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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
AULA 1.
I - BIBLIOGRAFIA:
Básica:
CARRION, Valentin. Comentários à consolidação das leis do trabalho. São Paulo: Saraiva.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito processual do trabalho: doutrina e prática forense, modelos e petições, recursos, sentenças e outros. São Paulo: Atlas.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito processual do trabalho. São Paulo: Saraiva.
Bibliografia Complementar:
ALMEIDA, I. de. Manual de direito processual do trabalho. São Paulo: LTR.
BATALHA, W. de S. C. Tratado de direito judiciário do trabalho. São Paulo: LTR. 
GIGLIO, Wagner. Direito processual do trabalho. São Paulo: Saraiva.
MALTA, Christóvão Piragibe Tostes. Prática do processo trabalhista. São Paulo: LTR, 2008.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro do. Iniciação ao processo de trabalho. São Paulo: Saraiva.
SAAD, Eduardo Gabriel. Direito processual do trabalho. São Paulo: LTR. 
II – CONTEUDO DA AULA
Princípios do Direito Processual do Trabalho.
Organização da Justiça do Trabalho. Órgãos da Justiça Laboral.Varas do Trabalho. Tribunal Regional do Trabalho. Tribunal Superior do Trabalho. Procuradoria do Trabalho / Ministério Público do Trabalho.
Jurisdição e Competência. Jurisdição e Competência Internacional. Competência Interna: Critérios Objetivo, Territorial e Funcional.
Ação e Processo Trabalhista. Conflitos Trabalhistas e suas Formas de Solução: Comissões de Conciliação Prévia, Mediação, Arbitragem e Jurisdição. 
III – AULA
Princípios do Direito Processual do Trabalho.
O processo do trabalho lida com a solução de conflitos que em sua essência distam sobre conteúdo alimentar, pois, o salário e tido como sinônimo de alimento. Por esta razão o tramitar processual é diferente, primando pela celeridade, informalidade, oralidade e concentração dos atos
Essas qualidades acima destacadas são os princípios do processo do trabalho, que são a base dos ritos processuais.
Principio da Celeridade: como o direito do trabalho não envolve direitos patrimoniais, mas, sim direitos sociais, tem por característica a celeridade, pois se busca nesse o adimplemento desses direitos (exemplo: pagamento de salário) os quais servem para a sobrevivência do trabalhador e de sua família.
Principio da Informalidade: não significa ausência de forma, mas sim, menos rigidez com estas (formalidades). Como exemplo, a própria petição inicial não precisa ser fundamentada, basta ter designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante (art 840 §1º da CLT). Ou seja, não precisa de fundamentação jurídica como exige o CPC, isso é um traço de informalidade, a qual é apregoada no processo do trabalho para favorecer o principio da celeridade.
Principio da Oralidade: o processo do trabalho caracteriza-se pela prevalência da palavra sobre a escrita. Isso não significa que o que for dito não será levado a termo ou lavrado em ata, mas prima-se pela oralidade e não pela escrita. Esse principio vem de encontro a privilegiar a celeridade.
Principio da Concentração: significa que todos os atos são realizados em audiência “una” (única), inclusive a prolação de sentença.
Principio do JUS POSTULANDI: consiste na possibilidade das partes administrarem seus interesses processuais e materiais no processo sem o auxilio técnico de um advogado. Esse principio está descrito no artigo 791 da CLT que reza: Art.791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. No mesmo sentido foi editada a SUMULA 425 do C.TST: o jus postulandi das partes , estabelecido no art 791 da CLT, limita-se as Vara do Trabalho e aos Tribunais Regionais, do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança, e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
Principio da Conciliação: sob pena de nulidade o juiz deve tentar a conciliação antes da instrução e ao após o final desta, sob pena de nulidade do processo. Assim todo processo stá sujeito a conciliação. A CLT dista sobre isso nos artigos 846, 850 e 764.
Aplicação subsidiária do CPC: A CLT tem muitas omissões, por isso seu art 769 prevê a aplicação subsidiária do CPC, DESDE QUE A NORMA SEJA COMPATIVEL COM OS PRINCIPIO ACIMA POSTOS. Assim para se aplicar subsidiariamente o CPC é preciso o preenchimento de 2 requisitos: 1 –omissão da CLT sobre amateria; 2 – compatibilidade com os princípios do processo do trabalho. Art.769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.
Organização da Justiça do Trabalho.
As principais regras sobre a organização da Justiça do Trabalho estão nos artigos 111 a 116 da CF.
São órgão da Justiça do Trabalho: O Tribunal Superior do Trabalho (TST); os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs); JUIZES DO TRABALHO (Varas do trabalho).
O Tribunal Superior do Trabalho (TST): é composto por 27 ministros escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 anos nomeados pelo Presidente da Republica após votação por maioria absoluta do Senado federal. 1/5 dos ministros são advogados e membros do ministério publico do Trabalho com mais de 10 anos. Os demais são juiz de carreira oriundo dos tribunais regionais.
Os Tribunais Regionais do Trabalho (TRT): No Brasil existem 24 TRTs distribuídos nas respectivas regiões . Esses tribunais são compostos por no mínimo 7 juízes denominados Desembargadores, que são recrutados, quando possível na respectiva região dentre brasileiros com mais de 30 anos e menos de 65 anos.
JUIZES DO TRABALHO (Varas do trabalho): é a primeira instancia da justiça do trabalho composta por juízes monocráticos, ou seja, o julgamento é feito por um juiz singular e não por um colegiado como ocorre nos TRTs e no TST. Nos lugares onde não há vara do trabalho a competência é do juiz comum da Justiça Comum (cível), porém instalada a Vara do Trabalho cessa a competência desse.
MINISTERIO PUBLICO DO TRABALHO – PROCURADORIA DO TRABALHO: É integrante do MINISTERIO PUBLICO DA UNIÃO o qual se subdivide em: MINISTERIO PUBLICO FEDERAL; MINISTERIO PUBLICO DO TRABALHO , MINISTERIO PUBLICO MILITAR E MINISTERIO PUBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITORIOS. Tem como chefe o ministério público da união o PROCURADOR GERAL DA REPUBLICA, o qual é nomeado pelo presidente da republica dentre os integrantes da carreira. 
Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho (art 83 da CF):
I - promoveras ações que lhe sejam atribuídas pela Constituição Federal e pelas leis trabalhistas;
II - manifestar-se em qualquer fase do processo trabalhista,acolhendo solicitação do juiz ou por sua iniciativa, quando entender existente interesse público que justifique a intervenção;
III - promover a ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho, para defesa de interesses coletivos,quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos;
IV - propor as ações cabíveis para declaração de nulidade de cláusula de contrato, acordo coletivo ou convenção coletiva que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os direitos individuais indisponíveis dos trabalhadores;
V - propor as ações necessárias à defesa dos direitos e interesses dos menores, incapazes e índios, decorrentes das relações de trabalho;
VI - recorrer das decisões da Justiça do Trabalho, quando entender necessário, tanto nos processos em que for parte, como naqueles em que oficiarc omo fiscal da lei, bem como pedir revisão dos Enunciados da Súmula de Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho;
VII - funcionar nas sessões dos Tribunais Trabalhistas, manifestando-se verbalmente sobre a matéria em debate, sempre que entender necessário,sendo-lhe assegurado o direito de vista dos processos em julgamento, podendo solicitar as requisições e diligências que julgar convenientes;
VIII - instaurar instância em caso de greve, quando a defesa da ordem jurídica ou o interesse público assim o exigir;
IX – promover ou participar da instrução e conciliação em dissídios decorrentes da paralisação de serviços de qualquer natureza, oficiando obrigatoriamente nos processos,manifestando sua concordância ou discordância, em eventuais acordos firmados antes da homologação, resguardado o direito de recorrer em caso de violação à lei e à Constituição Federal;
X - promover mandado de injunção,quando a competência for da Justiça do Trabalho;
XI - atuar como árbitro, se assim for solicitado pelas partes, nos dissídios de competência da Justiça do Trabalho;
XII - requerer as diligências que julgar convenientes para o correto andamento dos processos e para a melhor solução das lides trabalhistas;
XIII - intervir obrigatoriamente em todos os feitos nos segundo e terceiro graus de jurisdição da Justiça do Trabalho, quando a parte for pessoa jurídica de Direito Público, Estado estrangeiro ou organismo internacional.
Incumbe ao Ministério Público do Trabalho, no âmbito das suas atribuições, exercer as funções institucionais previstas nos CapítulosI, II, III e IV do Título I, especialmente:
I - integrar os órgãos colegiados previstos no § 1º do art. 6º, que lhes sejam pertinentes;
II – instaurar inquérito civil e outros procedimentos administrativos, sempre que cabíveis,para assegurar a observância dos direitos sociais dos trabalhadores;
III -requisitar à autoridade administrativa federal competente, dos órgãos de proteção ao trabalho, a instauração de procedimentos administrativos,podendo acompanhá-los e produzir provas;
IV - ser cientificado pessoalmente das decisões proferidas pela Justiça do Trabalho, nas causas em que o órgão tenha intervido ou emitido parecer escrito;
V - exercer outras atribuições que lhe forem conferidas por lei, desde que compatíveis com sua finalidade.
Art. 85. São órgãos do Ministério Público do Trabalho:
I – o Procurador-Geral do Trabalho;
II - o Colégio de Procuradores do Trabalho;
III - o Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho;
IV- a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho;
V – a Corregedoria do Ministério Público do Trabalho;
VI – os Subprocuradores-Gerais do Trabalho;
VII - os Procuradores Regionais do Trabalho;
VIII - os Procuradores do Trabalho.
Jurisdição e Competência.
Jurisdição é a junção de duas palavras júris + dictio = dizer o direito. Esse conceito é singelo. Um conceito mais correto seria: Jurisdição é a atividade do estado, seu poder-dever, imparcial, substitutivo da vontade das partes para dizer o direito pacificando a relação e decidindo-a.
Competência: é a divisão dos trabalhos perante os órgão encarregados do exercício da função jurisdicional. A competência pode ser material (ratione materiae), em razão da pessoa (ratione personae) e territoriaç (ratione loci) 
COMPETENCIA MATERIAL: O artigo 114 da CF define a competência material da Justiça do Trabalho, dizendo que esta é competente para julgar:
as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
as ações que envolvam exercício do direito de greve; (Redação da EC nº 45 \  31.12.2004)
as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o ; 
as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho
as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho como dissídios coletivos, dissídio de greve
OBS: ações oriundas de relação de trabalho é o gênero da qual relação de emprego é espécie. Dessa forma a Justiça do Trabalho teve sua competência ampliada coma EMENDA CONSTITUCIONAL nº 45/2004. Assim pode a Justiça do Trabalho julgar lides de relação de: emprego, de trabalho autônomo, trabalho avulso, trabalho eventual, trabalho voluntario, etc...PORTANTO, toda relação de emprego é uma relação de trabalho mas nem toda relação de trabalho é uma relação de emprego.
COMPETÊNCIA TERRITORIAL: diferentemente das outras competências, que são absolutas, a territorial é relativa, logo se não argüida se prorroga.O art 651 da CLT define a competência territorial das varas do Trabalho e diz que o lugar competente é o local da prestação do serviço ( a competência é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro) se for labor de viajante comercial sera a filiar ou agencia que está subordinado o Reclamante. 
OBS: onde consta na CLT juntas de conciliação é julgamento leia-se VARA DO TRABALHO.
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
§ 1º - Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. (Redação dada pela Lei n.º 9.861, de 27-10-99, DOU 28-10-99)
§ 2º- A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste Art., estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
Os fundamentos para ser a competência a do local da prestação do serviço são: 1 – facilitar o acesso do empregado a Justiça do Trabalho; 2 – auxiliar na produção de provas; 3 – contribuir para a redução de gastos no comparecimento ao judiciário.
Ação e Processo Trabalhista. Conflitos Trabalhistas e suas Formas de Solução: Comissões de Conciliação Prévia, Mediação, Arbitragem e Jurisdição. 
Ação é o meio pelo qual se pede e processo é a seqüência de atos concatenados e ordenados.
Os conflitos trabalhistas podem ser resolvidos pelo processo ou por outras formas.
COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PREVIA: art 625-A da CLT. As empresas ou sindicatos podem instituir esse tipo de comissão de composição previa com representantes dos empregados e dos empregadores com atribuições de tentar conciliar os conflitos. Só é cabível para interesse individual do trabalho e não coletivo; deve haver uma composição (membros) paritária ou seja, idêntico numero de representantes dos empregados e dos empregadores; a criação das comissões é facultativa; podem ser criadas nas empresas ou no sindicato. A SUBMISSÃO DO CASO A COMISSÃO QUANDO EXISTENTE ANTES DE SE INGRESSAR COMA A AÇÃO É FACULTATIVA.
MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM: podem ser meios de composição.
O único lugar que dá quitação geral é na justiça do trabalho.

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