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Resumao Direito Penal I

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DIREITO PENAL OBJETIVO 
É o conjunto das leis penais. 
O conjunto de normas (princípios e 
regras) que se ocupam da definição das 
infrações penais e da imposição de suas 
consequências (penas ou medidas de 
segurança). 
 
DIREITO PENAL SUBJETIVO 
Na realidade, inexistente, pois o que o 
Estado faz valer, quando um crime ocorre, é 
seu soberano poder de punir e não 
meramente um direito. 
Direito de punir do Estado. Dividido em 
Abstrato: surge com a criação da norma 
penal. Concreto: surge com a regra, com a 
infração penal. 
 
CRIMONOLOGIA 
É a ciência que estuda o crime, como 
fenômeno social. 
 
BEM JURÍDICO 
É o bem escolhido pelo ordenamento 
jurídico para ser tutelado e amparado. 
ESCOLAS PENAIS 
Trata-se de um conjunto harmônico de 
teorias sobre os mais importantes 
problemas penais (Como a definição do 
crime, a finalidade da pena e a razão de ser 
do direito de punir do Estado), por meio de 
um método cientifico semelhante. 
1. Escola Clássica: Surgiu na Itália. 
Divide-se em dois Períodos: a) teórico 
ou teórico-filosófico. b) prático ou 
ético-jurídico. Adotado de princípios 
absolutos invocando o ideal de justiça, 
sobrepondo às leis em vigor. O crime 
não é um ente de fato, mais um ente 
jurídico. O delito não se afigurava 
como ação, sim infração, não provinha 
de um ato natural, sim ato moral. A 
pena retribuição pelo mal praticado, 
livre-arbítrio. 
Método Cientifico: Dedutivo. 
Conceito de Crime: Entidade jurídica, 
que representa uma violação da lei moral. 
Fundamento do direito de punir: 
Baseia-se na culpa moral, pois todos tem 
livre-arbítrio. 
Finalidade da pena: Reprovação. 
 
2. Escola Positiva: Medo da Justiça 
Crimina deixou de existir, temendo 
agora o criminoso. Mudando para 
indutivo e de observação dos fatos. O 
fundamento da pena, a pena não tinha 
papel retributivo, mas 
fundamentalmente preventivo. 
Método Cientifico: Indutivo. 
Conceito de Crime: Ente de fato 
(exteriorização da periculosidade). 
Fundamento do direito de punir: 
Baseia-se na necessidade de eliminar 
perigos (determinismo). 
Finalidade da pena: Prevenção. 
 
3. Terceira Escola: 
Método Cientifico: Misto (dedutivo na 
dogmática penal e indutivo nas ciências 
auxiliares, como antropologia e 
sociologia). 
Conceito de Crime: Entidade jurídica e 
fenômeno natural. 
Fundamento do direito de punir: A 
culpa é o fundamento da pena e a 
periculosidade, da medida de segurança. 
Finalidade da pena: Mista (reprovação e 
prevenção). 
 
FONTES DO DIREITO PENAL 
1. Fontes Materiais, substanciais ou 
de produção: Órgão encarregado da 
produção. Somente a União possui 
competência para criar normas 
penais. É competência legislativa 
suplementar, de ordem facultativa. 
2. Fontes Formais, de conhecimento 
ou de cognição: Espécies normativas 
que podem conter normas penais 
(incriminadoras ou não 
incriminadoras). 
a. Fontes Imediatas (primárias): 
i. Lei (Penal): 
1. Preceito 
Primário: 
Condição do 
Crime. 
2. Preceito 
Secundário: Pena 
(Mínima ou 
Máxima). 
b. Fontes Mediatas 
(secundárias): 
i. Costumes: É o conjunto 
de regras de 
comportamento a que as 
pessoas obedecem de 
forma constante pela 
convicção de sua 
obrigatoriedade. Obs: 
Não revoga Lei, apenas 
outra Lei. 
ii. Princípios Gerais do 
Direito: São os 
postulados, as premissas 
éticas que inspiram a 
elaboração das normas 
jurídicas. 
iii. Analogia: Consiste na 
utilização de uma norma 
jurídica que regule caso 
semelhante a uma 
hipótese não 
regulamentada por lei. É 
preciso que se 
verifiquem dois 
pressupostos para 
utilizar: 1° lacuna na lei; 
2° solução legal 
semelhante. Tem por 
fundamento o principio: 
“onde há a mesma 
razão, aplica-se o 
mesmo direito”. 
 
ORDENAÇÕES DO REINO 
1. Ordenações Afonsinas (1446-1521): 
Vigente em Portugal, não chegaram a 
ter aplicação no Brasil dada à 
desorganização estatal; 
2. Ordenações Manuelinas (1521-
1603): Tiveram escassa aplicação, 
foram rapidamente substituídas. 
3. Ordenações Filipinas (1603-1830): 
Foram publicadas no Brasil em 1603 
e revalidadas por D. João IV, em 
1643. 
a. Livro V (Primeiro livro escrito 
especificamente para o Direito 
Penal) 
i. Características: 
1. Buscava promover a intimidação 
pelo terror. 
2. Confundiam-se crime, moral e 
pecado. 
3. As penas impostas eram, em sua 
maioria, cruéis. 
4. Algumas penas eram impostas 
com total arbítrio pelo julgador. 
5. A desigualdade de tratamento 
entre os delinquentes. 
6. A falta de uma parte geral 
7. A aglutinação de normas penais 
e processuais. 
 
LEI PENAL E NORMA PENAL 
A Lei Penal corresponde ao enunciado 
legislativo. 
 
A Norma Penal refere-se ao comando 
normativo implícito na Lei. 
Ex: “Art. 121 do CP, A Lei Penal é “Matar 
alguém. Pena – reclusão, de seis a vinte 
anos”. A Norma Penal, por outro lado é 
“não matarás”. 
 
LEI PENAL 
1. Características: 
a. Imperatividade: impõe-se a todos, 
independente da sua vontade ou 
concordância; 
b. Exclusividade: somente a ela cabe 
a tarefa de definir infrações penais; 
c. Generalidade: incide sobre todos, 
generalizadamente; 
d. Impessoalidade: projeta-se a fatos 
futuros, sem indicar a punição a 
pessoas determinadas. 
 
2. Lei Penal Em Branco (cegas ou 
abertas): Trata-se lei cujo preceito 
primário é incompleto, embora o 
preceito secundário seja determinado. 
a. Espécies: 
i. Sentido Lato (homogênea): 
Quando o seu complemento é 
oriundo da mesma fonte legislativa 
que editou a norma que necessita 
desse complemento. Ex: Art. do 
CP – norma complementadora – 
Art. do CP. Casar conhecendo 
impedimento. 
ii. Sentido Estrito (heterogênea): É 
quando o seu complemento é 
oriundo de fonte diversa daquela 
que a editou. Ex: Art. de Lei – 
norma complementadora – 
ANVISA. Tráfico ilícito de drogas. 
 
3. Lei Penal Incompleta: É o fenômeno 
inverso ao da lei penal em branco. 
Aquela lei determinada no preceito e 
indeterminada na sanção. 
ESPÉCIES DE NORMA PENAL 
1. Norma Penal Incriminadora: Que 
descrevem condutas e lhes cominam 
uma pena. Compõe-se do Preceito 
(Preceito Primário) e da Sanção 
(Preceito Secundário). 
 
2. Norma Penal Não Incriminadora: 
 
a. Explicativa (Complementar): Que 
explicam o conteúdo de outras leis 
penais. Ex: Conceito de Funcionário 
Público. 
b. Permissivas: Que permitem a 
prática de um crime. Ex: Legitima 
Defesa. 
 
LEI PENAL NO TEMPO 
1. Regra Geral da Lei Penal No 
Tempo: Aplica-se a lei vigente à 
época do cometimento da infração 
penal e ainda em vigor no momento 
da sentença (tempus regitactum). 
2. Extratividade da Lei Penal: Significa 
que a lei penal pode ser aplicada a 
fato ocorrido fora da sua época de 
vigência, dividindo-se em dois 
aspectos: 
a. Retroatividade: (Aplicação a fatos 
ocorridos antes de sua entrada 
em vigor) Ocorre quando o juiz 
aplica nova lei penal, não existente 
a época do fato, mas que retroage a 
essa data porque beneficia o réu. 
b. Ultra-atividade: (Aplicação de 
uma lei depois de sua revogação) 
Dá-se no momento em que o 
magistrado, ao sentenciar, aplica lei 
penal já revogada, entretanto 
benéfica ao réu, que era a lei 
vigente á época do fato. 
3. Leis intermitentes: São aquelas que 
possuem, no seu próprio texto, a data 
da sua revogação. Vigoram por 
período certo. 
4. Leis Penais Excepcionais: São as 
formuladas para durar enquanto 
decorrer uma situação anormal 
qualquer. Vigoram por período 
relativamente incerto, mas sempre de 
breve duração. 
5. Principio Reitor: A lei penal não 
retroagirá, salvo para beneficiar o réu. 
6. Atividade: Aplicação da lei a fatos 
ocorridos durante sua vigência. 
7. Tempo do Crime: Adota-se a teoriada atividade, considerando-se 
praticada a infração penal ao tempo 
do desenvolvimento da ação ou da 
omissão, pouco importando quando 
se deu o resultado. 
8. Lugar do Crime: Adota-se a teoria 
mista, reputando-se cometida a 
infração penal no lugar onde se 
desenvolveu a ação ou omissão ou 
onde ocorreu o resultado.

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