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Embriologia Flávio Chame Barreto www.flaviocbarreto.bio.br Introdução Parte 1 Introdução • SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO O sistema reprodutor masculino é formado por: 1 - Testículos ou gônadas. 2 - Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente, uretra. 3 - Pênis e Escroto 4 - Glândulas anexas: próstata, vesículas seminais, glândulas bulbouretrais. SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO • Testículos : são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os ductos seminíferos ou túbulos seminíferos. Esses túbulos seminíferos são formados pelas células de Sértoli e pelo epitélio germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos ductos seminíferos, as células intersticiais ou de Leydig produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundários: Testículo SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO • Epidídimos : são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozóides são armazenados. • Canais deferentes : são dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária e unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais. Testículo Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escroto : Um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo- os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal. SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO • Vesículas seminais : responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na composição do sêmen. O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozóides e é constituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio , cloretos, colina, prostaglandinas e enzimas (vesiculases). • Próstata : glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozóides. SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO • Glândulas Bulbo Uretrais ou de Cowper : sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o ato sexual. A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga se contraem durante a ereção para que não haja misturas entre a urina e o sêmen. Todos os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de algum tempo. SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO • Pênis : é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos de tecidos cilíndricos: 1- dois corpos cavernosos e 2 -um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio - acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se rijo. Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose . SISTEMA REPRODUTOR FEMININO • O sistema reprodutor feminino é constituído por: dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO • A vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente, duas glândulas denominadas glândulas de Bartholin, que secretam um muco lubrificante. A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen – uma película fina, com 3 milímetros de espessura que fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais. A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozóides na relação sexual. Além de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO • A genitália externa ou vulva é delimitada e protegida por duas pregas cutâneo-mucosas intensamente irrigadas e inervadas - os grandes lábios . Na mulher reprodutivamente madura, os grandes lábios são recobertos por pêlos pubianos. Mais internamente, outra prega cutâneo-mucosa envolve a abertura da vagina - os pequenos lábios - que protegem a abertura da uretra e da vagina. Na vulva também está o clitóris , formado por tecido esponjoso erétil, homólogo ao pênis do homem . SISTEMA REPRODUTOR FEMININO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO • Ovários : são as gônadas femininas. Produzem estrógeno e progesterona, hormônios sexuais femininos. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO • No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. • Estas células - os ovócitos primários - encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf ou folículos ovarianos . • A partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a desenvolver. • Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno . Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação, rompendo-se e liberando o ovócito secundário (gameta feminino): fenômeno conhecido como ovulação . • Após seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo , que passa a secretar os hormônios progesterona e estrógeno . • Com o tempo, o corpo lúteo regride e converte-se em corpo albicans ou corpo branco. • O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é recolhido por finas terminações das tubas uterinas - as fímbrias . . SISTEMA REPRODUTOR FEMININO • Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio : são dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de revestimento é formados por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero. Embriologia Flávio Chame Barreto www.flaviocbarreto.bio.br Fisiologia da reprodução Parte 2 FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO • Os dois hormônios ovarianos, o estrogênio e a progesterona , são responsáveis pelo desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual. Esses hormônios, como os hormônios adrenocorticais e o hormônio masculino testosterona, são ambos compostos esteróides, formados, principalmente, de um lipídio, o colesterol. Os estrogênios são, realmente, vários hormônios diferentes chamados estradiol, estriol e estrona, mas que têm funções idênticas e estruturas químicas muito semelhantes. Por esse motivo, são considerados juntos, como um único hormônio. FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO Funções do Estrogênio: o estrogênio induz as células de muitos locais do organismo, a proliferar, isto é, a aumentar em número. O estrogênio também provoca o aumento da vagina e o desenvolvimento dos lábios que a circundam, faz o púbis se cobrir de pêlos, os quadris se alargarem e o estreito pélvico assumir a forma ovóide, em vez de afuniladacomo no homem. Provoca o desenvolvimento das mamas e a proliferação dos seus elementos glandulares. Finalmente, leva o tecido adiposo a concentrar-se, na mulher, em áreas como os quadris e coxas, dando-lhes o arredondamento típico do sexo. O estrogênio também estimula o crescimento de todos os ossos logo após a puberdade, mas promove rápida calcificação óssea, a mulher, nessa fase, cresce mais rapidamente que o homem, mas pára após os primeiros anos da puberdade; já o homem tem um crescimento menos rápido, porém mais prolongado, de modo que ele assume uma estatura maior que a da mulher, e, nesse ponto, também se diferenciam os dois sexos. O estrogênio tem efeitos muito importantes no revestimento interno do útero, o endométrio, no ciclo menstrual. FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO Funções da Progesterona : a progesterona está principalmente relacionada com a preparação do útero para a aceitação do embrião e à preparação das mamas para a secreção láctea (pró - gestação). Em geral, a progesterona aumenta o grau da atividade secretória das glândulas mamárias e, também, das células que revestem a parede uterina, acentuando o espessamento do endométrio e fazendo com que ele seja intensamente invadido por vasos sangüíneos. Determina, ainda, o surgimento de numerosas glândulas produtoras de glicogênio . Finalmente, a progesterona inibe as contrações do útero e impede a expulsão do embrião que se está implantando ou do feto em desenvolvimento. O ciclo menstrual na mulher é causado pela secreção alternada dos hormônios folículo- estimulante e luteinizante, pela hipófise , e dos estrogênios e progesterona, pelos ovários. ciclo menstrual - No 1º dia do ciclo o endométrio bem desenvolvido, espesso e vascularizado começa a descamar (menstruação). - A hipófise aumenta a produção de FSH, que atinge a concentração máxima por volta do 7º dia do ciclo. - Ocorre o amadurecimento dos folículos ovarianos. - Ocorre a secreção de estrógeno pelo folículo em desenvolvimento . - A concentração alta de estrógeno inibe a secreção de FSH e estimula a secreção de LH pela hipófise. - O estrógeno estimula o crescimento do endométrio. - Um pico na concentração de LH estimula a ovulação (por volta do 14º dia de um ciclo de 28 dias). - A alta taxa de LH estimula a formação do corpo lúteo ou amarelo no folículo ovariano . - O corpo lúteo inicia a produção de progesterona que estimula as glândulas do endométrio a secretarem seus produtos . - O aumento da progesterona inibe a produção de LH e FSH e o corpo lúteo regride e cai a concentração de progesterona . - Ocorre uma nova menstruação. O ciclo de fenômenos que induzem a secreção alternada dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante, pela hipófise, e dos estrogênios e progesterona, pelos ovários. tem a seguinte explicação: 1. No começo do ciclo menstrual, isto é, quando a menstruação se inicia, a hipófise secreta maiores quantidades de hormônio folículo-estimulante (FSH) juntamente com pequenas quantidades de hormônio luteinizante (LH). Juntos, esses hormônios promovem o crescimento de diversos folículos nos ovários e acarretam uma secreção considerável de estrogênio. 2. Acredita-se que o estrogênio tenha, então, dois efeitos seqüenciais sobre a secreção da hipófise. Primeiro, inibiria a secreção dos hormônios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH), fazendo com que suas taxas declinassem a um mínimo por volta do décimo dia do ciclo . Depois, subitamente a hipófise começaria a secretar quantidades muito elevadas de ambos os hormônios, mas principalmente do hormônio luteinizante (LH). É essa fase de aumento súbito da secreção que provoca o rápido desenvolvimento final de um dos folículos ovarianos e a sua ruptura dentro de cerca de dois dias (ovulação). 3. O processo de ovulação, que ocorre por volta do décimo quarto dia de um ciclo normal de 28 dias, a partir de um pico nos níveis de LH, conduz ao desenvolvimento do corpo lúteo ou corpo amarelo, que secreta quantidades elevadas de progesterona e quantidades consideráveis de estrogênio. 4. O estrogênio e a progesterona secretados pelo corpo lúteo inibem novamente a hipófise, diminuindo a taxa de secreção dos hormônios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH). Sem esses hormônios para estimulá-lo, o corpo lúteo regride, de modo que a secreção de estrogênio e progesterona cai para níveis muito baixos. É nesse momento que a menstruação se inicia, provocada por esse súbito declínio na secreção de ambos os hormônios. 5. Nessa ocasião, a hipófise, que estava inibida pelo estrogênio e pela progesterona, começa a secretar outra vez grandes quantidades de hormônio folículo-estimulante, iniciando um novo ciclo. A hipófise por sua vez, é controlada pelo GnRH, liberado pelo hipotálamo que estimula a liberação de FSH e LH continuamente durante toda a vida reprodutiva da mulher. No ciclo regular, o período de tempo a partir do pico de LH até a menstruação está constantemente próximo de 14 dias. Dessa forma, da ovulação até a próxima menstruação decorrem aproximadamente 14 dias. Apesar de em um ciclo de 28 dias a ovulação ocorrer aproximadamente na metade do ciclo, nas mulheres que têm ciclos regulares, não importa a sua duração, o dia da ovulação pode ser calculado como sendo o 14º dia ANTES do início da menstruação . Generalizando, pode-se dizer que, se o ciclo menstrual tem uma duração de n dias, o possível dia da ovulação é n – 14, considerando n = dia da próxima menstruação . Menstruação e período fértil Exemplo: determinada mulher, com ciclo menstrual regular de 28 dias, resolveu iniciar um relacionamento íntimo com seu namorado. Como não planejavam ter filhos, optaram pelo método da tabelinha , onde a mulher calcula o período fértil em relação ao dia da ovulação. Considerando que a mulher é fértil durante aproximadamente nove dias por ciclo e que o último ciclo dessa mulher iniciou-se no dia 22 de setembro de 2006, calcule seu período fértil. Resposta: Considerando o primeiro dia do ciclo como 22 e que seu ciclo é de 28 dias, temos: 22 23 24 25 26 27 28 29 30 [ 01 02 03 04 05 06 07 08 09 ] 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Esta mulher provavelmente menstruará novamente no dia 19/10 ( n ). Como a ovulação ocorre 14 dias ANTES da menstruação, esta se dará no dia 05/10 (considerando n - 14 teremos:: 19 - 14 = 5, ou seja, dia 05 será seu provável dia de ovulação). Como seu período fértil aproximado localiza-se 4 dias antes e 4 dias após a ovulação, então o início dos dias férteis será 01/10 e o término, 09/10. Menstruação e período fértil Contudo, como é comum em algumas mulheres uma pequena variação no tamanho do ciclo menstrual, o cálculo para o período fértil deverá compreender o ciclo mais curto e o mais longo. Neste caso, primeiramente a mulher deverá anotar o 1° dia da menstruação durante vários meses e calcular a duração de seus ciclos (cada um deles contado do primeiro dia da menstruação). A partir daí, deverá proceder da seguinte forma para calcular o provável período fértil : 1 - subtrair 14 dias do ciclo mais curto (dia da ovulação); 2 - subtrair 14 dias do ciclo mais longo (dia da ovulação); 3 - subtrair pelo menos 3 dias do dia da ovulação do ciclo mais curto e somar pelo menos 3 dias ao dia da ovulação do ciclo mais longo. Menstruação e período fértil Exemplo: Após seis meses de observações, suponha que o ciclo mais curto de uma mulher tenha sido de 26 dias e o ciclo mais longo de 30 dias. O cálculo do provaval período fértil será feito assim: 1 - subtraindo 14 dias do ciclo mais curto: 26 - 14 = 12 - a ovulação deverá ter ocorrido no 12° dia do ciclo mais curto; 2 - subtraindo 14dias do ciclo mais longo: 30 - 14 = 16 - a ovulação deverá ter ocorrido no 16° dia do ciclo mais longo; 3 - subtraindo 3 dias do dia da ovulação do ciclo mais curto (12 - 3 = 9) e somando 3 dias ao dia da ovulação do ciclo mais longo (16 + 3 = 19), o período fértil ficará entre o 9° e o 19° dia de qualquer ciclo menstrual desta mulher. Os dias restantes serão os dias não-férteis. 22 23 24 25 26 27 28 29 [30 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 ] 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Os cálculos acima só funcionam para mulheres com ciclos regulares (ou que sofrem pequenas variações nos ciclos, de no máximo 2 dias). Menstruação e período fértil Concluindo, o ciclo menstrual pode ser dividido em 4 fases: 1 - Fase menstrual: corresponde aos dias de menstruação e dura cerca de 3 a 7 dias, geralmente. 2 - Fase proliferativa ou estrogênica: período de secreção de estrógeno pelo folículo ovariano, que se encontra em maturação. 3 - Fase secretora ou lútea: o final da fase proliferativa e o início da fase secretora é marcado pela ovulação. Essa fase é caracterizada pela intensa ação do corpo lúteo. 4 - Fase pré-menstrual ou isquêmica: período de queda das concentrações dos hormônios ovarianos, quando a camada superficial do endométrio perde seu suprimento sangüíneo normal e a mulher está prestes a menstruar. Dura cerca de dois dias, podendo ser acompanhada por dor de cabeça, dor nas mamas, alterações psíquicas, como irritabilidade e insônia (TPM ou Tensão Pré-Menstrual). Ciclo menstrual 1 2 3 4 Embriologia Flávio Chame Barreto www.flaviocbarreto.bio.br Gametogênese Parte 3 Processo pelo qual os gametas são produzidos nos organismos dotados de reprodução sexuada. Acontece nas gônadas, órgãos que também produzem os hormônios sexuais, que determinam as características que diferenciam os machos das fêmeas. O evento fundamental da gametogênese é a meiose, que reduz à metade a quantidade de cromossomos das células, originando células haplóides (n). Na fecundação, a fusão de dois gametas haplóides (n) reconstitui o número diplóide (2n) característico de cada espécie. Em linhas gerais, a gametogênese masculina (ou espermatogênese) e a gametogênese feminina (ovogênese ou ovulogênese) seguem as mesmas etapas. Gametogênese Gametogênese é o produto de uma divisão meiótica Meiose Prófase 1 1 - Leptóteno (gr Lepto , fino; Taina , filamentos) espiralização dos fios finos dos cromonemas; separação dos centrossomos (duplicados na Interfase) e formação dos centrômeros dos cromossomos. 2 - Zigóteno (gr Zigos , par;) Cromossomos homólogos pareiam-se (2 cromátides pareadas como Zíper) 3 - Paquíteno (gr Pachys, grosso) Condensação máxima dos pares; Cada uma das cromátides condensadas pareadas com suas cromátides homólogas. 4 - Diplóteno (gr Diploos ,duplos) Cromátides se encontram em alguns pontos formando quiasmas; Ocorre o Crossing over ou permutação que é a troca de pedaços entre os cromossomos homólogos enquanto estiverem emparelhados. 5 - Diacinese (gr Dia , através de; Kinesis , movimento) desmonte da carioteca;.Deslizamento dos quiasmas para as extremidades cromossômicas. Características diferenciais da meiose Na meiose ocorrem duas divisões celulares seguidas Na prófase I (da primeira divisão meiótica ou meiose I) ocorre o crossing over Na metáfase I (da meiose I) os pares de cromossomos migram para a região equatorial e cada par de cromossomo homólogo fica voltado para um pólo da célula, enquanto na mitose migram os pares de cromátides (cromátides-irmãs). Na anáfase I (da meiose I) cada cromossomo homólogo (com suas 2 cromátides) é puxado para um pólo da célula, ou seja, Na meiose l separam-se os cromossomos homólogos (2 cromátides unidas por 1 centrômero) enquanto que na mitose separam-se as cromátides- irmãs (cada cromátide livre com o seu centrômero). Na telófase I os dois grupos de cromossomos em cada pólo se descondensam, a membrana nuclear ressurge formando 2 núcleos com a metade (23) do número de cromossomos originais (46). A segunda divisão meiótica ou a meiose II, que ocorre em cada uma das 2 células-filhas formadas na meiose I, é uma mitose, apenas não há duplicação prévia de cromossomos. Na anáfase II (da meiose II) separam-se as cromátides-irmãs (cada cromátide com seu centrômero), exatamente como ocorre na divisão mitótica. Na meiose cada célula germinativa inicial (2n) forma 4 células gaméticas (n) Processo que ocorre nos testículos, as gônadas masculinas. As células dos testículos estão organizadas ao redor dos túbulos seminíferos, nos quais os espermatozóides são produzidos. A testosterona é secretada pelas células intersticiais. Ao redor dos túbulos seminíferos, estão as células de Sertoli, responsáveis pela nutrição e pela sustentação das células germinativas, ou seja, as células que irão gerar os espermatozóides. Gametogênese Ovogênese Nos ovários, encontram-se agrupamentos celulares chamados folículos ovarianos de Graff, onde estão as células germinativas. As células germinativas originam os gametas e as células foliculares são responsáveis pela sustentação destas (células germinativas) e pela produção dos hormônios sexuais femininos. Nas mulheres, apenas um folículo ovariano conclui a maturação a cada ciclo menstrual, isso significa que, a cada ciclo, apenas um gameta torna-se maduro e é liberado no sistema reprodutor da mulher. Os ovários alternam-se na maturação dos seus folículos, ou seja, a cada ciclo menstrual, a liberação de um óvulo, ou ovulação, acontece em um dos dois ovários. 1- Fase de proliferação ou de multiplicação: -Tem início durante a vida intra-uterina, antes mesmo do nascimento do menino, e se prolonga praticamente por toda a vida. - As células primordiais dos testículos, diplóides (2n), aumentam em quantidade por mitoses consecutivas e formam as espermatogônias (2n) . 2- Fase de crescimento: - Um pequeno aumento no volume do citoplasma das espermatogônias as converte em espermatócitos primários ou espermatócitos I, também diplóides (2n). A espermatogênese divide-se em quatro fases: 3- Fase de maturação: -Corresponde ao período de ocorrência da meiose. -Depois da primeira divisão meiótica, cada espermatócito primário origina 2 espermatócitos secundários ou espermatócitos II. - Como resultam da primeira divisão da meiose, ambos já são haplóides (n), embora possuam cromossomos duplicados. -Na segunda divisão meiótica, os 2 espermatócitos secundários originam 4 espermátides haplóides (n). A espermatogênese divide-se em quatro fases: 4- Espermiogênese: - É o processo que converte as espermátides em espermatozóides, perdendo quase todo o citoplasma. - As vesículas do complexo de Golgi fundem-se, formando o acrossomo, localizado na extremidade anterior dos espermatozóides. - O acrossomo contém enzimas proteolíticas (acrosina, esterases,neuraminidases e hialuronidase) que perfuram as membranas do óvulo, na fecundação. A espermatogênese divide-se em quatro fases: Os centríolos migram para a região imediatamente posterior ao núcleo da espermátide e participam da formação do flagelo, estrutura responsável pela movimentação dos espermatozóides. Grande quantidade de mitocôndrias, responsáveis pela respiração celular e pela produção de ATP, concentram-se na região entre a cabeça e o flagelo, conhecida como peça intermediária. 1- Fase de proliferação ou de multiplicação: - As células primordiais dos testículos, diplóides (2n), aumentam em quantidade por mitoses consecutivas e formam as espermatogônias (2n) . 2- Fase de crescimento: -Um pequeno aumentono volume do citoplasma das espermatogônias as converte em espermatócitos primários ou espermatócitos I, também diplóides (2n). 3- Fase de maturação: -Corresponde ao período de ocorrência da meiose. Na segunda divisão meiótica, os 2 espermatócitos secundários originam 4 espermátides haplóides (n). 4- Espermiogênese: - É o processo que converte as espermátides em espermatozóides, perdendo quase todo o citoplasma. Resumo da espermatogênese 1 - Fase de multiplicação ou de proliferação: É uma fase de mitoses consecutivas, quando as células germinativas aumentam em quantidade e originam ovogônias. Nos fetos femininos humanos, a fase proliferativa termina por volta do final do primeiro trimestre da gestação. Portanto, quando uma menina nasce, já possui em seus ovários cerca de 400 000 folículos de Graff. É uma quantidade limitada, ao contrário dos homens, que produzem espermatogônias durante quase toda a vida. Ovogênese divide-se em três fases: 2- Fase de crescimento: -Logo que são formadas, as ovogônias iniciam a primeira divisão da meiose que é interrompida na prófase I (retornando apenas na puberdade). -Nesta fase de latência passam, então, por um notável crescimento, com aumento do citoplasma e grande acumulação de substâncias nutritivas. -Esse depósito citoplasmático de nutrientes chama-se vitelo, e é responsável pela nutrição do embrião durante seu desenvolvimento. -Terminada a fase de crescimento, as ovogônias transformam-se em ovócitos primários (ou ovócitos I). Nas mulheres, essa fase perdura até a puberdade, quando a menina inicia a sua maturidade sexual. Ovogênese 3- Fase de maturação: -Dos 400 000 ovócitos primários, apenas 350 ou 400 completarão sua transformação em gametas maduros, um a cada ciclo menstrual. -A fase de maturação inicia-se quando a menina alcança a maturidade sexual, por volta de 11 a 15 anos de idade. -Quando o ovócito primário completa a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I (no primeiro trimestre do desenvolvimento fetal), origina duas células. -Uma delas não recebe citoplasma e desintegra-se a seguir, na maioria das vezes sem iniciar a segunda divisão da meiose. -É o primeiro corpúsculo ou glóbulo polar. -A outra célula, grande e rica em vitelo, é o ovócito secundário ou ovócito II. -A fecundação, ou seja, a penetração do espermatozóide, estimula o ovócito II a completar a 2ª divisão da meiose que origina o segundo corpúsculo polar, que também morre em pouco tempo, restando apenas um óvulo, grande e rico em vitelo. Ovogênese Embriologia Flávio Chame Barreto www.flaviocbarreto.bio.br Parte 4 Fecundação Fecundação • Transporte dos gametas • Transporte do ovócito: O ovócito secundário é expelido do folículo ovariano com o fluído folicular. As fímbrias das tubas uterinas movem-se para frente e para traz. Esta ação de varredura dos cílios das células das fímbrias, adicionada à ação do fluído folicular, facilitam a captação do ovócito pela tuba. • Transporte do espermatozóide: São depositados de 200 a 600 milhões de espermatozóides no interior da vagina durante o intercurso sexual. Os espermatozóides passam pelo canal cervical (colo do útero) através dos movimentos de suas caudas. A enzima vesiculase, produzida pela vesícula seminal, coagula uma parte do sêmen e forma um tampão em torno do colo uterino, o que impede o refluxo do sêmen, do canal cervical para a vagina. Fecundação e desenvolvimento • A viabilidade dos gametas: • Estudos dos estágios iniciais do desenvolvimento indicam que os ovócitos humanos são geralmente fertilizados até 12 horas após a ovulação. • As observações in vitro mostraram que os ovócitos não podem ser fertilizados após 24 horas e que se degeneram rapidamente depois. • A maioria dos espermatozóides humanos provavelmente não sobrevive por mais de 48 horas no trato genital feminino. • Alguns espermatozóides são armazenados nas pregas da mucosa do colo e gradualmente liberados para o canal cervical, atravessam o útero e vão para as tubas uterinas. • Este curto armazenamento dos espermatozóides no colo proporciona sua liberação gradual (durante a sua sobrevida de 24 a 48 horas) aumentando assim as chances de fertilização. • Após congelado a baixas temperaturas, o sêmen pode ser guardado por muitos anos. Crianças já nasceram de mulheres que foram inseminadas artificialmente com sêmen que havia sido armazenado por vários anos. Fecundação e desenvolvimento • A fecundação compreende todos os eventos desde a penetração na zona pelúcida da membrana do óvulo pelo acrossoma do espermatozóide até a união dos cromossomas do espermatozóide e do óvulo em um só núcleo, restaurando o número diplóide de cromossomas (2n) . • A fecundação interna, no interior do corpo da fêmea, requer a cópula. • Uma gravidez normal dura cerca de 39 semanas, ou 280 dias, contando a partir do início do último período menstrual. Passagem do espermatozóide através da corona radiata. A dispersão das células foliculares da corona radiata que circunda o ovócito e da zona pelúcida parece ser resultado principalmente da ação da enzima hialuronidase, liberada do acrossoma do espermatozóide, mas a evidência para isto não é inequívoca. As enzimas da mucosa tubária também parecem auxiliar nesta dispersão. Os movimentos da cauda do espermatozóide também são importantes para sua penetração na corona radiata. Seqüência de eventos da Fecundação Penetração da zona pelúcida (início da fertilização). - Resulta da ação de enzimas liberadas pelo acrossoma (esterases, acrosina e neuraminidase que causam lise da zona pelúcida) para que o espermatozóide chegue ao ovócito. A mais importante destas enzimas é a acrosina, uma enzima proteolítica. - Logo que o espermatozóide penetra a zona pelúcida, ocorre uma reação zonal, que é uma mudança nas propriedades da zona pelúcida que a torna impermeável a outros espermatozóides. Seqüência de eventos da Fecundação Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e espermatozóide. As membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozóide se fusionam. A cabeça e a cauda do espermatozóide entram no citoplasma do ovócito, mas a membrana plasmática do espermatozóide fica para trás. Término da segunda divisão meiótica e formação do pronúcleo feminino. A penetração do ovócito pelo espermatozóide, estimula o ovócito a completar a segunda divisão meiótica, formando um ovócito maduro e segundo corpo polar . Os cromossomas se descondensam e o núcleo do ovócito torna-se o pronúcleo feminino. Formação do pronúcleo masculino. O núcleo do espermatozóide aumenta e forma o pronúcleo masculino, e a cauda se degenera. O ovócito contendo dois pronúcleos haplóides é chamado de oótide. Seqüência de eventos da Fecundação Formação do zigoto Logo que os pronúcleos se fundem em uma agregação de cromossomas única e diplóide, a oótide torna-se um zigoto. Os cromossomas no zigoto arranjam-se em um fuso de clivagem na preparação para a divisão do zigoto. Seqüência de eventos da Fecundação Fecundação e desenvolvimento • A fecundação compreende todos os eventos desde a penetração na zona pelúcida da membrana do óvulo pelo acrossoma do espermatozóide até a união dos cromossomas do espermatozóide e do óvulo em um só núcleo . • A partir daí, ou seja, a fase imediatamente posterior é denominada desenvolvimento embrionário (desenvolvimento do Embrião à partir desta sua 1ª célula diplóide). Filme 02 – 2:52 Desenvolvimento • Após a fecundação, enquanto percorre a tuba uterina, o zigoto inicia divisões mitóticas, denominadas clivagem. A clivagem conduz o zigoto a um estágio multicelular conhecido como blástula, possuindo células chamadasblastômeros Desenvolvimento • Cerca de três dias depois da fertilização, uma esfera de 12 a 16 blastômeros iguais, chamada mórula penetra no útero. A mórula continua sofrendo transformações e se enche de líquidos, tornando-se um blastocisto, preparando-se para, por volta do sétimo dia, se prender no endométrio (nidação). Desenvolvimento • A mórula começa a encher-se de líquidos que ocupam os espaços intercelulares. À medida que a quantidade de líquidos aumenta as células se dividem em duas partes: A parte mais externa que se chamará trofoblasto e uma mais interna contendo a massa celular interna, que formará o futuro embrião. A massa celular interna, que será o futuro embrião, permanece internamente e o trofoblasto forma a parede externa do blastocisto Desenvolvimento • Envolvendo o blastocisto há a zona pelúcida, que serve para manter os blastômeros unidos, assim como evita que o embrião seja rejeitado pelo organismo materno. • A zona pelúcida também impede que ocorra a implantação prematura do embrião na parede da tuba uterina (gravidez ectópica), por esconder os receptores de superfície. • Quando estão no útero as células do trofoblasto secretam uma enzima que degrada a zona pelúcida e ocorre a nidação. Desenvolvimento Por volta do sexto ou sétimo dia o blastocisto prende-se ao epitélio endometrial com as células mais externas do trofoblasto (sinsiciotrofoblastos) invadindo o epitélio do endométrio, implantando o blastocisto no revestimento interno útero. Desenvolvimento • O trofoblasto é ativamente erosivo e continua a invadir o endométrio durante duas semanas, atingindo os capilares e glândulas que se tornarão material nutritivo que passa por difusão para a massa celular interna do blastocisto. Um fator inicial de gravidez, uma proteína imunossupressora para evitar a rejeição, é secretaria pelas células trofoblásticas e surge no soro materno dentro de 24 a 48 horas após a fertilização. Este fator é a base do teste de gravidez durante os primeiros 10 dias de desenvolvimento.. Embriologia Flávio Chame Barreto www.flaviocbarreto.bio.br Desenvolvimento embrionário e desenvolvimento fetal Parte 5 A semana 2 • Durante a 2ª semana começa a desenvolver-se duas cavidade: a cavidade amniótica e o saco vitelino. • Separando as cavidades temos uma lamina dupla de células (futuros folhetos germinativos). Todo esse conjunto chama-se disco embrionário bilaminar (Didérmico). • Este processo de formação de camadas germinativas é denominado gastrulação. 3ª semana A partir da 3ª semana a mulher grávida geralmente constata a ausência da sua menstruação (1º sinal de gravidez) Concomitantemente: O trofoblasto recém implantado no útero, produz o hormônio Gonadotrofina Coriônica (GCH) (que pode ser um forte indicador da gravidez, sendo excretado pela urina materna). A função da GCH é manter o corpo lúteo ativo no ovário secretando progesterona e estrogênio durante o primeiro trimestre da gestação, para a manutenção do endométrio. Com as concentrações dos hormônios ovarianos mantidas, independente dos baixos níveis dos hormônios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH), a camada superficial do endométrio se mantém íntegra. 3ª semana A partir da 3ª semana sucessivas transformações convertem a blástula em um embrião. Um terceiro folheto (mesoderma) começa a surgir entre as duas laminas (ectoderma e endoderma), convertendo o disco bilaminar em trilaminar. As células da mesoderme preenchem todo espaço entre a ectoderme e a endoderme, exceto na região da membrana bucofaríngea e membrana cloacal. Os folhetos germinativos, ectoderma, mesoderma e endoderma tornaram-se evidentes a partir destas mudanças. Os rudimentos de órgãos derivados de um ou mais folhetos germinativos são estabelecidos. 3ª semana Um bastão celular, chamado Notocórdio, (que será a base do esqueleto axial), começa a se desenvolver, formando um eixo mediano no embrião. 3ª semana O notocórdio se desenvolve. O ectoderma e o mesoderma adjacente, se espessam e formam a placa neural. No fim da 3ª semana a placa neural forma pregas neurais que se aproximam e se fundem, convertendo assim a placa neural em um tubo, o tubo neural. Esse processo chama-se neurulação. O tubo neural originará o sistema nervoso central. 3ª semana O sistema nervoso, a camada epidérmica da pele e as regiões bucal e anal são derivadas do ectoderma; o revestimento do intestino e as diversas regiões associadas a ele, tais como o fígado e o pâncreas, são derivados do endoderma; e as camadas musculares, os vasos sanguíneos e o tecido conjuntivo são derivados do mesoderma O embrião continua se desenvolvendo a partir das três camadas germinativas que diferenciam-se nos vários tecidos e órgãos, de modo que, ao final do período embrionário (as oito primeiras semanas), os primórdios de todos os principais sistemas de órgãos já foram estabelecidos. O bebê que está se desenvolvendo, recebe o nome de embrião durante as oito primeiras semanas; depois é chamado de feto. Todos os seus órgãos importantes se desenvolvem durante o primeiro trimestre. Ectoderma Endoderma Mesoderma 3ª e 4ª semana O mesoderma de cada lado da notocorda ou notocórdio se espessa para formar as colunas do mesoderma paraxial. A divisão dessas colunas mesodérmicas em pares (de somitos) começa cefalicamente. Dos somitos agregados migram células que darão origem às vértebras, costelas e musculatura. O celoma intra-embrionário surge como espaços isolados no mesoderma lateral . Estes espaços coalescem em seguida para formar uma cavidade única em forma de ferradura, que no final dará origem às cavidades corporais. Desenvolvimento fetal . . 5 semanas 6 semanas 7 semanas 8 semanas Grande desenvolvimento da cabeça, devido ao desenvolvimento do encéfalo e das proeminências faciais Pigmento retiniano evidencia o olho. A cabeça curvada sobre a proeminência cardíaca . Formação da genitália externa Aparecem as saliências auriculares ao redor do segundo sulco faríngeo, Diferenciam-se os cotovelos e tornozelos membranas interdigitais,. Inicio da ossificação. Figado hematopoético. Herniação do intestino delgado para dentro do cordão umbilical, devido ao grande tamanho do fígado (hematopoético) e ao desenvolvimento renal. As alças devem retornar ao abdome na 11º semana. Face com características humanas e a cabeça corresponde a metade do corpo. Pescoço definido. Pálpebras em formação. Olhos lateralizados e separados e o pavilhão auricular mais definido. Desaparece a cauda. Dedos individualizados Desenvolvimento fetal 9/10ª semana · A cabeça ainda corresponde a metade do corpo · Face é larga com olhos separados · Orelhas com implantação baixa · As pálpebras terminam sua formação e fundem-se 11ª Semana · Formação das impressões digitais 12ª semana · Desaceleração do crescimento da cabeça · Diferenciação da genitália externa · Baço inicia a eritropoese · Já existe produção de urina e liberação no líquido amniótico constantemente renovado · Pescoço bem definido 13/16ª semana · Crescimento muito rápido do corpo; - Cabeça relativamente menor. · Osso visíveis ao Raios X · Olhos mais anteriorizados · Apresenta movimentos lentos dos olhos. Desenvolvimento fetal 17/20ª semana · Sobrancelhas e cabelo · Gordura. · pêlos finos · Secreção de glândulas sebáceas. · Células descamadas da pele. 21/23ª semana · REMs (rapid eye moviments); movimento rápido dos olhos característicos do sonho. · Pele enrugada e translúcida.· Ganho de peso · 24ª semana · Produção de surfactante pelo pneumócitos II. · Unhas nas mãos Desenvolvimento fetal 26/29ª semana · Pálpebras abertas · Cabelos bem desenvolvidos. · Eritropoese na medula óssea. · Hematopoese no baço. · Unhas nos pés. · Pele menos enrugada e translúcida devido ao maior acúmulo de gordura. 30/34ª semana · Pele rosada e “lisa” · Reflexo pupilar a luz · Unhas alcançam a ponta dos dedos da mão. 35ª semana · Perímetro cefálico próximo ao perímetro abdominal · Tórax saliente com protrusão de mamilos 36/37ª semana. · Grandes lábios formados · Testículos na bolsa escrotal · 38/42ª semana (Parto) · Feto a termo. · Pele branca ou rosa-azulada · Pavilhão auricular cartilaginoso Embriologia Flávio Chame Barreto www.flaviocbarreto.bio.br Parto Parte 7 Parto Filme 20 –7:39 Embriologia Flávio Chame Barreto www.flaviocbarreto.bio.br Anexos embrionários e Informações complementares Parte 8 Informações complementares A reprodução é o fenômeno responsável pelas eternidades dos organismos, ela pode ser assexuada ou sexuada. Na reprodução sexuada é possível ter uma diversidade de formação de novos organismo graças a troca de, material genético entre os gamelas. Essa troca acontece através da fecundação que possibilita a ocorrência de múltiplos eventos resultando na formação de um novo organismo. Placenta: Além do embrião, as membranas fetais e a maior parte da placenta originam-se do zigoto. A placenta consiste em duas partes: (1) uma porção fetal derivada do córion viloso e (2) uma porção materna formada pela decídua basal. As duas partes são mantidas juntas pelas Vilosidades de ancoragem e pelo revestimento citotrofoblástico. córion viloso (porção fetal da placenta) decídua basal (porção materna da placenta) A placenta secreta: progesterona, estrógeno, hCG e lactogênio placentário Principais funções: Proteção, nutrição, respiração, excreção e produção de hormônios Informações complementares A Circulação fetal é separada da circulação materna por uma fina camada de tecidos conhecidos como membrana placentária (barreira placentária). Trata-se de uma membrana permeável que permite que a água, o oxigênio, substâncias nutritivas, hormônios e agentes nocivos passem da mãe para o embrião ou feto. Produtos de excreção passam pela membrana placentária do embrião para a mãe. As principais atividades da placenta são: (1) metabolismo, (2) transferência e (3) secreção endócrina. Todas as três atividades são essenciais à manutenção da gravidez e para possibilitar um desenvolvimento embrionário normal. O Decídua refere-se ao endométrio gravídico. É a parte do endométrio que se separa do restante do útero após o parto. O córion é responsável pela proteção do embrião e dos anexos embrionários. O âmnio é responsável pela proteção e hidratação do embrião. Ambos se fundem formando a membrana amniocoriônica. É esta membrana que se rompe no trabalho de parto, permitindo que o líquido amniótico escape para o exterior através da vagina.. Circulação placentária: As vilosidades coriônicas da placenta criam uma grande área de superfície através da qual ocorre troca de material que cruzam uma delgada membrana placentária (barreira placentária). O sangue pouco oxigenado deixa o feto através das artérias umbilicais e vai para as artérias coriônicas nas vilosidades coriônicas que se ramificam em extenso sistema artério-capilar- venoso onde ocorrem as trocas gasosas. O sangue bem oxigenado nos capilares das vilosidades convergem para a veia umbilical levando oxigênio para o feto.. Informações complementares O saco vitelino e a alantóide são estruturas vestigiais (se atrofiam), mas suas presenças são essenciais ao desenvolvimento normal do embrião. Ambos são sítios precoces de formação do sangue, e parte do saco vitelino é incorporada ao embrião na forma de intestino primitivo. Células germinativas primordiais também se originam no saco vitelino. O saco vitelínico tem função nutritiva, pois transfere nutrientes para o embrião na 2ª e 3ª semana quando a circulação uteroplacentária ainda esta sendo estabelecida. O endoderma do saco vitelínico origina o intestino primitivo, o epitélio da traquéia, dos brônquios, dos pulmões e do trato digestivo. O alantóide é responsável pelas futuras trocas gasosas pois seus vasos persistem como veia e artérias umbilicais. A formação do sangue acontece nas paredes do alantóide da 3ª à 5ª semana. Informações complementares O âmnio contém o liquido amniótico e fornece o revestimento do cordão umbilical. O líquido amniótico possui três funções principais: (1)prevê um anteparo protetor para o embrião ou feto, (2) espaço para os movimentos fetais e (3) contribui para a manutenção da temperatura corporal do feto. Informações complementares Gêmeos monozigóticos, o tipo menos comum, representam cerca de um terço de todos os gêmeos e derivam de um único zigoto. Estes gêmeos geralmente apresentam: - dois âmnios, ou seja cada um está imerso em seu liquido amniótico e cada âmnio fornece o revestimento de cada cordão umbilical. - um córion responsável pela proteção dos embriões e dos anexos embrionários, e Gêmeos nesta situação geralmente são monozigóticos e seus cordões umbilicais estão freqüentemente emaranhados. Outros tipos de nascimentos múltiplos podem derivar de um ou mais zigotos. Em alguns casos, os gêmeos monozigóticos que compartilham uma placenta não irão se desenvolver da mesma forma porque, na verdade, um deles receberá mais nutrientes através da placenta do que o outro. Isso é chamado de restrição do crescimento fetal. Também correm o risco de desenvolver uma desordem grave e potencialmente fatal conhecida como Síndrome de Transfusão Feto-Fetal Embriologia Flávio Chame Barreto www.flaviocbarreto.bio.br Defeitos congênitos Parte 9 Defeitos congênitos Uma grande variedade de fatores ambientais estão relacionados com os defeitos congênitos. Estes fatores podem ser: 1- Infecções maternas, 2- Teratógenos químicos, 3- Agentes físicos e mecânicos e 4- Fatores nutricionais. Esses fatores ambientais são particularmente nocivos no primeiro trimestre ,da gestação. Defeitos congênitos - Infecções maternas: Agente infeccioso Defeito congênito Quadro clínico / Sintomas Prevenção Rubella microcefalia, cardiopatia, surdez, catarata Vacina Toxoplasma Microcefalia, microftalmia, calcificações cerebrais, hidrocefalia Evitar contato com animais (principalmente com gatos). Cytomegalovirus Microcefalia, microftalmia, calcificações cerebrais, hidrocefalia. Evitar contato com pessoas infectadas Herpes simples Microcefalia, catarata. Evitar contato com pessoas infectadas Varicela Zoster (catapora) Hidrocefalia, catarata, lesões cutâneas, microcefalia Evitar contato com pessoas infectadas Defeitos congênitos - Teratógenos químicos: Agente químico efeito Acido Valpróico - (Depakene) tratamento da epilepsia e convulsões. Defeitos no tubo neural (formação de espinha bífida) Álcool Retardo mental, microcefalia, hipoplasia maxilar, fissuras palpebrais, anomalias cardíacas. Anticoagulantes (Warfarin, dicumarínicos). Hipoplasia nasal, malformação do SNC, anormalidades esqueléticas, alterações oculares. Fenitoína Retardo metal, Microcefalia, face dismórfica, hipoplasia da falange distal incluindo a unha. Antineoplásicos Mal-formações múltiplas Hormônios Androgênicos: masculinização de fetos femininos TalidomidaDefeito nos membros, anomalias cardíacas e nas orelhas. Defeitos congênitos – Agentes físicos: A radiação ionizante é considerada um potente teratógeno. Contudo é dose-dependente e esta relacionado ao estágio de desenvolvimento que o concepto é exposto. No uso-diagnóstico dos Raios X, as doses habitualmente utilizadas (poucos milirads . cerca de 5 a 100) são insuficientes para causar anomalias. Contudo, como quebras no DNA e mutações podem acontecer, é prudente a proteção radiológica apesar dos riscos pequenos Em altas doses a radiação ionizante pode causar uma variedade de anomalias no embrião, desde, defeitos de membros, fendas lábio-palatinas e até anormalidades do sistema nervoso central . O torcicolo, o pé torto e as deformidades crânio-faciais também podem se relacionar com a posição fetal e a presença de compressões extrínsecas ao feto. Embriologia Flávio Chame Barreto www.flaviocbarreto.bio.br Infertilidade e doenças que interferem na fertilidade Parte 10 Doenças que interferem na fertilidade Endometriose É a presença do endométrio - tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outras partes do útero ou em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos, bexiga. A Endometriose é dolorosa, pois mesmo se localizando na parte externa do útero, sofre a influência das oscilações hormonais. Isso significa que, os focos de endometriose sangram todo mês durante o seu período menstrual, mas o sangue não tem para onde ir. Além de ser dolorosa, a endometriose, também, pode tornar difícil a gravidez , uma condição conhecida como infertilidade. Considera-se que a endometriose afete uma em cada dez mulheres em idade reprodutiva. Doenças que interferem na fertilidade Endometriose É freqüentemente diagnosticada pelos médicos durante exame ginecológico, procedimento cirúrgico ou na realização de exames de investigação de infertilidade. Ninguém sabe ao certo como a endometriose ocorre, há duas teorias prováveis para seu desenvolvimento: -Pedaços do tecido que reveste o útero, ao se desprenderem durante a menstruação, vão para o exterior do útero pelas tubas uterinas, -Áreas de células no exterior do útero transformam-se em áreas de endometriose sob a influência das oscilações hormonais do ciclo menstrual. Doenças que interferem na fertilidade Endometriose Muitas mulheres “sofrem em silêncio”, acreditando que seus sintomas sejam normais. Outras não apresentam sintomas. A endometriose não é uma doença transmissível, não há como prevenir seu aparecimento e atualmente não há cura, no entanto a dor e os sintomas podem ser diminuídos. O sintoma mais comum causado pela endometriose é a dor. Esta ocorre, em geral, na parte inferior do abdômen e na pelve e pode fazer com que a relação sexual seja dolorosa. A dor começa, com freqüência, antes do início da menstruação, tornando-se progressivamente maior até o início do sangramento, diminuindo, gradativamente, após. O diagnóstico de suspeita da endometriose é feito através da história clínica, ultra-som endovaginal, exame ginecológico, e alguns exames de laboratório. A Ressonância Magnética da Pélvis serve para o diagnóstico da endometriose profunda. A certeza, porém, só pode ser dada através do exame anatomopatológico da lesão ou biópsia. Esta pode ser feita através de cirurgia (laparotomia ou laparoscopia). laparotomia, laparoscopia Doenças que interferem na fertilidade SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS (S.O.P.) O nome origina-se do fato de que pacientes com esse transtorno freqüentemente (mas nem sempre) apresentam múltiplos pequenos cistos (nódulos) indolores nos seus ovários, o que pode ser visualizado por exames de ultrassom. Esses cistos são benignos. No entanto, as alterações hormonais provocadas pela síndrome podem causar sintomas importantes, com grande stress emocional para a mulher afetada. Irregularidades Menstruais. É um dos principais sintomas da S.O.P. Grande parte das mulheres com esse transtorno tem atrasos ou mesmo ausência das menstruações. É uma alteração muito comum de mulheres em idade reprodutiva, podendo atingir de 4 a 10% dessa população. Doenças que interferem na fertilidade SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS Sintomas: 1) irregularidade menstrual (geralmente desde a adolescência); 2) infertilidade (dificuldade para engravidar, devido à falta de ovulação); Devido ao excesso de hormônios masculinos (que é um dos problemas provocados pela síndrome) as pacientes podem apresentar: 1) acne (cravos e espinhas na pele), especialmente ao redor do queixo, no tórax e no dorso; 2) excesso de pêlos no rosto (principalmente no queixo e no buço) e no restante do corpo (braços, pernas, virilha); 3) perda de cabelo, com áreas de rarefação na cabeça; 4) pele e cabelos muito oleosos. Cerca de 2/3 das pacientes apresentam excesso de peso ou obesidade (principalmente quando o acúmulo de gordura acontece mais na região da barriga), mas a síndrome também pode afetar mulheres magras. Doenças que interferem na fertilidade SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS Etiologia (Qual é a causa?) A causa exata ainda não é bem conhecida. Suspeita-se que haja mais de uma causa. Em geral, a síndrome é causada por um desequilíbrio dos níveis de alguns hormônios importantes. O que se observa na maioria das pacientes é um aumento dos níveis dos hormônios masculinos (andrógenos) no sangue, devido à produção aumentada desses hormônios pelos ovários. O principal andrógeno ovariano que aumenta na síndrome é a testosterona. É uma doença complexa, relacionada ao funcionamento alterado de vários sistemas do organismo. Além do distúrbio dos ovários, as pacientes comumente apresentam um defeito na ação da insulina, um importante hormônio que controla os níveis de açúcar (glicose) e gorduras (colesterol) no sangue. Portanto, têm um risco aumentado de apresentar aumento da glicose (diabetes mellitus) e do colesterol (dislipidemias), o que em última análise pode aumentar seu risco de doenças cardiovasculares (infarto do miocárdio, derrame cerebral etc.). Doenças que interferem na fertilidade SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS O diagnóstico é feito através da história clínica e exame físico da paciente (menstruações irregulares, excesso de pêlos, acne etc.) e de alguns exames complementares. É importante afastar a presença de outros problemas hormonais que podem apresentar sintomas semelhantes, principalmente o hipotireoidismo e a hiperplasia adrenal congênita (doença das glândulas supra-renais que aumenta os níveis de hormônios masculinos). Todas as mulheres com sintomas sugestivos devem ser avaliadas por um especialista (endocrinologista), para determinar a presença ou não da síndrome. Os exames que podem ajudar no diagnóstico são: 1)Ultrassom do útero e ovários, que pode mostrar a presença de múltiplos pequenos cistos (nodulações cheias de líquido) em ambos os ovários. 2) Testosterona, que muitas vezes está aumentada; 3) Glicemia e colesterol. Ultra-sonografia pélvica via abdominal - ambos ovários com volume aumentado e múltiplos folículos Doenças que interferem na fertilidade SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS Como é o tratamento? Pacientes obesas ou com excesso de peso sempre devem ser aconselhadas a perder peso, através de uma alimentação saudável e aumento da atividade física. Medicações também podem ser usadas para controlar os sintomas: Os anticoncepcionais orais. Medicamentos que inibem hormônios masculinos (por exemplo: acetato de ciproterona), que ajudam a tratar a irregularidade menstrual e minimizam a acne e o excesso de pêlos. Medicações que agem melhorando a resistência à insulina, (metformina) visto que este parece ser um dos principais mecanismosenvolvidos no desenvolvimento da síndrome. Medicações para reduzir os efeitos dos hormônios masculinos, (espironolactona e a flutamida). Os métodos cirúrgicos para esta síndrome tem sido abandonados em função da eficiência do tratamento com anticoncepcionais orais. Bibliografia Professor Flávio Chame Barreto - Alberts, B; Bray, D; Johnson, A; Lewis, J; Raff, M; Roberts, K; Walter,P; Fundamentos da Biologia Celular; 2a ed. São Paulo: Editora Artmed, 2002 - Black, J.G.; Microbiologia, Fundamentos e Perpectivas; 4a ed.; Ed. Guanabara Koogan, 2002. - De Robertis, E.;Biologia Molecular e Celular, Biologia; 3a ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogam, 2000 -Griffiths, A..J.F; Wessler, S.R.; Lewontin, R.C. et all; Introdução a Genética; 6a ed. São Paulo; Mcgraw Hill, 2005. -Moore K.L. ; Embriologia Básica ; 4a ed.; Editora Interamericana, 2000 -Moore K.L. ; Persaud T.V.N; Embriologia Clínica ; 7a ed.; Editora Elsevier, 2004 Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91
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