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Fases da Lactação e Composição do Leite Materno

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16/03/2016 
1 
Fases da Lactação e Composição 
do Leite Materno. 
ALEITAMENTO MATERNO: 
Mestranda PPGSAN: Daniele Piccoli da Silva 
Aula: 15/03/2016 
1 
Conteúdo de Aula 
Transporte dos nutrientes para a síntese e secreção do leite materno 
Benefícios da Lactação 
Estágios da Lactação 
• Colostro 
• Leite de Transição 
• Leite Maduro 
• Leite anterior ou inicial 
• Leite posterior ou final 
Principais Características do Leite Materno 
Composição do Leite Materno 
• Composição de Macronutrientes 
• Composição de Micronutrientes 
Efeitos fisiológico e nutricional dos componentes do leite materno 
Nutrientes Dependentes da dieta materna 
Nutrientes não Dependentes da dieta materna 
2 
Aleitamento Materno: a melhor nutrição 
não tem hora e lugar 
3 
16/03/2016 
2 
Exocitose do Leite Materno: 
 
Componentes da fase aquosa 
do leite materno: 
transportadas em gotículas 
secretoras RER e Complexo de 
Golgi. 
Lactoalbuminas, caseinas e 
lactotransferrinas, 
Lactose 
Componentes da fase 
insolúvel (lipídios) do leite 
materno: 
 são sintetizados pelo Retículo 
Endoplasmático Liso (REL) e 
agregando as gotículas e 
secretadas na luz da célula 
alveolar. 
TAG, CT e fosfolipídios 
4 
Lactose
casein; milk lipase, lactoferrin,
a-lactalbumin
Secretory
Vesicles
Glucose
UDP-Galactose
Golgi
Apparatus
Lactose
Proteins: milk lipase, lactoferrin, casein
Ca2+
Micro-
tubule
track
RER
proteins Å
MILK
ΠExocytosis PathwayAmino Acids Glucose
MATERNAL
BLOOD
Figure 6-1. One of the four
transepithelial transport/
secretion pathways for the key
biochemical components of
human milk.
http://www.biochem.arizona.edu/classes/bioc801/ em: Tutorial Powerpoints veja sobre: Endocrinology: Neuro-Oxytocin, PRL . 
5 
http://mammary.nih.gov/reviews/development/Hennighausen001/index.html 
6 
16/03/2016 
3 
 Milk-fat Globule Pathway
Figure 6-2. One of the four
transepithelial transport/
secretion pathways for the key
biochemical components of
human milk.
TAG
rich
Milk fat globule
FAS thioesterase II
FFA: C6-C12
acetyl CoA
LPL
TAGs
+ glycerol-3-P
TAGs from Chylos & VLDL
MATERNAL
BLOOD
MILK
FFA: C16
FFA
Upregulated
during lactation
http://www.biochem.arizona.edu/classes/bioc801/ em: Tutorial Powerpoints veja sobre: Endocrinology: Neuro-Oxytocin, PRL . 
7 
Ž Transcellular Pathway
Helps provide immune
protection
Figure 6-3. One of the four
transepithelial transport/
secretion pathways for the key
biochemical components of
human milk.
sIgA
Secretory IgA
(and other
immunoglobulins)
Endocytosis
Pinocytosis
sIgA
MATERNAL
BLOOD
MILK
http://www.biochem.arizona.edu/classes/bioc801/ em: Tutorial Powerpoints veja sobre: Endocrinology: Neuro-Oxytocin, PRL . 
8 
Paracellular Pathway
Helps provide immune
protection
Figure 6-4. One of the four
transepithelial transport/
secretion pathways for the key
biochemical components of
human milk.
Macrophages, lymphocytes
& plasma proteins
Macrophages lymphocytes
& plasma proteins
MATERNAL
BLOOD
MILK
closed in
mature
lactation
open in
pregnancy &
early lactation
http://www.biochem.arizona.edu/classes/bioc801/ em: Tutorial Powerpoints veja sobre: Endocrinology: Neuro-Oxytocin, PRL . 
9 
16/03/2016 
4 
10 
http://mammary.nih.gov/reviews/development/Hennighausen001/index.html 
11 
Leite Materno 
Apresenta elevada 
complexidade 
biológica o qual resulta 
em atividade protetora 
e imunomoduladora. 
Supre todas as 
necessidades 
nutricionais do Bebê 
até o 6º mês de vida 
(quando oferecido 
exclusivamente neste 
período) 
150 tipos de 
compostos bioativos: 
• Desenvolvimento 
• Crescimento 
• Maturação Gastro 
Intestinal 
• Maturação 
neurológica 
• Estimula o 
desenvolvimento do 
sistema imunológico 
do recém nascido 
ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : 
Sarvier, 2008. 
12 
16/03/2016 
5 
Benefícios do Aleitamento Materno 
• Destacam-se: 
• Fatores antimicrobianos 
• Agentes antiinflamatórios 
• Enzimas digestivas 
• Fator de crescimento 
• Fatores imunomoduladores 
 
Componente 
Nutricional 
Aspectos 
higiênicos 
Imunológicos 
Psicossociais 
Cognitivos 
Econômicos 
ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 
2008. 
13 
Alterações 
maturacionais do 
trato 
gastrointestinal 
do lactente 
Alterações das 
necessidades 
energéticas do 
lactente 
Velocidade de 
crescimento 
Capacidade de 
volume gástrico 
A composição do Leite Humano passa por modificações conforme o 
tempo de lactação: 
 
Estágio da Lactação 
ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 
2008. 
As flutuações da composição do Leite Materno permite que 
o RN desenvolva mecanismos de percepção de sabores 
diferentes, controle do apetite e da sede. 
14 
• VOLUME DO LEITE MATERNO (AME) 
• 1º dia : 40 a 50 mL/dia 
• 3º dia : 300 a 400mL/dia 
• 5º dia : 500 a 800mL/dia 
15 ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 
2008.; 
16/03/2016 
6 
Estágios da Lactação 
Colostro 
Leite de 
Transição 
Leite Maduro 
• Fase inicial 
• Fase final ou 
posterior 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento 
materno e alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 
16 
Colostro 
 Primeira secreção das glândulas mamárias 
 Volume oscila entre 2 a 20mL 
 por mamada nos três primeiros dias pós parto 
 
 No primeiro dia uma lactante pode chegar a 
produzir 100mL de colostro 
 
 A capacidade de produção é similar 
(proporcional) a capacidade de volume 
gástrico do RN 
 
 Ocorre aumento da produção quando a 
lactante esgota o leite da mama 
 
 A oferta do leite materno deve ser 
proporcional a sua demanda 
 
 Menor conteúdo energético e com maior fator 
de proteção 
ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. 
CARVALHO, M.R.; TAVARES, L.A.M. Amamentação: bases científicas. 3ª edição. Guanabara Koogan, 2010. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e 
alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 
17 
Leite de Transição 
Surge na 
segunda 
semana pós 
parto 
É um leite que 
sofre uma 
modificação 
em sua 
composição 
entre o 
colostro e o 
leite maduro 
Modificações 
de 
composição 
química 
ocorrem de 
forma gradual 
e progressiva 
Período 
transicional 
(6º ao 10º dia 
pós parto) 
18 
ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 
2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento 
materno e alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 
 
16/03/2016 
7 
Leite Maduro 
Leite materno produzido entre 
10º ao 15º dia pós parto 
2 fases: cada uma constitui 
nutrientes específicos,especialmente se diferenciam 
devido a diferença do conteúdo 
energético 
Esgotamento da mama permite o 
consumo das duas fases do leite 
maduro favorecendo 
significativamente o crescimento e 
desenvolvimento do RN 
As fases do Leite Materno decorrem de um 
fenômeno mecânico de absorção de glóbulos de 
gorduras à superfície secretora e os ductos dos 
alvéolos mamários, resultando em sua liberação 
tardia. 
ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : 
Sarvier, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da 
criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 19 
Características Colostro Leite de Transição Leite Maduro 
Período de Produção Ultimo trimestre 
gestacional 
6º dia – 10º dia pós parto A partir do 15º dia pós 
parto 
Duração até a 1ª. Semana pós parto 
(duração não bem definida) 
 Entre 10º e o 15º dia pós 
parto 
Até o final da lactação 
Aspectos Físicos Viscoso, amarelado Translúcido amarelado Com o Esgotamento total 
de cada mama: 
Fase inicial: leite anterior: 
translúcido 
Fase final: leite posterior 
mais denso 
Composição Maior Concentração de 
proteínas, minerais e 
vitaminas Lipossolúveis 
Menor Concentração de 
lactose, Vitaminas do 
Complexo B e gorduras 
> concentração de gorduras 
e lactose com subsequente 
redução de teores 
proteicos e de minerais. 
 
Rico em proteínas, lactose, 
vitaminas, minerais e água. 
Fase inicial: rica em 
proteínas, minerais, água 
Fase final: rica em gorduras, 
vitaminas lipossolúveis 
Conteúdo Energético 58Kcal/100ml varável 71Kcal/100ml 
Fatores de proteção Imunoglobulinas, leucócitos, 
plasmócitos, agentes 
antimicrobianos e 
antiinflamatórios, 
substancias 
imunomoduladoras 
Possui imunoglobulinas em 
menores concentrações 
Proteínas são secretadas 
entre 1,2 a 1,5g/100mL/dia 
(caseína, enzimas, 
imunoglobulinas, alfa-
lactalbumina) = favorece 
esvaziamento gástrico 
Auxlia na síntese de lactose 
20 
Composição do Leite Materno 
Estágio da lactação 
• No leite Maduro: a concentração de gorduras é 5x maior no leite posterior, comparado com o leite anterior. 
Rotina da amamentação 
Idade e paridade materna 
Sazonalidade: variação de oferta de nutrientes na dieta materna 
Região geográfica 
Dieta materna 
Estado Nutricional materno 
21 
Pode... 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 
2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 
16/03/2016 
8 
Composição do Colostro e Leite Maduro 
Nutrientes e valor 
energético 
Colostro 3º - 5º dias Leite Maduro 
Pré Termo Termo Pré Termo Termo 
Calorias (Kcal/dL) 58 48 70 62 
Lipídios (g/dL) 3,0 1,8 4,1 3,0 
Proteínas (g/dL) 2,1 1,9 1,4 1,3 
Lactose (g/dL) 5,0 5,1 6,0 6,5 
ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : 
Sarvier, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da 
criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 
22 
A composição do Leite Materno 
ajusta-se as necessidades do bebê. 
A funcionalidade da composição do 
Colostro 
Fatores de crescimento 
• Essenciais para a maturação gastrointestinal do RN 
Rico em fatores de defesa 
• Imunoglobulinas 
• Leucócitos 
• Agentes antimicrobianos 
• Substancias imunomodulaoras 
• Agentes antiinflamatórios 
Imunoglobulinas 
• Representam maior parte da porção proteíca 
• Fator de proteção microbiana no canal pós parto 
Fatores de crescimento e tróficos 
23 
Composição Proteíca do Leite 
Materno 
24 
16/03/2016 
9 
RNT apresenta 
intensa atividade 
anabólica 
Necessidade 
de nitrogênio 
nos primeiros 
meses de vida 
Necessidade 
proteica do RNT 
≈ 2 a 2,5g 
proteína/Kg/dia 
Decresce no 4º mês 
em 1,3g 
proteína/Kg/dia 
Leite Maduro ≈ 1,2g 
proteína/100mL 
A importância do componente proteico 
para o RN 
As proteínas do soro e caseína fornecem peptídeos, aminoácidos e 
nitrogênio para o crescimento do lactente 
Estes componentes no leite materno caracterizam a função nutritiva 
ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : 
Sarvier, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da 
criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 
25 
Teor proteíco do Leite Materno 
• Þ-lactalbumina 
• Lactoferrina 
• Lisozima 
• Soroalbumina 
• Imunoglobulina secretória 
(IgA) 
• Þ-lactoglobulina 
60 – 90% 
do seu teor 
proteíco 
total 
constituído 
por soro 
do leite 
materno 
26 
ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. 
Ação das proteínas do soro do Leite 
Materno 
 Lactoferrina 
 Lisozima 
 IgA secretória 
 
• Estão envolvidas com o Sistema de 
proteção 
 
• Presente no LM na forma insaturada, liga-
se ao Fe impedindo a ação de 
microorganismos patogênicos utilizar o 
mineral para o seu metabolismo. 
A Lisozima é encontrada em maior 
proporção no leite maduro (0,014 a 0,039g/dL) 
atua na parede celular do microorganismo 
ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : 
Sarvier, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da 
criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 
27 
16/03/2016 
10 
Efeito Bacteriostática no Leite Materno 
IgA secretória 
Efeito bactericida contra a maioria Gram positiva e algumas Gram 
negativas 
• Colostro (90%) : 1,74g/dL 
• Leite Maduro : 0,1g/dL 
Maior resistência às alterações de pH e a digestão de enzimas 
proteolíticas 
Neutralização de enterotoxinas 
• Ligar às membranas de mucosas, impedindo a aderência dos microorganismos patogênicos 
28 
ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. 
Caseína no Leite Materno 
 Resistente ao calor 
 Frações 
 Beta-Caseína (50%) 
 Kappa-Caseína (20-27%) 
 Proporções do soro do Leite Materno variam: 
 Colostro 90:10 
 Leite de Transição 60:40 
 Leite Maduro 50:50 
 
ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : 
Sarvier, 2008. 
29 
Propriedades da Caseína no Leite 
Materno 
maior biodisponibilidade 
• Caracteriza-se por formar micelas estáveis de Ca e fósforo (confere a aparência 
branca) 
• favorece o transporte conferindo maior biodisponibilidade em relação ao transporte 
por solubilidade 
Maior digestibilidade 
• Por redução do tempo de esvaziamento gástrico do RN: 
• Proveniente da presença de micelas de caseína 
Fator bífido 
• Fração glicosada kappa-caseína parece possuir função estabilizadora da micela 
colaborando com a integração entre proteínas e glicoproteínas: 
• Propriedade prebiótica 
• Fator de crescimento da flora intestinal do RN: 
• Lactobacillus bifidus,bifidobacterium bifidum, bifidobacterium infantis, bifidumbacterium 
longum 
ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. BRASIL. Ministério 
da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2ª ed. 
Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 
30 
16/03/2016 
11 
Aminoácidos no Leite Materno 
Perfil de 
aminoácidos 
adequado às 
características 
metabólicas do 
RN 
Imaturidade do 
sistema 
enzimático 
Elevado teor de 
cistina 
Menor 
concentração 
de metionina, 
fenilalanina e 
tirosina 
Oxidação da Tirosina 
Tirosina 
Fenilalanina em 
Capacidade limitada para 
conversão de metionina em cistina: 
RNPT 
31 
ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 
2008.; Whord Health Organization. WHO. Indicators for assessing infant and Young child feeding practices. Part3. 2010. 
Efeito dos aminoácidos livres no RN 
• Conjugação de sais biliares, aumentando a absorção de __________ 
• Participar do transporte de Zinco 
• Encontrada em maior concentração no tecido nervoso cerebral 
• Atua como neurotransmissor excitatório cerebelar e tecido retiniano 
Taurina 
• Promove crescimento do epitélio intestinal 
• Principal combustível do TGI durante período de stress 
Glutamina 
• atua no metabolismo de AG poliinsaturados de cadeia longa 
• Facilita o transporte através da membrana mitocondrial 
• Permite a oxidação e conversão parcial de cetonas no fígado 
Carnitina 
32 
ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. 
Efeito Nutritivo do Leite Materno no RN 
No trato gastrointestinal 
• Fator de crescimento (hormônios polipeptídicos) 
• Fator de crescimento epidérmico (EGF) 
• Fator de crescimento símile 1 (IGF-1) 
• Fator transformador alfa e beta (TGF-alfa e beta) 
Promovem a maturação da mucosa gastrointestinal 
Atividade antiinflamatória suprimindo a função linfocitária 
Atividade imunomoduladora 
• Citocinas, prostaglandinas e somatostatinas 
Peptídeos 
• Regulam a motilidade gastrointestinal 
• Atuam no crescimento, maturação e regulação GI 
• Peptídio inibidor da gastrina, bombesina, colecistoquinina e neurotensina 
ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. 
33 
16/03/2016 
12 
Enzimas do Leite Materno 
Mais hidrofóbicas e 
resistentes a 
proteólise no TGI 
• Atuam no transporte e síntese dos componentes do Leite Materno 
Enzimas de atividade 
predominante na 
glândula mamária 
• Digestão e metabolismo do RN 
• Desidrogenase lática (DHL) 
• Enzimas proteolíticas, antiproteases, sulfidril-oxidase, alfa-amilase e 
lipase, glicorunidase, lisozima, peroxidases e fosfatase alcalina 
• Atividade microbiana 
Enzimas com 
atividade 
predominante no RN 
34 
ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 
2008.; VALENTINE, C.J.; WAGNER, C.L. Nutricional Management of the Breastfeeding Dyad. Pediatr. Clin N. AM 60, 2013, p. 261 – 
274. Whord Health Organization. WHO. Indicators for assessing infant and Young child feeding practices. Part3. 2010. 
Atividade antimicrobiana e 
imunomoduladora do Leite Materno 
• Glicoproteínas e glicopeptídios 
• Resistentes à proteólise no TGI 
• Kappa-caseína, IgG, IgM, IgA, IgA secr e lactoferrina 
Atividade 
antimicrobiana 
do Leite 
Materno: 
• Modula a resposta imunológica do lactente 
• Prolactina 
• IgA secretória 
• Lactoferrina 
• Prostaglandina-E2 
• Citocinas (Interleucinas, TNF – Fator de Necrose Tumoral 
e Interferon) 
Agentes 
imunomodulares 
do Leite 
Materno: 
35 ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 
2008.;. 
Carboidratos no Leite Materno 
36 
ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, 
prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008.; VALENTINE, C.J.; WAGNER, C.L. 
Nutricional Management of the Breastfeeding Dyad. Pediatr. Clin N. AM 60, 2013, p. 261 
– 274. Whord Health Organization. WHO. Indicators for assessing infant and Young 
child feeding practices. Part3. 2010. 
16/03/2016 
13 
Carboidratos no Leite Materno 
Lactose (70% do 
teor de 
carboidrato no 
leite materno) 
• Colostro 5,3g/dL 
• Leite Maduro 7g/dL 
Fornece 45-50% 
do valor 
energético total 
• Glucose (14mg/dL) 
• Galactose (12mg/dL) 
• Oligossacarídeos 
(500 a 1.200 mg/dL) 
• Glicoproteínas 
Capacidade de 
absorção de 
lactose é de 90% 
Oligossacarídeo 
predominante 
• Lacto-N-
fucopentaoses I e II 
• No leite Materno: 
500 aa 800mg/dL 
Olissacarídeos e glicoproteínas: 
• Inibidores potentes da adesão bacteriana às superfícies epiteliais 
• Etapa inicial dos processos infecciosos 
37 
Composição Lipídica no Leite 
Materno 
38 
Maior fonte de energia 
Maior parte da gordura do Leite 
Materno é fornecida por 
gordura circulante proveniente 
da dieta e depósitos maternos. 
Importante papel no 
crescimento e desenvolvimento 
do SN – função de mielinização 
e retiniana 
• Colostro ≈ 1,8 a 2,9g/dL 
• Leite de Transição ≈ 2,9 a 3,6g/dL 
• Leite Maduro ≈ 3 a 4g/dL (45 a 55% 
do valor energético total) 
• Triglicerídeos 98% 
• Fosfolipídios 0,7% 
• Colesterol 0,5% 
• AG essenciais (láurico, mirístico, palmítico, 
palmitoléico, esteárico, oléico, linoleico e 
linolênico) 
• Precursores AG poliinsaturados de Cadeia 
Longa: 
• Ácido graxo aracdônico e DHA 
ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : 
Sarvier, 2008. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento 
materno e alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 
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Aporte de Ferro no Leite Materno 
Maior índice de biodisponibilidade 
Encontra-se baixo teor de Ferro 
• Permite que a lactoferrina permaneça insaturada garantindo propriedade bacteriostática 
Em média 50% da anemia diagnosticada na 2ª infância é devido ao déficit de ferro 
O déficit no consumo de ferro acarreta em atraso de crescimento 
RNPT recomenda-se a suplementação de ferro até 1 ano de vida para evitar anemia 
ferropriva 
 
1mg/Kg/dia a partir dos 4 meses, em RNT, até a introdução completa de alimentos sólidos 
 
O atraso do pinçamento do cordão umbilical (180 seg a 2 minutos) acarreta 
significativamente em maior concentração de ferritina sérica (45%) 
• Contribui com a redução da prevalência de anemia ferropriva no 1º ano de vida. 
ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008.; 
VALENTINE, C.J.; WAGNER, C.L. Nutricional Management of the Breastfeeding Dyad. Pediatr. Clin N. AM 60, 2013, p. 261 – 274. 
Whord Health Organization. WHO. Indicators for assessing infant and Young child feeding practices. Part3. 2010. 
 
40 
Oferta de Cálcio no Leite Materno 
A oferta de Ca está 
associada ao 
depósito ósseo na 
Lactante e não ao 
consumo do 
nutriente 
A perda de massa 
óssea é transitória 
não há risco de 
osteoporose ou 
fraturas ósseas na 
lactanteA perda óssea está 
associada não a 
lactação mas a 
ingestão de Ca 
inferior a 500mg/dia 
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ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 
2008.; VALENTINE, C.J.; WAGNER, C.L. Nutricional Management of the Breastfeeding Dyad. Pediatr. Clin N. AM 60, 2013, p. 261 – 
274. Whord Health Organization. WHO. Indicators for assessing infant and Young child feeding practices. Part3. 2010. 
Composição Vitamínica no Leite 
Materno 
Associada com a 
ingestão 
materna 
Estado 
nutricional 
materno 
Oferta de 
nutrientes 
na região 
geográfica 
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Vitaminas no Leite Materno 
Hidrossolúveis 
• Menor concentração no Colostro 
• Maior concentração no Leite 
Maduro 
• Vitaminas do Complexo B não são 
armazenados e a oferta depende da 
dieta materna 
• Dieta podre em alimentos de 
origem animal 
• Uso de contraceptivos orais na 
gestação e lactação 
• Dietas de restrição, da moda e sem 
glúten 
Lipossolúveis 
• A concentração de vitaminas 
lipossolúveis no leite materno 
possui relação com o estado 
nutricional e a dieta materna 
• Taxas inferiores a 30 mcg/dL/dia 
pode resultar em infecções 
respiratórias e gastrointestinais 
no lactente 
• A concentração de vitamina A 
depende dos depósitos da 
lactante sendo transportados 
pela fração lipídica do Leite 
Materno. 
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ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 
2008.; VALENTINE, C.J.; WAGNER, C.L. Nutricional Management of the Breastfeeding Dyad. Pediatr. Clin N. AM 60, 2013, p. 261 – 
274. 
Whord Health Organization. WHO. Indicators for assessing infant and Young child feeding practices. Part3. 2010. 
Vitaminas lipossolúveis no Leite 
Materno e o RNPT 
 RNPT 
 Baixos níveis de depósitos 
 Elevada velocidade de crescimento 
 Absorção gastrointestinal reduzida de Vitaminas lipossolúveis 
 Em RNPT-BP ao nascer 
 Indicação de suplementação para prevenção de doença 
pulmonar crônica 
 
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ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 
2008.; VALENTINE, C.J.; WAGNER, C.L. Nutricional Management of the Breastfeeding Dyad. Pediatr. Clin N. AM 60, 2013, p. 261 – 
274. 
Whord Health Organization. WHO. Indicators for assessing infant and Young child feeding practices. Part3. 2010. 
• Forma ativa : Alfa-tocoferol 
• Remove radicais livres e protege as membranas celulares contra peroxidação dos 
LC-PUFA 
Vitamina E 
• D2 (ergocalciferol) 
• D3 (colecalciferol) 
• Atua na mineralização óssea juntamente com Cálcio e Fósforo 
• Baixa concentração no Leite Materno 
• Lactentes em Aleitamento Materno Exclusivo (AME) necessitam ser suplementados 
• Prevenção do raquitismo e assegurar a mineralização óssea 
Vitamina D 
• K1 (filoquinona) – K2(menaquiona) 
• Sintetizada por bactérias presentes na luz intestinal 
• Síntese de proteínas da coagulação sanguínea 
• Concentrações semelhantes no colostro e leite maduro 
• Insuficiente no AME 
• Recomenda-se 2 doses IM no RNT para prevenção de doença hemorrágica 
Vitamina K 
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2013, p. 261 – 274. 
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2013, p. 261 – 274. 
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Importante 
A glândula mamária é capaz de produzir volume 
de leite adequado para o lactente mesmo em 
circunstancias nutricionais extremas 
A oferta destes nutrientes no leite materno é 
dependente da dieta materna e de suas reservas 
corporais materna 
• Vitamina A, Vitaminas do Complexo B, 
Vitamina C e D, Ácidos Graxos e Iodo 
A oferta de Kcal, proteína, B9, minerais e 
oligoelementos é independente da dieta 
materna e estão presentes no Leite Materno 
mesmo com estado nutricional comprometido e 
dieta insuficiente 
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Importante 
Recomenda-se a suplementação de Vitamina D e K 
• Baixa concentrações 
• Não atende os requisitos diários de 400 UI/dia para 
o lactente em AME 
• Nutrientes que não afetam a lactogênese 
• Vitamina A e D, vitaminas B2 (tiamina), B3 
(niacina), B6 (piridoxina), B12 (cobalamina) 
A forma e a concentração de gorduras consumidas 
pela lactante é proporcional a oferta no leite materno 
Exigências nutricionais e energéticas são 
maiores na Lactação 
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Bibliografia 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento 
de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação 
complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 
 CARVALHO, M.R.; TAVARES, L.A.M. Amamentação: bases científicas. 3ª 
edição. Guanabara Koogan, 2010. 
 ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto 
Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. 
 VALENTINE, C.J.; WAGNER, C.L. Nutricional Management of the 
Breastfeeding Dyad. Pediatr. Clin N. AM 60, 2013, p. 261 – 274. 
 Whord Health Organization. WHO. Indicators for assessing infant and 
Young child feeding practices. Part3. 2010. 
 
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento 
materno e alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 52

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