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16/03/2016 1 Fases da Lactação e Composição do Leite Materno. ALEITAMENTO MATERNO: Mestranda PPGSAN: Daniele Piccoli da Silva Aula: 15/03/2016 1 Conteúdo de Aula Transporte dos nutrientes para a síntese e secreção do leite materno Benefícios da Lactação Estágios da Lactação • Colostro • Leite de Transição • Leite Maduro • Leite anterior ou inicial • Leite posterior ou final Principais Características do Leite Materno Composição do Leite Materno • Composição de Macronutrientes • Composição de Micronutrientes Efeitos fisiológico e nutricional dos componentes do leite materno Nutrientes Dependentes da dieta materna Nutrientes não Dependentes da dieta materna 2 Aleitamento Materno: a melhor nutrição não tem hora e lugar 3 16/03/2016 2 Exocitose do Leite Materno: Componentes da fase aquosa do leite materno: transportadas em gotículas secretoras RER e Complexo de Golgi. Lactoalbuminas, caseinas e lactotransferrinas, Lactose Componentes da fase insolúvel (lipídios) do leite materno: são sintetizados pelo Retículo Endoplasmático Liso (REL) e agregando as gotículas e secretadas na luz da célula alveolar. TAG, CT e fosfolipídios 4 Lactose casein; milk lipase, lactoferrin, a-lactalbumin Secretory Vesicles Glucose UDP-Galactose Golgi Apparatus Lactose Proteins: milk lipase, lactoferrin, casein Ca2+ Micro- tubule track RER proteins Å MILK Œ Exocytosis PathwayAmino Acids Glucose MATERNAL BLOOD Figure 6-1. One of the four transepithelial transport/ secretion pathways for the key biochemical components of human milk. http://www.biochem.arizona.edu/classes/bioc801/ em: Tutorial Powerpoints veja sobre: Endocrinology: Neuro-Oxytocin, PRL . 5 http://mammary.nih.gov/reviews/development/Hennighausen001/index.html 6 16/03/2016 3 Milk-fat Globule Pathway Figure 6-2. One of the four transepithelial transport/ secretion pathways for the key biochemical components of human milk. TAG rich Milk fat globule FAS thioesterase II FFA: C6-C12 acetyl CoA LPL TAGs + glycerol-3-P TAGs from Chylos & VLDL MATERNAL BLOOD MILK FFA: C16 FFA Upregulated during lactation http://www.biochem.arizona.edu/classes/bioc801/ em: Tutorial Powerpoints veja sobre: Endocrinology: Neuro-Oxytocin, PRL . 7 Ž Transcellular Pathway Helps provide immune protection Figure 6-3. One of the four transepithelial transport/ secretion pathways for the key biochemical components of human milk. sIgA Secretory IgA (and other immunoglobulins) Endocytosis Pinocytosis sIgA MATERNAL BLOOD MILK http://www.biochem.arizona.edu/classes/bioc801/ em: Tutorial Powerpoints veja sobre: Endocrinology: Neuro-Oxytocin, PRL . 8 Paracellular Pathway Helps provide immune protection Figure 6-4. One of the four transepithelial transport/ secretion pathways for the key biochemical components of human milk. Macrophages, lymphocytes & plasma proteins Macrophages lymphocytes & plasma proteins MATERNAL BLOOD MILK closed in mature lactation open in pregnancy & early lactation http://www.biochem.arizona.edu/classes/bioc801/ em: Tutorial Powerpoints veja sobre: Endocrinology: Neuro-Oxytocin, PRL . 9 16/03/2016 4 10 http://mammary.nih.gov/reviews/development/Hennighausen001/index.html 11 Leite Materno Apresenta elevada complexidade biológica o qual resulta em atividade protetora e imunomoduladora. Supre todas as necessidades nutricionais do Bebê até o 6º mês de vida (quando oferecido exclusivamente neste período) 150 tipos de compostos bioativos: • Desenvolvimento • Crescimento • Maturação Gastro Intestinal • Maturação neurológica • Estimula o desenvolvimento do sistema imunológico do recém nascido ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. 12 16/03/2016 5 Benefícios do Aleitamento Materno • Destacam-se: • Fatores antimicrobianos • Agentes antiinflamatórios • Enzimas digestivas • Fator de crescimento • Fatores imunomoduladores Componente Nutricional Aspectos higiênicos Imunológicos Psicossociais Cognitivos Econômicos ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. 13 Alterações maturacionais do trato gastrointestinal do lactente Alterações das necessidades energéticas do lactente Velocidade de crescimento Capacidade de volume gástrico A composição do Leite Humano passa por modificações conforme o tempo de lactação: Estágio da Lactação ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. As flutuações da composição do Leite Materno permite que o RN desenvolva mecanismos de percepção de sabores diferentes, controle do apetite e da sede. 14 • VOLUME DO LEITE MATERNO (AME) • 1º dia : 40 a 50 mL/dia • 3º dia : 300 a 400mL/dia • 5º dia : 500 a 800mL/dia 15 ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008.; 16/03/2016 6 Estágios da Lactação Colostro Leite de Transição Leite Maduro • Fase inicial • Fase final ou posterior BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 16 Colostro Primeira secreção das glândulas mamárias Volume oscila entre 2 a 20mL por mamada nos três primeiros dias pós parto No primeiro dia uma lactante pode chegar a produzir 100mL de colostro A capacidade de produção é similar (proporcional) a capacidade de volume gástrico do RN Ocorre aumento da produção quando a lactante esgota o leite da mama A oferta do leite materno deve ser proporcional a sua demanda Menor conteúdo energético e com maior fator de proteção ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. CARVALHO, M.R.; TAVARES, L.A.M. Amamentação: bases científicas. 3ª edição. Guanabara Koogan, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 17 Leite de Transição Surge na segunda semana pós parto É um leite que sofre uma modificação em sua composição entre o colostro e o leite maduro Modificações de composição química ocorrem de forma gradual e progressiva Período transicional (6º ao 10º dia pós parto) 18 ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 16/03/2016 7 Leite Maduro Leite materno produzido entre 10º ao 15º dia pós parto 2 fases: cada uma constitui nutrientes específicos,especialmente se diferenciam devido a diferença do conteúdo energético Esgotamento da mama permite o consumo das duas fases do leite maduro favorecendo significativamente o crescimento e desenvolvimento do RN As fases do Leite Materno decorrem de um fenômeno mecânico de absorção de glóbulos de gorduras à superfície secretora e os ductos dos alvéolos mamários, resultando em sua liberação tardia. ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 19 Características Colostro Leite de Transição Leite Maduro Período de Produção Ultimo trimestre gestacional 6º dia – 10º dia pós parto A partir do 15º dia pós parto Duração até a 1ª. Semana pós parto (duração não bem definida) Entre 10º e o 15º dia pós parto Até o final da lactação Aspectos Físicos Viscoso, amarelado Translúcido amarelado Com o Esgotamento total de cada mama: Fase inicial: leite anterior: translúcido Fase final: leite posterior mais denso Composição Maior Concentração de proteínas, minerais e vitaminas Lipossolúveis Menor Concentração de lactose, Vitaminas do Complexo B e gorduras > concentração de gorduras e lactose com subsequente redução de teores proteicos e de minerais. Rico em proteínas, lactose, vitaminas, minerais e água. Fase inicial: rica em proteínas, minerais, água Fase final: rica em gorduras, vitaminas lipossolúveis Conteúdo Energético 58Kcal/100ml varável 71Kcal/100ml Fatores de proteção Imunoglobulinas, leucócitos, plasmócitos, agentes antimicrobianos e antiinflamatórios, substancias imunomoduladoras Possui imunoglobulinas em menores concentrações Proteínas são secretadas entre 1,2 a 1,5g/100mL/dia (caseína, enzimas, imunoglobulinas, alfa- lactalbumina) = favorece esvaziamento gástrico Auxlia na síntese de lactose 20 Composição do Leite Materno Estágio da lactação • No leite Maduro: a concentração de gorduras é 5x maior no leite posterior, comparado com o leite anterior. Rotina da amamentação Idade e paridade materna Sazonalidade: variação de oferta de nutrientes na dieta materna Região geográfica Dieta materna Estado Nutricional materno 21 Pode... BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 16/03/2016 8 Composição do Colostro e Leite Maduro Nutrientes e valor energético Colostro 3º - 5º dias Leite Maduro Pré Termo Termo Pré Termo Termo Calorias (Kcal/dL) 58 48 70 62 Lipídios (g/dL) 3,0 1,8 4,1 3,0 Proteínas (g/dL) 2,1 1,9 1,4 1,3 Lactose (g/dL) 5,0 5,1 6,0 6,5 ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 22 A composição do Leite Materno ajusta-se as necessidades do bebê. A funcionalidade da composição do Colostro Fatores de crescimento • Essenciais para a maturação gastrointestinal do RN Rico em fatores de defesa • Imunoglobulinas • Leucócitos • Agentes antimicrobianos • Substancias imunomodulaoras • Agentes antiinflamatórios Imunoglobulinas • Representam maior parte da porção proteíca • Fator de proteção microbiana no canal pós parto Fatores de crescimento e tróficos 23 Composição Proteíca do Leite Materno 24 16/03/2016 9 RNT apresenta intensa atividade anabólica Necessidade de nitrogênio nos primeiros meses de vida Necessidade proteica do RNT ≈ 2 a 2,5g proteína/Kg/dia Decresce no 4º mês em 1,3g proteína/Kg/dia Leite Maduro ≈ 1,2g proteína/100mL A importância do componente proteico para o RN As proteínas do soro e caseína fornecem peptídeos, aminoácidos e nitrogênio para o crescimento do lactente Estes componentes no leite materno caracterizam a função nutritiva ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 25 Teor proteíco do Leite Materno • Þ-lactalbumina • Lactoferrina • Lisozima • Soroalbumina • Imunoglobulina secretória (IgA) • Þ-lactoglobulina 60 – 90% do seu teor proteíco total constituído por soro do leite materno 26 ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. Ação das proteínas do soro do Leite Materno Lactoferrina Lisozima IgA secretória • Estão envolvidas com o Sistema de proteção • Presente no LM na forma insaturada, liga- se ao Fe impedindo a ação de microorganismos patogênicos utilizar o mineral para o seu metabolismo. A Lisozima é encontrada em maior proporção no leite maduro (0,014 a 0,039g/dL) atua na parede celular do microorganismo ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 27 16/03/2016 10 Efeito Bacteriostática no Leite Materno IgA secretória Efeito bactericida contra a maioria Gram positiva e algumas Gram negativas • Colostro (90%) : 1,74g/dL • Leite Maduro : 0,1g/dL Maior resistência às alterações de pH e a digestão de enzimas proteolíticas Neutralização de enterotoxinas • Ligar às membranas de mucosas, impedindo a aderência dos microorganismos patogênicos 28 ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. Caseína no Leite Materno Resistente ao calor Frações Beta-Caseína (50%) Kappa-Caseína (20-27%) Proporções do soro do Leite Materno variam: Colostro 90:10 Leite de Transição 60:40 Leite Maduro 50:50 ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. 29 Propriedades da Caseína no Leite Materno maior biodisponibilidade • Caracteriza-se por formar micelas estáveis de Ca e fósforo (confere a aparência branca) • favorece o transporte conferindo maior biodisponibilidade em relação ao transporte por solubilidade Maior digestibilidade • Por redução do tempo de esvaziamento gástrico do RN: • Proveniente da presença de micelas de caseína Fator bífido • Fração glicosada kappa-caseína parece possuir função estabilizadora da micela colaborando com a integração entre proteínas e glicoproteínas: • Propriedade prebiótica • Fator de crescimento da flora intestinal do RN: • Lactobacillus bifidus,bifidobacterium bifidum, bifidobacterium infantis, bifidumbacterium longum ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 30 16/03/2016 11 Aminoácidos no Leite Materno Perfil de aminoácidos adequado às características metabólicas do RN Imaturidade do sistema enzimático Elevado teor de cistina Menor concentração de metionina, fenilalanina e tirosina Oxidação da Tirosina Tirosina Fenilalanina em Capacidade limitada para conversão de metionina em cistina: RNPT 31 ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008.; Whord Health Organization. WHO. Indicators for assessing infant and Young child feeding practices. Part3. 2010. Efeito dos aminoácidos livres no RN • Conjugação de sais biliares, aumentando a absorção de __________ • Participar do transporte de Zinco • Encontrada em maior concentração no tecido nervoso cerebral • Atua como neurotransmissor excitatório cerebelar e tecido retiniano Taurina • Promove crescimento do epitélio intestinal • Principal combustível do TGI durante período de stress Glutamina • atua no metabolismo de AG poliinsaturados de cadeia longa • Facilita o transporte através da membrana mitocondrial • Permite a oxidação e conversão parcial de cetonas no fígado Carnitina 32 ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. Efeito Nutritivo do Leite Materno no RN No trato gastrointestinal • Fator de crescimento (hormônios polipeptídicos) • Fator de crescimento epidérmico (EGF) • Fator de crescimento símile 1 (IGF-1) • Fator transformador alfa e beta (TGF-alfa e beta) Promovem a maturação da mucosa gastrointestinal Atividade antiinflamatória suprimindo a função linfocitária Atividade imunomoduladora • Citocinas, prostaglandinas e somatostatinas Peptídeos • Regulam a motilidade gastrointestinal • Atuam no crescimento, maturação e regulação GI • Peptídio inibidor da gastrina, bombesina, colecistoquinina e neurotensina ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. 33 16/03/2016 12 Enzimas do Leite Materno Mais hidrofóbicas e resistentes a proteólise no TGI • Atuam no transporte e síntese dos componentes do Leite Materno Enzimas de atividade predominante na glândula mamária • Digestão e metabolismo do RN • Desidrogenase lática (DHL) • Enzimas proteolíticas, antiproteases, sulfidril-oxidase, alfa-amilase e lipase, glicorunidase, lisozima, peroxidases e fosfatase alcalina • Atividade microbiana Enzimas com atividade predominante no RN 34 ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008.; VALENTINE, C.J.; WAGNER, C.L. Nutricional Management of the Breastfeeding Dyad. Pediatr. Clin N. AM 60, 2013, p. 261 – 274. Whord Health Organization. WHO. Indicators for assessing infant and Young child feeding practices. Part3. 2010. Atividade antimicrobiana e imunomoduladora do Leite Materno • Glicoproteínas e glicopeptídios • Resistentes à proteólise no TGI • Kappa-caseína, IgG, IgM, IgA, IgA secr e lactoferrina Atividade antimicrobiana do Leite Materno: • Modula a resposta imunológica do lactente • Prolactina • IgA secretória • Lactoferrina • Prostaglandina-E2 • Citocinas (Interleucinas, TNF – Fator de Necrose Tumoral e Interferon) Agentes imunomodulares do Leite Materno: 35 ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008.;. Carboidratos no Leite Materno 36 ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008.; VALENTINE, C.J.; WAGNER, C.L. Nutricional Management of the Breastfeeding Dyad. Pediatr. Clin N. AM 60, 2013, p. 261 – 274. Whord Health Organization. WHO. Indicators for assessing infant and Young child feeding practices. Part3. 2010. 16/03/2016 13 Carboidratos no Leite Materno Lactose (70% do teor de carboidrato no leite materno) • Colostro 5,3g/dL • Leite Maduro 7g/dL Fornece 45-50% do valor energético total • Glucose (14mg/dL) • Galactose (12mg/dL) • Oligossacarídeos (500 a 1.200 mg/dL) • Glicoproteínas Capacidade de absorção de lactose é de 90% Oligossacarídeo predominante • Lacto-N- fucopentaoses I e II • No leite Materno: 500 aa 800mg/dL Olissacarídeos e glicoproteínas: • Inibidores potentes da adesão bacteriana às superfícies epiteliais • Etapa inicial dos processos infecciosos 37 Composição Lipídica no Leite Materno 38 Maior fonte de energia Maior parte da gordura do Leite Materno é fornecida por gordura circulante proveniente da dieta e depósitos maternos. Importante papel no crescimento e desenvolvimento do SN – função de mielinização e retiniana • Colostro ≈ 1,8 a 2,9g/dL • Leite de Transição ≈ 2,9 a 3,6g/dL • Leite Maduro ≈ 3 a 4g/dL (45 a 55% do valor energético total) • Triglicerídeos 98% • Fosfolipídios 0,7% • Colesterol 0,5% • AG essenciais (láurico, mirístico, palmítico, palmitoléico, esteárico, oléico, linoleico e linolênico) • Precursores AG poliinsaturados de Cadeia Longa: • Ácido graxo aracdônico e DHA ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 39 16/03/2016 14 Aporte de Ferro no Leite Materno Maior índice de biodisponibilidade Encontra-se baixo teor de Ferro • Permite que a lactoferrina permaneça insaturada garantindo propriedade bacteriostática Em média 50% da anemia diagnosticada na 2ª infância é devido ao déficit de ferro O déficit no consumo de ferro acarreta em atraso de crescimento RNPT recomenda-se a suplementação de ferro até 1 ano de vida para evitar anemia ferropriva 1mg/Kg/dia a partir dos 4 meses, em RNT, até a introdução completa de alimentos sólidos O atraso do pinçamento do cordão umbilical (180 seg a 2 minutos) acarreta significativamente em maior concentração de ferritina sérica (45%) • Contribui com a redução da prevalência de anemia ferropriva no 1º ano de vida. ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008.; VALENTINE, C.J.; WAGNER, C.L. Nutricional Management of the Breastfeeding Dyad. Pediatr. Clin N. AM 60, 2013, p. 261 – 274. Whord Health Organization. WHO. Indicators for assessing infant and Young child feeding practices. Part3. 2010. 40 Oferta de Cálcio no Leite Materno A oferta de Ca está associada ao depósito ósseo na Lactante e não ao consumo do nutriente A perda de massa óssea é transitória não há risco de osteoporose ou fraturas ósseas na lactanteA perda óssea está associada não a lactação mas a ingestão de Ca inferior a 500mg/dia 41 ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008.; VALENTINE, C.J.; WAGNER, C.L. Nutricional Management of the Breastfeeding Dyad. Pediatr. Clin N. AM 60, 2013, p. 261 – 274. Whord Health Organization. WHO. Indicators for assessing infant and Young child feeding practices. Part3. 2010. Composição Vitamínica no Leite Materno Associada com a ingestão materna Estado nutricional materno Oferta de nutrientes na região geográfica 42 16/03/2016 15 Vitaminas no Leite Materno Hidrossolúveis • Menor concentração no Colostro • Maior concentração no Leite Maduro • Vitaminas do Complexo B não são armazenados e a oferta depende da dieta materna • Dieta podre em alimentos de origem animal • Uso de contraceptivos orais na gestação e lactação • Dietas de restrição, da moda e sem glúten Lipossolúveis • A concentração de vitaminas lipossolúveis no leite materno possui relação com o estado nutricional e a dieta materna • Taxas inferiores a 30 mcg/dL/dia pode resultar em infecções respiratórias e gastrointestinais no lactente • A concentração de vitamina A depende dos depósitos da lactante sendo transportados pela fração lipídica do Leite Materno. 43 ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008.; VALENTINE, C.J.; WAGNER, C.L. Nutricional Management of the Breastfeeding Dyad. Pediatr. Clin N. AM 60, 2013, p. 261 – 274. Whord Health Organization. WHO. Indicators for assessing infant and Young child feeding practices. Part3. 2010. Vitaminas lipossolúveis no Leite Materno e o RNPT RNPT Baixos níveis de depósitos Elevada velocidade de crescimento Absorção gastrointestinal reduzida de Vitaminas lipossolúveis Em RNPT-BP ao nascer Indicação de suplementação para prevenção de doença pulmonar crônica 44 ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008.; VALENTINE, C.J.; WAGNER, C.L. Nutricional Management of the Breastfeeding Dyad. Pediatr. Clin N. AM 60, 2013, p. 261 – 274. Whord Health Organization. WHO. Indicators for assessing infant and Young child feeding practices. Part3. 2010. • Forma ativa : Alfa-tocoferol • Remove radicais livres e protege as membranas celulares contra peroxidação dos LC-PUFA Vitamina E • D2 (ergocalciferol) • D3 (colecalciferol) • Atua na mineralização óssea juntamente com Cálcio e Fósforo • Baixa concentração no Leite Materno • Lactentes em Aleitamento Materno Exclusivo (AME) necessitam ser suplementados • Prevenção do raquitismo e assegurar a mineralização óssea Vitamina D • K1 (filoquinona) – K2(menaquiona) • Sintetizada por bactérias presentes na luz intestinal • Síntese de proteínas da coagulação sanguínea • Concentrações semelhantes no colostro e leite maduro • Insuficiente no AME • Recomenda-se 2 doses IM no RNT para prevenção de doença hemorrágica Vitamina K 45 VALENTINE, C.J.; WAGNER, C.L. Nutricional Management of the Breastfeeding Dyad. Pediatr. Clin N. AM 60, 2013, p. 261 – 274. ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. 16/03/2016 16 VALENTINE, C.J.; WAGNER, C.L. Nutricional Management of the Breastfeeding Dyad. Pediatr. Clin N. AM 60, 2013, p. 261 – 274. 46 VALENTINE, C.J.; WAGNER, C.L. Nutricional Management of the Breastfeeding Dyad. Pediatr. Clin N. AM 60, 2013, p. 261 – 274. 47 VALENTINE, C.J.; WAGNER, C.L. Nutricional Management of the Breastfeeding Dyad. Pediatr. Clin N. AM 60, 2013, p. 261 – 274. 48 16/03/2016 17 Importante A glândula mamária é capaz de produzir volume de leite adequado para o lactente mesmo em circunstancias nutricionais extremas A oferta destes nutrientes no leite materno é dependente da dieta materna e de suas reservas corporais materna • Vitamina A, Vitaminas do Complexo B, Vitamina C e D, Ácidos Graxos e Iodo A oferta de Kcal, proteína, B9, minerais e oligoelementos é independente da dieta materna e estão presentes no Leite Materno mesmo com estado nutricional comprometido e dieta insuficiente 49 Importante Recomenda-se a suplementação de Vitamina D e K • Baixa concentrações • Não atende os requisitos diários de 400 UI/dia para o lactente em AME • Nutrientes que não afetam a lactogênese • Vitamina A e D, vitaminas B2 (tiamina), B3 (niacina), B6 (piridoxina), B12 (cobalamina) A forma e a concentração de gorduras consumidas pela lactante é proporcional a oferta no leite materno Exigências nutricionais e energéticas são maiores na Lactação 50 Bibliografia BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. CARVALHO, M.R.; TAVARES, L.A.M. Amamentação: bases científicas. 3ª edição. Guanabara Koogan, 2010. ISSLER, H.; (col.) HAMILTON, R. et al. O leite materno: no Contexto Atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo : Sarvier, 2008. VALENTINE, C.J.; WAGNER, C.L. Nutricional Management of the Breastfeeding Dyad. Pediatr. Clin N. AM 60, 2013, p. 261 – 274. Whord Health Organization. WHO. Indicators for assessing infant and Young child feeding practices. Part3. 2010. 51 16/03/2016 18 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2ª ed. Brasília : Ministério da Saúde, 2015, 184p. 52
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