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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA COEFICIENTE DE DESCARGA Franciele Fernanda da Silva Izabela de Oliveira Rissardo Izabeli Isidoro dos Santos Natália Cristina Munaretto TOLEDO - PR Maio - 2016 2 Franciele Fernanda da Silva Izabela de Oliveira Rissardo Izabeli Isidoro do Santos Natália Cristina Munaretto COEFICIENTE DE DESCARGA Relatório acadêmico apresentado como método de avaliação parcial da disciplina de Laboratório de Engenharia Química I do curso de Engenharia Química da instituição de ensino UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Profa. Dra. Márcia Teresinha Veit. TOLEDO – PARANÁ 2016 3 SÚMARIO Lista de Figuras .................................................................................................. 4 Lista de Tabelas ................................................................................................. 5 Nomenclatura ..................................................................................................... 6 Resumo .............................................................................................................. 7 1. Objetivos ........................................................................................................ 8 2. Metodologia .................................................................................................... 8 2.1 Materiais ................................................................................................................................ 8 2.2 Métodos ................................................................................................................................ 8 3. Resultados e Discussão ............................................................................... 10 4. Conclusão .................................................................................................... 20 5. Referências Bibliográficas ............................................................................ 21 6. Apêndice A ................................................................................................... 22 7. Apêndice B .................................................................................................. 26 8. Apêndice C .................................................................................................. 31 4 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Modelo experimental ........................................................................... 8 Figura 2. Ajuste para o Bocal 1 ........................................................................ 11 Figura 3. Ajuste para o Bocal 2 ........................................................................ 11 Figura 4. Ajuste para o Bocal 3 ........................................................................ 12 Figura 5. Ajuste para o Bocal 4 ........................................................................ 12 Figura 6. Ajuste para o Bocal 5 ........................................................................ 13 Figura 7. Ajuste para o Bocal 6 ........................................................................ 13 Figura 8. Ajuste para o Bocal 7 ........................................................................ 14 Figura 9.Coeficientes de vazão vs. Número de Reynolds ................................ 19 5 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Média das alturas e diâmetro dos bocais e desvio padrão das mesmas ............................................................................................................ 10 Tabela 2. Equações de reta ajustadas e respectivos R² para cada bocal ....... 14 Tabela 3. Coeficientes de descarga ................................................................. 17 Tabela 4. Números de Reynolds e incertezas associadas a essas medidas ... 18 6 RESUMO Esta prática laboratorial possui como objetivo a determinação do coeficiente de descarga e a análise da influência do diâmetro e comprimento dos bocais no mesmo. Para isso, encheu-se um reservatório com água até a marca de 35 cm e com um bocal conectado, foi regulada a vazão para que a água iniciasse o escoamento, mediu-se o tempo conforme o nível de água era reduzido de 5 cm de altura até 0 cm. As medidas foram feitas em duplicata para sete bocais com diâmetros e comprimentos diferentes. Com estes dados, foram calculados, os valores de coeficiente de descarga e o número de Reynolds. Após a visualização das tabelas e gráficos obtidos, percebeu-se que não foi possível uma análise detalhada e comparação com valores teóricos, o que pode ter sido ocasionado por imprecisão com o manuseio de equipamentos, erros de paralaxe, perda de tempo de reação, entre outros. 7 1. OBJETIVOS O objetivo do procedimento experimental é determinar o coeficiente de descarga para sete diferentes bocais, com variações de diâmetro e altura e comparar esses valores com a literatura. 8 2. METODOLOGIA 2.1 MATERIAIS Os materiais utilizados no experimento foram: Tubo de acrílico onde se pode acoplar no fundo um dos 7 orifícios de descarga de comprimento e diâmetros diferentes; Recipiente coletor de água; Cronômetro; Paquímetro digital; Termômetro; Régua; Água. 2.2 MÉTODOS O módulo experimental utilizado na determinação do coeficiente de descarga é apresentado na Figura 01. Figura 01: Módulo experimental Com o intuito de iniciar o experimento, foram tiradas medidas da altura total do tanque, composto pelo papel milimetrado e uma parte abaixo do papel sem marcação. Também, a altura dos bocais foi medida, além do diâmetro 9 interno do tanque e do diâmetro dos bocais (7), que foram obtidos com o auxílio de um paquímetro. O procedimento consistiu em conectar um bocal de cada vez no tanque de acrílico e encher o tanque até a marcação de 35 cm e, então, após medir a temperatura da água com um termômetro, liberar a saída da água e cronometrar o tempo em que o nível da água abaixava a cada 5 cm. 10 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na prática laboratorial realizada, foi aferido os valores de diâmetro e altura dos bocais e do tanque, tais valores estão apresentados na Tabela A1 no Apêndice A. No entanto, no tanque havia a medida do papel milimetrado (35 cm) e uma pequena parte abaixo deste que não continha altura indicada, e o valor dessa é de 4,7 cm. A partir dos valores de alturas para cada bocal, pode- se calcular a altura média dos bocais bem como o diâmetro médio dos mesmos, com os correspondentes desvios, esses valores estão representados na Tabela 01. Tabela 01 - Média das alturas e diâmetro dos bocais e desvio padrão das mesmas. Bocal Diâmetro médio Desvio padrão Altura média Desvio padrão 1 0,004077 0,00026 0,049515 0,000445 2 0,004253333 0,0000251661 0,17133 0,000381838 3 0,003716667 0,000411015 0,2752450,0000212132 4 0,004196667 0,0000568624 0,3095 0,0000282843 5 0,005533 0,0000416 0,307725 0,00000707 6 0,007353333 0,0000351188 0,3102 0,0000565685 7 0,013376667 0,000586202 0,312055 0,0000353553 A partir de então, para cada bocal foi anotado os tempos de queda da água a cada 5 cm do nível de água que foi abaixado (Tabela A2), então, a partir de cada altura, foi calculado a raiz da mesma, de acordo com cada medida de tempo correspondente a essa altura. Com o auxílio do software Origin, plotou-se os gráficos de √𝐻 x t e realizou-se a regressão linear, visto que o coeficiente angular obtido a partir da equação de reta fornecida pela regressão, permite calcular o Cd (coeficiente de descarga). Os desvios relacionados às alturas e aos tempos usados na regressão linear estão apresentados nos gráficos. As imagens abaixo apresentam os gráficos de H x t para cada bocal. 11 Figura 02 - Ajuste para o Bocal 1 Figura 03 - Ajuste para o Bocal 2 12 Figura 04 - Ajuste para o Bocal 3 Figura 05 - Ajuste para o Bocal 4 13 Figura 06 - Ajuste para o Bocal 5 Figura 07 - Ajuste para o Bocal 6 14 Figura 08 - Ajuste para o Bocal 7 Para cada gráfico, pode-se obter uma equação de reta ajustada de H x t. Tais equações, bem como os R2(coeficiente de determinação), que indicam se o ajuste é aceitável, para cada ajuste, estão demonstrados na Tabela 02 abaixo. Tabela 02 - Equações de reta ajustados e respectivos R2 para cada bocal. Bocal R2 Equações de Reta 1 0,9936 H =0,66719(0,02723) - 0,000920415(0,000127816) t 2 0,99876 H =0,75141(0,02752) - 0,000765964(0,000131019) t 3 0,99994 H =0,82095(0,02781) - 0,000710327(0,000136784) t 4 0,99999 H =0,84008(0,02796) - 0,000669591(0,000133617) t 5 0,99955 H =0,84186(0,02838) - 0,00145(0,000288666) t 6 0,9997 H =0,8432(0,02843) - 0,00246(0,000491402) t 7 0,99992 H =0,84257(0,02814) - 0,00775(0,00155) t O coeficiente de determinação (R2) se é muito próximo de 1, mostra que as variações de H em função das variações de t estão exatas, no entanto, não 15 indica com certeza que tais variações foram precisas, o que é demonstrado pelos desvios que acompanham cada medida. A partir dos coeficientes angulares (b) obtidos nas regressões lineares e da Equação 13 (Anexo B), é possível obter o coeficiente de descarga utilizando a Equação 14 e os valores do diâmetro do tanque (Dt) e de cada bocal (D0) analisado, considerando a gravidade local em Toledo g=9,78 m/s² (Infoescola, online)sendo os valores apresentados na tabela 03. Tabela 03 - Coeficientes de descarga. Bocal Coeficiente de descarga ± incerteza 1 0,7560± 0,1049 2 0,5780± 0,0988 3 0,7020± 0,1351 4 0,5190± 0,1039 5 0,6465± 0,1287 6 0,6211± 0,1240 7 0,5913± 0,1183 Para analisar tais valores de coeficiente de descarga, deve-se levar em consideração que dos bocais 1 a 4 a diferença de altura entre os mesmos é bem significativa, em contrapartida, a diferença de diâmetro entre tais bocais é pequena, ou seja, os valores de diâmetro coletados experimentalmente para os bocais de 1 a 4 que constam na Tabela A3 do apêndice A, são quase que constantes. No entanto, ao se considerar os bocais de 4 a 7, têm-se grande variação entre os diâmetros destes bocais e pequena diferença entre as alturas dos mesmos. O atrito da parede dos bocais é um fator que possui grande influência sobre o coeficiente de descarga, relacionando os bocais de 1 a 4, espera-se que com o aumento gradativo da altura, com pouca variação de diâmetro, aumente a superfície de contato do fluido com a parede e, nesse caso, o atrito age como um “obstáculo”, reduzindo assim, os valores do coeficiente de descarga. Analisando os valores de Cd da Tabela 03 para os bocais de 1 a 4, percebe-se que esses valores vão diminuindo conforme aumenta a altura, mantendo o diâmetro constante, principalmente pelo fato do atrito com a 16 parede do bocal. No caso dos bocais de 1 a 4, percebe-se que o bocal 3 não segue o padrão que deveria ser seguido. Essa falta de padrão do bocal 3, está associada principalmente aos erros cometidos para a realização do procedimento em tal bocal, como erros de análise das alturas e o tempo entre olhar o cronômetro e guardar tal valor de tempo, que se mostra como um dos principais erros a se considerar. Outro fator a se considerar é o desvio padrão que caracteriza a dispersão dos dados em relação à média e resulta dos erros acarretados durante o procedimento realizado, como no uso do cronômetro, do paquímetro, da régua e do papel milimetrado. Ao analisar, observa-se que o erro do Cd está na mesma casa decimal do valor de Cd, mostrando a presença de um erro alto no procedimento. Quando o diâmetro dos bocais aumentam de tamanho, consequentemente diminui a superfície de contato do fluido com a parede do bocal, esse fenômeno deveria ser observado dos bocais de 4 a 7, pois se o fluido não tem contato com a parede, não é observado atrito e em consequência disso, o coeficiente de descarga deve aumentar. Analisando os valores de Cd da Tabela 03 para os bocais de 5 a 7, percebe-se que não ocorre esse aumento do coeficiente de descarga e em contrapartida, ocorre a diminuição do mesmo. O padrão pode ser observado ao se transferir do bocal 4 para o bocal 5, quando há um aumento significativo no diâmetro e pouco aumento na altura, nesse caso, ocorre o aumento do Cd. Os bocais sucessivos podem não ter seguido o padrão por fatores relacionados com o fato de que quando o diâmetro é aumentado, a velocidade do fluido se torna maior, e há uma defasagem entre analisar a altura diminuindo no tanque e o tempo no diâmetro. Outro fator de comparação que pode ser utilizado para o coeficiente de descarga é comparar o valor obtido experimentalmente com o valor fornecido pela literatura. Como o coeficiente de descarga não é um valor constante, ele pode ser relacionado com a variação do número de Reynolds (LIVI,2004), valor este que relaciona a velocidade média do fluído com o diâmetro de cada bocal. O número de Reynolds foi calculado pela Equação 15. De acordo com CRC Handbook of Chemistry and Physics (1978), para a água como fluído à 26ºC possui 𝜌= 996,8 kg/m³ e 𝜇=0,0008705 Pa.s. Então, a 17 partir de tais valores, juntamente com os valores de velocidade de escoamento do fluido calculado para cada bocal e o diâmetro dos bocais, pode-se calcular o número de Reynolds (tal processo está exemplificado no Apêndice C). Os valores de Reynolds bem como os erros associados a esses valores são apresentados na Tabela 04 abaixo. Tabela 04 - Números de Reynolds e incertezas associadas a essas medidas Bocal Número de Reynolds ± incerteza 1 13795,799 ± 913,947 2 16238,779 ± 134,371 3 15432,670 ± 1748,176 4 17864,227 ± 284,618 5 23524,497 ± 219,515 6 31316,921 ± 192,159 7 57044,207 ± 2542,479 Segundo LIVI (2004), um escoamento do fluído considerado turbulento, possui o número de Reynolds maior que 2500 e para o escoamento ser considerado laminar, esse valor deve ser menor que 1200. Observa-se na Tabela 04 que para todos os bucais o regime foi considerado turbulento, pois o número de Reynolds é bem maior que 2500. No entanto, para os 3 últimos bucais esse valor é bastante alto. Também, observa-se que os erros associados a esses valores de Reynolds são bastante grandes, o que pode ser explicado por erro nos instrumentos de medida de altura e diâmetro, como o paquímetro. A possível relação do número de Reynolds com o coeficientede descarga é que, conforme ocorreu o aumento considerável do diâmetro dos bocais (5,6,7), o fluído adquiriu a tendência de escoar mais para o meio do bucal e não em contato com a parede, como o número de Reynolds é proporcional a velocidade de escoamento do fluído, pode-se perceber que diâmetros maiores causaram escoamento em velocidades maiores, pois não a 18 influência do atrito da parede era menor, e em consequência, o número de Reynolds também é maior. Percebe-se também que, nos bucais de 1 a 4, onde o diâmetro era quase constante e o que mudava era a altura dos bocais, o número de Reynolds não apresenta uma discrepância tão significativa entre os mesmos bucais. Outro fator de comparação do coeficiente de descarga real com o teórico, é o gráfico de coeficiente de vazão (k) pelo número de Reynolds (FOX & McDONALD,1981), ilustrado pela Figura 09 a seguir. Para comparação utilizando essa Figura, deve-se calcular a razão do diâmetro de cada bocal, pelo diâmetro do tanque, como mostra a Tabela 05 abaixo. Tabela 05 - Razão do diâmetro de cada bocal pelo diâmetro do tanque Bocal Do/Dt 1 0,02346283 2 0,02447962 3 0,0213909 4 0,0241535 5 0,0318465 6 0,04232134 7 0,0769880 A Figura 09 abaixo, com entrada dos valores da Tabela 05 acima, permite comparar o Cd obtido experimentalmente, dispostos na Tabela 03 com valores de Cd teóricos. 19 Figura 09 - Coeficientes de vazão vs. Número de Reynolds Pode-se perceber que com os valores de razão dos diâmetros calculados para cada bocal, não é possível comparar através de tal gráfico, pois as razões de diâmetro apresentadas nele variam de 0,2 a 0,75 enquanto que as calculadas, variam de 0,02 a 0,07, isso ocorre, pois, esses valores de razão dispostos no gráfico acima são para vazões em escala industrial, como de tubulações. Portanto, não é possível determinar o coeficiente de descarga teórico a partir do experimental por esse gráfico. Por fim, fez-se possível calcular a partir do experimento os valores de coeficiente de descarga para cada escoamento em cada bocal, e também compará-los de acordo com as medidas de diâmetros e alturas dos mesmos, mesmo que os dados de coeficiente de descarga obtidos experimentalmente se desviaram do esperado. Além disso, a partir do cálculo do número de Reynolds, foi possível a comparação do Cd com este valor, no entanto, no que diz respeito à comparação do Cd encontrado experimentalmente, com o Cd teórico, não foi possível tal comparação devido não ser possível de se fazer a entrada de valores de razão dos diâmetros no gráfico. Observou-se que em todo o procedimento houve a ocorrência de erros que influenciaram no valor de Cd e no modo como ele se comporta de 20 acordo com as variáveis de comparação (Diâmetro e Altura), esses erros podem estar associados principalmente aos instrumentos de medida utilizados, no modo de visualização dos valores neles, e dentre eles, o principal, a sincronia na marcação do tempo de acordo com a altura. 4. CONCLUSÃO Por meio da análise dos resultados, observa-se que o objetivo proposto não pôde ser alcançado de forma satisfatória, uma vez que, o experimento de determinação do coeficiente de descarga não reproduziu em sua totalidade o encontrado na literatura. Ainda assim, foi possível calcular comparar o Cd experimental com o número de Reynolds, contudo, foi inviável comparar com o Cd teórico. A imprecisão com o manuseio de equipamentos, erros de paralaxe e perda de tempo de reação foram fatores que prejudicaram as análises finais. 21 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FOX E MACDONALD, Introdução à Mecânica dos Fluidos, 7ª edição, Editora LTC, Rio de Janeiro- RJ, 2010. Infoescola. Disponível em: <http://www.infoescola.com/mecanica/aceleracao-da-gravidade/>. Acessado em: 09/05/2015. LIVI, C.P. “Fundamentos de fenômenos de transporte”. LTC – Livros Técnicos e Científicos. Editora S.A. Rio de Janeiro, 2004. Propriedades físico-químicas: densidade e viscosidade. Disponível em: <http://www.iq.unb.br/images/downloads/apostilas/Apostila_- _Quimica_Geral_Experimental_-_1-2014-Parte2.pdf>. Acessado em: 10/05/2016. 22 APÊNDICE A Os valores em triplicada de diâmetro e em duplicata de altura coletados para cada bocal na prática laboratorial estão apresentados na Tabela A1 abaixo. Tabela A1 – Alturas e Diâmetros coletados experimentalmente. (m) Bocal 1 Bocal 2 Bocal 3 Bocal 4 Bocal 5 Bocal 6 Bocal 7 h1 0,04983 0,1716 0,27526 0,30952 0,30772 0,31016 0,31203 h2 0,0492 0,17106 0,27523 0,30948 0,30773 0,31024 0,31208 D1 0,00434 0,00428 0,00351 0,00426 0,0055 0,00739 0,0127 D2 0,00407 0,00423 0,00419 0,00415 0,00558 0,00735 0,0137 D3 0,00382 0,00425 0,00345 0,00418 0,00552 0,00732 0,01373 Os valores de tempo coletados durante a prática laboratorial para a cada 5 cm de água abaixado no tanque, assim como as médias da duplicata e o desvio padrão do tempo estão mostrados na Tabela A2 a A8 abaixo. Tabela A2 – Tempos coletados experimentalmente para o bocal 1. Bocal 1 Réplica 1 Réplica 2 Altura (cm) Tempo (s) Altura (cm) Tempo (s) Média Desvio Padrão 35 0 35 0 0 0 30 39,67 30 43,72 41,695 2,86378246 25 82,93 25 88,34 85,635 3,82544769 20 129,11 20 134,16 131,635 3,57088924 15 179,89 15 184,07 181,98 2,95570635 10 235,83 10 240,47 238,15 3,28097546 5 298,2 5 362,91 330,555 45,7568798 0 369,46 0 377,67 373,565 5,80534667 23 Tabela A3 – Tempos coletados experimentalmente para o bocal 2. Bocal 2 Réplica 1 Réplica 2 Altura (cm) Tempo (s) Altura (cm) Tempo (s) Média Desvio Padrão 35 0 35 0 0 0 30 19,49 30 44,07 31,78 17,38068 25 90,39 25 90,63 90,51 0,169706 20 139,02 20 140,01 139,515 0,700036 15 191,02 15 190,17 190,595 0,601041 10 246,11 10 245,95 246,03 0,113137 5 302,67 5 303,79 303,23 0,79196 0 370,55 0 367,57 369,06 2,107178 Tabela A4 – Tempos coletados experimentalmente para o bocal 3. Bocal 3 Réplica 1 Réplica 2 Altura (cm) Tempo (s) Altura (cm) Tempo (s) Média Desvio Padrão 35 0 35 0 0 0 30 44,33 30 46,79 45,56 1,739483 25 90,15 25 92,89 91,52 1,937473 20 137,43 20 139,6 138,515 1,534422 15 187,03 15 190,85 188,94 2,701148 10 239,97 10 242,76 241,365 1,972828 5 295,33 5 299,26 297,295 2,77893 0 352,43 0 358,01 355,22 3,945656 Tabela A5 – Tempos coletados experimentalmente para o bocal 4. Bocal 4 Réplica 1 Réplica 2 Altura (cm) Tempo (s) Altura (cm) Tempo (s) Média Desvio Padrão 35 0 35 0 0 0 30 43,14 30 45,54 44,34 1,69705627 25 90,61 25 92,01 91,31 0,98994949 20 140,02 20 140,86 140,44 0,5939697 15 190,49 15 192,1 191,295 1,13844192 10 245,2 10 245,45 245,325 0,1767767 5 302,67 5 302,86 302,765 0,13435029 0 361,77 0 364,6 363,185 2,00111219 24 Tabela A6 – Tempos coletados experimentalmente para o bocal 5. Bocal 5 Réplica 1 Réplica 2 Altura (cm) Tempo (s) Altura (cm) Tempo (s) Média Desvio Padrão 35 0 35 0 0 0 30 25,02 30 24,03 24,525 0,700036 25 44,57 25 45,55 45,06 0,692965 20 64,07 20 68,94 66,505 3,44361 15 85,38 15 94,12 89,75 6,180113 10 110,93 10 120,67 115,8 6,88722 5 134,43 5 147,34 140,885 9,128749 0 163,66 0 176,81 170,235 9,298454 Tabela A7 – Tempos coletados experimentalmente para o bocal 6. Bocal 6 Réplica 1 Réplica2 Altura (cm) Tempo (s) Altura (cm) Tempo (s) Média Desvio Padrão 35 0 35 0 0 0 30 14,12 30 14,49 14,305 0,26163 25 28,33 25 24,09 26,21 2,998133 20 43,06 20 35,02 39,04 5,685139 15 58,65 15 47,86 53,255 7,629682 10 75,12 10 60,87 67,995 10,07627 5 92,74 5 74,17 83,455 13,13097 0 111,03 0 88,31 99,67 16,06547 Tabela A8 – Tempos coletados experimentalmente para o bocal 7. Bocal 7 Réplica 1 Réplica 2 Altura (cm) Tempo (s) Altura (cm) Tempo (s) Média Desvio Padrão 35 0 35 0 0 0 30 3,88 30 4,19 4,035 0,2192031 25 7,97 25 8,04 8,005 0,04949747 20 12,22 20 12,36 12,29 0,09899495 15 16,34 15 16,83 16,585 0,34648232 10 21,28 10 21,54 21,41 0,18384776 5 25,75 5 26,32 26,035 0,40305087 0 31,19 0 31,69 31,44 0,35355339 25 Observação1: Para plotar os gráficos de √𝐻 𝑥 𝑡, para o cálculo do erro do tempo, foi realizada a soma dos desvios dos tempos mostrados nas tabelas acima, com o erro do cronômetro (0,001 s). E para o cálculo do erro da √𝐻, deve-se somar aos desvios das alturas calculados, o erro do paquímetro (0,00001 m), erro da régua (0,001 m) e erro do papel milimetrado (0,001 m). A Tabela A9 abaixo mostra os valores de √𝐻 e as respectivas médias e desvios das alturas para o bocal 1. Tabela A9 – Alturas, médias e desvios. Bocal 1 0,397 0,347 0,297 0,247 0,197 0,147 0,097 0,047 H1 0,4468 3 0,39683 0,3468 3 0,29683 0,24683 0,19683 0,14683 0,09683 H2 0,4462 0,3962 0,3462 0,2962 0,2462 0,1962 0,1462 0,0962 √𝑯𝟏 0,6684 53439 0,62994 4442 0,5889 22745 0,54482 1072 0,496819 887 0,44365 5272 0,38318 4029 0,3111751 92 √𝑯𝟐 0,6679 82036 0,62944 4199 0,5883 87627 0,54424 2593 0,496185 449 0,44294 4692 0,38236 1086 0,3101612 48 𝑴é𝒅𝒊𝒂 H 0,4465 15 0,39651 5 0,3465 15 0,29651 5 0,246515 0,19651 5 0,14651 5 0,096515 𝑴é𝒅𝒊𝒂 √𝑯 0,6682 17737 0,62969 4321 0,5886 55186 0,54453 1832 0,496502 668 0,44329 9982 0,38277 2557 0,3106682 2 𝝈 𝑯 0,0004 45477 0,00044 5477 0,0004 45477 0,00044 5477 0,000445 477 0,00044 5477 0,00044 5477 0,0004454 77 𝝈√𝑯 0,0003 33332 0,00035 3725 0,0003 78386 0,00040 9046 0,000448 615 0,00050 2456 0,00058 1909 0,0007169 66 Observação 2: Para os demais bocais, foram realizados os mesmos cálculos, raiz quadrada das alturas obtidas experimentalmente, média e desvios de tais alturas e raízes das alturas. Observação 3: O diâmetro do tanque foi medido duas vezes, então realizou-se a média e o desvio padrão das medidas. Então a incerteza associada ao diâmetro do tanque foi a soma dos desvios com o erro do paquímetro. Os valores de diâmetro do tanque e o erro, é0,17375 ± 0,00001. Velocidades calculadas para o cálculo dos números de Reynolds para cada bocal está apresentada na tabela A10 abaixo, juntamente com as 26 incertezas de tais valores. Obs: A demonstração do cálculo da velocidade está apresentado no Apêndice C.2. Tabela A.10 – Velocidades e suas incertezas. Bocal Velocidade ( 𝒎 𝒔 ) Erro 1 2,955305791 0,001474218203 2 3,334146693 0,001120039065 3 3,62617046 0,00005721393803 4 3,717410389 0,00007441206213 5 3,712737669 0,00001862642863 6 3,719251536 0,0001487504516 7 3,724126179 0,00009284734174 APÊNDICE B É importante conhecer o coeficiente de descarga (Cd) para determinação de vazões, uma vez que, ele relaciona as vazões teórica e real. Em posse da Equação de Bernoulli (Equação 01), e considerando a água com um fluido ideal e que não há perda de carga, é possível aplicar a para calcular a velocidade teórica do fluido que passa por um orifício de área conhecida. 𝑣₁² 2𝑔 + 𝑃₁ 𝜌𝑔 + ℎ = 𝑣𝑡 2𝑔 + 𝑃₂ 𝜌𝑔 (01) Onde: 𝑣₁ = velocidade no ponto 1; 𝑃1,2= pressão no ponto 1 e 2; 𝑣𝑡 = velocidade teórica do jato no orifício; 𝜌 = densidade do fluido (kg/m3); 𝑔 = aceleração da gravidade local. 27 Levando em conta as simplificações permitidas, como 𝑣₁ sendo zero, pois a velocidade do escoamento pode ser desprezada e 𝑃₁ igual a 𝑃₂, que é a pressão atmosférica, é possível reduzir o cálculo da velocidade teórica da água no orifício de cada bocal (Equação 02): 𝑣𝑡 = √2𝑔𝐻 (02) A correção da velocidade teórica, considerando a viscosidade do líquido, se dá pelo fator de correção chamado de coeficiente de velocidade (Cv). Sendo este fator é a razão entre velocidade real (V) e teórica (Equação 03). 𝐶𝑣 = 𝑣 𝑣𝑡 (03) Assim, obtém-se a velocidade real do escoamento no orifício multiplica- se Cv pela velocidade teórica (Equação 04), obtida pela Equação de Bernoulli (Equação 02). 𝑣 = 𝐶v√2𝑔𝐻 (04) Quando um fluido passa por um orifício, existe uma perturbação do seu escoamento, a qual é caracterizada por trajetórias curvilíneas das partículas constituintes. Essa mudança da trajetória provoca uma perturbação logo após o orifício, gerando uma contração da área de escoamento, que pode ser corrigida pelo Coeficiente de Contração (Cc) (Equação 05). 𝐶𝑐 = 𝐴 𝐴0 (05) Onde: 𝐴 = área contraída; 𝐴0 = área do orifício; 28 Em posse das correções citadas anteriormente, obtêm-se uma aproximação da vazão real (descarga), da velocidade do fluido e da área por onde o mesmo passa (Equação 06). 𝑄 = 𝐴𝑣 = 𝐶𝑐 𝐴0𝐶𝑣√2𝑔𝐻 (06) Sabendo que o Coeficiente de descarga (Cd) é o produto entre Cce Cv, tem-se a Equação 07. 𝑄 = 𝐶𝑑𝐴0√2𝑔𝐻 (07) Então, ao realizar um balanço de massa (Equação 08) obtém-se uma relação que permita o calcular coeficiente de descarga do procedimento feito com os diferentes bocais. E – S + G – C = 𝐴𝑐 (08) Onde: E = entrada; S = saída; G = geração; C = consumo; 𝐴𝑐= acúmulo. Considerando que o sistema é em batelada e que não há geração e consumo, uma vez que não há reações, obtêm-se a Equação 09. – S = 𝐴𝑐 (09) Conceituando a saída como a vazão real obtida na Equação (07) e que o acúmulo de volume varia com o tempo (Equação 10). 𝑑𝑣 𝑑𝑡 = − 𝑄 = − 𝐶𝑑𝐴0√2𝑔𝐻 (10) 29 E, considerando que o diferencial de volume pode ser obtido através da seguinte relação dada pela Equação 11. 𝑑𝑣 = 𝐴𝑡. 𝑑𝐻 (11) Então, substituindo a Equação 11 na Equação 10, tem-se a Equação 12: 𝐴𝑡. 𝑑𝐻 𝑑𝑡 = − 𝐶𝑑𝐴0√2𝑔𝐻 (12) Após a separação de variáveis: 1 √𝐻 𝑑𝐻 = − 𝐶𝑑𝐴0√2𝑔 𝐴𝑡 𝑑𝑡 Integrando ambos os lados da equação e inserindo a constante de integração (K): ∫ 1 √𝐻 𝑑𝐻 = − (𝐶𝑑. 𝐴0√2𝑔) 𝐴𝑡 ∫𝑑𝑡 + 𝐾 2√𝐻 = − (𝐶𝑑. 𝐴0√2𝑔) 𝐴𝑡 (𝑡) + 𝐾 Sendo t = 0 e H = H0 (altura inicial): 2√𝐻0 = −𝐾 Logo, 30 𝑘 = 2√𝐻0 Deste modo, 2√𝐻 = − (𝐶𝑑. 𝐴0√2𝑔) 𝐴𝑡 𝑡 + 2√𝐻0 E então (Equação 13): √𝐻 = − (𝐶𝑑. 𝐴0√2𝑔) 2𝐴𝑡 𝑡 + √𝐻0 (13) Após a plotagem dos gráficos e conhecendo os coeficientes angulares (b) das Equações das Retas com a Equação 13, Cd pode ser obtido pela Equação 14. 𝐶𝑑 = 2. 𝑏. 𝐴𝑡 𝐴0√2𝑔 = 2. 𝑏. 𝐷𝑡 2 𝐷0 2√2𝑔 (14) Onde: Dt= diâmetro do tanque(m) D0= diâmetro do bocal (m) b= coeficiente angular g= 9,78 (m/s²) A fim de se como os pela literatura, é necessário obter a razão dos diâmetros (D0/Dt) e os números de Reynolds (Equação 15). 𝑅𝑒 = 𝜌 𝑣 𝐷 𝜇 = 𝜌 √2𝑔𝐻0𝐷0 𝜇 (15) Onde: 𝜌 = densidade do fluido (kg/m³) 31 𝜇 = viscosidade cinemática (kg/m.s) 𝑣 = velocidade média de escoamento (m/s) 𝐷 = diâmetro da tubulação (m) APÊNDICE C C.1) Cálculo do coeficiente de descarga e sua respectiva incerteza: Utilizando a Equação 14 e os dados da Tabela 01 e 02 foi possível calcular o coeficiente de descarga de cada bocal, sendo a gravidade local em Toledo g=9,78 m/s² e diâmetro do tanque Dt= 0,17375. Para o cálculo da incerteza, utilizou-se a Equação (16). Um exemplo de cálculo para o coeficiente de descarga do bocal 1 e sua respectiva incerteza está ilustrada abaixo, da mesma forma, para os demais bocais os mesmos cálculos foram realizados e estão presentes na Tabela 03. 𝐶𝑑 = 2. (0,00092) √2.9,78 [ 𝑚1/2 ∙ 𝑠−1 𝑚1/2 ∙ 𝑠−1 ] . ( 0,17375 0,004077 ) 2 [ 𝑚 𝑚 ] 2 𝐶𝑑 = 0,7560 𝜎𝐶𝑑 = √( 𝜕𝐶𝑑 𝜕𝑏 ) 2 . 𝜎𝑏2 + ( 𝜕𝐶𝑑 𝜕𝐷𝑡 ) 2 . 𝜎𝐷𝑡 2 + ( 𝜕𝐶𝑑 𝜕𝐷0 ) 2 . 𝜎𝐷0 2 𝜎𝐶𝑑 = √( 2 ∙ 𝐷𝑡 2 ∙ 𝜎𝑏 √2 ∙ 𝑔 ∙ 𝐷0 2 ) 2 + ( 4 ∙ 𝑏 ∙ 𝐷𝑡 ∙ 𝜎𝐷𝑡 √2 ∙ 𝑔 ∙ 𝐷0 2 ) 2 + ( −2 ∙ 𝑏 ∙ 𝐷𝑡 2 ∙ 𝜎𝐷0 √2 ∙ 𝑔 ∙ 𝐷0 3 ) 2 (16) = √ ( 2 ∙ 0,173752 ∙ 2,96 ∙ 1,27816 ∙ 10−4 √2 ∙ 9,78 ∙ (4,1 ∙ 10−4)2 ) 2 + ( 4 ∙ 9,2 ∙ 10−4 ∙ 0,17375 ∙ 2,6 ∙ 10−4 √2 ∙ 9,78 ∙ (4,1 ∙ 10−4)2 ) 2 + +( −2 ∙ 9,2 ∙ 10−4 ∙ 0,173752 ∙ 1 ∙ 10−5 √2 ∙ 9,78 ∙ (4,1 ∙ 10−4)3 ) 2 𝜎𝐶𝑑 = 0,1050 32 C.2 Cálculo da velocidade e sua incerteza Para o cálculo da velocidade do fluído no bocal, foi utilizada a Equação 04 do Apêndice B, e calculada a partir da altura de cada bocal, considerando a aceleração da gravidade como sendo 9,78 𝑚 𝑠2 (Infoescola, online). O cálculo da velocidade para o bocal 1 assim como o erro associado a essa medida é demonstrada a seguir. Para os demais bocais, foram realizados os mesmos cálculos. 𝑣 = √2 𝑥 𝑔 𝑥 ℎ Logo, para o Bocal 1, onde H1= 0,44683 m, H2=0,4462 m 𝑣1 = √2 𝑥 9,78 𝑥 0,44683 𝑣1 = 2,956348221 𝑚 𝑠 𝑣2 = √2 𝑥 9,78 𝑥 0,4462 𝑣2 = 2,954263361 𝑚 𝑠 Logo, a velocidade do fluído no bocal 1 é a média de v1 e v2, que é v = 2,955305791 𝑚 𝑠 . Então, para o cálculo do erro associado à velocidade, usa-se a Equação a seguir: 𝜎𝑣 = √( 𝜕𝑣 𝜕𝐻 )2. 𝜎𝐻2 = √( 𝑔 √2.𝑔.𝐻 )2. 𝜎𝐻2 = √ 𝑔 2.𝐻 . 𝜎𝐻 (17)
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