TEXTO SOBRE PRÉ HISTORIA AMERICANA E BRASILEIRA

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ESTUDANDO SOBRE A PRÉ=HISTÓRIA AMERICANA E BRASILEIRA.
PRÉ-HISTÓRIA AMERICANA
ORIGEM DO HOMEM AMERICANO
Há duas teorias que tratam sobre a origem dos seres humanos no Continente Americano:
TEORIA DO AUTOCTONISMO: Afirma que é possível que o homem americano tenha se originado na própria América, independentemente dos homens que surgiram em outros continentes. Esta afirmação carece de provas.
TEORIA DO ALOCTONISMO: Afirma que o homem americano teria vindo de outros continentes através de correntes migratórias. Esta afirmação é confirmada pelas diversas teorias de ocupação da América.
CORRENTES MIGRATÓRIAS
CORRENTE DO ESTREITO DE BERING: Foi a migração mais importante, através da qual grande quantidade de elementos asiáticos cruzaram o braço de mar que separa a Ásia da América (Estreito de Bering).
CORRENTE MALAIA: Afirma que os indígenas teriam se utilizado da corrente marítima do Peru para alcançar as costas ocidentais da América do Sul.
CORRENTE AUSTRALIANA: Admite que os indígenas teriam alcançado a América do Sul navegando de ilha em ilha, utilizando-se de canoas primitivas (pirogas), e passando pelo Continente Antártico, provenientes da Polinésia.
OBS. A arqueóloga brasileira Niéde Guidon admite não só estas três correntes principais, como também afirma a possibilidade de uma possível migração da África para a América do Sul, através do Atlântico, além de outras que talvez nunca sejam confirmadas.
Durante muito tempo os cientistas foram unânimes em afirmar que o Povo de Clóvis (Novo México, nos Estados Unidos) era o mais antigo da América (entre onze e doze mil anos atrás). Porém, com novas descobertas, como as de Lagoa Santa e da Serra da Capivara, ambas no Brasil, a primazia do Povo de Clóvis parece ter sido superada por datações que podem chegar a mais de quarenta mil anos atrás.
PRÉ-HISTÓRIA BRASILEIRA
A arqueologia no Brasil teve início em 1834, com o dinamarquês Peter Lund, que escavou as grutas de Maquiné em Lagoa Santa (MG), onde foram encontrados ossos humanos misturados com restos animais, com datação de onze mil anos.
Os centros arqueológicos incluem os sambaquis, as estearias, os mounds e também hipogeus, cavernas, etc.
Sambaquis: palavra de origem indígena que deriva de tambá (concha) e ki (depósito). Possuem formações de pequena elevação formadas por restos de alimentos de origem animal, esqueletos humanos, artefatos de pedra, conchas e cerâmica, vestigíos de fogueira e outras evidências primitivas.
Estearias: jazidas de qualquer natureza que representam testemunhos da cultura dos povos primitivos brasileiros.
Mounds: monumentos em forma de colinas, que serviam de túmulos, templos e locais para moradia.
Hipogeus: ambientes subterrâneos, às vezes com pequenas galerias, nas quais eram sepultados os mortos.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) registrou 8.562 sítios arqueológicos. Entre eles, destaca-se o da Pedra Furada, no Parque Nacional da Serra da Capivara (PI), onde a brasileira Niède Guidon localizou no ano de 1971, restos de alimento e carvão com datação de 48 mil anos. Estas observações vêm a contrariar a tese aceita de que o homem teria chegado à América há cerca de doze mil anos, pelo Estreito de Bering, entre a Sibéria e o Alasca.
As pesquisas revelaram a existência de grupos caçadores e coletores, além de uma megafauna abundante de mastodontes, smilodons, cavalos, preguiças e tatus gigantes que conviveram com o homem.
Deve-se ressaltar também a existência de grande quantidade de pinturas rupestres que relatam cenas do cotidiano desses grupos humanos.
Na cidade de São Raimundo Nonato fica o Museu do Homem Americano que reúne fósseis de animais da megafauna, coleções de pedras lascadas e polidas pré-históricas, cerâmicas, múmias e esqueletos humanos de milhares de anos atrás.
Em 1991, a arqueóloga norte-americana Anna Roosevelt descobriu pinturas rupestres na caverna da Pedra Pintada (PA) com mais de 11 mil anos, e, em 1995, revelou sítios cerâmicos na Amazônia com datação de nove mil anos.
A região de Lapa Vermelha, no município de Lagoa Santa, a cerca de quarenta quilômetros da capital de Minas Gerais, atualmente é considerada como um dos mais importantes sítios arqueológicos do continente americano. Lá foi encontrado o fóssil humano de cerca de onze mil anos conhecido como "Luzia", que aponta para novas teorias da evolução e ocupação do homem nas Américas.
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