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O Mix do Marketing Faz o Sucesso Patrícia Cordeiro Ferreira1 PALAVRAS-CHAVE: Marketing, composto de marketing, utilidade. RESUMO: Em 1950 começou a se sentir a necessidade do marketing, quando os empresários perceberam que vender por vender já não funcionava muito e que esta não era a melhor maneira de se comercializar seus produtos. Com isso se determinou o conceito de marketing no qual o consumidor agora é considerado o rei. Explicar o que é marketing, qual sua função, como utiliza-lo de maneira correta são dúvidas que estão presentes na realidade de alunos que ingressam em cursos ligados ao assunto como comunicação e administração e até mesmo profissionais já formados que trabalham no ramo. Uma das ferramentas mais utilizadas no marketing é o chamado composto de marketing que é formado pelos quatro Ps, com eles os profissionais da área podem decidir questões sobre produtos e suas características, a partir daí pontos essenciais para o sucesso deste serão fixados como: Produto, Preço, Ponto de venda e Promoção. O composto de Marketing é a estratégia Mercadológica, são várias combinações que um gerente de marketing pode utilizar para alcançar seus objetivos. Segundo CHURCHILL apud GILBERT (2000, P. 4) alguns críticos dizem já não se sentir mais satisfeitos com a estrutura atual dos quatro Ps eles questionam a falta de alguns 1 Acadêmica do 4º ano do curso de Comunicação Social – Habilitação em Publicidade e Propaganda da universidade da Amazônia. Ex monitora da matéria CDARMI – Criação,direção de arte, redação e meios impressos. itens como serviços e atendimentos, embalagens, vendas pessoais e assim sugerem a inclusão de outros dois: Política e Público. A influência da política pode interferir no crescimento ou queda de um produto, por exemplo, se leis proíbem a veiculação de anúncios de cigarro isso poderá prejudicar o setor nas vendas. Devido seu poder de decisão e opinião o público se torna peça principal para o sucesso de venda de um produto, por exemplo: Norte americanos ao se afastarem do consumo de carne vermelha se viram diante de muitas campanhas financiadas pelos empresários do ramo para que os mesmos voltassem a consumir seus produtos. Segundo CHURCHILL apud GILBERT (2000, P. 4), sobre os quatro Ps outro ponto é questionado, o fato de que a maneira como o vendedor vê o produto pode não ser a mesma que o comprador e para esta questão pode-se implantar os quatro Cs : Valor do cliente, Menor custo, Conveniência e Comunicação, a seguir falarei sobre a importância e função de cada “P”. O primeiro "P”: Produto Antes de qualquer planejamento ou estratégia mercadológica é necessário antes estudarmos e conhecermos o produto. As informações sobre preço, distribuição e propaganda são conseguidos por meio do estudo do produto e da capacidade de identificar e localizar o público que pretendemos atingir e este é o mercado. Já no planejamento daquilo que se vai comercializar, o empreendedor deve considerar aspectos qualitativos, verificando que características o consumidor quer no produto, e para que uso se destinará. Análises quantitativas também devem ser feitas, só assim pode-se ter uma idéia precisa da quantidade de produtos que devem ser do contrario corre-se o risco de produzir mais ou menos do que aquilo que o mercado necessita. O consumidor, ao tomar sua decisão de compra, o faz levando em conta dois aspectos. Aspectos palpáveis como o tamanho, a cor, o modelo, o estilo, a embalagem, rotulagem. Ou aspectos que não podemos tocar como a marca, as garantias, a imagem, o status que decorre do seu consumo, os serviços agregados, entre outros. A Qualidade, embalagem e marca de um produto são características que devem ser levadas em consideração na hora de se fazer uma análise sobre ele. A qualidade do produto O estudo e o conhecimento de um produto são extremamente necessários, para que se divulgue o ponto qualitativo de cada item de venda dos produtos, o objetivo que se pretende alcançar é fazer com que ele se supere em relação aos concorrentes que estão cada vez melhores e mais difíceis de ser superados em todos os segmentos.Ao comprar um produto o consumidor acima de tudo deve se sentir seguro na sua escolha, saber que eventuais problemas de fabricação ou de seu funcionamento estão assegurados por garantias. Procurar conhecer o produto concorrente nos garante embasamento na hora de fazer comparações e apontar as falhas dos mesmos. A embalagem do produto A apresentação de um produto é que vai diferencia-lo dos outros concorrentes, a embalagem terá a função de chamar a atenção do consumidor para ele. Para sua formulação deverá ser feito todo um estudo que ajudará na definição de cores e elementos utilizados na embalagem, pois apenas uma cor que se utilize de maneira errada já pode interferir nas vendas pretendidas. A composição de uma embalagem pode parecer tarefa fácil após sua elaboração, mas não é bem assim, é preciso estar antenado e saber sobre os acontecimentos do momento, tendências, o fato da embalagem ter múltipla utilidade também pode influenciar na aceitação. Muitas vezes, o próprio cliente não percebe que sua escolha é feita pela embalagem, ela é vista apenas como algo utilizado para guardar o que realmente interessa, porém ela pode ser o ponto “X” de um produto, ao fazer a modificação de uma embalagem sem embasamento ou necessidade pode afetar a identificação do mesmo, gerando perda de clientela. O poder de armazenamento e conservação também são indispensáveis. A marca do produto A marca é quem vai fazer de seu produto um destaque, um exemplo disso é ver o notável sucesso de algumas marcas. As pessoas já não procuram a palha de aço, elas procuram o “Bombril”, já não se procura o achocolatado e sim “Nescau”. Estabelecer sua marca será o primeiro e mais importante passo para que haja a procura espontânea por seu produto se sua marca é conhecida e está na ponta da língua do consumidor isso será uma importante arma de influência para ganhar novos clientes. O segundo "P": Preço O custo Para estabelecer o preço de um produto deve-se levar em consideração todos os seus componentes como pesquisa, desenvolvimento, matérias-primas, industrialização, embalagem, rotulagem, mão-de-obra, propaganda, promoção de vendas, distribuição, impostos, taxas, administração, desperdícios, encargos sociais , etc. Na análise do custo real, todos os investimentos em instalações, mobiliário, máquinas, equipamentos e implementos, dentre outros, devem pesar sobre a formação de preço do produto e sua depreciação.Se não houver precaução em relação a todas essas questões o resultado será grandes prejuízos por se dar ao produto um preço que não condiz com a realidade dos gastos feitos para sua produção. Se para reparar o erro houver aumento deste produto sem justificativa cabível isso pode repercutir mal afetando sua participação no mercado A concorrência Quando falamos em preços competitivos, referimo-nos à concorrência. Algumas empresas são forçadas a adotar como critério seguir o preço existente no mercado, diante da impossibilidade de competir, apresentando preços superiores aos utilizados e aceitos, mesmo que isso comprometa suas margens e diminua seus resultados. Outras, entretanto, mesmo podendo ofertar preços menores, observam a conveniência de utilizar os mesmo preços praticados pela concorrência ao perceber que estes são aceitos pelos consumidores. Há empresas que seguem sempre o preço de algum concorrente no mercado, outras, trabalham com preços ditos agressivos, objetivando ofertar preços inferiores aos de seus concorrentes e assim tomar-lhes fatias de seus consumidores. Os chamados preços promocionais têm por objetivo atrair clientela, eassim conseguir vender mais que os outros. O consumidor Com o tempo, com novas tecnologias e informações o consumidor se torna cada vez mais exigente. O produto deve tentar sempre seguir estas novas exigências, porém, os preços devem ser minuciosamente analisados do contrário afetarão as metas de vendas pretendidas. O consumidor define um produto como caro ou barato pelo grau de interesse e satisfação, sempre será caro o produto que se compra e não lhe satisfaz. O terceiro "P": Ponto de Venda Segundo LASNOGRODSKI apud BRUNO (1991) em seu livro “Marketing”, para fazer a distribuição do seu produto, a empresa tem a sua disposição vários tipos de canais como os exemplos a seguir: Para decidir que tipo de distribuição irá utilizar é necessário levar em consideração alguns fatores, como custos, características dos produtos, área geográfica almejada, a promoção que alguns canais podem oferecer para os produtos, a concorrência e a tradição. O canal de distribuição deve ser eficiente o bastante para movimentar fisicamente os produtos e promovê-los, retornar informações sobre o mercado, ensejar custos de marketing reduzidos e maximizar resultados e lucros. A colocação dos produtos no ponto de venda é fator importantíssimo para que ele seja notado, a Coca-Cola treina os funcionários dos locais onde o produto é vendido para que a colocação de seus produtos seja preferencial a vista do consumidor, principalmente em supermercados, ela tem lugar especial para seus produtos e isto é fiscalizado. Para que o resultado seja satisfatório é necessário seguir algumas regras: Varejista Fabricante Atacadista Fabricante Representante Distribuidor Atacadista Varejista Fabricante Representante Atacadista Varejista Consumidor As áreas onde se tem maior movimento são as melhores para que o produto seja visto por um grande número de pessoas. Se o seu produto é alimentício ele deve ser exposto exatamente neste setor e nunca em outro qualquer. Ele deve estar localizado de forma que seja facilmente visto pelo cliente, na correria dos dias atuais o consumidor já não tem mais tempo de analisar todas as marcas expostas, ele provavelmente levará o que melhor estiver posicionado na sua linha de visão, desta forma não será difícil pegá-lo. Abordar o consumidor na hora da decisão de compra, mais exatamente na hora em que apanha o produto pode trazer bons resultados dependendo da abordagem e poder de persuasão do promotor de vendas. A degustação já vem sendo utilizada há algum tempo e dá ao consumidor a certeza do sabor e qualidade do produto ofertado, amostras grátis são muito eficientes e geralmente decisivas na hora da escolha, o importante é fazer o cliente sentir que está tendo alguma vantagem ao escolher o seu produto e sempre venderá mais quem aparecer mais. O quarto "P”: Promoção A propaganda é que vai levar ao conhecimento do consumidor todo o trabalho feito nos três “Ps” anteriores e ajudará também a convencer o cliente na hora da compra. Há muitos meios de divulgar este produto. Televisão, rádio, outdoor, revista, mala direta, internet, panfletos, cartazes, etc, mas há sempre um que será mais eficiente e conveniente para sua divulgação, para isso é necessário uma delicada análise. Após analisar qual meio trará melhores resultados levando seu produto ao seu público alvo, muitas inserções da propaganda elaborada devem ser feitas periodicamente, pois só por meio da repetição seu produto estará sempre na cabeça do consumidor. A ponte que irá levar seus produtos até os consumidores é a propaganda, com a criatividade dos anúncios, a propaganda publicitária construirá a imagem da marca e possibilitará sua aceitação no mercado com um certo grau de preferência, sendo assim, investir em propagandas criativas é indispensável, elas devem ser diferentes ou de preferência melhores que os anúncios dos concorrentes para se sobressair no mercado alvo. A propaganda também envolve sobre um processo de decisões que são missão, mensagem, mídia, moeda e mensuração. A propaganda vai conquistar o interesse, desejo ou ação do consumidor. A promoção de vendas faz com que os anúncios publicados mexam com a mente e o comportamento das pessoas fazendo com que ao ouvir alguma noticia de liquidação, preços mais baixos, logo se tenha a ação de comprar o produto oferecido. Hoje, acredita-se mais no poder da propaganda do que a algum tempo atrás quando a empresa destinava a anúncios o máximo de 30% do total de seu orçamento e Atualmente, chegam a investir 70%. Uma promoção de venda altamente recomendada é aquela que a empresa possui uma marca superior que não é conhecida pelo consumidor, isso faz com que os consumidores sejam estimulados a testar a marca. Aprendendo e colocando em prática as técnicas e informações contidas dentro dos quatro “Ps” pode-se valorizar o produto, colocá-lo em evidência, atrair o consumidor, fixar a marca, obter lucro e conseguir muitas outras vantagens podendo ver na prática que realmente “O mix do Marketing faz o Sucesso”. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: LASNOGRODSKI, Bruno. Marketing, ed. Porto Alegre: Ortiz, 1991. KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI, 10. ed. São Paulo: Futura, 2001. SANT’ANNA, Armando. Propaganda: Teoria, Técnica e Prática. 7 ed. São Paulo: Pioneira, 1999. STAN, Rapp. O Poder do Marketing, ed. São Paulo: Martin Claret 1998. CHURCHILL, Gilbert. Criando Valor Para os Clientes, 2 ed. São Paulo: Saraiva 2000.
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