Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resumo de Sociologia Relações e diferenças principiológicas entre Émille Durkheim, Max Weber e Karl Marx. Émille Durkheim: Estuda o comportamento humano pelo “fato social”. Durkheim prova que o comportamento humano não é um fato individual, isolado mas que a opção desse comportamento está diretamente determinada pelo convívio social, pelas normas e regras do grupo onde o indivíduo é educado. Fato social: É todo fenômeno social coercitivo, exterior sujeito que apresenta certa generosidade no grupo social. Acontecimentos da vida em sociedade, práticas e condutas que refletem os seus costumes valores, tradições, sentimentos e cultura. Fatos sociais são: regras jurídicas e morais, os dogmas religiosos, sistemas financeiros e crenças. Características: Coerção – Todo ser humano é obrigado a seguir um conjunto de regras e normas que o grupo social impõe. Exterioridade – Esses valores, regras e normas impostas pelo grupo são anteriores aos homens e exteriores -> estão na sociedade. Generalidade – dimensão significativa no grupo, ter uma representatividade quantitativa importante como comportamento dos indivíduos. Max Weber: Pensa a sociedade a partir de relações sociais – ações sociais Ação social: é a conduta e comportamento orientado pelas expectativas do outro. Um determinado comportamento implica uma relação de reciprocidade frente a outros indivíduos, e deve haver um sentido que a justifica. Ação social possui: Subjetividade, Probabilidade/Imprevisibilidade, Conduta pessoal a partir de expectativas alheias. Tipos de Ação Social, segundo Weber: Ação social tradicional – Assentada nos costumes/Tradição Ação social afetiva – baseado em sentimentos e emotividade Ação social racional orientada para valores – Baseados em valores religiosos, políticos ou morais. Ação social racional orientada para fins – Baseado em uma determinada finalidade (ex: estudar para se formar) Weber acredita que toda ação é resultante de um sentido que o justifica, e que a reação proveniente de uma ação é probabilística. Como viveu em um período moderno, a sociedade agora encarava as leis de frente, diferente do período de Durkheim, em que o indivíduo aceitava as leis, pois sabia que se descumprisse uma regra, seria removido da sociedade. Weber acreditava que o Capitalismo não era um fenômeno econômico, e sim social. Em sua obra Ética Protestante e Espírito Capitalista, ele demonstra que o indivíduo, em sua posição religiosa de protestante, visa o trabalho como uma forma de engrandecer o espírito e honra pessoal, ou seja, quanto mais trabalhar, maior será o reconhecimento pessoal e espiritual do indivíduo, algo que se torna excelente ao Capitalismo, pois, quanto mais vontade de trabalhar, maior a produção e melhor para o sistema Capitalista. No período de Weber, o Direito se tornou escrito, de forma a exercer uma função controladora na sociedade, controlando os agentes sociais (pessoas), e inculcando o medo de forma a mostrar aos agentes sociais que a coerção seria agora jurídica, e não física como foi no período de Durkheim. O indivíduo agora entende que suas ações podem promover uma sanção contra ele mesmo e trouxe mais legitimidade ao sistema jurídico. A modernidade na visão de Weber: 1) Separação das esferas de valor: Campos das Atividades Humanas – Ciência/Técnica, Arte, Moral No ocidente pré-moderno estão articulados sob o imã da religião Ocorre na modernidade independência entre tais esferas. 2) Desencantamento do mundo: O homem moderno perde a magia, a visão mítica do mundo, o homem moderno é causa e efeito – é racional. Deuses, Gênios, Demônios, Forças extra-naturais caem fora do horizonte do homem, e ele é, de fato um homem moderno. 3) Burocratização das instituições: O homem se torna racional e a racionalização da administração é posta em prática através da burocratização. As instituições privadas e públicas, as empresas e, enfim, o Estado, deve ser regido segundo um plano administrativo. 4) Especialista sem inteligência – Hedonista sem coração A modernidade cria o homem extremamente racional, especialista na sua profissão, um “expert”. Preocupado com o presente, com o futuro e sempre conectado, buscando os prazeres imediatos, os prazeres materiais, satisfazendo o momento. (Hedonista – busca pelo prazer – mente – interior, finalidade da vida é o prazer). Karl Marx: Para Marx o capitalismo é um sistema produtivo específico, construído historicamente pelos homens na luta pela sobrevivência. A base material da sociedade capitalista é formada por forças produtivas + relações de produção. Forças produtivas: Força de trabalho + Meios de Produção Relação de produção: Proprietários dos meios de produção e das terras <-> Homens que vendem sua força de trabalho Superestrutura (Estado/Lei/Direito) Filosofia (Arte/Religião/Moral) Estrutura (forças produtivas/Relação de Produção) Ideologia: É um conjunto de proposições elaboradas, na sociedade burguesa, com a finalidade de fazer apresentar os interesses da classe dominante com o interesse coletivo, construindo uma hegemonia daquela classe. Mais valia: Termo usado para designar disparidade entre o salário pago e o valor do trabalho produzido. O ordenado pago representa um pequeno percentual do resultado final do trabalho. Mais valia absoluta (séc. XIX) – Aumento de jornada de 8h para 12h + produtos realizados por hora. Mais valia relativa (séc. XX – Reivindicações dos trabalhadores) – Aumento da produtividade. Produz por hora, não por unidade, agora por duas unidades. O capitalista é proprietário dos bens de produção enquanto o operário só possui sua força de trabalho, vendida em troca de salário em dinheiro. A venda da força de trabalho aliena o trabalhador de sua capacidade construtiva de produção. O controle do processo da produção permaneceu nas mãos do capitalista e o trabalhador se desumaniza ao permanecer-se na pendência daqueles que possuem os meio de produção.
Compartilhar