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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
AULA 4.
I - Temas da aula: 
Continuação do processo de conhecimento
Não comparecimento em audiências e suas conseqüências para o empregado e empregador – Arquivamento / Revelia e Confissão.
Comparecimento em audiência 
Formas de Defesa do Reclamado 
II – Aula
Não comparecimento em audiências e suas conseqüências para o empregado e empregador – Arquivamento / Revelia e Confissão: deverão estar presentes pessoalmente o reclamante e a reclamada independentemente do comparecimento de seus representantes legais. 
Se o reclamante não comparecer na audiência inicial a reclamatória será arquivada se fizer isso por duas vezes (art 732 da CLT) haverá perempção. Extinção da ação sem resolução do mérito
Se a reclamada não comparecer na audiência inicial haverá REVELIA, além de confissão quanto a matéria de fato.
Se o reclamante não comparecer a audiência de continuidade e tendo sido intimado a comparecer, não haverá o arquivamento da ação mas soim pena de CONFISSÃO quanto a matéria de fato. SUMULA 74 DO TST 
Se o reclamado não comparecer em audiência de continuidade, tendo sido intimado a comparecer, haverá pena de CONFISSÃO quanto a matéria fática SUMULA 74 DO TST e não revelia.
Ausência de ambas as partes em audiência inaugural / inicial acarretara o arquivamento do processo
Ausência de ambas as aprtes em audiência de prosseguimento ou intrução tendo sido ambos intimados. Não ocorrerá o arquivamento, nesse caso ocorrerá confissão ficita de ambas as partes acarretando a prova dividida e empatada, com a ocorrência disso o juiz decidirá com base nas regras de distribuição do ônus da prova art 818 da CLT e 333 Do CPC.
OBS: REVELIA é a ausência de defesa, CONFISSÃO é a afirmação contraria aos próprios interesses ou a falta de contradição ao quanto postulado.
Comparecimento em audiência: a representação processual do empregado está prevista no artigo 843 § 2º da CLT e do empregador no mesmo artigo porém no § 1º, in verbis;
Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.
§ 1º- É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
§ 2º - Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
Assim o empregado poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato. 
Já a empresa deve se fazer presente por seus sócios ou seu preposto que pode ser gerente, empregado de qualquer nível.
Apesar da CLT não exigir que o preposto da empresa seja empregado houve a edição da SUMULA 377 que obriga que o preposto seja empregado. EXCEÇÕES: empregado domestico pode se fazer presente por qualquer membro da família e no caso de MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE pode ser substituído em audiência por qualquer terceiro que tenha conhecimentos dos fatos independente de ser ou não empregado ou sócio.
Formas de Defesa do Reclamado: aberta a audiência o juiz irá propor a conciliação, está não aceita a parte (reclamada) terá 20 minutos para aduzir sua defesa. Portanto, a CLT estabelece defesa oral tendo em vista os principio da oralidade, da simplicidade e do jus postulandi. Havendo mais de um reclamado cada um deles terá 20 minutos para se defender.
Contudo na praxe forense é comum a defesa escrita: que pode se dar por CONTESTAÇÃO, EXCEÇÕES, E RECONVENÇÃO.
3.1. CONTESTAÇÃO: nessa resposta o réu deve impugnar todas as pretensões aduzidas em defesa. A contestação é regida por dois princípios: 1 - PRINCIPIO DA IMPUGNAÇÃO ESPECIFICA: art 302 do CPC, pois, compete ao réu impugnar especificamente cada fato afirmado pelo autor na petição inicial (fato por fato), porque fatos não impugnados se tornam incontroversos, havendo a presunção relativa (júris tantum) de veracidade, por consectário não é admitida a contestação por negativa geral. OBS: em algumas hipóteses fatos não impugnados especificamente não acarretam prejuízos (não serão presumidos como verdadeiros) e isso ocorre nas seguintes hipóteses: A) se não for admissível a seu respeito a confissão como ocorre no caso dos direitos indisponíveis; B) se a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento publico que a lei considerar da substancia do ato; C) se estiverem em contradição com a defesa considerada em seu conjunto. 2- PRINCIPIO DA EVENTUALIDADE (ou da concentração das defesas): compete ao réu alegar toda a matéria de defesa no bojo desta não podendo apresentar contestação por etapas sob pena de preclusão consumativa OBS: exceções ao principio da eventualidade art 303 do CPC: é possível novas alegações quando: A) relativas a direitos supervenientes (jus superveniens); B) competir ao juiz conhecer matéria de oficio; C) por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e juízo. 
NESSA LINHA ONDE SE DEVE ADUZIR TUDO EM DEFESA DE ACORDO COM OS PRINCIPIOS DA EVENTUALIDADE E CONCENTRAÇÃO OU IMPUGNAÇÃO ESPECIFICA deve ser argüido A) defesa processual; B) defesa indireta de mérito C) defesa direta de mérito; D) compensação; E) prescrição; F) exceções rituais G) Reconvenção: A) defesa processual: que são as preliminares de contestação delineadas no artigo 301 do CPC nas quais os réus alegam vícios processuais cujo acolhimento levará a extinção do processo sem resolução do mérito, são elas: inexistência ou nulidade de citação, incompetência absoluta, inépcia da inicial; perempção; litispendência; coisa julgada, conexão, incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização, convenção de arbitragem, carência de ação etc...(todas essas matérias são exceções de ordem publica, logo, podem ser reconhecidas de oficio pelo juiz e serem alegadas em qualquer grau de jurisdição). B) defesa indireta de merito: o reclamado reconhece o fato constitutivo do direito do autor, mas alega existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo (Exemplo: pagamento, prescrição, compensação). C) defesa direta de mérito: o reclamado nega frontalmente o fato constitutivo do direito do autor, é a defesa por excelência. (Exemplo: é a hipótese em que o reclamante ajuíza uma reclamação trabalhista pleiteando horas extras e o reclamado acosta os cartões de ponto comprovando que o empregado não laborava em jornada suplementar). D) compensação: os art 368 e 369 do Código Civil, estabelecem que se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se até onde se compensarem, devendo ser essa dividas liquidas, vencidas e de coisas fungíveis. No processo do trabalho a compensação só poderá ocorrer se argüida como matéria de defesa nos termo do artigo 767 da CLT (e Sumula 48 do TST) e deve estar restrita essa compensação a dividas de natureza trabalhista (Sumula 18 do TST). E) Prescrição: trata-se de defesa indireta de mérito, portanto deve ser argüida dentro do mérito como “preliminar meritório” seja ela qüinqüenal ou bienal, devendo ser reiterada no pedido final da defesa. OBS: com a alteração do Código de Processo Civil, especialmente do § 5º do art 219 do CPC, podendo a partir de então o juiz decretar de oficio a prescrição, isso fez surgir três correntes doutrinarias sobre se tal situação pode ser aplicada ao processo do trabalho, ou seja, Poderia o Juiz do Trabalho reconhecer de oficio a prescrição??? 1ª corrente: entende que não porque ofenderia os princípios da proteção e do ideário de que as verbas trabalhistas são de cunho alimentar além de ir contra ao que prescreve o artigo 884 § 1º da CLT. 2ª corrente entende que sim mas de forma mitigada,que o juiz poderia reconhecer de oficio a prescrição, contudo antes disso, deve abrir prazo as partes se manifestarem, podendo assim o autor alegar causas interruptivas e suspensivas da prescrição ; 3ª corrente entende que sim, porque a CLT nada fala sobre isso e por essa razão aplicar-se-ia subsidiariamente o CPC, por compatibilidade de princípios em especial o da celeridade.
F) exceções rituais: é uma espécie de defesa onde o autor desta se chama excipiente e o réu chama-se excepto. Na CLT os únicos artigos que tratam sobre isso são os artigos 799 e 847, portanto, aplica-se subsidiariamente o art 304 do CPC. São modalidades de exceção e se faz (confecciona) em peça separada da contestação: A) Exceção de incompetência relativa (declinatória de foro / ou exceção de incompetência em razão do lugar); B) Exceção de suspeição e Exceção de impedimento. A) Exceção de incompetência relativa (declinatória de foro / ou exceção de incompetência em razão do lugar): é cabível quando há o descumprimento das normas processuais trabalhistas concernentes ao território estampados no artigo 651 da CLT que traz a competência territorial (ratione loci) da justiça do trabalho (Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro). Assim quando a ação for ajuizado em foro incompetente de acordo com as regras de competencia deste artigo e de seus parágrafos deve ser aviada EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR. OBS: Essa exceção (defesa) deve ser proposta no prazo de defesa, ou seja, em audiência, antes de se entregar a defesa se entrega ou se argúi a exceção de forma oral. Se não argüida haverá a prorrogação da competência se tornando aquele foro competente.. Apresentada a exceção se o rito do processo for ordinário, abri-se vista aparte contraria por 24 horas para que se manifeste, devendo a decisão ser proferida na próxima audiência ou sessão a seguir, se o rito for sumaríssimo deve ser decidida de plano no ato. B) Exceção de suspeição e Exceção de Impedimento: nessas a causa que se alega para uma ou para outra é concreta, sendo o questionamento feito por uma ou por outra, quanto a imparcialidade do juiz. Não se discute os conhecimentos jurídicos, mas a sua suspeição ou impedimento, que viciam a entrega da prestação jurisdicional por ofensa ao ideário da imparcialidade. Suspeição (art 801 da CLT e 135 do CPC): nessa é questionada pontos de caráter subjetivo onde se argui inimizade pessoal, amizade intima, parentesco por consangüinidade ou afinidade até o terceiro grau civil, interesse particular na causa. Impedimento (art 134 do CPC): nessa é questionada pontos de caráter objetivo; ocorrendo quando o magistrado for parte , interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como órgão do ministério publico, ou prestou depoimento como testemunha, que conheceu em primeiro grau de jurisdição tendo proferido sentença, quando nele estiver postulando como advogado da parte, ou seu cônjuge ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta ou na linha colateral até o segundo grau. OBS: Para ambas as exceções (suspeição ou impedimento) apresentada a exceção o juiz ou tribunal designará audiência dentro de 48 horas para instrução e julgamento da exceção, que será feita pelo órgão superior no caso se interposta contra o magistrado de primeiro grau é o tribunal que julgará, observando-se o procedimento previsto dos art 313 e 314 do CPC.
G) Reconvenção: é uma modalidade de resposta do réu (art 297, 315 a 318 do CPC) na qual este demanda contra o autor no mesmo processo em que está sendo demandado. É um típico contra-ataque do réu em face do autor na mesma relação jurídica processual, ensejando o processamento simultâneo da ação originaria e da reconvenção, para que o magistrado resolva as duas lides na mesma sentença. O autor é chamado reconvinte e o réu reconvindo. Requisitos para o cabimento da reconvenção: a) o juiz deve ser competente para o processamento e julgamento, b) o procedimento deve ser o mesmo par ação originaria e para a reconvenção. Sendo vedado reconvenção no procedimento sumário e sumaríssimo, devido aos princípios da celeridade, informalidade e simplicidade. c) haja uma causa pendente, a ação originaria; d) a reconvenção deve ser conexa com a ação principal ou com o fundamento da mesma. OBS: a contestação e a reconvenção são oferecidas simultaneamente em audiência, podendo ser escrita ou oral. Recebida a defesa e a reconvenção dará ciência a parte contraria de ambas as peças.

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