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Exportação e importação conceitos e procedimentos básicos Rossandra Mara Assumpção E D I T O R A I B P E X J Exportação e importação: conceitos e procedimentos básicos ta n lu ii p ife fe » tU lc iç U ) p có M a í H Çe c& àS A u< A iU )* i t m : « >. Vn r** u n a fr óv i» a/ xr ià tU : - ia Ed to ra lt < w A »< ík 4 : Ó M af e• « «1 c rir r* t$ uu b> s& • - U i r » M W 1S 68 « sa >j & :« to * 1 1& 4 f e Có íç ú Exportação e importação: conceitos e procedimentos básicos Rossandra Mara Assumpção EDITORA W 7 I B P E X X Í N rtt iM A p ut o ik » lU id íU i t at o* u * H tn àa tA flM d at nr *» u n a fr iv tf a /x ria ay l: 4 a lt< «a x A A to çl í - J:s ai to tts 4 c rtr à <$ us «h K> 3& «4 U i r ' » .61 Cr tS 96 « M b *t . 1 Ê4 (to C ôi co P ar d W 7 E D I T 0 R A J l lB P E X Av. Vicente Machado, 314, 14n andar Centro :: CEP 80420-010 :: Curitiba :: PR :: Brasil editora@editoraibpex.com.br www.ed i toraibpex.com. br Conselho editorial:: Dr. Ivo José Both (presidente) D r*. Elena Codoy Dr. Nelson Luís Dias Dr. U lf C . Baranow Editor-chefe :: Lmdsay Azambuja Editores-assistentes v.Ariadne Nunes Wenger, Marcela Mariana de Abreu Editor de arte/projeto gráfico :: Raphael Bernadelli Análise de informação :: Eliane Felisbino Trisotto Revisão de texto :: Schirley Horácio de Gois Hartmann Capa :: Denis Kaio Tanaami Diagramação :: Katianc Cabral A851e Assumpçãc>, Rossandra Mara Exportação e importação: conceitos e procedimentos básicos / Rossandra Mara Assumpção - Curitiba: Ibpex, 2007 188 p, ISBN 978-85-99583-28-9 1 Comércio exterior 2. Exportação. 3. Importação. I. Título CDD 382 20. ed. Informamos que é de inteira responsabilidade do autor a emissão de conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Editora Ibpex A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei n° 9.610/98 e punido pelo art. 181 do Código Penal. Foi feito o depósito legal. 1* edição. 2007 N rtt iM A p ar ti d ut t u p u ia d » fft tto ov frr rú u n 4 fr c. vi 4a g flv a It< «a x A rt to çl »- J:s ãi to tts 4 cs an < $u s« hK >3 & «4 U i r ' § 61 C'1 S* 6 « *t . 1 64 do C ói <jü P itU >>> nota sobre a autora Rossandra Mara Assumpção é doutoranda em Engenha ria de Produção pela Universidade Federal de Santa Ca tarina (UFSC), mestre em Desenvolvimento de Tecnologia pelo Programa de Desenvolvimento de Tecnologia (Prode- tec), especialista em Administração de Empresas - Comér cio Exterior pela Faculdade de Administração e Economia (FAE/CDE) e economista pela Fundação Universitária da Região de joinville (FURJ). Além de deter vasta experiên cia construída ao longo de 26 anos dedicados à área in ternacional no Banco do Brasil, no qual exerceu diversas funções, de escriturária a gerente de câmbio e comércio exterior, é atualmente professora da Universidade Tuiuti do Paraná, da Faculdade Opet e da Faculdade de Tecnologia Internacional (Fatec Internacional) nos cursos de graduação de Relações Internacionais e Administração de Empresas. Atua também em cursos de pós-graduação no Instituto Bra sileiro de Pós-Graduação e Extensão (Ibpex), no Centro de Desenvolvimento Acadêmico Empresarial (Cedaem), na Fa culdades União, na Universidade do Vale do Itajaí (Univali), no Instituto Edvaldo Lodi (IEL) e na Universidade Federal do Piauí (UFPI), trabalhando com disciplinas relacionadas a comércio exterior. N rtt iM A p ar ti lU ia íU i t at o* u r u p u iid » fft tto ov tn rú u n 4 (r iv u a rt rt aa ;*: 4 a íd fc ra It< «a x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i t * » .61 Cr tS 96 * *« /» & *t 1 64 d a C ôi co P ar d >>> apresentaçao A economia brasileira tem apresentado sinais de cresci mento muito abaixo dos índices alcançados por países emergentes em condições semelhantes, como China, índia e Rússia. Observa-se que as exportações nacionais ainda têm baixo conteúdo tecnológico e são realizadas em pou cas e grandes empresas. Produtos oriundos do setor pri mário da economia, sem nenhum valor agregado, como as commodities, são o carro-chefe dessas operações no País. Ocorre que não existe programa firme de incentivo para que as pequenas empresas se insiram diretamente no mercado externo com competitividade, como ocorre em países desenvolvidos. Embora alguns indicadores positivos acenem para uma melhora na economia, deve-se lembrar que estes se devem ao cenário externo favorável. Ou seja, a alta da balança brasileira comercial é conseqüência da forte demanda ex terna e do aumento nos preços dos produtos também no mercado internacional. A queda do risco país reflete menos melhorias estruturais da economia do que a alta liquidez mundial; em contrapartida, qualquer movimento para cima N rtt iM A p ar ti lU ia íU i t at o* u r u p u iid » fft tto ov tn rú u n 4 (r iv u a rt rt aa ;*: 4 a íd fc ra It< «a x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i t * » .61 Cr tS 96 * *« /» & *t 1 64 d a C ô íç ú P ar d nos juros dos Estados Unidos remete para cima também o risco Brasil. Nosso grande endividamento externo está inde xado na moeda norte-americana, devido ao fato de a maio ria dos credores serem banqueiros americanos. Isso significa que, com juros mais altos, a possibilidade de inadimplência tende a aumentar, acarretando o efeito cascata em todos os segmentos da economia. As bolsas de valores em alta tam bém refletem a tendência dos investidores estrangeiros em direcionar suas aplicações para países emergentes, conco mitante ao baixo risco, como é o caso, por ora, do Brasil. Porém, uma desaceleração mundial pode inverter o processo e atingir fortemente o País, que não possui raízes sólidas em sua estrutura econômica. O ritmo de crescimento brasileiro é ainda pequeno para as suas necessidades e potencialidades. Isso reforça que o Brasil precisa de divisas - que são as disponibilidades em moeda estrangeira que um país possui - para acelerar o de senvolvimento econômico de forma globalizada e integrada. Divisas se adquirem com atração de investimentos estrangei ros, empréstimos de capitais, vendas de tecnologias, direitos de patentes e, principalmente, exportações. No entanto, para exportar produtos com qualidade e competitividade, necessi- ta-se de tecnologia, componentes, matérias-primas ou outros insumos que atualmente são importados. Considerando-se esses fatos, percebe-se a necessidade do desenvolvimento de competências para as atividades de ex portação e importação. Esta obra tenta contribuir nesse sen tido, oferecendo subsídios teóricos e práticos relacionados à estruturação do comércio exterior brasileiro, com vistas a oportunizar aos detentores dos conhecimentos aqui elen- N rtt iM A p ut o lU ia íU i t at o* u r u p u iid » fft tto ov tn rú u n 4 (r iv u 4a íd fc ra It< «a x A rt toçl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i t * » .61 Cr tS 96 * *« /» & *t 1 64 d a C ôi co P ar d cados condições para uma maior agilidade, flexibilidade e eficiência nos fluxos de mercadorias, o que permitiría, em última instância, uma maior competitividade do comércio in ternacional do País. Enfim, com este livro, elaborado numa linguagem simples e dentro das normas emanadas pelos principais gestores do comércio exterior no Brasil, espera-se apresentar informa ções úteis e práticas tanto para os estudantes que estão se preparando para ingressar neste promissor mercado como para os profissionais de comércio exterior e áreas correlatas, os quais precisam tomar decisões certas e tempestivas no contexto de economia internacionalizada atual. N rtt iM A p ar ti lU ia íU i t at o* u r u p u iid » fft tto ov tn rú u n 4 (r iv u 4a íd fc ra It< «a x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i r ' » .61 Cr tS 96 « *t . 1 Ê4 & i C ôi co P ar d >>> sumário Lista de siglas » 15 Introdução » 21 1 Aspectos gerais do comércio internacional » 25 1.1 Organismos de cooperação financeira » 26 1.2 Organismos de cooperação comercial » 28 1.3 Canais de distribuição » 34 2 Estrutura administrativa do comércio exterior brasileiro » 41 2.1 Agentes intervenientes » 41 2.2 Sistemas informatizados de apoio ao comércio exterior » 47 3 Mercado de câmbio » 51 3.1 Histórico do câmbio no Brasil » 51 3.2 O câmbio no Brasil » 55 3.3 Operações de câmbio » 60 3.4 Taxa de juros e taxa de câmbio » 61 3.5 Regime de câmbio e sistemas de taxas de câmbio » 65 3.6 Contratos de câmbio » 67 3.7 Pagamentos internacionais » 71 N rtt iM A p ifV i lU id íU i t at o* u * H tn óa tA flM d at nT ú M n a f riv u a /x ria ay l: 4 a it \t i* x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i r ' » .61 Cr tS 96 « *t . 1 Ê4 & i C ôi <jü P ar d 4 Operacionalização do comércio internacional » 77 4.1 Nomenclatura e classificação de mercadorias » 78 4.2 Internacional Commercial Tcrms (Incoterms)» 81 4.3 Modalidades de pagamento » 85 5 Alfândega: território e entrepostos aduaneiros » 95 5.1 Terminais alfandegados de uso público » 98 6 Exportação » 103 6.1 Comissão de agente » 107 6.2 Tratamento administrativo na exportação » 109 6.3 Tratamento tributário na exportação » 111 6.4 Drawback » 112 6.5 Composição do preço de venda do produto a ser exportado » 114 6.6 Documentos utilizados na exportação » 116 6.7 Despacho aduaneiro na exportação » 127 6.8 Regimes cambiais na exportação » 130 6.9 Contratação do câmbio na exportação » 131 6.10 Pagamentos na exportação » 132 6.11 Câmbio simplificado não simultâneo de exportação » 133 6.12 Exporta Fácil » 134 6.13 Mecanismos de financiamentos â exportação » 135 6.14 Regularização cambial » 147 6.15 Garantias bancárias na exportação » 149 6.16 Seguro de crédito à exportação » 151 N rtt iM A p ar ti lU id íU i t at o* u r u p u iid » i« *t d jA * f ttt oo vt rir *» u n a (r iv u 4a íd fc ra lt< «a x A A to çt í 4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i t * » .61 Cr tS 96 « *t . 1 Ê4 & i C ôi co P ar d 7 Importação » 155 7.1 Registro de importador » 156 7.2 Tratamento administrativo na importação » 156 7.3 Principais órgãos anuentes » 157 7.4 Canais de parametrização » 158 7.5 Transito aduaneiro » 161 7.6 Prazo de abandono das mercadorias » 162 7.7 Despachante aduaneiro » 163 7.8 Despacho aduaneiro na importação » 164 7.9 Regimes cambiais na importação » 170 7.10 Financiamentos na importação » 173 Considerações finais » 179 Referências por capítulo » 181 Referências » 185 N rtt iM A p ut o lU id íU i t at o* u * H tn àa tA flM d at nr *» u n a fr iv u a /x ria ay l: 4 a íd fc ra lt< «a x A A to çl í 4 :s ai to tts 4 cs an < $u s« hK >3 & «4 U i t * » .61 Cr tS 96 « *t . 1 Ê4 (to C ôi co P ar d > > > ACC ACE Aladi Alca ANP Anvisa Apec AWB Bacen Bird BNDES Cacex Camex Adiantamento sobre Contrato de Câmbio Adiantamento sobre Cambiais Entregues Associação Latino-Americana de Integração Área de Livre Comércio das Américas Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Agência Nacional de Vigilância Sanitária Fórum Econômico da Ásia e do Pacífico Airway Bill Banco Central do Brasil Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Carteira de Comércio Exterior Câmara de Comércio Exterior N rtt iM A p ar ti lU ia íU i t at o* u r u p u iid » fft tto ov tn rú u n a (r iv u 4a i t\ ti * x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i r ' » .61 Cr tS 96 « *t . 1 Ê4 & i C ôi co P ar d CCEX Comitê de Crédito à Exportação CCI Câmara de Comércio Internacional CCR Convênio de Créditos Recíprocos CE Comprovante de Exportação CFR Cost and Freight Cl Comprovante de Importação CIF Cost, Insurance and Freight CIP Carriage and Insurance Paid To CIRR Commercial Interest Reference Rate CMN Conselho Monetário Nacional CNEN Comissão Nacional de Energia Nuclear CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa jurídica CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Coíins Contribuição sobre Financiamento da Seguridade Social CPT Carriage Paid To DAF Delivered At Frontier Dart Documento de Arrecadação de Receitas Federais DDE Declaração de Despacho de Exportação DDP Delivered Duty Paid DDU Delivered Duty Unpaid Decex Departamento de Operações de Comércio Exterior te m n a pi na to n ta to * u * n çt tú & to c « n ^ ). n fl M da tn r* » M n 4 ( ri vu su xt iz i& : t o Id lx * I t< «a x A A to çl í - J:s ai to tt s 4 cr irr à < $u s«h K> 3& «4 U i t * » .6 1C rtS 96 « *« /» & M b *t . 1 Ê4 (t o C ôi co P ar d Decom Departamento de Defesa Comercial Deint Departamento de Negociações Internacionais DEQ Delivered Ex-Quay Depla Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior Depoc Departamento de Políticas de Comércio Exterior DES Delivered Ex-Ship Dl Declaração de Importação DSE Declaração Simplificada de Exportação DSI Declaração Simplificada de Importação DTA Declaração de Trânsito Aduaneiro Eadi Estação Aduaneira de Interiores EAF Estação Aduaneira de Fronteira EXM Ex Work FAS Free Alongside Ship FCA Free Carrier FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Serviço Finame Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos FMA Ficha de Mercadoria Abandonada FMI Fundo Monetário Internacional FOB Free On Board GATS General Agreement on Trade in Services GATT General Agreement on Tariffs and Trade te m n a pi na to n ta to * u *n çt tú & to c « n ^ ). n fl M da tn r* » M n 4 ( ri vu su xt iz i& : t o Id lx * I t< «a x A A to çl í - J:s ai to tt s 4 cr irr à < $u s«h K> 3& «4 U i t * » .6 1C rtS 96 « *« /» & M b *t . 1 Ê4 (t o C ôi co P ar d Ibama Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços IED Investimento Externo Direto II Imposto de Importação Incoterms Internacional Commercial Terms INSS Instituto Nacional de Seguro Social IOF Imposto sobre Operações Financeiras IPI Imposto sobre Produtos Industrializados LI Licença de Importação Libor London Interbank Ofíered Rate MDIC Ministério do Desenvolvimento, indústria e Comércio Exterior Mercosul Mercado Comum do Sul MTA Mercado de Taxas Administradas MTF Mercado de Taxas Flutuantes MTL Mercado de Câmbio de Taxas Livres NCM Nomenclatura Comum do Mercosul Nafta Acordo de Livre Comércio da América do Norte Naladi Nomenclatura Aduaneira da Associação Latino-Americana de Integração OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico te m n a pi na to n ta to * u * n çt tú & to c « n ^ ). n fl M da tn r* » M n 4 ( ri vu su xt iz i& : t o Id lx * I t< «a x A A to çl í - J:s ai to tt s 4 cr irr à < $u s«h K> 3& «4 U i t * » .6 1C rtS 96 « *« /» & M b *t . 1 Ê4 (t o C ôi co P ar d OMC Organização Mundial de Comércio PIB Produto Interno Bruto PIM Programa de Importação PIS Programa de Integração Social Proex Programa de Financiamentos às Exportações RC/ROC Registro de Operação de Crédito RDE Registro Declaratório Eletrônico RE Registro de Exportação REI Registro de Exportadores e Importadores RES Registro de Exportação Simplificada no Siscomex RMCCI Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais ROF Registro de Operação Financeira RV Registro de Venda SBCE Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação Secex Secretaria de Comércio Exterior Serpro Serviço Federal de Processamento de Dados SGP Sistema Geral de Preferências SH Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias Sisbacen Sistema de Informações do Banco Central Siscomex Sistema Integrado de Comércio Exterior SRF Secretaria da Receita Federal te m n a pi na to n ta to * u * n çt tú & to c « n ^ ). n fl M da tn r* » M n 4 ( ri vu su xt iz i& : t o Id lx * I t< «a x A A to çl í - J:s ai to tt s 4 cr irr à < $u s«h K> 3& «4 U i t * » .6 1C rtS 96 « *« /» & M b *t . 1 Ê4 »t o C ôi co P ar d Swift Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication Suframa Superintendência da Zona Franca de Manaus TEC Tarifa Externa Comum TRA Terminal Retroportuário Alfandegado Trips Trade-Related Aspects of Intellectual Property Rights Trims Trade-Related Investment Measures > > > Com a globalização, a internacionalização e a abertura dos mercados, estabeleceram-se novos focos de compe titividade, requerendo um conhecimento aprofundado das questões relacionadas com o comércio internacional. Nessa contextura, inserem-se as exportações, as importações e, conjuntamente, as questões relacionadas a esses processos, fatores que, se bem conduzidos, podem contribuir para in troduzir mais fortemente o Brasil no ciclo de desenvolvi mento econômico crescente do comércio exterior. O produto interno bruto (PIB) mundial, que é a soma de todas as riquezas produzidas pelas nações, sempre ocorreu em percentual superior ao da troca de bens, porém tal situa ção se inverteu a partir de 1995. Nos anos compreendidos entre 1995 e 2005, o crescimento do PIB mundial foi somen te de 3% ao ano, enquanto a taxa de crescimento das vendas externas foi de 5,8% ao ano, invertendo o processo que já se perpetuava há décadas. Esse incremento acentuado do comércio internacional, medrado pela difusão da globalização, cria novos desafios. N rtt iM A p ar ti lU ia íU i t at o* u r u p u iid » fft tto ov tn rú u n 4 (r iv u a rt rt aa ;*: 4 a íd fc ra It< «a x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i t * » .61 Cr tS 96 * *« /» & *t 1 64 d a C ôi co P ar d É assim que as fronteiras de espaço e tempo têm sido destruí das pelo crescimento do comércio eletrônico e pela melhora da infra-estrutura viária e dos meios de transporte. Acrescen te-se que o mercado apresenta-se com elevada incerteza e com um caráter extremamente volátil, influenciado pela ve locidade das inovações tecnológicas e pela mudança dos há bitos dos consumidores, o que exige agilidade nos negócios e, em específico, nas operações de comércio exterior. Outro aspecto a considerar são as exigências do atual am biente de negócios globalizado no sentido de existir nas tran sações internacionais uma forte pressão pela redução de cus tos e tempo. Também a redução do time-to-market (o tempo de acesso aos mercados) e dos ciclos dos pedidos coloca novas necessidades às operações. O propósito desses novos formatos de trabalho é a cria ção de condições para um acelerado e eficiente fluxo de mercadorias, que funcione com agilidade e flexibilidade, direcionadas principalmente para o comércio internacional. Infra-estruturas para armazenagem, desembaraço aduaneiro, movimentação e distribuição de mercadorias fazem com que as atividades de comércio internacional sejam beneficiadas por uma maior competitividade. O êxito dos negócios na área significa, além das divisas, empreendimentos no setor de transportes e atividades afins, criando empregos, dinami zando e viabilizando todas as atividades correlacionadas. O Brasil só recentemente começou a atentar para essa si tuação e precisa de subsídios para poder dispor de vantagens competitivas na sua pretensão de ter maior participação no co mércio internacional globalizado. No panorama do comércio N rtt iM A p ar ti lU id íU i t at o* u r u p u iid » fft tto ov tn rú u n 4 (r iv u a rt rt aa ;*: 4 a íd fc ra It< «a x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i t * » .61 Cr tS 96 * *« /» & *t 1 64 d a C ôi co P ar d exterior, o Brasil encontra-se em torno da 20a posição entre os exportadores globais. Somente após o ano de 2001, o País conseguiu superávit na balança comercial, motivado princi palmente pela quase independência do petróleo importado. Para conseguir aumentar ainda mais as exportações, o País precisa erradicar aquilo que impacta negativamente na com petitividade dos seus produtos. A fim de melhorar seu desem penho, é necessário promover: melhorias na infra-estrutura viária que se encontra em estado precário; instrumentação de reforma tributária para que se reduza a pesada carga dos tributos que onera demais os seus produtos; desenvolvimen to de competências principalmente em aspectos logísticos; ampliação no uso da informática e de tecnologias de comu nicação nas empresas. Convém ressaltar que, para atender a essas novas condi- cionantes do mercado globalizado, caracterizado por uma integração cada vez mais intensa, uma das viasé a dissemi nação das vantagens da inserção das empresas no mercado externo. N rtt iM A p ar ti lU ia íU i t at o* u r u p u iid » fft tto ov tn rú u n 4 (r iv u a rt rt aa ;*: 4 a íd fc ra It< «a x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i t * » .61 Cr tS 96 « *t 1 64 d a C ô íç ú P ar d Aspectos gerais do comércio internacional ^ - No contexto das operações de comércio exterior, existe um agregado de termos, práticas e técnicas próprias que foram se criando e consolidando ao longo dos anos de evolução da globalização, em busca de adaptação às novas demandas econômicas e tecnológicas. No universo das transações internacionais, os negócios e as operações se processam em cadeia, por intermédio de intervenientes, tais como bancos, agentes, corresponden tes, representantes, intermediários etc. Todos participam e influenciam, de uma forma ou de outra, na viabilização dos negócios. As relações são construídas e necessitam ser disci plinadas, para resguardar os direitos de todos os envolvidos e assegurar o cumprimento das obrigações. As empresas se relacionam por uma conveniência, porque sozinhas não conseguem satisfazer suas necessidades admi nistrativas e de serviços. Existem atividades que elas não po dem executar em sua totalidade sem recorrer a outras organi zações que tenham know how na área e possam fazer aquilo que a distância as impede de executar. N rtt iM A p ar ti lU ia íU i t at o* u r u p u iid » fft tto ov tn rú u n 4 (r iv u 4a íd fc ra It< «a x A rt to çl » 4: s ai to tts 4 cs an «4 U i t * * * f ■ *t . 1 Ê4 & i C ôi co P ar d 2 6 Rossandra Mara Assumpção -------------------------------------------------------------------------------- --------------------------------- ^ Nesse contexto, os relacionamentos, os acordos e os con tratos são construídos porque atendem às necessidades dos envolvidos. É desse modo que são acionados os principais atores do conglomerado do comércio internacional - orga nismos de cooperação financeira e comercial e canais de distribuição. 1.1 Organismos de cooperação financeira 1.1.1 Fundo Monetário Internacional (FMI) O FMI, caracterizado pelo Banco Central do Brasil no ba lanço de pagamentos brasileiro como autoridade monetária, entrou em operação em maio de 1946 com 39 países-mem bros. Sua criação resultou de negociações entre 44 países, realizadas em Bretton Woods, nos Estados Unidos, com a fi nalidade de auxiliar o desenvolvimento dos países-membros, ajudando-os a resolver os seus problemas relativos ao balan ço de pagamentos. Atualmente conta com 185 integrantes. O fundo de recursos necessário para atingir as metas do FMI é formado, principalmente, por contribuições dos próprios membros. A cota de cada país é calculada após análise de seu desempenho econômico; quanto mais rico e maior sua parti cipação no comércio mundial, maior a cota. As cotas cons tituem o montante de recursos disponível para empréstimo aos membros com dificuldades em seus balanços de paga mentos. São também referência para fixação de valores para empréstimos; quanto maior a contribuição de um país, maior é seu limite de crédito. Outra função das quotas é servir de referência para o peso do voto do país nas decisões do FMI. exportação e importação: conceitos e procedimentos básicos 2 7 Os países com contribuição mais expressiva ao FMI', em per centuais de cotas, são os seguintes: • 17,14%-E U A • 6 ,14% -Japão • 6,00% - Alemanha • 4,95% - França • 4,95% - Reino Unido • 3 ,7 3 % -C h ina • 3 ,2 6 % -Itá lia • 3,22% - Arábia Saudita • 2,94% - Canadá • 2,74% - Rússia • 2,38% - Flolanda • 2,12% - Bélgica • 1 ,92% -ín d ia • 1 ,60% -Su íça • 1,49% - Austrália • 1,41% - Espanha • 1 ,40% -Brasil • 32,61% - outros * Do original em inglês International Bank for Reconstruction and Development. I.I.2 Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird) Juntamente com o FMI, foi fundado o Bircl*, também co nhecido como Banco Mundial, com o objetivo principal de pa rti iU íc íí Ui fo fc .) o * ff tt to ov r* » u n a fn to a 4a i t \t i* x A A to çl í 4 :s ai to tts 4 cr in * <$ us «h K> 3& «4 U i t * Í 61 U 1S 66 w *« /» & *t . 1 Ê4 d a C óJ <jü P ar d B.3 Rossandra Mara Assumpção promover o crescimento de regiões e países de menor desen volvimento relativo. Trata-se de um organismo fornecedor de créditos de médio e longo prazo e que age como captador de recursos internacionais para investimentos produtivos em países emergentes. O Brasil, devido à sua conjuntura atual, com uma estabilidade econômica aceitável, recebe verbas somente se forem destinadas a projetos ambientais. I.E Organismos de cooperação comercial Existem diversos acordos de livre comércio criados para or ganizar e promover o comércio internacional, principalmente dos países menos desenvolvidos. Tais acordos são elaborados por países-membros da Organização Mundial de Comércio (OMC) e entre os mais significativos se destacam: General Agreement on Tariffs and Trade (CATT); General Agreement on Trade in Services (GATS); Trade-Related Investment Mea- sures* (Trims); Trade-Related Aspects o f Intellectual Property Rights (Trips); International Chamber o f Commerce (ICC). 1.2.1 General Agreement on Tariffs and Trade (GATT) O GATT surgiu em 1946 como um acordo para regular pro visoriamente as relações comerciais internacionais, quando 23 países, posteriormente denominados fundadores, iniciaram ne gociações tarifárias visando impulsionar a liberalização comer cial e combater práticas protecionistas adotadas desde a década de 1930. Essa primeira rodada de negociações resultou em 45 mil concessões tarifárias e, apesar de ter sido criado para ser um instrumento regulatório provisório, o Gatt regulamentou por mais de quatro décadas as relações comerciais entre os países.2 * Trade- Related Investment Measures: Acordo sobre Investimentos. N rtt iM A p ar ti iU íc íí Ui ta to * u r u p u iid » t« fft tto ov tn rú u n 4 (r iv u a rt rt aa ;*: 4 a íd fc ra It< «a x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an 4* us 4t o> 3& «4 U i t * » .61 Cr tS 96 * *« /» & S4 to * t 16 4 d a C ôi co P ar d .........- y / Durante a Rodada Uruguai de negociações, que ocorreu de 1986 a 1993, envolvendo mais de cem países, voltou-se a discutir, entre outros temas, a criação de um organismo inter nacional destinado a regulamentar o comércio internacional, não apenas de bens, mas também de serviços, além de temas relacionados a investimentos e propriedade intelectual.3 Como resultado, a Ata da Rodada Uruguai inclui um novo Acordo de Tarifas Aduaneiras e Comércio (GATT 94), o qual mantém a vigência do GATT 47, o Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços (GATS), o Acordo sobre Investimentos (TRIMS), o Acordo sobre direitos de Propriedade Intelectual (TRIPS), além de acordos destinados a regu lamentar procedimentos de solução de controvérsias, medidas anti- dumping, medidas de salvaguarda, medidas compensatórias, valora- ção aduaneira, licenciamento, procedimentos, etc. A Ata da Rodada Uruguai também contém o acordo constitutivoda Organização Mundial de Comércio (OMC), encarregada de efetivar e garantir a aplicação dos acordos citados.4 Ao contrário do FMI ou do Bird, o GATT não é um organis mo criado, mas sim um arranjo contratual entre vários países. 1.2.2 Organização Mundial de Comércio COMO* A OMC é uma organização permanente e com personali dade jurídica própria, com 150 membros. Entrou em funcio namento em primeiro de janeiro de 1995, com o objetivo de promover e estabelecer negociações tarifárias multilaterais, mediar a solução de conflitos, não só de origem comercial, como também relacionados a direitos autorais e tratamento a Do originai em investimentos estrangeiros diretos. inglês World Tr*de Sempre que um país se julgar prejudicado pelas práticas Organization (wjo). de seus parceiros comerciais, deve tentar negociações bilate- exportação e importação: conceitos e procedimentos básicos 2 9 M am riâ ii uu t e » fo fc .) u r u p u iid » fft tto ov tn rú u n a (r iv u 4a It< «a x A rt to çl » 4: s ai to tts 4 cr in * «4 U i r ' » .61 Cr tS 96 * *« /» & *t 1 64 d a C ôi co P ar d 3 0 Rossandra Mara Assumpção rais. Se não for bem-sucedido nessas tentativas, pode recorrer ao Órgão de Solução de Controvérsias, que, caso julgue a demanda procedente, pode deliberar sobre a melhor forma de compensação ao país prejudicado. Caso contrário, quando comprovada a infração das nor mas da OMC, o infrator tem duas opções: oferecer uma com pensação aceitável ao país reclamante ou sujeitar-se a retalia ções por desobediência às recomendações da OMC e ainda ter sua reputação abalada. A OMC incentiva os países a agirem em blocos, em con formidade com normas por ela estabelecidas e através de acordos comerciais, objetivando o crescimento principalmen te dos menos favorecidos. É nesse contexto que se inserem as fases de integração econômica. Fases de integração econômica Existem diversos tipos de acordo que, devido à sua abran gência, evoluem para uma integração econômica. Para a for mação de um bloco econômico, os países signatários não precisam necessariamente passar por todas as fases de in tegração, dado que o processo se estabelece naturalmente pelo comércio internacional, ou seja, não ficou convencio nado por nenhum organismo específico vinculado a acordos internacionais. A seguir, apresentam-se as principais fases de integração econômica observadas na atualidade5: • Zona de livre comércio - As barreiras para o comércio recíproco de bens entre os países-membros são elimi nadas, mas estes concordam em manter suas políticas N rtt iM A p ar ti iU íc íí Ui ta to * u r u p u iid » fft tto ov tn rú u n 4 (r iv u a rt rt aa ;*: 4 a íd fc ra It< «a x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i t * » .61 Cr tS 96 * *« /» & *t 1 64 d a C ôi co P ar d Gxportação e importação: conceitos e procedimentos básicos BI <L * Alca: a propos ta foi lançada pelos Estados Unidos cm 1994, cujo objetivo era a aliança dos 34 países das Américas {com exceção de Cuba) num amplo acordo de desrcgulamcn- tação comercial e financeira com fortes conseqüências econômicas, sociais, trabalhis tas, ambientais e culturais. As principais razões do não-avanço das negociações para sua implan tação seriam a desigualdade en tre as economias dos países do continente ame ricano, a pouca participação da sociedade civil e o não-compro- metimento dos governos. comerciais independentes em relação aos demais. É uma integração que pode ser caracterizada como bran da. Exemplos: Associação Latino-Americana de Integra ção (Aladi), Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), Fórum Econômico da Ásia e do Pacífico (Apec), Área de Livre Comércio das Américas (Alca)* e a maioria dos outros blocos. U nião aduaneira - Além da eliminação recíproca das barreiras sobre o comércio, os países-membros avan çam e passam a adotar uma mesma política comercial em relação aos demais componentes do bloco. Nesta fase, é utilizada uma tarifa externa comum, cobrada pelo grupo de países sócios, que exigem o mesmo im posto de importação à entrada de mercadorias prove nientes de terceiros países. Exemplo: Mercado Comum do Sul (Mercosul). Mercado comum - Nesta fase, há uma integração em patamar superior ao da união aduaneira, com uma po lítica comercial uniforme dos países componentes do bloco em relação a países não membros. A uniformiza ção do comércio não se restringe apenas aos produtos, mas abrange também os fatores de produção, como movimentação de valores, investimentos e legislações trabalhistas. Exemplo: a União Européia esteve até pri meiro de fevereiro de 1999 enquadrada nesta fase de integração. Atualmente nenhum bloco se encontra nes ta etapa. U nião econômica - Os acordos não se limitam aos mo vimentos de bens, serviços, capital e mão-de-obra, pa rti > k» fo fc .) u r n ç< üt oà :à c « n ^ ). u ff ttt oo vt nr ú u n 4 fr iv tf a rt rt aa ;*: 4 a i t It< «a x A rt to çl » 4: s ai to tts 4 cs an «4 U i r ' » .61 Cr tS 96 * *« /» & *t 1 64 d a C ôi co P ar d 3 2 Rossandra Mara Assumpção mas procuram evoluir na harmonização das políticas econômicas para que os agentes envolvidos nas transa ções comerciais em geral possam operar sob condições similares em todos os países que compõem o bloco. Exemplo: União Européia. • Integração econômica, monetária e política total - Ca racteriza-se pela harmonização de todas as políticas, isto é, livre movimentação de bens, serviços, capital e mão-de-obra, além de já haver normatização dos proce dimentos para a completa igualdade de condições para os agentes econômicos. Passa-se a adotar uma política monetária, fiscal e social uniforme, administradas por autoridades supranacionais, escolhidas por consenso en tre os países-membros. Exemplo: a União Européia está com a meta de atingir esta fase em 2020. Hoje não exis te nenhum bloco ainda que se enquadre nesta etapa. 1.2.3 Câmara de Comércio Internacional (CCI) Criada em 1919, a CCI é uma organização não governa mental (ONG) com sede em Paris, França. É de excelente valia para o comércio exterior, pois tem se mostrado prática e objetiva. Suas publicações são elaboradas ou atualizadas por técnicos conhecedores do assunto pertencentes a vários países, que, ao se reunirem, interagem sobre as mudanças, as dificuldades e as facilidades do comércio internacional e, em comum acordo, propõem as modificações. Seu principal objetivo é definir e estabelecer as regras ge rais de comércio, organizando os procedimentos e as inter pretações como meio preventivo de evitar futuros conflitos. N rtt iM A p ar ti lU ia íU i t at o* u r u p u iid » c« h ^ í- í< ff ttt oo vt nr ú u n 4 (r iv u a rt rt aa ;*: 4 a íd fc ra It< «a x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i t * » .61 Cr tS 96 * *« /» & *t 1 64 d a C ôi co P ar d Gxportação e importação: conceitos e procedimentos básicos 33 / ~ Também funciona como um fórum arbitrai (tendência atual) para julgamento dos conflitos que surgem nas transações co merciais internacionais. Suas publicaçõessão editadas em inglês, por ser a língua utilizada em larga escala no comércio internacional e consi derada a mais fácil e comum para os envolvidos. Entre as publicações editadas pela CCI, destacam-se as re lacionadas a seguir por terem ampla utilização, tanto na área de comércio exterior como na área cambial6: • Publicação 121 - Sfguros: define normas para efeito de seguros internacionais; • Publicação 310 - Transporte Aéreo: define regras para os procedimentos referentes a transporte aéreo inter nacional; • Publicação 321 - Transporte Marítimo: define procedi mentos quanto à utilização de transporte marítimo in ternacional; • Publicação 500/600 - Regras e U sos Uniformes sobre C réditos Documentários: define procedimentos para abertura, utilização e liquidação de cartas de crédito; • Publicação 522 - Regras U niformes para Cobranças: de fine as normas que devem ser observadas nos procedi mentos de cobranças internacionais; • Publicação 560 - Incoterms 2000 - Termos de Comércio Internacional: define oficialmente cláusulas relativas a direitos e obrigações de cada parte (comprador e ven dedor) nas comercializações internacionais (substituiu a Publicação 460). pa rti lU ia íU i f o fc .) a * ff tt to ov r* u n 4 fr iv tf 4a i t It< «a x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i t * » .61 Cr tS 96 « *t . 1 Ê4 & i C ôi co P ar d 3 4 Rossandra Mara Assumpção 1.3 Canais de distribuição Existem vários intervenientes envolvidos no comércio in ternacional, cada um com sua contribuição específica para a efetivação dos negócios. Na sequência, destacam-se os mais importantes. 1.3.1 Trader Trata-se do profissional que atua como negociador respon sável pelas vendas externas de uma empresa. Pode ter sua base de trabalho definida por região, país, continente ou até mesmo grupos de empresas. Sua designação é estabelecer vínculos negociais com essas localidades ou organizações. Normalmente é uma pessoa física quem faz esse trabalho, mas, eventualmente, pode até ser uma pessoa jurídica. Pode estar situado em um país no exterior ou no Brasil, depen dendo em grande parte da política da empresa contratante, bem como da disponibilidade de recursos para mantê-lo no exterior.7 1.3.2 Agente É um profissional com destaque importante nas expor tações brasileiras, podendo ser pessoa física ou jurídica, e participa das transações como elo entre o exportador e o importador. Especializa-se na cultura e nos costumes do país, encontrando o comprador compatível com o produto fabri cado no Brasil. "Agente é o intermediário da venda dos produtos. Represen ta o produtor da mercadoria e na maioria das vezes trata-se de N rtt iM A p ar ti iU íc íí Ui ta to * u r u p u iid » fft tto ov frr rú u n 4 (r iv u a rt rt aa ;*: 4 a íd fc ra It< «a x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i t * » .61 Cr tS 96 * *« /» & *t 1 64 d a C ôi co P ar d pessoa jurídica." Ele executa em parte as funções do trader. Normalmente o agente é remunerado por comissão sobre as vendas, mas pode também ter uma remuneração mínima, independente das vendas.8 Cabe ao agente representar o produtor em feiras, exposi ções etc. A vantagem de se ter um agente no exterior é o baixo custo que isso pode representar para uma empresa, uma vez que pode vir a ser remunerado de acordo com as vendas. 13.3 O ffshore ou coligadas São companhias localizadas no exterior com vínculos em empresas nacionais e que devem obedecer à legislação do país onde trabalham. "O objetivo principal das offshore é promover as vendas, re presentar o fabricante, fornecer assistência técnica ou servir de agente", podendo ser representantes, responsáveis por vendas etc. Normalmente são instaladas em paraísos fiscais*, pois a idéia é utilizar-se dos benefícios oferecidos nesses países.9 exportação € importação: conceitos e procedimentos básicos 3 5 1.3.4 Feiras e exposições internacionais * Paraísos fiscais: territórios cm que existem grandes facilida des na atribuição de licenças para a abertura de empresas, além de impostos baixos ou inexis tentes. As feiras e exposições internacionais são uma grande opor tunidade para as empresas, não apenas pelo fato de possibili tarem a divulgação de seus produtos, serviços e marcas, mas por serem um ótimo local para se conhecer a concorrência, saber qual é o nível de qualidade de seus produtos, verificar tendências, desenvolver negociações etc.'° Elas constituem-se, provavelmente, no melhor, mais barato e mais perfeito meio de promover uma empresa, que é o N an im i p ift o fe » iU íc íí Ui ta to * u r u p u iid » fft tto ov tn rú u n 4 (r iv u 4a íd fc ra It< «a x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i t * » .61 Cr tS 96 * *« /» & *t 1 64 d a C ôi co P ar d 3 6 Rossandra Mara Assumpção contato direto. Nos ambientes das feiras e exposições inter nacionais, encontram-se empresas, executivos, compradores, vendedores, agentes, representantes e o público consumidor em geral, tratando-se de uma excelente ocasião para se ava liar a reação do público em relação ao produto, além de se conhecer de perto o mercado. Os objetivos específicos da participação nas feiras são: realizar vendas no local; fazer novos clientes; introduzir no vos produtos; conhecer produtos e lançamentos das empre sas concorrentes; encontrar novo representante, distribuidor ou sócio para joint ventures; obter espaço para a empresa ou para o país. Uma boa feira combina as vantagens da venda pessoal e da publicidade, concentrando grande número de compra dores em um só lugar e propiciando a oportunidade para transmitir uma mensagem de venda de forma direta. As feiras comerciais proporcionam o mais imediato feedback para o desempenho de um produto. O exibidor pode detec tar no ato se o produto é adequado ou não para o mercado em que se encontra ou ainda que mudanças devem ser intro duzidas para atingir esse objetivo. Uma das grandes vantagens de feiras e exposições é o fato de os executivos de negócios que visitam os eventos apre sentarem o chamado "espírito de compra", mostrando-se mais receptivos aos novos fornecedores do que em seu am biente de trabalho. Outra grande vantagem a considerar é a possibilidade de contato entre o exibidor e uma vasta gama de pessoas e pro fissionais que de outro modo estariam fora de seu alcance. N rtt iM A p ar ti iU íc íí Ui ta to * u r u p u iid » fft tto ov tn rú u n 4 (r iv u a rt rt aa ;*: 4 a íd fc ra It< «a x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i t * » .61 Cr tS 96 * *« /» & *t 1 64 d a C ôi co P ar d 3 8 Rossandra Mara Assumpção "A joint venture pode ocorrer entre empresas privadas, en tre empresas públicas e privadas, e entre empresas públicas e privadas nacionais e estrangeiras. Durante a vigência da joint venture, cada empresa é responsável pela totalidade do projeto."13 1.3.7 Consórcio de exportação É o agrupamento de empresas com interesses comuns de exportar em conjunto, objetivando obter competitividade em mercados internacionais, sem perder a sua própria autono mia. Trata-se de uma modalidade vantajosa para pequenas e médias empresas,que teriam dificuldades de se inserirem nos solos do competitivo mercado externo e, ao mesmo tem po, de permanecerem com sua identidade jurídica original (como a empresa familiar, por exemplo). Esses consórcios podem ser formados por empresas que ofereçam produtos similares, complementares ou mesmo concorrentes, reduzindo custos com promoções de produ tos, participação em feiras, despesas compartilhadas com frete, seguro, despachantes aduaneiros, assessoria jurídica, profissional de comércio exterior etc. e conseguindo contra tos mais lucrativos. Sob a forma de consórcios, as empresas, trabalhando em conjunto, conseguem enfrentar os entraves da primeira ex portação, como os detalhes jurídicos e as adaptações dos produtos para o mercado externo. Existem muitos casos de sucesso de exportadores brasileiros que se valeram dos con sórcios em setores como os de granito no Espírito Santo, cou ro e calçados no Rio Grande do Sul, jóias em Teófilo Otoni, em Minas Gerais, malhas no Paraná, entre outros. N rtt iM A p ar ti lU ia íU i t at o* u r u p u iid » fft tto ov tn rú u n 4 (r iv u a rt rt aa ;*: 4 a íd fc ra It< «a x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i t * » .61 Cr tS 96 * *« /» & *t 1 64 d a C ôi co P ar d Exportação e importação: conceitos e procedimentos básicos 3 9 <L As principais vantagens de desenvolver um consórcio de exportação são14: • redução dos custos de exportação através de despesas compar tilhadas; • ampliação da escala dc produção; • absorção de novas tecnologias de produção de forma conjunta; • aumento de conhecimento em marketing internacional; • aumento da competitividade perante os concorrentes nacionais; • redução das flutuações estacionais nas vendas; • redução dos custos unitários dos produtos através da especializa ção; | • efeito moral (motivador) sobre as empresas participantes; o • possibilidade de criação de uma marca forte; • aprimoramento do processo de gestão e produção. 1S4 daG M9 i Pí fd Gstrutura administrativa do comércio exterior brasileiro B.l Agentes intervenientes O mercado de câmbio é composto de uma série de ins tituições que participam de todo o processo de câmbio. Cada uma atua de maneira diferente da outra: algumas exercem função normativa, outras executiva e fiscalizado- ra, outras ainda atuam de forma a garantir a estabilidade do sistema. Não importa qual seja o objetivo, todas, em conjunto, participam do mesmo projeto, influenciando o destino do mercado. Na Figura 1, apresentam-se os principais agentes interve nientes envolvidos com o comércio exterior. 2.I.I Conselho Monetário Nacional (CMN) É o órgão superior do sistema financeiro nacional. É res ponsável pela fixação de diretrizes da política monetária, de crédito e cambial do País. Sua função primordial é de cunho normativo, ou seja, é de sua competência a normatização do sistema financeiro. Suas principais atribuições são: autorizar Nr ttiM A p ite ita tt l Ui dí Ui ta to* u* ím : o* tn rú un 4 f fiv ia 4a ídf cra Ity úx A vc iaU : 4 :s Ail Mt is 4 cm * tí Uu b> ici a Ui t* i.6 irt Figura 1 - Estrutura administrativa do comércio exterior brasileiro Sisbacen Siscomex ------------------------- Exportador / Importador Bancos autorizados Fonte: Adaptado de BANCO DO BRASIL, 2005a, p. 11. Nanimi pifto te» iUícííUi tato* x* HtnàatA fftttoovtnrú un a (rivu a/xriaayl: da ídfcra lt<«ax A Atoçlí «J:s aitotts 4 csan t$us«hK>3& «4Ui r' 161&1S96 * s*to *t. 184 fo Côi<jü Pard Gxportação e importação: conceitos e procedimentos básicos 4 3 a emissão de papel-moeda; aprovar os orçamentos monetá rios preparados pelo Banco Central; fixar diretrizes e normas da política cambial. 2.1.2 Banco Central do Brasil (Bacen) É uma autarquia cujo objetivo é atuar como órgão executi vo central do sistema financeiro. É tido como órgão executor das normas e das determinações do CMN, além de ser res ponsável por cumprir as disposições que disciplinam o siste ma financeiro nacional. Competem ao Bacen o monopólio sobre a moeda estran geira negociada no mercado; o controle do fluxo de caixa do País; a fiscalização dos pagamentos e dos recebimentos em moeda estrangeira realizados por intermédio dos bancos autorizados a operar em câmbio; a regulamentação das ope rações cambiais por meio do Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI), além do estabele cimento das regras para a negociação das referidas moedas. 2.1.3 Secretaria da Receita Federal (SRF) Fiscaliza a entrada e a saída de bens no País, cuidando do despacho aduaneiro e do recolhimento de tributos. 2.1.4 Secretaria de Comércio Exterior (Secex) Define normas e procedimentos administrativos e comer ciais implementados pelos seguintes departamentos1: • Departamento de Negociações Internacionais (Deint) - desenvol ve atividades junto a organismos internacionais, além de posicio- N rtt iM A p ut o lU ia íU i t at o* u r u p u iid » fft tto ov tn rú u n 4 (r iv u 4a íd fc ra It< «a x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i t * » .61 Cr tS 96 * *« /» & *t 1 64 d a C ôi co P ar d AA Rossandra Mara Assumpção nar-se sobre retirada de concessões, regras de origem e programas de liberalização comercial nos acordos firmados pelo Brasil; • Departamento de Operações de Comércio Exterior (Decex) - efe tua o licenciamento e controle das operações de comércio exte rior, definindo normas e procedimentos operacionais; • Departamento de Defesa Comercial (Decom) - cumpre funções de defesa comercial, assegurando que o ingresso de produtos es trangeiros no País ocorra em condições legais de comércio; • Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior (Depla) - formula propostas dc planejamento da ação go vernamental e acompanha a execução das políticas e dos progra mas de comércio exterior. 2.1.5 Câmara de Comércio Exterior (Camex) É o órgão integrante do Conselho de Governo que tem por objetivo a formulação, a adoção, a implementação e a coordenação de políticas e atividades relativas ao comércio exterior de bens e serviços, incluindo o turismo. 2.1.6 Banco do Brasil 5.A. O Banco do Brasil é visto como o banco mais atuante na área de comércio exterior e de financiamento às exportações brasileiras. Também pode ser considerado o primeiro banco a financiar o comércio exterior brasileiro, tendo iniciado suas atividades de financiamento em 1890, com a instalação de uma agência em Londres, Inglaterra. Sempre atuou como agente do governo no comércio exte rior brasileiro. A partir de 1990, com a extinção da Carteira de Comércio Exterior (Cacex), o Banco do Brasil teve res tringida sua esfera de ação, passando a atuar na área como prestador de serviços. N rtt iM A p ar ti lU ia íU i t at o* u r u p u iid » fft tto ov tn rú u n 4 (r iv u a rt rt aa ;*: 4 a íd fc ra It< «a x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i t * » .61 Cr tS 96 * *« /» & *t 1 64 d a C ôi co P ar d Gxportação e importação: conceitos e procedimentos básicos 4 5 Atualmente executa, por delegação da Secex, algumas ta refas exclusivas que o diferenciam dos demais bancos con correntes, como a seguir exemplificado. Na exportação, emite: • certificadode origem denominado Form A; • licença de exportação; • fatura visa (entre outros). Na importação, atua como órgão anuente que autoriza grande número de operações: • amparo de drawback; • comunicado de compra (importação de commodities); • controle de preços ou prazos de pagamento; • sujeitas a cotas tarifárias ou não tarifárias; • sem cobertura cambial (apenas alguns casos). O Banco do Brasil é o agente exclusivo do governo na ad ministração e na concessão do Programa de Financiamento às Exportações (Proex) e também na prestação de consultorias personalizadas de acordo com as necessidades do cliente. 2.1.7 Banco Nacional dc Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) É a instituição responsável pela política de investimentos de longo prazo do governo federal, sendo a principal institui ção financeira de fomento do País. Oferece diversas modali dades de financiamento à exportação. N rt tiM A pa rt i iU íc íí Ui ta to * u r u p u ii d » c« h ^ í- í< ff tt to ov tn rú u n 4 (r iv u 4a íd fc ra It <« ax A rt to çl »4 :s ai to tt s 4 c sa n «4 U i t * » .6 1C rtS 96 « *« /» & *t . 1 Ê4 d a C ôi co P ar d 4 6 Rossandra Mara Assumpção 2.1.8 Dealers São instituições credenciadas pelo Bacen a agir, em nome deste, no mercado de câmbio, negociando títulos públicos. Atuam como agentes comprando e vendendo moeda em nome do Bacen. Assim, quando a cotação da moeda estran geira sobe ou desce para patamares não recomendados, as dealers trabalham de forma a regular o mercado. 2.1.9 Bancos credenciados a operar em câmbio São os responsáveis pelas atividades cambiais realizadas entre as nações, ou seja, compram e vendem moeda estran geira, prestam serviços etc., atuam como intermediários entre exportador e importador, bem como entre todos os demais que compram e vendem moeda estrangeira. 2.1.10 Exportadores, importadores e demandantes em geral São os principais agentes que intervém no processo. As operações de câmbio existem em decorrência de suas necessidades, que são das mais variadas: comércio e troca de bens e serviços, pagamentos de principal e juros de dívi das, transferências financeiras e demais transações interna cionais. 2.1.11 Corretoras de câmbio As corretoras são empresas especializadas em vários tipos de assessoria. Nas operações de câmbio, atuam como inter mediárias entre o banco e o exportador/importador. Como pa rti iU íc íí Ui fo fc .) o * ff tt to ov r* » u n 4 fr iv tf 4a i t It< «a x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cr in * «4 U i t * Í 61 U 1S 66 w *t . 1 Ê4 & C óJ <jü P ar d exportação e importação: conceitos e procedimentos básicos 4 7 agrupam as operações de câmbio, conseguem taxas compe titivas para seus clientes. B.2 Sistemas informatizados de apoio ao comércio exterior A informatização simplificou os procedimentos de acom panhamento e controle das operações de comércio exterior. Existem os sistemas informatizados nacionais - Sisbacen e Siscomex os quais se integram aos diversos órgãos gover namentais que atuam como anuentes ou intervenientes, e o sistema internacional - Swift - , que processa as transferências internacionais de valores entre as instituições financeiras. Os sistemas nacionais ampliaram os pontos de atendimen to no País por meio eletrônico, eliminando a coexistência de controles e sistemas de coleta de dados, simplificando e padronizando as operações de comércio exterior. Também ocorreu, para todos os envolvidos nos processos, significativa redução do volume de documentos, agilidade na coleta e no processamento de informações, redução de custos admi nistrativos e crítica dos dados utilizados na elaboração das estatísticas de comércio exterior. 2.2.1 Sistema de Informações do Banco Central (Sisbacen) Criado em 1985, é um sistema eletrônico no qual são re gistradas as operações de câmbio brasileiras. Trata-se de um sistema de coleta, armazenagem e troca de informações que liga todos os bancos ao Bacen. Por intermédio desse sistema, realizam-se o controle e o acompanhamento das atuações dos N rt tiM A pa rt i lU ia íU i t at o* u r u p u ii d » c« h ^ í- í< ff tt to ov tn rú u n 4 (r iv u ar tr ta a; *: 4a íd fc ra It <« ax A rt to çl »4 :s ai to tt s 4 c sa n «4 U i t * » .6 1C rtS 96 * *« /» & *t 1 64 d a C ôi co P ar d 4 8 Rossandra Mara Assumpção bancos autorizados a operar em câmbio, sendo que o monito ramento pode se dar em tempo real, e as medidas para estabi lização da moeda podem ser adotadas tempestivamente. 2.2.2 Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) Criado na década de 1990 e instituído em duas etapas (ex portação e importação), o Siscomex é um instrumento in formatizado que tem a finalidade de registrar, acompanhar e controlar as operações de comércio exterior, gerenciando dados provenientes de todos os órgãos e agentes que nele atuam. "É uma ferramenta facilitadora, que permite a ado ção de um fluxo único de informações, eliminando controles paralelos e diminuindo significativamente o volume de docu mentos envolvidos nas operações."2 Por meio do Siscomex é exercido o controle governamen tal das transações comerciais brasileiras, integrando-se ativi dades afins da SRF, que faz o controle aduaneiro, da Secex, que faz o controle comercial, e do Bacen, que faz o controle cambial, o que permite o acompanhamento, a orientação e o controle das diversas etapas do processo de exportação e importação. Na concepção e no desenvolvimento do sistema informati zado, foram introduzidos de forma harmônica conceitos, có digos e nomenclaturas utilizados no comércio internacional, tornando possível a adoção de um fluxo único de informa ções. "As operações registradas no Siscomex são analisadas online tanto pelos órgãos gestores, quanto pelos órgãos anuen tes que estabelecem regras específicas para o desembaraço de N rt tiM A pa rt i lU ia íU i t at o* u r u p u ii d » t« fft tt oo vt nr ú u n 4 (r iv u ar tr ta a; *: 4a íd fc ra It <« ax A rt to çl »4 :s ai to tt s 4 c sa n 4* us 4t o> 3& «4 U i t * » .6 1C rtS 96 * *« /» & S4 to * t 16 4 d a C ôi co P ar d Gxportação e importação: conceitos e procedimentos básicos 4 9 mercadorias dentro de sua área de competência." O módulo Eletrônico está incorporado ao Siscomex desde 2001.3 E .E .3 Society for Worlduide Interbank Financial Telecommunication (Sw ift) É um sistema eletrônico utilizado pelo sistema financeiro mundial que confere agilidade às operações bancárias. Foi criado com a finalidade de facilitar a comunicação interna cional entre os bancos, garantindo a obtenção de segurança, padronização de procedimentos, rapidez e economia ao se realizarem transferências financeiras internacionais. N rtt iM A p ar ti iU íc íí Ui ta to * u * u p u iid » fft tto ov tn Tú M n a f riv tf 4a i t\ ti * x A rt to çl » 4: s ai to tts 4 cs an < $u s« hK >3 & «4 U i r ' » .61 Cr tS 96 « *t 1 64 (to C ô íç ú P ar d >>> capítulo 3 Mercado decâmbio , -------^ — 3.1 Histórico do câmbio no Brasil Nos últimos anos, o mercado de câmbio brasileiro passou por profundas transformações, sendo que, até dezembro de 1988, ele era constituído por um mercado oficial e um para lelo de divisas. O mercado oficial, chamado de Mercado de Taxas Admi nistradas (MTA), era inteiramente regulado pelo Bacen, que fixava diariamente as taxas máximas e mínimas admitidas para as operações com moedas estrangeiras e impunha li mites quantitativos para os vários tipos de transações. Não havia oscilação, e sim desvalorização cambial, sempre pro gramada e controlada. Havia a figura da maxidesvalorização, que consistia numa desvalorização brusca da moeda nacional. Algumas máxis foram de 20% e outras de 30% , ocorrendo com isso um for te incentivo às exportações e inibindo-se as importações. Importar não era fácil. Existia uma série de controles administrativos das importações, como, por exemplo, os N rtt iM A p ar ti lU ia íU i t at o* u r u p u iid » fft tto ov tn rú u n 4 (r iv u 4a íd fc ra It< «a x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i t * *t . 1 Ê4 d0 C ôi co P ar d B B Rossandra Mara Assumpção -------------------------------------------------------------------------------- --------------------------------- contingenciamentos*. Havia o Programa de importação (PIM), controlado pela Cacex, o qual consistia num estudo prévio do exportador/importador, que recebia uma cota, ex pressa em dólares, quando se tratava dos Estados Unidos, ou em outras moedas. Essa quantia representava o limite que a empresa nacional tinha para importar mercadorias. Existiam, também, inúmeras restrições a países, mercado rias e formas de pagamento, bem como uma infinidade de exigências normativas - que, praticamente, inviabilizavam os projetos de modernização do parque industrial - e bruscas elevações da taxa cambial, que impediam um planejamento de longo prazo. O mercado paralelo abrigava não só as operações propria mente ilegais originárias do contrabando e de outras nego ciações ilícitas, como as decorrentes do subfaturamento das exportações e do superfaturamento das importações, como também aquelas praticadas em decorrência das excessivas restrições regulamentares motivadas pela escassez de divi sas, que acabava por encaminhar para esse mercado opera ções legítimas, porém não regulamentadas. Havia, então, um segmento paralelo constituído de transações legítimas mes cladas a outras típicas de um setor genuinamente marginal, baseado em operações escusas, rejeitadas pela sociedade. Com vistas a legalizar operações de reconhecida legitimida de, trazer os agentes de mercado para a formalidade - com a conseqüente transparência dos negócios realizados, permitin do o conhecimento e o controle das transações por parte do Bacen - e estabelecer uma taxa cambial que flutuasse livre mente, o CMN criou, por meio da Resolução n° 1.552, de 22 de dezembro de 1998, o Mercado de Taxas Flutuantes (MTF). * Contingencia mentos: política adotada pelo governo que consiste na im posição de limi tes à importação de determinados produtos ou na estipulação de cotas para a entrada destes no País, visando estimular a produção interna dessas mercado rias. São, pois, barreiras não tarifárias. pi fk lU ia íU i f of c. ) u * fft tto ov to r* » u n a fo to a íd fc ra It <« ax A rt to çl » « J:s ai to tt s 4 cs a n « 4 U i t * § 61 C< 1S *6 a *« /» & *t 1 64 to C ói <jü P ar d Gxportação e importação: conceitos e procedimentos básicos BB / - / Para operar nesse mercado, foram credenciadas as institui ções financeiras, bem como as sociedades corretoras e distri buidoras de títulos de valores mobiliários, além das agências de turismos e meios de hospedagens. O mercado de câmbio no Brasil passou, então, a conviver com dois mercados legais: o de taxas administradas e o de taxas flutuantes, além do mercado paralelo. Foi a partir do governo de Fernando Collor de Mello que mudanças profundas começaram a surgir. Em março de 1990, o CMN, por meio da Resolução n° 1.690, de 18 de março de 1990, promoveu a transformação do então MTA em Mercado de Câmbio de Taxas Livres (MTL). Acabou a Cacex e o PIM foi extinto; o câmbio se tornou livre, o que se constituía em uma antiga e justa reivindicação dos exporta dores brasileiros. Por conseqüência, as barreiras de importação começaram a cair, e as tarifas passaram a ser revistas, baixando-se grada tivamente a média das alíquotas, que era de 40% . O Brasil entrava na era da globalização. Com a criação da moeda R eal em 1994, o País conse guiu uma estabilidade econômica apoiada basicamente na política cambial e de juros altos, que incentivou o ingresso em massa dos capitais estrangeiros. Registrou-se a entrada no Brasil de investimentos, aplicações especulativas e muito di nheiro com as mais variadas finalidades, fazendo as reservas nacionais aumentarem consideravelmente. O Real flutuava em minibandas, sendo estabelecido o mínimo e o máximo entre os quais a moeda brasileira poderia flutuar, o que per mitia aos importadores que programassem suas dívidas em pa rti lU ia íU i f o fc .) a * ff tt to ov r* » u n 4 fr iv tf a rt rt aa ;*: 4 a i t It< «a x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i t * » .61 Cr tS 96 * *« /» & *t 1 64 d a C ôi co P ar d 5 4 Rossandra Mara Assumpção moeda estrangeira. Assim, o Real se desvalorizava abaixo da inflação; com isso, cresceram as importações, mas as expor tações não conseguiram acompanhar o mesmo ritmo, origi nando os déficits comerciais. Em outubro de 1997, houve a crise Asiática* e com ela os capitais voláteis responsáveis por grande parte do superávit cambial começaram a deixar o País. Foram sucessivas crises, todas afetando a credibilidade do Real. Em janeiro de 1999, a fuga de capitais do Brasil atingia o patamar de 1 bilhão de dólares por dia, forçando o governo a efetuar troca no comando do Bacen** e a mudar a política cambial. O Dólar passou a flutuar livremente. Em poucos dias, a cotação, que era de R$ 1,32 por dólar, alcançou o patamar de R$ 2,00. Na primeira quinzena de janeiro do mesmo ano, o Brasil passou a ter o sistema de câmbio flutuante, com intervenções pontuais do Bacen sempre que este considerasse necessário, caracterizando-se, assim, a "flutuação suja" (dirty floating). Além disso, essa autoridade monetária iniciou procedimen tos para unificação do mercado de câmbio, criando inicial mente uma taxa única e mantendo como antes as formas de registros e contabilização entre os dois mercados. Em março de 2005, o Bacen anunciou uma série de me didas para tornar menos burocráticas e mais liberais as ope rações com moeda estrangeira. Entre elas, foi anunciada a unificação do câmbio: deixaram de existir diferenças entre o MTL e o MTF, e passou a haver um único mercado de câm bio sujeito a apenas um conjunto de regras. * A crtse asiática foi disparada por um processo de fuga de capital, com correspondente redução das reservas externas e deflação de ativos financeiros das economias emergentes asiá ticas (Tailândia, Malásia, Indonésia, Filipinas e Coréia do Sul). As mo edas nacionais desses países mergulharam, na época, em queda livre em relação ao Dólar, e a repercussão desse processo teve amplitude global. ** Saída de GustavoFranco e entrada de Francisco Lopes, que posterior mente foi substituído por Armínio Fraga. N rt tiM A p if k ta to * u r n çn jto iS à c « n ^ ). n ff ttt oo v t nr *» u n a (r iv u to íd fc ra It <« ax A rt to çl » « J:s jjt ot ft s 4 c sa n «4 U i r ' » .6 1C rtS 96 a *« /» & *t 1 64 to C ói <jü P «r d Gxportação e importação: conceitos e procedimentos básicos 5 5 Em agosto de 2006, por meio da Resolução n° 3.389, o Ba- cen, entre outras medidas, atende a antigas reivindicações de exportadores, permitindo às empresas manterem, no exte rior, 30% da receita de suas vendas externas de mercadorias e serviços, as quais podem ser usadas somente na realização de investimentos, aplicações financeiras e pagamentos de despesas em moeda estrangeira. B.E O câmbio no Brasil O fato de determinado país não aceitar moedas estrangei ras no pagamento das exportações nem moeda nacional no pagamento das importações constitui a base de um mercado em que são transacionadas as moedas cios diversos países. A função básica da moeda como intermediária de trocas traduz-se em servir como meio de pagamento de aceitação geral. Reside nessa função a razão principal, ou determinan te, do aparecimento da moeda, qual seja, a de facilitar o pro cesso de circulação de bens. No passado, para transmitir ao público à idéia de solidez e confiabilidade e também para controlar a expansão mone tária, as moedas fortes eram emitidas com um lastro em um metal, geralmente ouro. Nessa época, o conceito de conver sibilidade de uma moeda fundamentava-se na possibilidade de sua conversão em ouro, já que sua emissão era garantida por lastro-ouro. Os portadores dessas moedas tinham o di reito de trocá-las, a qualquer momento, por uma quantidade daquele metal precioso equivalente ao valor nelas expresso. N rt tiM A pa rt i > k » lU ia íU i t at o* u r u p u ii d » fft tt oo vt nr ú u n 4 (r iv u ar tr ta a; *: 4a íd fc ra It <« ax A rt to çl »4 :s ai to tt s 4 c sa n «4 U i t * » .6 1C rtS 96 * *« /» & *t 1 64 d a C ôi co P ar d exportação e importação: conceitos e procedimentos básicos 5 7 internacional como reserva cie valor, necessitando, para isso, de um alto índice de estabilidade. Verifica-se que no rol das moedas conversíveis estão rela cionadas apenas as moedas dos países considerados desen volvidos, o que leva a concluir que a aceitabilidade e o grau de confiança decorrem de vários fatores, entre os quais se destacam a confiança depositada no governo, o potencial do país emissor (representado pelos recursos de que dispõe), a capacidade de produção, o grau de desenvolvimento, a esta bilidade política, a segurança e a paz social. As principais moedas conversíveis utilizadas atualmente em operações de comércio internacional são as seguintes1: • Dólar americano - USD; • Dólar canadense - CAD; • Dólar australiano - AUD; • Libra esterlina - GBP; • Franco suíço - CHF; • Coroa dinamarquesa - DKK; • Coroa sueca - SEK; • Coroa norueguesa - NOK; • Iene japonês - JPY; • Eu ro -EU R . já a inconversibilidade ocorre quando existem limites quanto à conversibilidade (aceitação). Diz-se que a moeda é fraca, ou seja, não é aceita livremente nas transações com outros N rtt iM A p ar ti > k» lU ia íU i t at o* u r u p u iid » fft tto ov tn rú u n 4 (r iv u *r tr t£ »; 4: 4 a íd fc ra It< «a x A rt to çl »4 :s ai to tts 4 cs an «4 U i t * » .61 Cr tS 96 « *t . 1 64 d a C ôi co P ar d 5 8 Rossandra Mara Assumpção países. "Comumente, as moedas inconversíveis são as de paí ses subdesenvolvidos, em desenvolvimento ou emergentes".2 Atualmente o comércio não se faz com a troca direta de mercadoria, embora alguns países se utilizem também desse sistema simples. O mais comum são as trocas intermediadas pela moeda que geram o que se costuma chamar de divisas3, definidas como as disponibilidades que um país possui, em moedas estrangeiras, ob tidas pelas exportações, pelos empréstimos de capitais, vendas de tecnologias, direitos de patentes etc. O termo divisas compreende as próprias moedas estrangeiras, letras de câmbio, ordens de paga mento, cheques, cartas de crédito, saldos das agências bancárias no exterior etc.4 Esse mercado de troca é denominado mercado de câmbio ou mercado de divisas e compreende, além dos exportadores e dos importadores, as bolsas de valores, os bancos, os cor retores e outros elementos que, por qualquer motivo, tenham transações com o exterior. Eventualmente, pode abranger as chamadas autoridades monetárias do país (Tesouro Nacional e Bancos Centrais). No Brasil, as operações de câmbio náo podem ser praticadas livre mente e devem ser conduzidas por um estabelecimento bancário autorizado a operar em câmbio. [...] O Estado brasileiro detém o mo nopólio da moeda estrangeira e o exerce por intermédio do Bacen, que, através do Sisbacen, contabiliza e monitora todas as operações que envolvam a moeda estrangeira, tendo controle efetivo sobre as operações do mercado de câmbio e, portanto, podendo dosar seu impacto sobre a política cambial/ A principal fonte de instruções do Bacen que disciplina o mercado de câmbio é o RMCCI. te m n a pi na t e » fa fc * u r u p u ii d » fft tt oo vt nr ú u n 4 fr iv u íd fc ra It <« ax A rt to çl » « J:s ai to tt s 4 c sa n «4 U i r ' » .6 1C rtS 96 * *« /» & *t 1 64 d a C ôi co P ar d Gxportação e importação: conceitos e procedimentos básicos 5 9 x o 7 Portanto, todas as pessoas, físicas ou jurídicas, que deseja rem realizar uma operação cambial deverão cumprir certas exigências determinadas pelas autoridades monetárias. Quanto aos agentes participantes - compradores e vende dores de moeda estrangeira - , podemos classificar o merca do em6: • de câmbio primário: é aquele no qual são realizadas as operações cambiais entre os bancos e seus clientes não bancários. Quando o banco, por exemplo, adquire di visas de um exportador e as vende a um importador, essas operações são concretizadas no chamado merca do primário; • de câmbio secundário ou interbancário: como o próprio nome indica, trata-se do mercado em que são realiza das apenas operações entre bancos. Quanto à data de entrega das divisas, existem, no Brasil, dois mercados distintos7: • de câmbio à vista: são efetuadas as operações prontas, que são operações de compra e venda de divisas para entrega imediata (D+0 ou DO) ou em ate, no máximo, dois dias úteis (D+2 ou D2), contados da data da operação; • de câmbio a termo: compreende as operações futuras de câm bio (forward exchange), que são a compra ou a venda de divisas estrangeiras - a uma taxa cambial determinada por ocasião da contratação - e que serão entregues em data futura. São realizadas por exportadores, importadores, investidores em moeda estran geira etc., os quais procuram, assim, evitar os riscos de flutuações nas taxas cambiais. N rtt iM A pa rt i iU íc íí Ui ta to * u r u p u ii d » fft tt oo vt nr ú u n 4 (r iv u ar tr ta a; *: 4a íd fc ra It <« ax A rt to çl »4 :s
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