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fichamento Kleber Barreto cap 11

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ÉTICA E TÉCNICA NO ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO
Andanças com Dom Quixote e Sancho Pança
Kleber Duarte Barretto
Fichamento capítulo XI
Da não menos valioso função de interlocução dos desejos e angústias
 A interlocução dos desejos e angustia do acompanhado não se da pela interpretação, mas sim por uma conversa , igual aquela entre colegas, amigos e assim por diante.
A interlocução sempre é possível de ser realizada; ela dependerá do momento e dos tipos de questões trazidas por um determinado sujeito. À medida que o vinculo se fortalece e se estreita, esse tipo de intervenção não só é mais possível, como também é almejada pelo próprio acompanhado. 
Para Susana Mauer e Silvia Resnizky (1985), o acompanhamento se inclui entra as atividades terapêuticas do paciente . Com isso se produz uma ampliação da ação do terapeuta, o que equivale a dizer que essa não se restringe ao “aqui e agora” da sessão. Algumas vezes o acompanhante terapêutico, terá que ajudar o paciente a metabolizar interpretações efetuadas pelo terapeuta e, inclusive, deverá refaze-las. Sua presença cria um espaço a mais para a elaboração dos conteúdos da psicoterapia.
Para Kleber, a função do AT, não é representar o terapeuta fora da sessão, mas sim exercer junto ao paciente uma função que, por sua vez, é exercida pelo terapeuta. A concepção de que o acompanhante deveria representar o terapeuta cria uma divisão artificial dos campos de intervenção. Ao agirmos dessa forma – restringindo-nos a representar o terapeuta/analista – poderíamos facilmente ser artificiais na relação com nossos participantes, o que seria terrível para eles – e para nós também. 
Na perspectiva winnicottiana, é necessário que estejamos com nosso pacientes como pessoas reais; e penso que isso implica até na necessidade de se ter uma postura critica frente aos outros espaços terapêuticos. Isso significa que, se o terapeuta faz uma interpretação ou está conduzindo o caso de uma maneira com a qual não se está de acordo, há que se poder discutir essas questões, e não só “assinar embaixo” daquilo que é feito nos outros espaços de tratamento. 
É interessante assinalar que a função de interlocução recoloca a relação acompanhado- at dentro da cultura, na história e nas tradições acumuladas pelo homem. A existência humana é permeada de enigmas que são simbolizados e articulados no campo cultural e transmitidos de geração em geração, de boca a boca. Quando o acompanhante exerce essa função, coloca a serviço do sujeito o que conseguiu formular sobre a experiência de viver com auxilio do conhecimento acumulado pelo homem.

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