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Patologia Geral distúrbios de crescimentoPatologia Geral e neoplasia

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Patologia Geral – Crescimento e Diferenciação Celular
10/05/2016
	Para surgir uma condição patológica, antes de tudo nosso corpo ainda tenta se adaptar. Na maioria das vezes, quando surge o estímulo, o corpo consegue se adaptar, é perceptível que tudo depende da capacidade do corpo se adaptar ao estímulo.
	Algumas vezes isso não se torna possível, nem sempre é possível que nosso corpo se adapte ao estímulo, o que acaba gerando um processo de lesão.
	Um dos conceitos que podemos usar é: 
Lesão: incapacidade do corpo de se adaptar a um estímulo.
Porém, quando há uma queda demasiada no estímulo, nós vamos ter desequilíbrios no crescimento das nossas células. Devemos lembrar primeiramente que nossas células são totalmente controladas por nosso corpo. A célula é sempre sensível aos comandos do corpo, de acordo com o estímulo.
De acordo com o estímulo é possível ver macroscopicamente que há um aumento no tamanho das células de acordo com a intensidade do estímulo que elas sofrem. Quando há um aumento da demanda funcional, é muito comum observar o aumento do órgão que está sendo estimulado. Esse aumento é possível em virtude da composição dos órgãos: todos eles são compostos de células.
Na odontologia, é possível observar casos como, por exemplo, um crescimento macroscópico da mucosa bucal, onde macroscopicamente é possível observar um aumento graças a uma inflamação e que isso serve de direcionamento para o tipo de análise que será feito. Outros exemplos são: exame de próstata (onde há o toque retal para a verificação do aumento do órgão), tireoide, todos eles são perceptíveis ao toque. Quando um órgão está aumentado ali teremos uma atividade aumentada das células que compõe o referido órgão.
A diferença entre células normais e anômalas (células neoplásicas, autônomas) é que o corpo tem controle da célula normal, já em relação neoplásica não, elas não respondem aos estímulos orgânicos. Quando o nosso corpo quer a célula diminua o seu ritmo ela reprime, diminui a produção do estímulo, por exemplo, ou quando a célula está velha, desgastada, não cumpre mais eficazmente suas funções, o corpo ativa o mecanismo de apoptose e descarta a célula, ou ainda quando é necessário que ela trabalhe mais, o corpo estimula mais, como por exemplo na função de reparo, e assim por diante, de modo que o corpo tem controle sobre as células, tanto de aumentar como de diminuir a proliferação dessas células. Nem sempre esse controle é adequado, vão existir situações em que vão existir hiperestimulações ou hipoestimulações, e que vão acabar gerando distúrbios, onde vão haver proliferações demasiadas ou uma queda demasiada da proliferação dessas células. 
Na maioria das situações, as nossas células vão estar expostas aos estímulos orgânicos. Ao correr, por exemplo, inicia-se uma aceleração do metabolismo das células musculares, onde haverá uma maior necessidade de oxigênio, o que fará com que o ritmo da circulação sanguínea aumente para atender as necessidades das células dos músculos, o que também levará a um aumento do ritmo cardíaco, então podemos perceber que, quando há necessidade, as células vão alterando o seu metabolismo e padrão de crescimento. 
Ao observar um indivíduo que entra em uma academia, vamos perceber que, com o passar do tempo, o aumento macroscópico será considerável em relação ao aumento de estímulo.
O aumento do estímulo está sempre ligado ao aumento do órgão.
Os órgãos são compostos por: 
O que normalmente observamos é que, quando há um aumento nos órgãos, há um aumento de tamanho das células ou da quantidade das mesmas (através da mitose ou meiose). 
Através dessa linha de raciocínio, podemos observar que:
Quando há um aumento dos órgãos onde a célula aumenta de tamanho por ocasião do estímulo, há um processo de hipertrofia;
Quando há uma diminuição dos órgãos onde a célula diminui de tamanho por ocasião da diminuição do estímulo, há um processo de hipotrofia.
Deste modo, quando há um aumento na quantidade de células em virtude da demanda funcional, do aumento do estímulo a esses tecidos, temos um processo de hiperplasia. 
Todos esses eventos podem ser tanto fisiológicos como patológicos. Devemos desenvolver a capacidade de diferenciar quando esses processos são fisiológicos ou patológicos.
Não é possível se diagnosticar precisamente a razão do aumento do órgão por observação macroscópica, somente por meio de uma observação microscópica (biópsia) é que será possível se fazer um prognóstico preciso sobre a causa real do aumento de tamanho do órgão, se é em virtude do aumento de tamanho da célula ou da quantidade de células que formam os tecidos que compõe o mesmo. Nos exames laboratoriais normalmente se identificam o grupo de células responsáveis pelos distúrbios.
Quando estudamos REPARO, ficou claro que uma das funções vitais para que haja o reparo é a capacidade replicativa das células. Estudamos também que existem três tipos de células em nosso corpo:
Células lábeis (que possuem alta capacidade de mitose);
Células estáveis (que possuem capacidade intermediária de mitose) e
Células permanentes (que possuem baixa ou nenhuma capacidade de mitose. Um exemplo de células permanentes são as células cardíacas e os neurônios).
Diante de tais conceitos, é possível formular a seguinte ideia:
“Se observo um aumento em órgãos que são compostos por células permanentes, eu devo descartar a possibilidade de aumento por hiperplasia”
	Em casos onde haja um aumento de tamanho no coração, por exemplo, é possível observar que este aumento está ligado a patologias como Doença de Chagas e Insuficiência Cardíaca Congestiva. A população ocidental em sua grande maioria é acometida de patologias ligadas ao sistema circulatório. A Insuficiência Cardíaca Congestiva é o quadro patológico que tem como principal causa o mal funcionamento de algumas fibras cardíacas que, em virtude de sua ineficácia, fazem com que outras tenham que trabalhar mais para que a sua insuficiência seja compensada, o que faz com que o estimulo em relação as células e fibras que continuam funcionais seja aumentado, contribuindo assim para um aumento de tamanho das células daquele tecido e consequentemente do órgão.
	Deste modo, podemos formular outro conceito:
“Se observo um aumento em órgãos que são compostos por células permanentes, isto se dá em virtude de HIPERTROFIA. ”
	
Deste modo, coração aumentado sempre será um processo hipertrófico!
	Ao falar de hiperplasia, vamos ver que, na maioria das vezes os tecidos que sofrem hiperplasia são os TECIDOS GLANDULARES. Alguns exemplos são: a próstata, a tireoide, a parótida, a mama, o útero (há uma parte do útero que é glandular, no caso, os ovários). Todas essas glândulas estão susceptíveis a ter uma hiperplasia, basta ter um desequilíbrio hormonal.
	Em resumo:
“Em TECIDOS MUSCULARES há HIPERTROFIA ou HIPOTROFIA. Já em TECIDOS GLANDULARES há HIPERPLASIA. ”
	Não devemos generalizar os processos hiperplásicos como sendo patológicos, há processos (como o aparecimento de mamas proeminentes em indivíduos do sexo feminino, ou por exemplo o aumento dos testículos) que são resultado de um aumento fisiológico do hormônio que faz com que esse processo aconteça. Há, porém, casos patológicos onde se é possível observar casos onde indivíduos do sexo masculino desenvolvem quadros de GINECOMASTIA (aumento da mama por excesso de estrógeno).
	Vale ressaltar que, indivíduos que tem uma atividade física elevada (atletas por exemplo) podem ter uma hipertrofia cardíaca fisiológica, mas nada que chegue a prejudica-lo, pois esse aumento já é em consequência do tipo de esforço que ele faz, tendo em vista o rigor da atividade.
	As estrias, por exemplo podem ser tanto por hipertrofia como por acúmulo de tecido adiposo, em virtude da obesidade. Numa gestação pode haver também estrias, tendo em vista o aumento exacerbado de extensão do tecido, porém, se o estímulo é retirado, haverá também uma diminuição do tamanho da célula ou da quantidade de células, resultando na ATROFIAdo órgão.[1: Atrofia é um sinônimo para HIPOTROFIA]
	Atrofias por desuso do músculo são chega a ser tão demasiada quanto a de um quadro de desnutrição, por exemplo, tendo como causa uma perda de proteínas. Esse quadro patológico se dá pela falta de nutrientes no organismo, o que faz com que o organismo recorra as “reservas” do organismo degradando para gerar energia a glicose existente, e na falta da mesma vai recorrer a gordura e por fim as proteínas, o que resultará na perda de massa muscular, o que causará uma ATROFIA (Hipotrofia) MUSCULAR por desnutrição. 
Vale ressaltar também que, fatores como a idade do indivíduo, o envelhecimento do mesmo, é um processo fisiológico, e consequentemente há uma debilitação do organismo, inclusive, atrofia muscular, dos testículos entre outros. Há também casos onde há uma lesão irreversível, por exemplo, onde o indivíduo fica impossibilitado de usar um determinado grupo muscular, como por exemplo os paraplégicos, a diminuição ou ausência total de estímulo faz com que aquele grupo muscular ou região atrofie, diminuindo de tamanho.
“As Glândulas de Bartolim, glândulas que promovem a lubrificação do canal vaginal, também são um exemplo de glândulas que sofrem com um processo de atrofia fisiológica, com o passar do tempo ela diminui a produção do hormônio que estimula a lubrificação vaginal. ”
	βHCG é o teste que é feito para comprovar que a mulher está grávida, sendo baseado no nível de hormônios, são esses que fazem com que o corpo das Nulíparas/Multíparas se prepare e se adeque para albergar o feto.[2: Mulher que ainda não teve filhos][3: Mulher que já teve dois ou mais filhos]
	Problemas em células permanentes, como por exemplo as cardíacas, não tem como ter o seu déficit revertido, tendo em vista que são células que não tem capacidade replicativa.
Hiperplasia não é câncer! O câncer consiste em um crescimento totalmente desordenado, desequilibrado. A hiperplasia consiste em um processo que pode ser parado, inibido e revertido. O câncer não é reversível, ele é desgovernado e tem uma morfologia totalmente anormal. Na hiperplasia fisiológica normal, não há anormalidade na morfologia das células, e há um controle no processo, tudo coordenado através da estimulação ou da inibição. Todavia, um processo hiperplásico pode se transformar num processo maligno. Nenhuma célula é blindada!
Processo Hiperplásico Compensatório: aumento macroscópico de um órgão para compensar a ausência parcial ou total de um tecido retirado. (Ex.: um fígado se regenera após uma doação para transplante. Um rim que passa a filtrar todo o sangue do corpo após a perda ou doação de um dos rins).
Em resumo: Hiperplasia patológica está associada a distúrbios hormonais ou estimulação excessiva por parte dos hormônios.
Timo: Glândula de onde se derivam os linfócitos T expressam TCRs, que reconhecem fragmentos peptídicos de antígenos proteicos apresentados pelas moléculas MHC na superfície das APCs.
PATOLOGIA GERAL – NEOPLASIA 
10/05/2016
NEOPLASIA: (Neo – Novo / Plasia – Célula) Proliferações locais de clones celulares atípicos cuja reprodução foge ao controle normal, e que tendem para um tipo de crescimento autônomo e progressivo, e para a perda de diferenciação.
Falar de câncer não é falar de nenhum quadro benigno! Todo câncer trata-se de um processo patológico maligno. 
2/3 do processo neoplásico ocorre de forma subclínica, ou seja, de forma assintomática, não apresenta nenhum sintoma. A proliferação maligna já é diagnosticada no 1/3 final.
Os estágios de uma evolução de uma célula para se tornarem maligna ela passa por 03 estágios: 
Indução: Primeira mutação da célula
Promoção: transformação de uma célula normal em célula maligna
Progressão: quando a célula maligna começa a fazer mitoses sucessivas
Neoplasia não é a proliferação de células normais, e sim células que se transformam-se progressivamente em células de comportamento anormal, independente e morfologia anômala, ou seja, são células autônomas e anômalas.
Anômalas, porque sua morfologia muda progressivamente para uma forma estranha. Autônomas, por se transformarem em células que são desgovernadas, que não aceitam controle orgânico, elas perdem a capacidade de reconhecer o controle do corpo. Por esta razão o nosso corpo não consegue impedir que este tipo de célula se espalhe por nosso corpo e se mantenha restrita somente a um tipo de tecido, iniciando o processo conhecido como metástase.
Metástase: Disseminação de um tumor (primário) para outros sítios órgãos formando nova massa tumoral (secundária) sem sinal morfológico de continuidade.
Em um indivíduo normal saudável, não existe migração de células de um tecido para o outro ou até mesmo uma formação de massas tumorais, tendo em vista que quando o corpo percebe que há uma proliferação excessiva de células, o corpo impede que haja mais mitoses, de modo que a quantidade de células é limitada.
Uma célula que se torna maligna precisa passar por várias mutações até que se torne uma célula maligna, deste modo, na maioria das vezes as incidências de processos neoplásicos estão associadas a pessoas com idade mais avançada, tendo em vista que é necessário que haja uma atuação prolongada dos agentes carcinogênicos nas células.
Os agentes carcinogênicos podem ser classificados em três grupos:
Carcinógenos químicos;
Carcinógenos físicos
Carcinógenos biológicos
Na odontologia, há um agente que pode ser um exemplo clássico de agente físico são os agentes radioativos (aparelhos que emitem radiação, raios-x etc...), um outro exemplo é a radiação solar. A radiação dos aparelhos de raio-X é causadora, por exemplo, do câncer a nível das células vermelhas, as leucemias, os linfomas, basta que haja uma exposição suficiente para causar uma mutação.
Agentes carcinogênicos químicos tem como exemplo substâncias que dão gosto e cheiro artificial, por serem ricas em hidrocarbonetos, são substâncias com propriedades carcinogênicas. Outro exemplo de agentes químicos são os hormônios que pode possibilitar um desenvolvimento neoplásico, embora que momentaneamente seja uma conjectura. Os fármacos que são usados de forma livre (por exemplo, o Paracetamol™) também podem ser causadores. Carnes processadas (Salsicha, Kitut, Hambúrguer, Mortadela defumada etc...) Aumentam em 40% a chance de processos carcinogênicos no pâncreas, embora que todas essas substâncias ou agentes sejam potencializadores de processos carcinogênicos, esses efeitos não são agudos, são efeitos crônicos que, com o passar do tempo e a exposição, podem causar um processo neoplásico no organismo exposto.
Há bastante tempo alimentos desse gênero tem sido consumido por nós de modo que a exposição a essas substâncias carcinogênicas tem tempo suficiente para causar um processo dessa natureza. Não é uma única mutação, são mutações sucessivas.
Do ponto de vista biológico temos infecções por vírus, que são a grande parte dos agentes biológicos que promovem processos patológicos compatíveis com os processos neoplásicos. Um exemplo disso é o vírus da Hepatite B, HPV (associado ao câncer de colo uterino), HTLV (Vírus associado a processos neoplásicos de células sanguíneas), Hepstembar (Vírus da família do HPV), entre outros. Dentre os vírus, somente uma bactéria intrusa está presente, a Ericobacter Pilori, vulgatamente conhecida como H Pilori. O fato de a pessoa ter essa infecção não sentencia a pessoa a fatalmente ter um processo neoplásico, mas essa infecção aumenta consideravelmente as chances do indivíduo desenvolver um processo neoplásico.
Cerca de 80% dos tumores surgem por falhas no processo de indução apoptótica. Mesmo com tantos avanços, o número de incidências de neoplasias malignas aumenta, tendo em vista que a expectativa de vida da população aumentou vertiginosamente. Se os homens vivessem pelo menos até os 110 anos, todos teriam desenvolvido neoplasia na próstata!
As divisões de células anômalas acontecem de forma precoce e isso causa alteração na sua morfologia e estrutura, fazendo assimcom que elas assumam uma classificação polimórficas, ou seja, o mesmo tipo de célula pode variar consideravelmente na sua forma, tamanho e constituição. Essa anormalidade determina a intensidade da agressividade do processo tumoral.
Embora sejam tão diferentes do que se considera uma célula normal, podemos dizer que elas ainda guardam algumas características do que seria uma célula normal, mesmo sendo uma célula mutante. No caso de células muito esquisitas, aberradoras, as classificamos de células anaplásicas. Quanto maior o grau de mutação, mais agressiva é a massa tumoral.
Com relação ao diagnóstico, não é possível se fechar um diagnóstico apenas com a observação macroscópica, mas isso apenas nos dá indícios do que venha a ser a patologia. A biópsia, que é feita através da observação microscópica é que possibilita de fato a determinação do processo patológico. Uma observação macroscópica que é possível de ser feita é que os benignos são bem delimitados, e consequentemente mais fácil de se remover cirurgicamente, contudo, os malignos não são delimitados, se infiltram no tecido e células cancerígenas mutantes se infiltram nos vasos e migram para outros tecidos causando metástase.
O tumor benigno é de bom prognóstico, fácil de se extirpar cirurgicamente por boa delimitação, causando morte apenas em casos onde a massa tumoral comprima órgãos vitais tais como coração, cérebro, pulmões, além do que são de crescimento relativamente lento. Já o tumor maligno é de má delimitação, infiltra-se no tecido, e consequentemente alcança os vasos causando a metástase.
Quanto a remoção de massa tumoral, a benigna é bem mais fácil de ser removida tendo em vista a sua boa delimitação, já a maligna tem altas taxas de reincidência, tendo em vista a sua infiltração nos tecidos e a dificuldade de ser preciso na remoção. Basta uma única célula maligna para que ocorra uma reincidência. Um carcinoma maligno inicial é equivalente a 10g, contendo então 10 trilhões de células malignas.
Os tumores malignos, sendo acúmulos de células no organismo, tem uma taxa de mitose muito alta, o que faz com que haja um acúmulo excessivo em determinada região. Não necessariamente deve existir um “caroço” (pseudo-cápsula), um exemplo disso são as leucemias.
Quanto mais trabalho, mais a necessidade de fornecimento de nutrientes, no caso, nutrição sanguínea para as células malignas, tendo em vista a alta taxa de mitose, o VEGF (fator de crescimento endotelial vascular) há consequentemente uma estimulação de angiogênese. A célula maligna percebe essa necessidade e controla o ambiente, estimulando esses fatores para nutrir as células que estão em ritmo proliferativo frenético, chegando a haver uma quantidade tão grande de células que que os nutrientes passam a não ser mais suficientes, pois essa capacidade proliferativa passa a ser maior do que a capacidade de formar vasos, e deste modo chega um determinado momento que de tanto proliferar sem a nutrição adequada, as células começam a morrer, promovendo altas taxas de necrose. Já os benignos, por crescerem mais lentamente, crescendo de modo ordenado, não havendo então a necrose como no caso das malignas.
Tumores benignos não fazem metástase, eles comprimem os tecidos adjacentes, já os malignos se infiltram e atingem os vasos promovendo então o quadro de metástase.
Tumores malignos não tem uma causa aparente, por que na verdade a sua causa é uma soma de fatores e de exposição a diversos fatores carcinogênicos.
Os tumores malignos têm uma relação parasitária, tendo em vista que eles drenam energia de nosso corpo, fazendo com que haja uma condição muito comum a pacientes que tem câncer: a caquexia (a perda de peso observada comumente em pacientes com câncer).
A forma de diagnóstico de uma caquexia é observar, por exemplo, os hábitos alimentares do indivíduo e, deste modo verificar se a perda de peso seria proporcional a isso ou se o mesmo deveria estar ganhando peso ao invés de perder, e desta forma verificar a causa da alteração no metabolismo do mesmo.
As células malignas promovem uma alteração no formato, na morfologia do órgão. As células malignas suportam mais a hipóxia (falta de oxigênio) do que uma célula normal. 
As características principais do processo de neoplasia maligna são:
Progressividade - Crescimento tecidual excessivo e incoordenado, e de intensidade progressiva. (Só para quando matar o indivíduo)
Independência - Ausência da resposta aos mecanismos de controle. Autonomia. (O organismo não tem como bloquear esse processo)
Irreversibilidade - Ausência de dependência da continuidade do estímulo. (Uma célula normal que se transforma em uma célula maligna nunca volta a ser normal. O único jeito de eliminar a célula é matando a mesmo)
As células neoplásicas são classificadas como células pleomórficas (que variam em tamanho e forma)
	O tamanho do núcleo é uma característica histopatológica a qual devemos estar bem atentos ao analisar um possível quadro de neoplasia maligna.
Para tal percepção, deve haver um prévio conhecimento por parte do profissional do que seria o padrão de normalidade.
Para definir o que seria um tumor maligno, precisamos observar se ele não está restrito somente ao parênquima (o que é característica dos benignos), ele deve atravessar a membrana basal invadir o estroma e atingir os vasos sanguíneos, o que o possibilitará promover um quadro de metástase.
Uma neoplasia In Sittu é um processo patológico mais fácil de tratar do que uma invasiva, já que a invasiva já atravessou a membrana basal e invadiu o estroma, tendo o risco de já ter alcançado os vasos sanguíneos.
Características das células malignas:
Núcleo aumentado;
Pouco citoplasma;
Pleomorfismo (tecido com células com vários formatos e tamanhos)
Nos tecidos normais, as células sempre seguem um padrão, não há diferenças gigantescas na sua morfologia.
Carcinoma, Sarcoma: condição maligna de neoplasia!
Tumores Bolderline: tumores benignos com características malignas ou vice-versa

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