coletado). 
• Duplicatas: Ficam acondicionadas em jornais, contendo tantas etiquetas quanto 
forem as duplicatas. Estes materiais ficam disponíveis para doações, trocas e envio 
para identificação de especialistas. 
As exsicatas apresentam dimensões padronizadas, pois isso permite que as 
exsicatas sejam, doadas, permutadas ou mesmo enviada para identificação em todo o 
mundo, e que sejam armazenadas adequadamente em qualquer lugar em função de suas 
dimensões padronizadas (Fig.6). Dependendo do herbário, podem ser anexadas ao 
acervo tanto exsicatas completas como estéreis (Fig.7 e 8). 
Após a montagem das exsicatas, estas deverão ser cadastradas no caderno de 
registro do herbário, passarão posteriormente por um expurgo antes de serem 
adicionadas à coleção. Depois de expurgadas, as plantas irão para o herbário, onde serão 
acondicionadas em armários de aço para consultas. 
 
 
 
 
Figura 6 - Exsicata costurada, com etiqueta de identificação e com suas respectivas 
duplicatas. 
 
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 10 
 
 
 
 
 
Figura 7 - Exsicata de Senna macranthera (Fedegoso), contendo material botânico 
fértil. 
 
 
 
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Figura 8 - Exsicata de Hymenaea courbaril (Jatobá-mirim), contendo material 
botânico estéril. 
 
 
 
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 12 
5. IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA 
5.1. O herbário 
 O herbário consiste de uma coleção de plantas dessecadas, constituindo um 
centro de informações ativo e atualizado, por permutação de materiais e ou devido às 
coletas periódicas, que vêm a incrementam a coleção, devendo portanto todo o material 
coletado durante as excursões de campo ser depositado em herbários (Fig.9). 
Um herbário contém geralmente, representantes da composição da flora local, 
regional, nacional e até mesmo mundial. Porém os herbários só serão oficialmente 
reconhecidos quando registrados no Index Herbariorum , publicado a cada 6 anos. 
Assim, cada herbário no mundo é cadastrado, relacionando a localização, a flora que 
está representada no herbário, o número de espécimes do acervo, o corpo de 
pesquisadores ligados ao herbário, bem como a especialidade de cada um, além de 
receber uma sigla, no caso do herbário oficial da Universidade Federal de Viçosa, é 
conhecido como herbário VIC. 
Todos os exemplares antes de serem incorporados ao acervo de um herbário, 
devem ser registrados no “Livro de registros”, organizado em numeração arábica 
crescente, contendo as seguintes informações: Família, gênero, espécie, nome(s) do 
coletor(es), data e local de coleta. Além disso, o fichário que consta da relação de todas 
as espécies que compõe o acervo do herbário, é uma ferramenta que muito auxilia na 
localização de determinadas espécimes. Este fichário pode ser ainda informatizado ou 
não, organizado por ordem alfabética, de família, gênero e espécie (Fig.10). 
Os herbários podem conter ainda à parte, a carpoteca, que consta de uma coleção 
de frutos dessecados ou mantidos em líquido conservador. Cada fruto fixado, recebe um 
número relacionando-o a uma exsicata armazenada no herbário (Fig.11). 
O laboratório de um herbário, não necessita contar com equipamentos 
sofisticados, deve conter apenas alguns equipamentos, como estufa para secagem de 
plantas, microscópio fotônico e estereoscópio para observação detalhada, e aparelhos 
para reidratação do material botânico (Fig.12). 
 
 
 
 
 
Figura 9 - Armários de aço utilizado para acondicionar as exsicatas, no herbário da 
VIC da Universidade Federal de Viçosa, MG. 
 
MANEJO FLORESTAL – DEF/UFV Prof. Agostinho Lopes de Souza 
 13 
A identificação das espécies com auxílio do herbário se dá de forma 
comparativa, com outros espécimes da coleção herborizada (Fig.12), sendo de extrema 
utilidade na identificação de variações morfológicas, no levantamento da flora de uma 
determinada área, na reconstituição do clima de uma região, na avaliação dos impactos 
causados pela ação antrópica, na reconstituição de um caminho seguido por um coletor, 
etc. 
 
 
 
Figura 10 - Arquivo contendo a relação de todo o acervo de um herbário. 
 
 
 
 
Figura 11 - Carpoteca contendo os frutos devidamente preservados e relacionados a 
uma exsicata correspondente, depositada no herbário da VIC da 
Universidade Federal de Viçosa, MG. 
 
 
 
MANEJO FLORESTAL – DEF/UFV Prof. Agostinho Lopes de Souza 
 14 
 
Figura 12 - Identificação das espécies, utilizando microscópio fotônico e material 
botânico herborizado (exsicatas). 
 
5.2. A literatura 
 A busca em literatura especializada, do conhecimento da flora local, constitui-se 
um importante passo no que diz respeito à identificação das espécies. Trabalhos como 
dissertação de mestrado, teses de doutorado, bem como levantamentos florísticos e 
fitossociológicos devem ser o ponto de partida (Fig.13). 
 No caso da identificação de materiais férteis, inicia-se com reidratação do 
material fixado em exsicatas, e uso de chaves dicotômicas, primeiro para família, depois 
gênero e por fim espécie. Para confirmar a identificação utiliza-se a comparação 
posterior nos herbários e a descrição da espécie e área de ocorrência em literatura 
especializada. 
Algumas literaturas especializadas são consagradas e muito utilizadas, como: 
 
• Flora Brasiliensis (1840-1906): 
Organizador: Carl Friedrich von Martius 
Volumes: 14 volumes 
Língua: Latim 
Conteúdo: Contém chaves dicotômicas de identificação à nível de gênero e 
espécie, distribuição geográfica, descrição das espécimes e pranchas com desenhos. 
 
• Flora Brasilica (1940-1968) 
Organizador: F.C.Hoehne 
Volumes: 12 volumes 
Língua: Português 
Conteúdo: Contém chaves dicotômicas de identificação à nível de gênero e 
espécie, distribuição geográfica, descrição das espécimes e algumas pranchas com 
desenhos. 
 
• Flora Ilustrada Catarinensis 
Organizador: Raulino Reitz 
Volumes: x volumes 
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Língua: Português 
Conteúdo: Contém chaves dicotômicas de identificação à nível de gênero e 
espécie, distribuição geográfica, descrição das espécimes e pranchas com desenhos. 
 
• Flora Neotrópica 
Organizador: NYBG 
Volumes: x volumes 
Língua: Inglês 
Conteúdo: Contém chaves dicotômicas de identificação à nível de gênero e 
espécie, distribuição geográfica, descrição das espécimes e pranchas com desenhos. 
 
• Sistemática de Angiospermas 
Autor: Graziela Maciel Barroso 
Volumes: 8 volumes 
Língua: Português 
Conteúdo: Contém chaves dicotômicas de identificação à nível de gênero e 
espécie, descrição das espécimes e pranchas com desenhos. 
 
 
 
 
Figura 13 - Biblioteca setorial do herbário da VIC da Universidade Federal de 
Viçosa, MG. 
 
5.3. Os especialistas 
 Em função da diversidade de espécies vegetais ocorrentes na região tropical, 
principalmente nos domínios de florestas, e a grande variação em termos de morfo-
espécies, a consulta a especialistas de determinados grupos taxonômicos, tornam-se 
muitas vezes necessária e até freqüente. O envio do material para o especialista poderá 
ser feito via o herbário local, onde o material deve ser prensado e preparado, cadastrado 
e enviado para o especialista. 
 
 
MANEJO FLORESTAL – DEF/UFV Prof. Agostinho Lopes de Souza 
 16 
6. ELABORAÇÃO DA LISTA DE TÁXONS 
6.1. Sistema taxonômicoOs herbários podem ter seu acervo, organizado por ordem alfabética ou 
adotando um sistema taxonômico de classificação. 
No sistema de organização por ordem alfabética, o herbário é divido em 
Dicotyledoneae e Monocotyledoneae, e dentro de cada uma dessas classificações, as 
famílias são colocadas em ordem alfabética dentro dos gêneros. A vantagem desse 
sistema é a colocação certa no herbário de qualquer novo táxon, contudo não mostra 
qualquer relacionamento filogenético entre os gêneros e famílias. 
A organização do acervo adotando-se um determinado sistema de classificação 
taxonômico, tem a vantagem de facilitar o pesquisador, uma vez que a procura de uma 
determinada planta por características taxonômicas, quanto mais semelhanças, maiores 
a proximidade dentro do sistema de classificação, porém se o consultor não for 
familiarizado com o sistema de classificação, terá dificuldades de encontrar o material, 
dificultando e restringindo a utilização do herbário. 
 Os sistemas de classificação mais utilizados são os de Engler (1964) e Cronquist 
(1988), sendo este último, atualmente o mais utilizado. 
6.2. Grafia e autores 
 A nomenclatura que fornece identidade às espécies, são compostas por dois 
nomes (binomiais) e em latim, sendo sua grafia em itálico ou subscrita. Acompanhando 
ainda, o nome específico, segue o nome(s) do(s) autor(es) que as descreveu. 
 
Ex: Plathymenia foliolosa Benth. Ou Plathymenia foliolosa Benth. 
6.3. Sinônimias 
 Após a identificação das espécimes, recomenda-se efetuar uma rigorosa revisão 
dos nomes em literatura especializada e atualizada, pois constantemente novos estudos 
taxonômicos reagrupam os taxa ,particularmente, os gêneros e as espécies. Com isso 
surgem uma nova nomenclatura para os grupos, que deve ser conhecida pela 
comunidade científica. 
As mudanças podem ser verificadas no Index Kewensis, que consta de fascículos 
atualizados a cada 5 anos. 
7. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS 
7.1. Análise Simples (qualitativa) 
Uma análise usual da composição florística, é a interpretação da listagem de 
espécies. A listagem florística é composta pela relação das espécies arbóreas amostradas 
numa área, contendo corretamente a grafia e autoria, e organizadas em ordem alfabética 
MANEJO FLORESTAL – DEF/UFV Prof. Agostinho Lopes de Souza 
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de família, dentro dessa, gênero e por fim espécie. Toda lista deverá vir acompanhada, 
do título contendo o local, onde foi feito o estudo, es se possível o nome vulgar regional 
das espécies, conforme exemplo abaixo: 
 
FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME VULGAR 
Annonaceae Annona cacans Schlecht. Araticum 
 
Rollinia laurifolia Schlecht. 
 
Xylopia sericea St. Hil. Pimenteira 
 
 
Apocynaceae Peschieria laeta Miers Leiteiro 
 
Rauvolfia sellowii Muell. Arg. Casca danta 
Arecaceae Astrocaryum aculeatissimum (Shott) Burret Brejaúba 
 
Syagrus ramanzoffiana (Cham.) Glassm. Coquinho babão 
 
 
Asteraceae Vernonia diffusa Less. Fumo de cachorro 
 
 
Bignoniaceae Jacaranda macrantha Cham. Carobinha 
 
Sparattosperma leucanthum K. Schum. Cinco folhas 
 
 
Caesalpiniaceae Apuleia leiocarpa Macbride Garapa 
 
Bauhinia forficata Link. Pata de vaca 
 
Peltophorium dubium Taub. Farinha seca 
 
 A interpretação se dá pela relação do número de espécies relacionadas, dentro 
dos seus respectivos gêneros e famílias botânicas. A partir daí ficará fácil visualizar, as 
famílias, gêneros e espécies mais representativas de uma área, permitindo descrever sua 
composição florística. 
 Alguns índices são utilizados também em estudos florísticos, para expressar a 
riqueza e a diversidade de espécie em um dado local, quando associados à amostragens 
fitossociológicas (Ex: Índice de diversidade de Shannon-Weaver, Simpson, etc.) 
7.1.1. Espectro biológico 
 Os levantamentos florísticos que consideram as várias formas de vida, têm a 
característica de representar com maior fidelidade a biodiversidade local, sendo uma 
importante ferramenta para avaliação do estado de conservação de uma área. 
Para o estudo das formas de vida, ou estudo do espectro biológico, recomenda-se 
determinar uma área de tamanho definido, e amostrar o número de espécie por forma de 
vida, podendo ser apresentando os resultados por meio de um histograma, de forma 
comparativa ou não com outras áreas (Fig.14). 
 As formas de vida a serem consideradas, irá variar de acordo com os objetivos de 
cada estudo, podendo-se para isso utilizar a classificação proposta por (MUELLER-
DOMBOIS & ELLENBERG,1974): 
 
Megafanerófitas: Plantas que atingem mais de 1 m de altura, permanecendo as gemas 
mais altas acima desta altura. As Megafanerófitas são espécies arbóreas muito grandes, 
com altura superior a 30 m. 
 
Mesofanerófitas: Plantas que atingem mais de 1 m de altura, permanecendo as gemas 
mais altas acima desta altura. As Mesofanerófitas são espécies arbóreas grandes, com 
altura entre 8 e 30 m. 
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Microfanerófitas: Plantas que atingem mais de 1 m de altura, permanecendo as gemas 
mais altas acima desta altura. As Microfanerófitas são espécies arbóreas pequenas, com 
altura entre 2 e 8 m. 
 
Nanofanerófita: Plantas que atingem mais de 0,5 m de altura, permanecendo as gemas 
mais altas acima desta altura. As Nanofanerófitas são espécies arbóreas muito pequenas, 
com altura inferior a 2 m. 
Caméfitas: Plantas perenes em que os ramos maduros, ou sistema caulinar, permanecem 
em uma altura de até que 0,5m acima da superfície do solo. 
 
Hemicriptófitas: Plantas herbáceas perenes (inclui as bianuais) com redução periódica 
do sistema caulinar, ficando a parte remanescente rente à superfície do solo. 
 
Lianas: Plantas que crescem suportadas por si mesma ou por outras e que enraízam 
sobre o chão, mantendo o seu contato com o solo durante o seu ciclo de vida. 
 
Epífitas: Plantas que germinam e enraízam sobre outras. 
 
Hemiepífitas: São plantas que nascem no solo e depois de subir em outras plantas, 
perdem o contato com o solo ou que nascem em outras plantas e depois lançam raízes 
em direção ao solo. 
 
Figura 14 - Espectro biológico das espécies ocorrentes no cerrado sensu stricto 
(aberto) na Estação Florestal Experimental Paraopeba - MG (FAN = 
Fanerófitas; CAM = Caméfitas; HEM = Hemicriptófitas; LIA = Lianas). 
 
 
7.1.2. Construção de perfis 
 Os perfis nada mais são que representações em escala da fisionomia da 
vegetação, permitindo uma visualização da arquitetura e composição de trechos da 
vegetação. A forma de apresentação dos perfis podem variar, como nas Fig.15 e 16. 
 
 
FAN CAM HEM LIA
0
2
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FAN CAM HEM LIA
Formas de Vida
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Figura 15 - Perfil (2,0x10,0) de uma área de cerrado sensu stricto denso da EFLEX. 
As espécies amostradas são: 1-Tapirira guianensis, 2-Symplocus sp, 3-
kielmeyera coriacea, 4-Rudgea virbunoides, 5-Erythroxylum suberosum, 
6-Myrcia rostrata, 7-Qualea multiflora, 8-Xylopia aromatica, 9-
Vochysia tucanorum, 10-Gochinatia polymorpha, 11-Miconia sp, 12-
Bacharis platiphyllus, 13-Siparuna guianensis, 14-Rapanea umbellata, 
15-Eugenia dysenterica e 16-Pera glabrata. 
 
 
 
7.2. Análises Comparativas 
As análises da composição florística podem ser ainda de forma comparativa, 
estabelecendo-se relações entre a florística de duas ou mais áreas. 
As análises de agrupamentos são ferramentas estatísticas, que podem ser 
utilizadas para comparar a composição florística entre áreas, podendo ser feita através 
da elaboração de uma matriz de presença e ausência de espécies de uma área em relação 
à(s) outra(s), sendo geralmente o resultado expresso por meio de dendogramas(Fig.17). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 16 - Outras formas de apresentação do perfil, sejam por desenhos manuais 
ou por representação esquemática com visualização vertical e horizontal. 
 
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Figura 17 - Dendrograma da afinidade florística, a partir das distâncias euclidianas, 
entre as seis comunidades de florestas naturais, obtido pelo algorítmo de 
Ward. 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
CAMPBELL, D.G. & HAMMOND, H.D. Floristic Inventory of tropical countries. 
New York Botanical Gardens, USA, 1988. 
CRONQUIST, A. The evolution and classification of flowering plants. New York 
Botanical Gardens, Segunda edição, USA, 1988. 
FIDALGO, O. & BONONI, V.L.R. Técnicas de coleta, preservação e herborização 
de material botânico. Instituto de Botânica, São Paulo, 1989. 
IBGE - Instituto Brasileiro de geografia e estatística. Manual técnico da vegetação 
brasileira. Manual técnico em geociências, número 1, Rio de Janeiro, 1992. 
MORI, S.A.; SILVA, L.A.M.; LISBOA, G. & CORADIN, L. Manual de manejo do 
herbário fanerogâmico. Centro de Pesquisa do cacau, Ilhéus, Bahia,1985. 
MUELLER-DOMBOIS, D.& ELLENBERG, H. Aims and methods of vegetation 
ecology. New York, 1974. 
WALTER, B.M.T. Técnicas de coleta de material botânico arbóreo. EMBRAPA-
CENARGEN, Documento 15, Brasília, 1993. 
UFV/DBV - Universidade federal de Viçosa/Departamento de Biologia Vegetal. 
Herbário. Roteiro de aula teórica da disciplina BVE 230, não publicado, Viçosa, 
1995. 
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