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fichamento Kleber barreto cap 18

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ÉTICA E TÉCNICA NO ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO
Andanças com Dom Quixote e Sancho Pança
Kleber Duarte Barretto
Fichamento capítulo XVIII
Da fundamentação do AT como um campo de experienciar e cuja técnica privilegiada de intervenção e manejo.
 Talvez, para uns as funções ambientais tenham ficado meio dispersas ao longo do trabalho, existe uma necessidade de que exerçam junto ao sujeito determinadas funções ambientais que possam colocar em marcha seu desenvolvimento psíquico. Acreditamos que as crises, sintomas e / ou paralisações no desenvolvimento apontem para dimensões da existência humana ainda pouco ou nada simbolizadas que outras e até mesmo áreas do self em que, na nossa história de vida, não foram passiveis de simbolização. Diria que o at busca suprir uma ou mais falhas ambientais. Não estou com esta afirmação querendo culpar os pais pelas dificuldades dos sujeitos, estou procurando chamar a atenção para o fato de que todos possuímos áreas onde faltou uma experiência com outro ser humano que pudesse simbolizar uma determinada questão existencial. Tampouco estou afirmando que todas as falhas possam ser remediadas, pois em certas dimensões as sequelas podem ser irreparáveis.
O manejo se refere a uma intervenção no setting, no cotidiano do sujeito, levando em conta suas necessidades, sua história e a cultura na qual esta inserida, a fim de promover seu desenvolvimento psíquico.
Winnicott, afirma que para aqueles sujeitos que ainda não se estabeleceram enquanto unidade que ainda não alcançaram uma integração de self, o manejo é o mais indicado. A questão do ódio e do amor desempenha um papel preponderante na relação transferencial e de sobrevivência ao meio ambiente, no processo analítico, compreendido dentro dessa maneira levou Safra (1995 b), a afirmar que, dentro de uma perspectiva winnicottiana, teríamos de repensar aquilo que compreendemos como uma análise satisfatória. Esta não estaria somente focalizada nas boas interpretações, mas sim na possibilidade de se fazer manejos. Estas questões apontam para a necessidade de se adaptar o setting de acordo com as características e a história de cada sujeito.
Ao chegar à casa Rosa ficou em duvida em qual local deveria colocar a violeta, mas a ideia de que como sendo presente para, deveria coloca-la em seu quarto prevaleceu, Rosa nunca havia recebido flores de alguém. Ou mesmo quando vi um pai com o filho provavelmente revendo alguma situação, mas pareciam ao mus olhos um acompanhado e seu acompanhante, o que me revelou a importância da função.
Entretanto diante do fato de que a casa havia se transformado em um hospital psiquiátrico para adaptar-se as necessidades e de que sua mãe podia oferecer-lhes os cuidados adequados. Winnicott resolveu propor a mãe que a menina fosse tratada em casa e contando com os recursos terapêuticos da família. Gilberto Safra se põe a desvendar, em alguns de seus cursos, os sentidos das intervenções do autor, em todos os casos representados no livro Khan revela estratégias arrojadas de manejo e grande sensibilidade clinica e humana. Qual seja: a de que o ser humano constitui-se de sonho que se desdobra em ideias, em projetos, em arte, em trabalho, em terias, em religiões, em mitos e tudo o mais que aqui não se inclui.
É a partir disso que nos despedimos e nos lançamos no exercício pastoril na voz de Milton Nascimento: “Tudo que move é sagrado, e remove as montanhas com todo cuidado, meu amor. Enquanto a chama arder. Todo dia te ver passar Tudo viver ao teu lado...”.

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