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FÓSFORO NO SOLOFFÓÓSFORO NO SOLOSFORO NO SOLO 1 ASPECTOS GERAIS1 ASPECTOS GERAIS1 ASPECTOS GERAIS - O P é macronutriente menos exigido pelas plantas.- O P é macronutriente menos exigido pelas plantas. - É o nutriente mais usado em adubações no Brasil.- É o nutriente mais usado em adubações no Brasil. - É o que mais limita a produção no Brasil.- É o que mais limita a produção no Brasil. - Mais de 90% das análises de solo no Brasil mostram teores baixos.- Mais de 90% das análises de solo no Brasil mostram teores baixos. O teor total de P nos solos varia de 100 a 2500 kg/ha A grande parte do P se encontra em formas não disponíveis Uma pequena fração na forma disponível (0,1 a 1,0 kg/ha) 2 DINÂMICA DE P NO SOLO2 DINÂMICA DE P NO SOLO2 DINÂMICA DE P NO SOLO P mineralogicamente estável P adsorvido em óxidos de Fe e Al P precipitado com Ca, Fe e Al P orgânico P solução Figura 1 Dinâmica de P no solo Figura 1 Dinâmica de P no solo Dinâmica de fósforo no solo Formas de fósforo no sistema solo-planta; interdependências e equilíbrios. P solúvel, P lábil e P não lábilP solP solúúvel, P vel, P lláábilbil e P não e P não lláábilbil Figura 2 Frações de P no solo a) Fósforo na solução do solo - Depende do pH do solo H3PO4 ↔ H+ + H2PO4- pK1 = 2,12 H2PO4- ↔ H+ + HPO4-2 pK2 = 7,20 HPO42- ↔ H+ + PO4-3 pK3 = 12,33 2.1 FORMAS DE P NO SOLO2.1 FORMAS DE P NO SOLO2.1 FORMAS DE P NO SOLO (%) Figura 3 Formas de P em função do pH Formas de P no solo em função do pH H3PO3↔ H2PO4-↔ HPO4-2↔ PO4-2 pH < 2,0 pH 2 - 7 pH 7- 12 pH > 12 Poder tampão de PPoder tampão de PPoder tampão de P Fator intensidade (I): P solução (0,05 mg/L a 0,2 mg/L)* As análises de P não avaliam apenas o P na solução Fator quantidade (Q): P capaz de ressuprir a solução do solo* Está em equilíbrio com o P da solução do solo (P lábil). Fator capacidade = PODER TAMPÃO = Q/I Figura ilustrativa do fator quantidade (Q), fator intensidade e fator capacidade de P no solo b) Fósforo precipitado Fe(OH)2H2PO4(estrengita)P lábil Al (OH)2+solúvel + H2PO4- solúvel Al(OH)2H2PO4(variscita)P lábil Fe(OH)2+solúvel + H2PO4- solúvel CaHPO4(monetita-fosfato bicálcico)P lábil Ca2+ solúvel + H2PO4- solúvel c) Fósforo adsorvido - Adsorção na superfície de argilas, óxidos hidratados de Fe e Al. Figura 5 Representação esquemática de adsorção de fosfato em superfície de óxido hidratado de alumínio. fósforo FIXADO = precipitado + adsorvido - Maiores teores de argila, óxidos de Fe e Al e ↓ pH→↑ Fixação de P. d) Fósforo mineralogicamente estável - Fósforo que formou minerais com alta estabilidade química. - Chamado fósforo envelhecido - não lábil - Após muitos anos poderá liberar algum fósforo ao solo. P fixado = P lábil (ligação fraca) + P não-lábil (ligação forte) Relações entre P-solução e P adsorvido nos solos LBc (Latossolo Bruno Alumínico câmbico, LVdf e PVd. Efeito do tempo contato do fósforo aplicado ao solo na concentração de P- solução (Fonte: Bissani, 2004). e) Fósforo orgânico (Po) - Constitui de 20 a 70% do P total do solo - O P orgânico ocorre em teores proporcionais a M.O Compostos contendo P - fosfatos de inositol (fitatos) - fosfolipídeos - ácidos nucléicos - ATP - Po não é prontamente disponível - necessário ocorrer sua mineralização: depende da relação C/P. C/P 200-300→ I = M C/P < 200 → M > I C/P > 300 → I> M - Para cada 1% de M.O será fornecido 1 a 4 kg/ha de P ou 3 a 10 kg/ha de P2O5 Fosfatases - Plantas deficientes em P apresentam aumento da atividade da fosfatases ácidas (liberação de P). 4 FONTES DE P4 FONTES DE P4 FONTES DE P - Fonte primária: rochas fosfatadas (apatita) → Ca10 (PO4)6 (X)2 - Jazidas no Brasil: MG, SP, GO - Mundo: Carolina do Norte (USA), África - Baixa eficiência agronômica. - Inadequado para culturas anuais. - Melhor para solos ácidos e culturas perenes. - Baixa solubilidade. 4.1 Rochas fosfatadas - Obtido pelo ataque da rocha com ácido 4.2 Superfosfato simples Ca10 (PO4)6F2 +7H2SO4 ↔ [3 Ca (H2PO4)2+ 7 CaSO4] + 2HF 18% P2O5 (ÁCIDO CÍTRICO A 2%) (16% solúvel em água) 12% S 26% CaO 4.3 Superfosfato triplo Ca10 (PO4)6F2 +10H2SO4 + 20H2O ↔ [10 CaSO4 2H2O] + [H3PO4 ]+ 2HF A) Ca10 (PO4)6F2 + 14 H3PO4 + 10H2O → 10 Ca (H2PO4)2. 20H2O + 2HF B) 44 % P2O5 (ÁCIDO CÍTRICO 2%) (40% solúvel em água) Desvantagem: 0% S e 15% Ca SEPARADOS 4.4 Termofosfatos - Rocha fosfatada + silicatos de Mg (tratamento térmico) - 16% de P2O5 - 26% de CaO e 15% de MgO - Possui reação alcalina 4.5 Fosfatos de amônio NH3 + H3PO4→NH4H2PO4 (MAP) 2NH3 + H3PO4→(NH4)2HPO4 (DAP) 48 – 55% de P2O5 11% N 46 a 53% de P2O5 18% N 4.6 Ácido fosfórico - Totalmente solúvel em água - Uso na fertirrigação - Usado em para produção de adubos líquidos 4.7 Análise de P - Dificuldade no uso de extratores Afinidade dos extratores por formas de P Mehlic-1: P-Ca >>> P-Fe> P-Al Bray -1: P-Al>>>P-Fe Bray -2: P-Ca>> P-Al>P-Fe Olsen: P-Al>> P-Fe 30 CONSUMO MUNDIAL DE FERTILIZANTES FOSFATADOS (2008) TOTAL: 37,48 milhões t de P2O5 China 11,00 (29,3%) Índia 6,08 (16,2%)EUA 3,95 (10,5%) Brasil 3,20 (8,5%) Austrália 0,96 (2,6%) Paquistão 0,86 (2,3%) França 0,56 (1,5%) Argentina 0,55 (1,5%) Outros < 0,50 9,72 (26,0%) Fonte: IFA, 2009 Vietnã 0,60 (1,6%) 31 RESERVAS DE ROCHAS FOSFÁTICAS - 2008 15,4 bilhões t ⇒ 96 ANOS Marrocos e Sahara Ocidental 5,7 37,0% África do Sul 1,5 9,7% Chin a 4,1 26,6 % Brasil 0,26 ⇒ 43 anos 1,7% Jordâni a 0,9 5,8% EUA 1,2 7,8% Fonte: USGS, 2009 Rússia 0,2 1,3% Israel 0,18 1,2% Outros <0,18 1,37 8,9% 32 BASES DE RESERVAS DE ROCHAS FOSFÁTICA 46,7 bilhões t ⇒ 280 anos Marrocos e Sahara Ocidental 21,0 44,9% EUA 3,4 7,3% China 10,0 21,4% Austráli a 1,2 2,6% Jordâni a 1,7 3,6%África do Sul 2,5 5,3% Fonte: USGS, 2009 Rússia 1,0 2,1% Israel 0,8 1,7% Outro s < 0,20 2,6 5,7% Síria 0,8 1,7% Egito 0,76 1,6% Tunisi a 0,6 1,3% Brasil 0,37 ⇒ 60 anos 0,8% 33 PRODUÇÃO DE ROCHAS FOSFÁTICAS POR ALGUNS PAÍSES - 2007 Total = 176 milhões t EUA 30,2 (17,2%) Rússia 10,9 (6,2%) Outros 15,7 (8,7%) China 62,7 (35,6%) Marrocos 27,6 (15,7%) Israel 3,0 (1,7%)Jordânia 5,5 (3,2%) Brasil 6,1 (3,5%) Tunísia 8,0 (4,6%) Fonte: IFA, 2008. Síria 3,7 (2,1%) África do Sul 2,6 (1,5%) 34 PRINCIPAIS DEPÓSITOS DE ROCHAS FOSFÁTICAS NO BRASIL. Santa Quitéria - CE Galvani Pernambuco e Paraíba Norfértil e CPRM Angico dos Dias Angico dos Dias -- BABA Galvani, 170 mil t/anoGalvani, 170 mil t/ano Irecê - BA Galvani 90 mil t/ano Patos de Minas, Fosfértil - MG 150 mil t/ano e Lagamar, Galvani – MG 220 mil t/ano Iperó - SP Bunge Cajati - SP Bunge 528 mil t/ano Anitápolis - SC Bunge Arraias - TO Itafós Catalão - GO Copebras 1,3 milhão t/ano e Fosfértil 1,2 milhão t/ano Patrocínio - MG Fosfértil e Galvani Araxá - MG Bunge 910 mil t/ano Tapira - MG Fosfértil 2,03 milhões t/ano Maicurú – PA Vale Fonte: Adaptado DNPM, 2008 e ANDA, 2009. Capacidade de produção em 2008 6,6 milhões t 6 AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE P NO SOLO 6 AVALIA6 AVALIAÇÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE P NO SOLO ÃO DA DISPONIBILIDADE DE P NO SOLO - Mediante uso de extratores - Os extratores simulam as raízes das plantas - Os extratores avaliam o P lábil no solo 6.1 RECOMENDAÇÃO ADUBAÇÃO FOSFATADA Figura Curvas de resposta de soja e milho à adubação fosfatada, para três classes de teores de fósforo no solo (Raij & Mascarenhas, 1976; Raij et al., 1981) Tabela 6 Recomendação de adubação para a culturado algodão para o Est. de PE. Fonte: Comissão PE (1998). Tabela 7 Recomendação de adubação para a cultura do milho para o Estado de PE. Fonte: Comissão PE (1998).
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