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Análise Crítica das Organizações - Resenha 1

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Análise Crítica das Organizações – Resenha 1 Página 1 
Universidade Candido Mendes 
Análise Crítica das Organizações – Resenha 1 
Prof. Maximiliano Escobar 
 
1. A ANÁLISE ORGANIZACIONAL 
O QUE É ANÁLISE ORGANIZACIONAL? 
O termo Análise Organizacional foi adotado recentemente em diversos círculos para englobar 
o estudo das organizações independentemente das variáveis utilizadas e da ênfase que se 
coloque sobre a relevância delas. 
Segundo Daft (1999, p. 8 e 14), “o conhecimento da teoria da organização capacita os 
administradores a projetar organizações para que funcionem com maior eficácia. Hoje, o 
mundo - e portanto o mundo dos negócios está passando por uma mudança mais profunda e 
de maior alcance como jamais se viu desde o alvorecer da idade moderna e da revolução 
científica cerca de quinhentos anos atrás. Assim como a civilização se alterou 
irremediavelmente na transição da era agrária para a era industrial, os eventos emergentes 
modificarão as formas pelas quais interagimos uns com os outros em nossas vidas pessoais e 
profissionais. As antigas formas de organização e métodos de gerência são inadequados para 
enfrentar os novos problemas no mundo pós-moderno emergente. O efeito resultante do 
ambiente empresarial e do estudo da teoria da organização em evolução é uma abordagem 
nova e mais flexível para a gerência e a utilização de uma teoria de contingência para 
descrever e divulgar conceitos organizacionais.” 
 
Conceito de organização 
De acordo com Gaus apud Lemos (2014, p.13) organização “é o arranjo e a obtenção de 
pessoal para facilitar a realização de algum objetivo de comum acordo, por meio da 
distribuição de funções e responsabilidade”. 
Para Mintzberg apud Lemos (2014, p.14) “as organizações são estruturas para apreender e 
dirigir sistemas de fluxos e determinar os inter-relacionamentos das diferentes partes.” 
 
Mudanças nas organizações a partir da Revolução Industrial 
Revolução industrial (séculos XVIII e XIX) 
 O crescimento das organizações; 
 As ferrovias introduzem alterações sociais no trabalho; 
 Desenvolvimento da sociedade por ações. 
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Segunda Revolução Industrial (final século XIX – início século XX) 
 Administração científica - Frederick Winslow Taylor 
 Cinco elementos do pensamento na AC de Taylor 
 Rigidez normativa; 
 Seleção cuidadosa de cada empregado; 
 Constante supervisão sobre os empregados; 
 Pagamento de bonificações diárias pelo trabalho bem 
executado; 
 Divisão equitativa do trabalho e responsabilidade. 
 Fordismo – Henry Ford 
 Melhor relação de tempos e movimentos; 
 Repasse dos ganhos de produtividade aos salários; 
 Separação entre empregados e a direção da empresa; 
 A submissão do homem à máquina 
 Estudos de Elton Mayo na fábrica de Hawthorne 
 Objetivo de verificar as relações entre condições de trabalho e 
incidência de fadiga e monotonia entre os empregados em uma 
perspectiva taylorista; 
 Deram origem as teorias da motivação, tais como a de Abraham 
Maslow; 
A Primeira Guerra Mundial 
 A entrada da mulher nas organizações modernas; 
 Restritas as funções administrativas ou operárias; 
Crash da bolsa de NY 
 Tornou visível a fragilidade dos modelos de organização; 
 A busca constante pelo aumento de produtividade criou o fenômeno do desemprego 
permanente. 
A Segunda Guerra Mundial 
 Reforçou as gestões autocráticas; 
 Trabalhar em uma grande organização passa a ter um caráter de servir a nação; 
 A expansão da atuação da mulher nas grandes organizações. 
Fim do consenso pós-guerra 
 A mudança de relação de empregados e empresa; 
 “Outono quente” de 1969, quando operários da Fiat queimaram carros em protesto 
contra a forma de trabalhar na linha de montagem; 
 Aumento do absenteísmo, e pelo crescimento dos movimentos de reivindicação de 
melhores salários e condições de trabalho. 
Anos 70 
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 Ascenção japonesa 
 Modelos gerenciais, onde a participação do empregado no processo 
decisório era muito maior; 
 Uma atitude mais orgânica e menos mecanicista; 
 Estruturas mais flexíveis e velozes; 
 Decisões com mais rapidez, conseguindo desenvolver e colocar novos 
produtos no mercado antes de suas rivais européias e americanas. 
 Surgimento do chip de silício 
 As linhas de produção têm um salto em termos de automação e 
produtividade; 
 Os recursos promotores de inovação eram unicamente cérebro e 
educação(Vale do Silício - Universidade de Stanford); 
 Primeiras estruturas organizacionais planas, suprimindo a figura do 
gerente médio.(Xerox Corp.). 
 Desenvolvido o primeiro computador pessoal (PC), Xerox Corp. 
Anos 80 
 Crise americana frente principalmente a concorrência japonesa; 
 Uma onda de atuações de consultores junto aos principais executivos; 
 Maior competição internacional; 
 Acionistas cada vez mais exigentes; 
 Os computadores geram desemprego estrutural de massa; 
Anos 90 até os dias de hoje 
 Competição Global; 
 Renovação organizacional (Reengenharia, downsizing, empowerment); 
 Vantagem competitiva; 
 Relacionamento dos funcionários; 
 Diversidade as empresas; 
 Responsabilidade social; 
 Sustentabilidade. 
Importância da Análise Organizacional 
Quando a organização tem consciência de seu processo de desenvolvimento e estado atual 
pode proporcionar uma maior possibilidade de acerto em possíveis mudanças que terão que 
ser realizadas. E em uma análise sistemática pode-se verificar onde estão os problemas de 
falta de coordenação interna para uma resposta rápida as necessidades do mercado. 
Sinteticamente podemos destacar as seguintes vantagens de se estudar as organizações: 
 Os gerentes terão a possibilidade de entender melhor a relação da organização com o 
meio ambiente, diagnosticando as incongruências internas e seus impactos sobre essa 
relação; 
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 É um ferramental para entendermos o que ocorreu e podermos nos preparar para o 
futuro, ou seja, capacita os administradores a poderem projetar organizações mais 
eficazes; 
 Este tipo de estudo é uma necessidade presente tendo em vista as mudanças 
ocorridas nos ambientes que as empresas operam em virtude de um processo 
crescente de globalização de mercados; 
 O administrador de uma organização tendo uma clara visão dos fatores contextuais e 
estruturais poderá optar por uma forma estrutural que esteja mais de acordo com a 
estratégia escolhida, e trabalhar no sentido de potencializar as vantagens inerentes ao 
tipo de estrutura e minimizadas suas desvantagens. 
Para entendermos a organização torna-se imprescindível a utilização de um modelo para 
análise da mesma, tendo em vista a complexidade que é analisar os fatores que compõe as 
organizações modernas. Modelos são simplificações teóricas de uma realidade complexa. 
A análise organizacional refere-se à abordagem diagnóstica da estrutura, dos recursos 
disponíveis (físicos, humanos e financeiros) e das competências essenciais à organização. Tudo 
isso aliado a uma tecnologia flexível, permitindo respostas rápidas em um mercado repleto de 
constantes mudanças. A análise organizacional permite verificar os pontos fortes e pontos 
fracos da empresa, visando sua melhoria contínua. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. – 4.ed. – Rio de janeiro: 
Elsevier, 2007 – 4ª reimpressão. 
 
DAFT, Richard L. Teoria e Projeto das Organizações. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos 
e Científicos Editora S.A., 1999.LEMOS, Marcelo Scofield de. Análise organizacional da Petrobras. Disponível 
em:<http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/3544/MarceloLemos.pdf?
sequence=1>. Acesso em: 17 fev. 2014. 
 
MINTZBERG, Henry. Criando Organizações Eficazes: estruturas em cinco configurações. São 
Paulo: Atlas, 1995.

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