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APOSTILA DE HIDRÁULICA E PNEUMÁTICA SENAI

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Prévia do material em texto

Curso Técnico em Mecânica
Comandos Hidráulicos e Pneumáticos
Armando de Queiroz Monteiro Neto
Presidente da Confederação Nacional da Indústria
José Manuel de Aguiar Martins
Diretor do Departamento Nacional do SENAI
Regina Maria de Fátima Torres
Diretora de Operações do Departamento Nacional do SENAI
Alcantaro Corrêa
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
Sérgio Roberto Arruda
Diretor Regional do SENAI/SC
Antônio José Carradore
Diretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SC
Marco Antônio Dociatti
Diretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SC
Confederação Nacional das Indústrias
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Curso Técnico em Mecânica
Comandos Hidráulicos e Pneumáticos
Guilherme de Oliveira Camargo
 
Florianópolis/SC
2010
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio 
consentimento do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da língua portuguesa.
Equipe técnica que participou da elaboração desta obra
Coordenação de Educação a Distância
Beth Schirmer
Revisão Ortográfica e Normatização
FabriCO
Coordenação Projetos EaD
Maristela de Lourdes Alves
Design Educacional, Ilustração, 
Projeto Gráfico Editorial, Diagramação 
Equipe de Recursos Didáticos 
SENAI/SC em Florianópolis
Autor
Guilherme de Oliveira Camargo
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianópolis
 
SENAI/SC — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 – Itacorubi – Florianópolis/SC
CEP: 88034-001
Fone: (48) 0800 48 12 12
www.sc.senai.br 
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianópolis 
 
 
C172c 
Camargo, Guilherme de Oliveira 
Comandos hidráulicos e pneumáticos / Guilherme de Oliveira Camargo. – 
Florianópolis : SENAI/SC, 2010. 
113 p. : il. color ; 28 cm. 
 
Inclui bibliografias. 
 
1. Hidráulica. 2. Bombas hidráulicas. 3. Pneumática. 4. Pneumática - 
Automação. I. SENAI. Departamento Regional de Santa Catarina. II. Título. 
 
CDU 621.22+621.5 
 
 
Prefácio
Você faz parte da maior instituição de educação profissional do estado. 
Uma rede de Educação e Tecnologia, formada por 35 unidades conecta-
das e estrategicamente instaladas em todas as regiões de Santa Catarina.
No SENAI, o conhecimento a mais é realidade. A proximidade com as 
necessidades da indústria, a infraestrutura de primeira linha e as aulas 
teóricas, e realmente práticas, são a essência de um modelo de Educação 
por Competências que possibilita ao aluno adquirir conhecimentos, de-
senvolver habilidade e garantir seu espaço no mercado de trabalho. 
Com acesso livre a uma eficiente estrutura laboratorial, com o que existe 
de mais moderno no mundo da tecnologia, você está construindo o seu 
futuro profissional em uma instituição que, desde 1954, se preocupa em 
oferecer um modelo de educação atual e de qualidade. 
Estruturado com o objetivo de atualizar constantemente os métodos de 
ensino-aprendizagem da instituição, o Programa Educação em Movi-
mento promove a discussão, a revisão e o aprimoramento dos processos 
de educação do SENAI. Buscando manter o alinhamento com as neces-
sidades do mercado, ampliar as possibilidades do processo educacional, 
oferecer recursos didáticos de excelência e consolidar o modelo de Edu-
cação por Competências, em todos os seus cursos.
É nesse contexto que este livro foi produzido e chega às suas mãos. 
Todos os materiais didáticos do SENAI Santa Catarina são produções 
colaborativas dos professores mais qualificados e experientes, e contam 
com ambiente virtual, mini-aulas e apresentações, muitas com anima-
ções, tornando a aula mais interativa e atraente. 
Mais de 1,6 milhões de alunos já escolheram o SENAI. Você faz parte 
deste universo. Seja bem-vindo e aproveite por completo a Indústria 
do Conhecimento.
Sumário
Conteúdo Formativo 9
Apresentação 11
12 Unidade de estudo 1 
Introdução
Seção 1 - Histórico da 
pneumática
Seção 2 - Histórico da 
hidráulica
16 Unidade de estudo 2
Grandezas Físicas da 
Hidráulica e da Pneu-
mática
Seção 1 - Princípio de Pascal
Seção 2 - Princípio da multi-
plicação de energia
Seção 3 - Pressão 
Seção 4 - Vazão 
24 Unidade de estudo 3
Características dos 
Sistemas Hidráulicos 
e Pneumáticos
Seção 1 - Características dos 
sistemas pneumáticos
Seção 2 - Características dos 
sistemas hidráulicos 
Seção 3 - Comparação entre 
os sistemas pneumáticos e 
hidráulicos
Seção 4 - Características dos 
fluidos para sistemas pneu-
máticos e hidráulicos
13
14
28 Unidade de estudo 4
Composição de um 
Sistema Pneumático
Seção 1 - Compressores
Seção 2 - Reservatório de ar 
comprimido
Seção 3 - Preparação do ar 
comprimido
Seção 4 - Redes de distribui-
ção do ar comprimido
Seção 5 - Unidade de conser-
vação de ar
Seção 6 - Válvulas direcionais 
pneumáticas
Seção 7 - Válvulas pneumá-
ticas
Seção 8 - Atuadores para 
sistemas pneumáticos
Seção 9 - Designação de 
elementos
Seção 10 - Elaboração de 
esquemas de comando
Seção 11 - Tecnologia do 
vácuo
64 Unidade de estudo 5
Composição de um 
Sistema Hidráulico 
Seção 1 - Fluidos hidráulicos 
Seção 2 - Reservatório
Seção 3 - Bombas hidráulicas
Seção 4 - Filtros para siste-
mas hidráulicos
Seção 5 - Válvulas direcionais
Seção 6 - Atuadores
Seção 7 - Válvulas de blo-
queio
Seção 8 - Válvulas regulado-
ras de vazão
Seção 9 - Válvulas regulado-
ras de pressão
Seção 10 - Elemento lógico
Seção 11 - Trocador de calor
Seção 12 - Acumuladores
Seção 13 - Intensificador de 
pressão
Seção 14 - Instrumentos de 
medição e controle
Finalizando 99
 
Referências 101
 
Anexo 103
17 
17
17
21
25
25
25
26
29
36
 
37
 
39
 
42
 
43
 
46
 
53
 
54
 
56
 
59
65
70
71
75
 
78
83
84
 
87
 
89
91
93
94
95
96
8 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Conteúdo Formativo
9COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Carga horária de dedicação
Carga horária: 90 horas
Competências
Interpretar e montar circuitos hidráulicos e pneumáticos em instalações mecânicas.
Conhecimentos 
 ▪ Simbologia;
 ▪ Unidades de medida; 
 ▪ Grandezas mecânicas;
 ▪ Definição e características de componentes hidráulicos e pneumáticos;
 ▪ Componentes e acessórios de circuitoshidráulicos e pneumáticos, eletro hidráulicos e eletro 
pneumáticos.
Habilidades
 ▪ Aplicar normas técnicas e regulamentadoras;
 ▪ Ler, interpretar e aplicar manuais, catálogos e tabelas técnicas;
 ▪ Aplicar simbologias de comandos hidráulicos e pneumáticos;
 ▪ Aplicar conceitos de circuitos hidráulicos e pneumáticos;
 ▪ Ler e interpretar circuitos hidráulicos e pneumáticos;
 ▪ Dimensionar, especificar e instalar circuitos hidráulicos e pneumáticos;
 ▪ Aplicar normas técnicas de saúde, segurança e meio ambiente.
Atitudes
 ▪ Assiduidade;
 ▪ Pró-atividade;
 ▪ Relacionamento interpessoal; 
 ▪ Trabalho em equipe;
 ▪ Cumprimento de prazos;
 ▪ Zelo com os equipamentos;
 ▪ Adoção de normas técnicas de saúde e segurança do trabalho;
 ▪ Responsabilidade ambiental;
 ▪ Trabalho em equipe; 
 ▪ Cumprimento de prazos e horários.
Apresentação
COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
A finalidade deste material é proporcionar, aos interessados, uma 
visão do mundo da hidráulica e da pneumática. As experiências têm 
revelado que, atualmente, os sistemas hidráulicos e pneumáticos são 
indispensáveis como métodos modernos de transmissão de energia.
Hoje, entende-se por sistemas hidráulicos e pneumáticosa transmis-
são, controle de forças e movimentos por meio de fluidos. Sabemos 
que fluido é toda a substância que flui e toma a forma do recipiente 
no qual está confinado.
Com a automatização, os acionamentos e comandos hidráulicos e 
pneumáticos ganharam importância através do tempo. Grande parte 
das modernas e mais produtivas máquinas e instalações são, hoje, 
parcial ou totalmente comandadas por estes sistemas. 
Apesar da multiplicidade dos campos de aplicação dos sistemas hi-
dráulicos e pneumáticos, o conhecimento dessa matéria ainda não 
está totalmente difundido. Como resultado disso, a aplicação dos 
sistemas hidráulicos e pneumáticos tem sido restrita.
 O conteúdo aqui apresentado inclui a descrição de sistemas hidráu-
licos e pneumáticos para a transferência de forças ou movimentos, 
seus princípios de funcionamento, detalhes construtivos dos com-
ponentes e a montagem de circuitos hidráulicos e pneumáticos. 
O que está esperando para conferir todas as descobertas que lhe 
reservamos?
Vamos juntos!
Guilherme de Oliveira 
Camargo
Guilherme de Oliveira Camargo é 
especialista em automação indus-
trial, pelo SENAI/SC, em Florianó-
polis, com formação superior em 
automação industrial, pelo SENAI/
SC, em Florianópolis e formação 
técnica em mecânica de manuten-
ção, pela escola técnica federal de 
Santa Catarina. É colaborador do 
SENAI/SC há 20 anos, tendo atuado 
como instrutor de ensino industrial 
na unidade móvel de acionamen-
tos eletro-hidropneumáticos e no 
SENAI/SC nos cursos de tecnologia 
e especialização em automação 
industrial. Participou, diretamen-
te, na elaboração e organização 
de material didático dos cursos de 
automação do SENAI/SC. Ministrou 
cursos para empresas do Estado e 
para os profissionais do SENAI.
11
Unidade de 
estudo 1
Seções de estudo 
Seção 1 – Histórico da pneumática
Seção 2 – Histórico da hidráulica
13COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
ferroviária: Freios a ar com-
primido
Seção 1
Histórico da 
pneumática
O ar comprimido é, provavelmen-
te, uma das mais antigas formas 
de transmissão de energia que o 
homem conhece, empregada e 
aproveitada para ampliar sua ca-
pacidade física. O reconhecimen-
to da existência física do ar, bem 
como a sua utilização, mais ou 
menos consciente para o trabalho, 
são comprovados há milhares de 
anos.
O primeiro homem que, com 
certeza, sabemos terse interessa-
do pela pneumática, isto é, pelo 
emprego do ar comprimido como 
meio auxiliar de trabalho, foi o 
grego Ktésibios. Há mais de 2000 
anos, ele construiu uma catapulta 
a ar comprimido. Um dos primei-
ros livros sobre o emprego do ar 
comprimido como transmissão 
de energia, data do 1º século d.C 
e descreve equipamentos que fo-
ram acionados com ar aquecido.
Embora, a base da pneumática 
seja um dos mais velhos conheci-
mentos da humanidade, foi preci-
so aguardar o século XIX para que 
o estudo de seu comportamento e 
de suas características se tornasse 
sistemático. Porém, pode-se dizer 
que somente após o ano 1950 é 
que ela foi, realmente, introduzida 
na produção industrial.
Introdução
Antes, porém, já existiam alguns 
campos de aplicação e aproveita-
mento da pneumática, como, por 
exemplo, a indústria mineira, a 
construção civil e a indústria fer-
roviária.
A introdução, de forma mais 
generalizada, da pneumática na 
indústria, começou com a neces-
sidade, cada vez maior, de auto-
matização e racionalização dos 
processos de trabalho.
Apesar de sua rejeição inicial, 
quase sempre proveniente da falta 
de conhecimento e instrução, ela 
foi aceita e o número de campos 
de aplicação tornou-se cada vez 
maior. Hoje, o ar comprimido 
tornou-se indispensável e, nos 
mais diferentes ramos industriais, 
instalam-se aparelhos pneumáti-
cos, principalmente, na automa-
ção.
Automação: a automação retira 
do homem as funções de coman-
do e regulação, conservando, ape-
nas, as funções de controle. Um 
processo é considerado automa-
tizado quando este é executado 
sem a intervenção do homem, 
sempre do mesmo modo e com o 
mesmo resultado.
Dos antigos gregos pro-
vém a expressão pneuma 
que significa fôlego, vento 
e, filosoficamente, a alma. 
Derivando da palavra pneu-
ma, surgiu, entre outros, o 
conceito de “pneumática”: 
a matéria dos movimentos 
dos gases e fenômenos dos 
gases.
14 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Seção 2 
Histórico da hidráulica
Existem apenas três métodos de transmissão de energia na esfera co-
mercial: elétrica, mecânica e fluídica (hidráulica e pneumática).
Naturalmente, a mecânica é a mais antiga de todas, por conseguinte é a 
mais conhecida. Hoje, utilizada de muitos outros artifícios mais apura-
dos como: engrenagens, cames, polias, entre outros. 
A energia elétrica, que usa geradores, motores elétricos, condutores e 
uma gama muito grande de outros componentes é um método desen-
volvido nos tempos modernos e é o único meio de transmissão de ener-
gia que pode ser transportado a grandes distâncias. 
Hoje, entende-se por hidráulica a transmissão, controle de forças e mo-
vimentos por meio de fluidos líquidos (óleos minerais e sintéticos) ou a 
ciência que estuda os fluidos em escoamento e sob pressão e divide-se 
em duas:
 ▪ hidrostática: estuda os fluidos sob pressão.
 ▪ hidrodinâmica: estuda os fluidos em escoamento.
A hidráulica tem origem, por incrível que pareça, há milhares de anos. 
O marco inicial, que se tem conhecimento, é a utilização da roda d’água, 
que emprega a energia potencial da água armazenada a certa altura, para 
a geração de energia mecânica. O uso do fluido sob pressão, como meio 
de transmissão de potência, já é mais recente, sendo que o seu desen-
volvimento ocorreu, mais precisamente, após a primeira grande guerra 
mundial.
O termo hidráulica deriva 
da raiz grega hidro que sig-
nifica água.
15COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Os fatos mais marcantes da história da energia fluídica poderiam ser 
relacionados como: 
 ▪ em 1795, um mecânico inglês, Joseph Bramah, construiu a primeira 
prensa hidráulica, usando como meio de transmissão a água;
 ▪ em 1850, Armstrong desenvolveu o primeiro guindaste hidráulico e, 
para fazê-lo, também desenvolveu o primeiro acumulador hidráulico; 
 ▪ em 1900, a construção da primeira bomba de pistões axiais nos Es-
tados Unidos. Ocorreu, aqui, a substituição da água por óleo mineral, 
com muitas vantagens.
Atualmente, com o desenvolvimento de novos metais e fluidos obtidos, 
sinteticamente, a versatilidade e a dependência do uso da transmissão de 
força hidráulica ou pneumática tornam-se evidentes, desde o seu uso, 
para um simples sistema de frenagem em veículos, até a sua utilização, 
para complexos sistemas de eclusas, aeronaves e mísseis.
Nesta primeira unidade de estudos, você teve algumas noções introdutó-
rias sobre comandos hidráulicos e pneumáticos, conhecendo a sua histó-
ria. Agora, você estudará as grandezas físicas da hidráulica e pneumática 
a partir da teoria de Pascal, do princípio da multiplicação da energia, do 
conceito de pressão e vazão. Como pode perceber, há muito pela fren-
te... prossiga!
Unidade de 
estudo 2
Seções de estudo 
Seção 1 – Princípio de Pascal
Seção 2 – Princípio da multiplicação 
de energia 
Seção 3 – Pressão 
Seção 4 – Vazão
17COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Grandezas Físicas da 
Hidráulica e da Pneumática
Seção 1
Princípio de Pascal
Veremos, a seguir, as principais 
grandezas físicas, seus conceitos 
e unidades de medida para que 
possamos compreender melhor 
o funcionamento dos sistemas hi-
dráulicos e pneumáticos.
Blaise Pascal, em 1648, enunciou 
a lei que rege os princípios hidráu-
licos e pneumáticos: a pressão 
exercida em um ponto qualquer 
de um fluido estático é a mesma 
em todas as direções e exerce for-
ças iguais, em áreasiguais, sempre 
perpendiculares à superfície do 
recipiente.
Figura 1 – Princípio de Pascal 
Fonte: Uggioni (2002, p. 11). 
Seção 2
Princípio da multiplicação de energia 
Se aplicarmos uma força de 10kgf em uma área de 1cm2, teremos uma 
pressão de 10 Kgf/cm2 que, atuando em uma área de 100 cm2, suportará 
uma carga de 1000Kgf.
Figura 2 – Multiplicação de Energia
Fonte: Racine (1987, p. 14).
Seção 3
Pressão
É o resultado de uma força agindo em uma determinada área.
18 CURSOS TÉCNICOS SENAI
P= F/A
 P = pressão F = força A = Área
Quadro 1 – Fórmulas para Cálculo da Pressão, Força e Área
Fonte: Uggioni (2002, p. 12). 
Em um sistema hidráulico ou pneumático, a função da bomba hidráu-
lica ou do compressor é fornecer vazão ao sistema. A pressão resultará 
de qualquer oposição à passagem do fluido. Por exemplo, se a válvula 
abaixo estiver totalmente aberta, não temos pressão, mas, à medida que 
a fechamos, começamos a verificar um aumento gradativo da pressão. 
Figura 3 – Restrição na Tubulação
Fonte: SAGGIN (2004, p. 26).
Existem três tipos de pressão. São eles:
 ▪ Pressão atmosférica: as camadas de ar exercem uma força (peso) 
sobre a superfície da Terra. A pressão resultante dessa força é denomi-
nada pressão atmosférica, que varia com a altitude, pois, em grandes 
alturas, a massa de ar é menor do que ao nível do mar.
Variação da pressão atmosférica com relação com a altitude. Acompa-
nhe a tabela. 
Massa de ar: 1 Atm =1,033 
Kg/cm2.
19COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Altitude em M
Pressão
em kg/cm²
Altitude
em M
Pressão
em kg/cm²
0 1.033 1.000 0.915
100 1.021 2.000 0.810
200 1.008 3.000 0.715
300 0.996 4.000 0.629
400 0.985 5.000 0.552
500 0.973 6.000 0.481
600 0.960 7.000 0.419
700 0.948 8.000 0.363
800 0.936 9.000 0.313
900 0.925 10.000 0.270
Acompanhe, agora, a representação gráfica da variação da pressão at-
mosférica com relação à altitude.
Figura 4 – Variação da Pressão Atmosférica
Fonte: SAGGIN (2004, p. 14).
 ▪ Pressão relativa (manométrica): é a pressão registrada no manô-
metro.
 ▪ Pressão absoluta: a pressão absoluta é a soma da pressão mano-
métrica com a pressão atmosférica. Quando representamos a pressão 
absoluta, acrescentamos o símbolo “a” após a unidade. Exemplo: PSIa.
20 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Unidades de pressão:
 ▪ Atm: Atmosferas
 ▪ Kgf/cm2 : Quilogramas por centímetro quadrado
 ▪ Bar: Báreas
 ▪ PSI: Pounds per Square Inches - Libra por polegada quadrada (lb/pol2)
Conversão das unidades de pressão
Para converter as unidades de pressão, pegue o valor da unidade conhe-
cida na coluna e multiplique pelo valor da unidade solicitada na linha. 
Observe a tabela:
UNIDADES ATM kgf/cm² bar PSI Pa
ATM 1 1,033 1,013 14,69 101325
Kgf/cm² 0,968 1 0,981 14,23 98100
bar 0,987 1,02 1 14,5 100000
PSI 0,068 0,07 0,069 1 6896
Pa 0,0000098 0,0000102 0,00001 0,000145 1
Tabela 1 – Conversão das Unidades de Pressão
Fonte: SAGGIN (2004, p. 27).
Classificação dos sistemas quanto à pressão
De acordo com a NFPA (National Fluid Power Association). classificamos 
os sistemas, quanto à pressão, da seguinte forma (RACINE, 1987):
bar Pressão
0 a 14 bar Baixa pressão
14 a 35 bar Média pressão
35 a 84 bar Média alta pressão
84 a 210 bar Alta pressão
Acima de 210 bar Extra alta pressão
Tabela 2 – Classificação dos Sistemas quanto à Pressão
Fonte: Racine (1987, p. 10).
21COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Seção 4
Vazão 
Vazão: é o volume deslocado em função do tempo.
Q = V/t 
Q = Vazão V = Volume deslocado t = tempo 
Observe a tabela de conversão das unidades de vazão para a hidráulica:
Unidades Símbolo Conversão
Galões por minuto GPM 1 GPM = 3, 785 l/min = 0, 2271 m3/h
Decímetro cúbico por segundo dm3/seg 1 dm3/seg = 1 l/seg =15,8502 GPM
Pés cúbicos por hora ft3/h 1 ft3/h = 0,472 l/min = 0,125 GPM
Tabela 3 – Conversão das Unidades de Vazão para a Hidráulica
Fonte: SENAI/SC 100p (2004, p. 28).
Unidades de vazão para a pneumática. Observe:
Unidade Símbolo
Litros por segundo L/s 
Litros por minuto L/min 
Metros cúbicos por minuto m³/min 
Metros cúbicos por minuto. m³/min
Metros cúbicos por hora m³/h
Pés cúbicos por minuto, 
(Cubic feet for minute)
pcm ,(cfm)
Tabela 4 – Unidades de Vazão para a Pneumática
Fonte: SENAI/SC 100p (2004, p. 15).
22 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Tabela de conversão das unidades de vazão:
Para converter em Multiplicar por
pcm cfm 1
pcm L/s 0,4720
pcm m³/min 0,02832
pcm m³/h 1,69923
L/s m³/min 0,06
L/s pcm 2,1186
m³/min pcm 35,31
Tabela 5 – Relação entre as Unidades de Vazão para a Pneumática 
Fonte: Parker (2008, p. 9).
Estas unidades se referem à quantidade de ar – ou gás – comprimi-
do, efetivamente, nas condições de temperatura e pressão no local onde 
está instalado o compressor. 
Como estas condições variam em função da altitude, umidade relativa e 
temperatura, são definidas condições padrão de medidas, sendo que as 
mais usadas são: 
 ▪ Nm³/h: Normal metro cúbico por hora – definido à pressão de 
1,033 kg/cm2, temperatura de 0°C e umidade relativa de 0%.
 ▪ SCFM: Standard cubic feet per minute – definida à pressão de 
14,7 lb/pol2, temperatura de 60°F e umidade relativa de 0%.
A Norma Brasileira (NBR10138) da ABHP (Associação Brasileira de 
Hidráulica e Pneumática) utiliza as unidades de medida do Sistema In-
ternacional (SI), mas, é comum, o uso de outras unidades que não per-
tencem (SI) devido aos fabricantes dos equipamentos utilizarem outros 
sistemas. 
23COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
GRANDEZA SI
( C ) comprimento Metro ( m )
( M ) massa Quilo grama ( Kg )
( F ) força Newton ( N )
( t ) tempo Segundo ( S ) 
( T ) temperatura Grau Kelvin ( k ) Grau Celsius (*C)
( A ) área Metro quadrado ² 
( V ) volume Metro cúbico
( Q ) vazão Metro cúbico / segundo 
( p ) pressão Pascal ( Pa )
Tabela 6 – Unidades do Sistema Internacional 
Fonte: Parker (2008, p. 15). 
A partir deste momento, estudaremos as características dos sistemas hi-
dráulicos e pneumáticos. Continue conosco!
Unidade de 
estudo 3
Seções de estudo 
Seção 1 – Características dos sistemas 
pneumáticos
Seção 2 – Características dos Sistemas 
hidráulicos 
Seção 3 – Comparação entre os sistemas 
pneumáticos e hidráulicos
Seção 4 – Características dos fluidos para 
sistemas pneumáticos e hidráulicos
25COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Seção 1
Características dos sistemas pneumáticos
Vimos, anteriormente, que a hidráulica e a pneumática tornaram-se in-
dispensáveis nos mais diferentes ramos industriais. Agora, veremos suas 
características. Acompanhe!
 ▪ Proteção natural contra explosão;
 ▪ Insensível contra influências externas como altas e baixas tempera-
turas;
 ▪ Acionamentos, ao serem sobrecarregados, simplesmente param;
 ▪ Transformação da energia, tanto em movimento linear como rotati-
vo;
 ▪ Velocidade e força facilmente controlados;
 ▪ Energia pode ser transmitida por grandes distâncias;
 ▪ Manutenção simples dos componentes devido às construções sim-
ples;
 ▪ Grande confiabilidade, segurança de operação e durabilidade de 
acionamentos e componentes de comando;
 ▪ Necessidade de preparação do ar;
 ▪ Perdas por vazamento reduzem a eficiência econômica.
Seção 2 
Características dos sistemas hidráulicos 
 ▪ Dimensões reduzidas e pequeno peso com relação à potência insta-
lada;
 ▪ Sensível à influências externas como altas e baixas temperaturas;
 ▪ Acionamentos, ao serem sobrecarregados, simplesmente param;
 ▪ Transformação da energia, tanto em movimento linear, como rota-
tivo;
 ▪ Velocidade e força facilmente controlados com alta precisão;
 ▪ Energia hidráulica não deve ser transmitida porgrandes distâncias;
 ▪ Difícil manutenção dos componentes devido a sua precisão, dimen-
são e peso;
Características dos Sistemas 
Hidráulicos e Pneumáticos
 ▪ Grande confiabilidade e du-
rabilidade dos componentes por 
ser um sistema auto lubrificado;
 ▪ Necessidade de sistemas de 
filtragem e refrigeração do fluido;
 ▪ Reversibilidade instantânea;
 ▪ Parada instantânea;
 ▪ Perdas por vazamento redu-
zem a eficiência econômica;
Seção 3 
Comparação entre os 
sistemas pneumáticos e 
hidráulicos
Sistemas pneumáticos 
 ▪ Fluido – ar (compressível)
 ▪ Estado – gasoso
 ▪ Circuito – aberto
 ▪ Trabalha com baixa pressão e 
alta velocidade
Sistemas hidráulicos 
 ▪ Fluido – óleo (praticamente 
incompressível, em torno de 
0,5% do seu volume a cada 70 
bar de pressão)
 ▪ Estado – líquido
 ▪ Circuito – fechado
 ▪ Trabalha com alta pressão e 
baixa velocidade
26 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Custos da energia
Considerado um valor 1 para a 
energia elétrica, a relação com 
pneumática e hidráulica é:
 ▪ de 7 a 10 o custo da energia 
pneumática;
 ▪ de 3 a 5 o custo da energia 
hidráulica.
Esta avaliação é apenas orientati-
va, considerando apenas o custo 
energético, sem considerar os cus-
tos de componentes. 
Considerando os valores de vál-
vulas e atuadores, o custo fica re-
lacionado como:
Elétrica < Pneumática < 
Hidráulica
Seção 4
Características dos 
fluidos para sistemas 
pneumáticos e hidráu-
licos
Quando falamos em fluido, esta-
mos falando de qualquer substân-
cia no estado líquido ou gasoso 
capaz de escoar e assumir a forma 
do recipiente que a contém. Ve-
remos, agora, de modo geral, as 
características dos fluidos usados 
na pneumática e hidráulica.
Fluido para 
pneumática – ar 
 ▪ Quantidade: o ar a ser com-
primido se encontra em quanti-
dade ilimitada, praticamente, em 
todos os lugares.
 ▪ Transporte: o ar comprimido 
é facilmente transportável por tu-
bulações, mesmo para distâncias, 
consideravelmente, grandes. Não 
há necessidade de preocupação 
com o retorno do ar.
 ▪ Armazenamento: no estabe-
lecimento não é necessário que 
o compressor esteja em funcio-
namento contínuo. O ar pode 
ser sempre armazenado em um 
reservatório e, posteriormente, 
tirado de lá. Além disso, é possí-
vel o transporte em reservatórios 
(botijão).
 ▪ Temperatura: o trabalho 
realizado com o ar comprimido é 
insensível às oscilações de tempe-
ratura. Isto garante, também, em 
situações extremas, um funciona-
mento seguro.
 ▪ Segurança: não existe o 
perigo de explosão ou de incên-
dio. Portanto, não são necessá-
rias custosas proteções contra 
explosões.
 ▪ Limpeza: o ar comprimido é 
limpo. O ar, que, eventualmente, 
escapa das tubulações ou outros 
elementos, inadequadamente 
vedados, não polui o ambiente. 
 ▪ Construção: os elementos 
de trabalho são de construção 
simples e, portanto, de custo 
vantajoso.
 ▪ Velocidade: o ar comprimido 
é um meio muito veloz e permite 
alcançar altas velocidades de tra-
balho (a velocidade de trabalho 
dos cilindros pneumáticos oscila 
entre 1 a 2 metros por segundo).
 ▪ Regulagem: as velocidades e 
forças dos elementos a ar com-
primido são reguláveis em escala.
 ▪ Seguro contra sobrecarga: 
elementos e ferramentas a ar 
comprimido são carregáveis até a 
parada final e, portanto, seguros 
contra sobrecarga. 
 ▪ Preparação: o ar comprimi-
do requer uma boa preparação. 
Impureza e umidade devem ser 
evitadas, pois, provocam desgas-
tes nos elementos pneumáticos.
 ▪ Compressibilidade: não é 
possível manter uniforme e cons-
tante as velocidades dos pistões, 
mediante o ar comprimido.
Fluido para hidráulica 
– óleo
 ▪ Quantidade: o óleo a ser 
utilizado encontra-se em quanti-
dade limitada e possui alto custo, 
seja ele de origem mineral ou 
sintética.
 ▪ Transporte: o óleo não é fa-
cilmente transportável por tubu-
lações, devido a sua viscosidade 
e existe a necessidade de retorno 
do mesmo para o reservatório.
 ▪ Armazenamento: para que o 
óleo esteja sob pressão, é neces-
sário que a bomba mantenha-se 
ligada ou que sejam utilizados 
acumuladores. 
27COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
 ▪ Temperatura: o óleo é sensível às variações de temperatura. 
 ▪ Segurança: existe risco de explosão ou de incêndio se ultrapassados 
os limites máximos de temperatura. 
 ▪ Limpeza: o óleo hidráulico é poluente e não deve ser jogado na 
natureza.
 ▪ Construção: os elementos de trabalho são de construção complexa 
(muito precisa) e, portanto, de alto custo.
 ▪ Velocidade: o óleo hidráulico não é um meio veloz, devido a sua 
viscosidade.
 ▪ Regulagem: as velocidades e forças dos elementos são reguláveis, 
em escala com grande precisão.
 ▪ Seguro contra sobrecarga: nos sistemas hidráulicos, existe a ne-
cessidade da utilização de dispositivos para limitar a pressão máxima de 
trabalho.
 ▪ Preparação: para sistemas convencionais, o óleo hidráulico já vem 
pronto, mas, para servo-sistemas, existe a necessidade de uma filtragem 
mais apurada.
 ▪ Compressibilidade: é possível manter uniforme e constante as 
velocidades dos atuadores.
Com características dos fluidos para sistemas pneumáticos e hidráulicos 
concluímos, aqui, a terceira unidade de estudos desta unidade curricular. 
Prepare-se para conhecer, agora, a composição de um sistema pneumá-
tico. Continue antenado!
Unidade de 
estudo 4
Seções de estudo 
Seção 1 – Compressores
Seção 2 – Reservatório de ar comprimido
Seção 3 – Preparação do ar comprimido
Seção 4 – Redes de distribuição do ar 
comprimido
Seção 5 – Unidade de conservação de ar
Seção 6 – Válvulas direcionais pneumáti-
cas
Seção 7 – Válvulas pneumáticas
Seção 8 – Atuadores para sistemas pneu-
máticos
Seção 9 – Designação de elementos
Seção 10 – Elaboração de esquemas de 
comando
Seção 11 – Tecnologia do vácuo
29COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Seção 1
Compressores
Vejamos, a seguir, a divisão de um sistema pneumático:
Figura 5 – Composição do Sistema Pneumático
Fonte: Parker (2008, p. 5).
Compressores são máquinas utilizadas na manipulação de fluidos no 
estado gasoso, elevando a pressão de uma atmosfera a uma pressão de 
trabalho desejada. 
Tipos de compressores
Dependendo das necessidades desejadas, relacionadas à pressão de tra-
balho e ao volume, são empregados compressores de diversos tipos 
construtivos.
Composição de um Sistema 
Pneumático
Os mesmos são diferenciados em 
dois tipos:
 ▪ Deslocamento volumétrico: 
baseia-se no princípio da redução 
de volume, ou seja, consegue-se 
a compressão enviando o ar para 
dentro de um recipiente fechado 
e diminuindo, posteriormente, 
este recipiente, pressurizando o 
ar. É, também, denominado com-
pressor de deslocamento positivo 
e é compreendido como com-
pressor de êmbolo ou de pistão.
 ▪ Deslocamento dinâmico: 
baseia-se no princípio de fluxo, 
succionando o ar de um lado e 
comprimindo de outro, por ace-
leração de massa, ou seja, a eleva-
ção de pressão é obtida por meio 
de conversão de energia cinética 
em pressão, durante a passagem 
do ar, através do compressor 
(turbina). É, também, denomina-
do compressor de deslocamento 
dinâmico.
Classificação dos compressores 
quanto ao tipo construtivo. Ob-
serve o diagrama:
30 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Biela-manivela: Virabrequim 
e biela.
Tipos de 
Compressores
Compressor de
Êmbolo linear
Compressor 
rotativo
Turbo
Compressor
Compressor
 de Êmbolo 
Compressor
 de Membrana 
Turbo Compressor
Radial
Turbo Compressor
Axial
 Compressor
de Palhetas
 Compressor
de Parafusos
 Compressor
de Roots
Compressor 
rotativo
Figura 6 – Classificação dos Compressores
Fonte: SAGGIN (2004, p. 14).
Compressor de deslocamento 
fixo unidirecional. Símbolo 
geral
Compressorde êmbolo (pistões)
Este compressor é um dos mais usados e conhecidos, pois, ele é apro-
priado, não só para compressão a pressões baixas e médias, mas, tam-
bém, para pressões altas. O campo de pressão é de um bar até milhares 
de bar. É, também, conhecido como compressor de pistão.
O movimento alternativo é transmitido para o pistão através de um sis-
tema biela-manivela, fazendo, assim, ele subir e descer.
Iniciando o movimento descendente, o ar é aspirado por meio de vál-
vulas de admissão, preenchendo a câmara de compressão. A compres-
são do ar tem início com o movimento de subida. Após obter-se uma 
pressão suficiente para abrir a válvula de descarga, o ar é expulso para o 
sistema. 
31COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Figura 7 – Compressor de Êmbolo (simples estágio)
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 92).
Para a compressão a pressões mais elevadas, são necessários compres-
sores de vários estágios, limitando, assim, a elevação de temperatura e 
melhorando a eficiência da compressão.
Figura 8 – Compressor de Êmbolo (duplo estágio)
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 15).
O ar aspirado será comprimido pelo primeiro êmbolo (pistão), refrigera-
do, intermediariamente e, novamente, comprimido pelo próximo êmbo-
lo, que possui menor diâmetro. Na compressão a altas pressões, faz-se 
necessária uma refrigeração intermediária, pois se cria alto aquecimento. 
Os compressores de êmbolo e outros são fabricados em execuções re-
frigeradas a água ou a ar.
Compressor de membrana
Este tipo pertence ao grupo dos compressores de êmbolo. Mediante 
uma membrana, o êmbolo fica separado da câmara de sucção e com-
pressão, quer dizer, o ar não terá contato com as partes deslizantes. O ar, 
portanto, ficará sempre livre de resíduos do óleo.
Estes compressores são os pre-
feridos e mais empregados na in-
dústria alimentícia, farmacêutica 
e química. Usados, também, em 
pequenas instalações de ar, com 
pressões moderadas ou na obten-
ção de vácuo.
Figura 9 – Compressor de Membrana 
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 16).
Compressor de parafu-
sos
Este compressor é dotado de uma 
carcaça onde giram dois rotores 
helicoidais, em sentidos opostos. 
Um dos rotores possui lóbulos 
convexos, o outro uma depres-
são côncava e são denominados, 
respectivamente, rotor macho e 
fêmea.
Os rotores são sincronizados por 
meio de engrenagens. Entretan-
to, existem fabricantes que fazem 
com que um rotor acione o outro 
por contato direto. O processo 
mais comum é acionar o rotor 
macho, obtendo-se uma velocida-
de elevada do rotor fêmea.
O ar à pressão atmosférica ocupa 
espaço entre os rotores e, confor-
me eles giram, o volume compre-
endido entre os mesmos é isolado 
da admissão e transportado para 
a descarga. 
32 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Figura 10 – Compressor de Parafusos
Fonte: Howden (2010).
A ausência de válvulas de admissão, de descarga e forças mecânicas des-
balanceadas, permite que o compressor de parafuso opere com altas 
velocidades no eixo. A consequência deste fato é que existem combina-
ções de capacidades elevadas, com pequenas dimensões externas. 
Verificou-se que, para obter compressão interna, é necessário que uma 
rosca convexa se ajuste, perfeitamente, a uma depressão côncava e que 
haja um mínimo de três fios de rosca.
Existindo uma folga entre os rotores e entre estes e a carcaça, evita-se 
o contato metal-metal. Consequentemente, não havendo necessidade de 
lubrificação interna do compressor, o ar comprimido é fornecido, sem 
resíduos de óleo.
Porém, existe o compressor de parafuso lubrificado, baseado no proces-
so de contato direto. Nele, durante o processo de compressão, mistura-
se, no ar, uma considerável quantidade de óleo que, depois, é retirada 
pelo separador de óleo.
Seleção de compressores
Volume de ar 
O volume de ar fornecido é a quantidade de ar que está sendo fornecido 
pelo compressor. Podemos ter o volume de ar fornecido teórico – aque-
le obtido por cálculos, porém, apenas o volume de ar fornecido efetivo 
pelo compressor é que interessa, pois, com este, é que são acionados e 
comandados os aparelhos pneumáticos. 
Pressão
Pressão de regime é a pressão fornecida pelo compressor. A pressão de 
trabalho é a pressão necessária nos pontos de trabalho. A pressão de 
trabalho é, geralmente, de 6 bar, que é tida como “pressão normalizada” 
ou “pressão econômica”.
Uma pressão constante é uma exigência para um funcionamento seguro 
e preciso dos componentes de sistemas industriais. Na dependência da 
pressão constante estão: velocidade, forças e movimentos temporizados 
dos elementos de trabalho e de comando.
33COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Figura 11 – Seleção de Compressores
Fonte: Metalplan (2008, p. 15).
Acionamento
O acionamento dos compressores, conforme as necessidades fabris, 
será por motor elétrico ou motor a explosão. Em instalações industriais, 
aciona-se, na maioria dos casos, com motor elétrico.
Refrigeração
Provocado pela compressão do ar e pelo atrito, cria-se calor no compres-
sor, o qual deve ser dissipado. Em compressores pequenos, é utilizada a 
refrigeração à ar, através de ventiladores. Já em compressores grandes, 
usa-se a refrigeração à água, circulante com torre de refrigeração ou água 
corrente contínua.
Lugar de montagem
A estação de compressores deve ser montada dentro de um ambiente 
fechado, com proteção acústica para fora. O ambiente deve ter boa aera-
ção. O ar sugado deve ser fresco, seco e livre de poeira.
34 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Figura 12 – Instalação de Compressores
Fonte: Metalplan (2008, p. 18).
Regulagem
Para combinar o volume de fornecimento com o consumo de ar é ne-
cessária uma regulagem dos compressores. Dois valores limites pré-es-
tabelecidos, influenciam o volume fornecido.
Existem diferentes tipos de regulagem:
Regulagem de marcha 
em vazio
Regulagem de carga 
parcial
Regulagem 
intermitente
Regulagem por 
descarga
Regulagem por 
fechamento
Regulagem na rotação 
Regulagem por 
estrangulamento
Com esta 
regulagem, o 
compressor 
funciona em dois 
campos (carga 
máxima e parada 
total).
Regulagem de marcha em vazio – regulagem por descarga
Quando é alcançada a pressão pré-regulada, o ar escapará livre da saída 
do compressor, através de uma válvula. Uma válvula de retenção evita 
que o reservatório se esvazie ou retorne para o compressor. 
pré-estabelecidos: Pressão 
máxima/mínima.
35COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Figura 13 – Regulagem por Descarga
Fonte: SAGGIN (2004, p. 28).
Regulagem por fechamento
Aqui, quando é alcançada a pressão máxima, a admissão de ar é inter-
rompida.
Figura 14 – Regulagem por Fechamento
Fonte: SAGGIN (2004, p. 28).
Regulagem de carga parcial – regulagem na rotação
Sobre um dispositivo, ajusta-se o regulador de rotação do motor a explo-
são. A regulagem da rotação pode ser feita manualmente ou, também, 
automaticamente, dependendo da pressão de trabalho. Este tipo de re-
gulagem, também pode ser usada em motores elétricos, instalando-se 
inversores de frequência.
36 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Regulagem por estrangulamento
A regulagem se faz mediante simples estrangulamento no funil de suc-
ção e os compressores podem, assim, ser regulados para determinadas 
cargas parciais. Encontra-se esta regulagem em compressores de êmbo-
lo rotativo e em turbo compressores.
Figura 15 – Regulagem por Estrangulamento
Fonte: SAGGIN (2004, p. 29).
Regulagem intermitente
Com esta regulagem, o compressor funciona em dois campos: carga 
máxima e parada total. Ao alcançar a pressão máxima, o motor aciona-
dor do compressor é desligado e, quando a pressão chega ao mínimo, o 
motor se liga novamente e o compressor trabalha outra vez.
A frequência de comutações pode ser reguladaem um pressostato e, 
para que os períodos de comando possam ser limitados a uma medida 
aceitável, é necessário um grande reservatório de ar comprimido.
Figura 16 – Regulagem Intermitente
Fonte: SAGGIN (2004, p. 29).
Seção 2 
Reservatório de ar com-
primido
O reservatório serve para a estabi-
lização da distribuição do ar com-
primido. Ele elimina as oscilações 
de pressão na rede distribuidora 
e, quando há, momentaneamente, 
alto consumo de ar, é uma garan-
tia de reserva. A grande superfí-
cie do reservatório refrigera o ar 
suplementar. Por isso, se separa, 
diretamente, no reservatório, uma 
parte da umidade do ar como 
água.
Figura 17 – Reservatório de Ar Com-
primido
Fonte: SAGGIN (2004, p. 31).
 
Os reservatórios devem ser ins-
talados de modo que todos os 
drenos, conexões e a abertura 
de inspeção sejam de fácil aces-
so. Os reservatórios não devem 
ser enterrados ou instalados em 
local de difícil acesso; devem ser 
instalados, de preferência, fora da 
casa dos compressores, na som-
bra, para facilitar a condensação 
da umidade, no ponto mais baixo, 
para a retirada do condensado.
37COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Seção 3
Preparação do ar comprimido
Na prática, encontramos exemplos onde se deve dar muito valor à qua-
lidade do ar comprimido. Impurezas em forma de partículas de sujeira 
ou ferrugem, restos de óleo e umidade levam, em muitos casos, à falhas 
em instalações e avarias nos elementos pneumáticos.
Enquanto a separação primária do condensado é feita no separador após 
o resfriador, a separação final, filtragem e outros tratamentos secundá-
rios do ar comprimido são executados no local de consumo. Nisso, é 
necessário atentar, especialmente, para a ocorrência de umidade. A água 
(umidade) já penetra na rede pelo próprio ar aspirado pelo compressor.
A incidência da umidade depende, em primeira instância, da umidade 
relativa do ar que, por sua vez, depende da temperatura e condições 
atmosféricas. Os efeitos da umidade podem ser limitados por meio de:
 ▪ filtragem do ar aspirado antes do compressor;
 ▪ uso de compressores livres de óleo;
 ▪ instalação de resfriadores;
 ▪ uso de secadores;
 ▪ utilização de unidades de conservação.
Resfriador de ar e separador de condensados
Como vimos no tópico anterior, a umidade presente no ar comprimido 
é prejudicial. Para ajudar a resolver, de maneira eficaz, o problema inicial 
da água nas instalações de ar comprimido, temos o resfriador posterior, 
localizado entre a saída do compressor e o reservatório, pelo fato de o ar 
comprimido na saída atingir sua maior temperatura.
Figura 18 – Resfriador de Ar e Separador de Condensados
Fonte: SAGGIN (2004, p. 42).
O resfriador posterior é, simplesmente, um trocador de calor utilizado 
para resfriar o ar comprimido. Como consequência deste resfriamento, 
permite-se retirar cerca de 75 a 90% do vapor de água contido no ar, 
bem como vapores de óleo; além de evitar que a linha de distribuição 
sofra uma dilatação, causada pela alta temperatura de descarga do ar. 
Secador de ar
O ar seco industrial não é aquele 
totalmente isento de água.; É o ar 
que, após um processo de desi-
dratação, flui com um conteúdo 
de umidade residual de tal ordem 
que possa ser utilizado, sem qual-
quer inconveniente. Para tal, o uso 
de um secador de ar comprimido 
é aconselhável. Os meios de se-
cagem, mais utilizados são três: 
secagem por absorção, secagem 
por adsorção, secagem por res-
friamento.
Secagem por absorção
A secagem por absorção é um 
processo puramente químico. 
Neste processo, o ar comprimi-
do passa sobre uma camada solta 
de um elemento secador. A água 
ou vapor de água que entra em 
contato com esse elemento, com-
bina-se, quimicamente, com ele 
e se dilui na forma de uma com-
binação elemento secador/água. 
Esta mistura deve ser removida, 
periodicamente, do absorvedor. 
Essa operação pode ser manual 
ou automática. Com o tempo, o 
elemento secador é consumido e 
o secador deve ser reabastecido, 
periodicamente (duas a quatro ve-
zes por ano).
O processo de absorção caracte-
riza-se por:
 ▪ montagem simples da instala-
ção;
 ▪ desgaste mecânico mínimo, já 
que o secador não possui peças 
móveis;
 ▪ não necessita de energia 
externa.
38 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Figura 19 – Secagem por Absorção
Fonte: SAGGIN (2004, p. 43).
Secagem por adsorção
A secagem por adsorção está 
baseada em um processo físico: 
adsorver, ou seja, admitir uma 
substância à superfície de outra. 
O elemento secador é um mate-
rial granulado, com arestas ou em 
forma de pérolas. Este elemento 
secador está formado de quase 
100% de dióxido de silício. Em 
geral, é conhecido pelo nome 
“GEL” (sílica gel). 
A tarefa do “GEL” consiste em 
adsorver a água e o vapor de água. 
É evidente que a capacidade de 
acumulação de uma camada de 
“GEL” é limitada. Uma vez que 
o elemento secador estiver satu-
rado, poderá ser regenerado de 
uma maneira fácil: basta soprar ar 
quente da camada saturada e o ar 
quente absorve a umidade do ele-
mento secador.
Mediante a montagem, em para-
lelo, de duas instalações de adsor-
ção, uma delas pode estar ligada 
para secar, enquanto a outra está 
sendo soprada com ar quente (re-
generação).
Acompanhe, agora, a esquemati-
zação da secagem por adsorção.
 
Figura 20 – Secagem por Absorção
Fonte: SAGGIN (2004, p. 44).
Secagem por resfriamento
O secador de ar comprimido por resfriamento funciona pelo princípio 
da diminuição de temperatura do ponto de orvalho. A temperatura do 
ponto de orvalho é a temperatura à qual deve ser esfriado um gás para 
obter a condensação do vapor de água contida nele. O ar comprimido, a 
ser secado, entra no secador, passando, primeiro, pelo denominado tro-
cador de calor a ar. Mediante o ar frio e seco, proveniente do trocador 
de calor (vaporizador), é esfriado o ar quente que está entrando. A for-
mação de condensado de óleo e água é eliminado pelo trocador de calor.
Figura 21 – Secagem por Resfriamento
Fonte: SAGGIN (2004, p. 45).
39COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Este ar comprimido, pré-esfriado, 
circula através do trocador de ca-
lor (vaporizador) e, devido a isso, 
sua temperatura desce até 1,7°C, 
aproximadamente. Desta manei-
ra, o ar é submetido a uma segun-
da separação de condensado de 
água e óleo. Posteriormente, o ar 
comprimido pode, ainda, passar 
por um filtro, a fim de eliminar os 
corpos estranhos.
Seção 4
Redes de distribuição 
do ar comprimido
A rede de distribuição de ar com-
primido compreende todas as tu-
bulações que saem do reservató-
rio passando pelo secador e que, 
unidas, orientam o ar comprimido 
até os pontos individuais de uti-
lização. A rede possui duas fun-
ções básicas: funcionar como um 
reservatório para atender as exi-
gências locais e comunicar a fonte 
com os equipamentos consumi-
dores. Numa rede distribuidora, 
para que haja eficiência, segurança 
e economia, são importantes três 
pontos: 
 ▪ baixa queda de pressão entre 
a instalação do compressor e os 
pontos de utilização; 
 ▪ apresentar o mínimo de vaza-
mento; 
 ▪ boa capacidade de separa-
ção do condensado em todo o 
sistema.
Figura 22 – Rede de Distribuição do Ar Comprimido
Fonte: Fargon (2010) 
O posicionamento dos equipamentos e tomadas que receberão 
alimentação pneumática deverão estar definidos, para que seja possível a 
confecção dos projetos e desenhos. Estes, trarão consigo: comprimento 
das tubulações, diâmetros, ramificações, pontos de consumo, pressão 
destes pontos, posições das válvulas, curvaturas etc. 
Através dos projetos, pode-se, então, definir o melhor percurso da tubu-
lação, acarretando menor perda de carga e proporcionando economia. A 
seguir, veremos os tipos de redes de distribuição mais comuns.
Rede de distribuiçãoem anel aberto
Assim chamada, por não haver uma interligação na rede. Este tipo fa-
cilita a separação do condensado, pois ela é montada com certa inclina-
ção, na direção do fluxo, permitindo o escoamento para um ponto de 
drenagem.
1 – Compressor de parafuso
2 – Resfriador posterior ar/ar
3 – Separador de condensado
4 – Reservatório
5 – Purgador automático
6 – Pré Filtro coalescente
7 – Secador
8 – Filtros coalescentes (grau x, y, z)
9 – Purgador automático eletrônico
10 – Separador de água e óleo
11 – Separador de condensado
40 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Figura 23 – Rede de Distribuição em Anel Aberto
Fonte: SAGGIN (2004, p. 33).
Rede de distribuição em anel fechado
Geralmente, as tubulações principais são montadas em circuito fechado. 
Este tipo auxilia na manutenção de uma pressão constante e proporcio-
na uma distribuição mais uniforme do ar, pois o fluxo circula em duas 
direções.
Figura 24 – Rede de Distribuição em Anel Fechado
Fonte: SAGGIN (2004, p. 34).
Rede de distribuição combinada
A rede combinada, também, é uma instalação em circuito fechado, a 
qual, por suas ligações longitudinais e transversais, oferece a possibilida-
de de trabalhar com ar em qualquer lugar.
Mediante válvulas de fechamento, existe a possibilidade de fechar de-
terminadas linhas de ar comprimido, quando, as mesmas, não forem 
usadas ou quando for necessário colocá-las fora de serviço, por razões 
de reparação e manutenção. Também, pode ser feito um controle de 
estanqueidade.
Figura 25 – Rede de Distribuição 
Combinada
Fonte: SAGGIN (2004, p. 35).
Inclinação das tomadas de ar e 
drenagem da umidade
As tubulações, em especial nas 
redes em circuito aberto, devem 
ser montadas com um declive de 
0,5 a 2%, na direção do fluxo. Por 
causa da formação de água con-
densada, é fundamental, em tu-
bulações horizontais, instalar os 
ramais de tomadas de ar na parte 
superior do tubo principal. 
41COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Figura 26 – Inclinação das Tomadas de Ar e Drenagem
Fonte: SAGGIN (2004, p. 36).
Desta forma, evita-se que a água condensada, eventualmente existente 
na tubulação principal, possa chegar às tomadas de ar através dos ramais. 
Para interceptar e drenar a água condensada devem ser instaladas deriva-
ções com drenos na parte inferior da tubulação principal. 
Os drenos, colocados nos pontos mais baixos, de preferência, devem 
ser automáticos. Em redes mais extensas, aconselha-se instalar drenos 
distanciados de, aproximadamente, 20 a 30 metros um do outro.
Vazamentos
As quantidades de ar perdidas através de pequenos furos, acoplamentos 
com folgas, vedações defeituosas etc., quando somadas, alcançam eleva-
dos valores. A importância econômica desta contínua perda de ar torna-
se mais evidente quando comparada com o consumo do equipamento 
e a potência necessária para realizar a compressão. Desta forma, um 
vazamento na rede representa um consumo, consideralvemente, maior 
de energia.
Podemos constatar isto através da tabela:
CUSTO DO VAZAMENTO
Diâmetro do orifício de 
vazamento (pol)
1/32’’ 1/16’’ 1/8’’ ¼’’ 3/8’’
m3/h vazamento 2,72 10,9 44,2 174,0 397,5
R$/ano 340,00 1.360,00 5.515,00 21.715,00 49.610,00
Considerando: P = 7 barg uso = 16h/dia 300 dias/ano (1,0kWh ~ R$0,25)
Tabela 7 – Custo do vazamento de ar
Fonte: Metalplan (2008, p. 10).
42 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Funcionamento do 
dreno automático
Por um furo de passagem, o con-
densado atinge o fundo do copo. 
Com o aumento do nível do con-
densado, um flutuador se ergue. 
A um determinado nível, abre-se 
uma passagem. O ar comprimido, 
existente no copo, passa por ela e 
desloca o êmbolo para a direita. 
Com isso, se abre o escape para o 
condensado.
 
Seção 5
Unidade de conserva-
ção de ar
Após passar por todo o processo 
de produção, preparação e dis-
tribuição, o ar comprimido deve 
sofrer um último condiciona-
mento, antes de ser utilizado nos 
equipamentos. Neste condiciona-
mento, ocorrerá a separação do 
condensado, filtragem, regulagem 
da pressão e, em alguns casos, lu-
brificação que, atualmente, está 
deixando de ser utilizada, pois, os 
componentes, já possuem lubrifi-
cação própria. Uma das maneiras 
de fazer isto acontecer é a insta-
lação da unidade de conservação 
de ar. 
Esta unidade é composta, basi-
camente, da combinação dos se-
guintes elementos:
 ▪ filtro de ar comprimido e reci-
piente de condensação;
 ▪ regulador de pressão do ar 
comprimido com manômetro;
 ▪ lubrificador de ar comprimido 
(quando for necessário).
Figura 27 – Unidade de Conservação de Ar 
Fonte: Adaptado de Festo Didactic (2001, p. 16).
Filtro de ar comprimido
A função de um filtro de ar comprimido é reter as partículas de im-
pureza, bem como a água condensada, presentes no ar que passa por 
ele. O ar comprimido, ao entrar no copo é forçado a um movimento 
de rotação, por meio de “rasgos direcionais”. Com isso, separam-se as 
impurezas maiores, bem como as gotículas de água, por meio de força 
centrífuga e depositam-se, então, no fundo do copo. O condensado acu-
mulado no fundo do copo deve ser eliminado, o mais tardar, ao atingir 
a marca do nível máximo, já que, se isto ocorrer, o condensado será 
arrastado, novamente, pelo ar que passa.
Figura 28 – Filtro de Ar Comprimido 
Fonte: Festo Didactic 155p ( 2001, p. 93).
As partículas sólidas, maiores que a porosidade do filtro, são retidas por 
este. Com o tempo, o acúmulo destas partículas impede a passagem do 
ar. Portanto, o elemento filtrante deve ser limpo ou substituído a inter-
valos regulares. Em filtros normais, a porosidade se encontra entre 30 a 
70 mícron. 
43COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Regulador de pressão 
O regulador tem por função man-
ter constante a pressão de traba-
lho (secundária), independente 
da pressão da rede (primária) e 
consumo do ar. A pressão primá-
ria tem que ser sempre maior que 
a secundária. A pressão é regula-
da por meio de uma membrana. 
Uma das faces da membrana é 
submetida à pressão de trabalho. 
Do outro lado, atua uma mola, 
cuja pressão é ajustável por meio 
de um parafuso de regulagem. 
Figura 29 – Regulador de Pressão
Fonte: Festo Didactic 155p ( 2001, p. 
19).
Com aumento da pressão de tra-
balho, a membrana se movimenta 
contra a força mola. Com isso, a 
secção nominal de passagem na 
sede da válvula diminui, progres-
sivamente, ou se fecha totalmen-
te. Isto significa que a pressão é 
regulada pelo fluxo. Na ocasião 
do consumo a pressão diminui e 
a força da mola reabre a válvula. 
Com isso, o manter da pressão 
regulada se torna um constante 
abrir a fechar da válvula. A pres-
são de trabalho é indicada por um 
manômetro. Se a pressão crescer 
demasiado do lado secundário, a 
membrana é pressionada contra 
a mola. Com isso, abre-se a parte 
central da membrana e o ar, em 
excesso, sai pelo furo de escape 
para a atmosfera.
Lubrificador
O lubrificador tem a tarefa de 
abastecer, suficientemente, com 
materiais lubrificantes, os elemen-
tos pneumáticos. Os materiais 
lubrificantes são necessários para 
garantir um desgaste mínimo dos 
elementos móveis, manter em 
nível mínimo as forças de atrito 
e proteger os aparelhos contra a 
corrosão.
Figura 30 – Lubrificador
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 104).
 Lubrificadores de óleo, que es-
tão caindo em desuso devido à 
utilização de componentes auto 
lubrificados, trabalham segundo o 
princípio Venturi. A diferença de 
pressão ∆p (Queda da pressão), 
entre a pressão antes do bocal 
nebulizador e a pressão no ponto 
estrangulador do bocal, será apro-
veitada para sugar óleo de um re-
servatório e de misturá-lo com o 
ar, em forma de neblina. 
Com um parafuso de regulagem 
é dada a possibilidade de regular 
as gotas de óleo por unidadede 
tempo.
Manômetros
São instrumentos utilizados para 
medir e indicar a intensidade de 
pressão do ar comprimido, óleo 
etc. Nos circuitos pneumáticos e 
hidráulicos, os manômetros são 
utilizados para indicar o ajuste da 
intensidade de pressão nas válvu-
las, que pode influenciar a força 
ou o torque de um conversor de 
energia. Um dos manômetros 
mais utilizados é o do tipo Bour-
don. 
Seção 6
Válvulas direcionais 
pneumáticas
Assim como na hidráulica, as vál-
vulas direcionais para a pneumáti-
ca, também, são identificadas pelo 
número de vias, posições tipo de 
acionamento etc. e, também, pos-
suem a função de direcionar o 
fluido que irá desenvolver diver-
sas funções como, por exemplo, 
movimentar atuadores lineares e 
rotativos. 
44 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Figura 31 – Válvula direcional
Fonte: Adaptado de Festo Didactic (2001, p. 16).
Simbologia de válvulas
Em esquemas pneumáticos, para representarmos as válvulas direcionais, 
os símbolos não caracterizam o tipo de construção, mas, somente, a 
função das válvulas.
Características principais:
 ▪ número de posições: contadas a partir do número de quadrados da 
simbologia.
 ▪ número de vias: contadas a partir do número de tomadas que a 
válvula possui em apenas uma posição. As válvulas direcionais podem 
ser descritas, abreviadamente, da seguinte forma: coloca-se V.D., para 
representar, abreviadamente, o termo válvula direcional. Depois, 
escreve-se o número de vias, ao lado a barra (/), logo após, o número 
de posições e a palavra “vias”.
Meios de acionamento
Os acionamentos servem para in-
verter de posição as válvulas dire-
cionais. 
45COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
MANUAIS
Geral
 
Alavanca
Botão
 
Pedal
MECÂNICOS
Pino
 
Rolete
Mola Gatilho
ELÉTRICOS
 
Solenoide com uma bobina
 
Solenóides com duas 
bobinas
PNEUMÁTICOS 
DIRETOS
 
Piloto positivo
(créscimo de pressão)
 Diferencial de áreas
 
Piloto negativo
(decréscimo de pressão)
PNEUMÁTICOS 
INDIRETOS
Servo-piloto positivo
 Controle interno
Servo-piloto negativo
CENTRALIZAÇÕES
Por piloto positivo
 Por trava
Por molas
Identificação de vias
ORIFÍCIO NORMA DIN24300 NORMA ISO1219
Pressão P 1
Utilização A B C 2 4 6
Escape R S T 3 5 7
EA EB EC
Pilotagem X Y Z 10 12 14
Tabela 8 – Identificação das Vias 
Fonte: Parker (2008, p. 41).
Exemplo de identificação:
 
 
 
Válvulas NA e NF
Válvulas direcionais com 2 po-
sições e até 3 vias que tenham, 
na posição de repouso, a via de 
pressão bloqueada, são chama-
das de normalmente fechadas 
(NF). Aquelas que, ao contrário, 
possuírem esta via aberta, são de-
nominadas normalmente abertas 
(NA). 
46 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Válvulas CF, CAP e CAN
As válvulas direcionais de 3 po-
sições caracterizam-se pela sua 
posição central. Àquelas que pos-
suírem, na sua posição central, as 
vias de utilização bloqueadas, de-
nominaremos centro fechado.
Já as válvulas que tiverem as vias 
de utilização sendo pressurizadas, 
chamaremos de centro aberto po-
sitivo (CAP).
Quando encontrarmos estas vias 
em exaustão, elas receberão o 
nome de centro aberto negativo 
(CAN).
Válvulas de memórias
São válvulas de duas posições, 
acionadas por duplo piloto. 
 
Tipos de escapes
 Os escapes das válvulas são repre-
sentados por triângulos. Quando 
encontrarmos o triângulo junto à 
simbologia da válvula, ele estará 
representando um escape livre, ou 
seja, sem conexão.
Se ele estiver afastado, o escape 
representado será o escape dirigi-
do, com conexão. 
Seção 7
Válvulas pneumáticas
Além das válvulas direcionais, en-
contraremos, ainda, as válvulas 
auxiliares de controle e combina-
ções de válvulas, como veremos a 
seguir:
Válvula alternadora 
(Função lógica “OU”)
Também chamada “válvula de 
comando duplo” ou “válvula de 
dupla retenção”. Esta válvula 
tem duas entradas, X e Y, e uma 
saída A. Entrando ar comprimido 
em X, a esfera fecha a entrada Y e 
o ar flui de X para A. Em sentido 
contrário, quando o ar flui de Y 
para A, a entrada X será fechada.
47COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Figura 32 – Válvula Alternadora
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 156).
Válvula alternadora 
Exemplo da aplicação:
Válvulas de duas pressões (Função lógica “E”)
Esta válvula tem duas entradas, X e Y e uma saída, A Só haverá uma saí-
da em A, quando existirem os dois sinais de entrada X “E” Y. Emprega-
se esta válvula, principalmente, em comando de bloqueio, comandos de 
segurança e funções de controle em combinações lógicas.
48 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Figura 33 – Válvula de Duas Pressões
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 152).
Exemplo da aplicação:
Válvula de escape rápido
Válvulas de escape rápido se prestam para aumentar a velocidade dos 
êmbolos dos atuadores. Tempos de retorno elevados, podem ser elimi-
nados dessa forma. Evita-se, com isso, que o ar de escape seja obrigado 
a passar por uma canalização longa e de diâmetro pequeno, até a válvula 
de comando. O mais recomendável é colocar o escape rápido direta-
mente no cilindro ou, então, o mais próximo possível do mesmo.
49COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Figura 34 – Válvula de Escape Rápido
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 133). 
Válvula de escape rápido 
Exemplo da aplicação:
Válvula de retenção
Válvulas de bloqueio liberam o fluxo, preferencialmente, em um só sen-
tido e bloqueiam o sentido inverso. O corpo de vedação da válvula de 
retenção, sujeito à pressão de mola, desloca-se de seu assento quando a 
pressão contra a ação da mola se torna maior do que a sua tensão.
50 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Figura 35 – Válvula de Retenção
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 131).
Válvula reguladora de fluxo bidirecional
Estas válvulas têm influência sobre a quantidade de ar comprimido que 
flui por uma tubulação; a vazão será regulada em ambas as direções do 
fluxo.
Figura 36 – Válvula Reguladora de Fluxo Idirecional
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 131).
Válvula reguladora de fluxo unidirecional
Nesta válvula, a regulagem do fluxo é feita, somente, em uma direção. 
Uma válvula de retenção fecha a passagem numa direção e o ar pode 
fluir, somente, através da área regulada.
Em sentido contrário, o ar passa livre através da válvula de retenção 
aberta. 
 
51COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Figura 37 – Válvula Reguladora de Fluxo Unidirecional
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 130).
Válvula reguladora de fluxo unidirecional (Festo). 
Regulagem fluxo primária (entrada do ar)
Estas válvulas podem ser montadas para a regulagem da entrada do ar. 
O ar em exaustão sai, através de retenção, no lado do escape. Ligeiras os-
cilações de carga na haste do pistão, provocadas, por exemplo, ao passar 
pela chave fim de curso, resultam em grandes diferenças de velocidade 
do avanço. A regulagem na entrada emprega-se em atuadores de simples 
ação e atuadores de dupla ação de pequeno volume.
Figura 38 – Regulagem Fluxo Primária 
Fonte: SAGGIN (2004, p. 64).
Estas válvulas podem ser monta-
das para a regulagem da saída do 
ar. O ar da exaustão, porém, será 
regulado. Nisto, a haste do êm-
bolo está submetida entre duas 
pressões de ar. Esta montagem da 
válvula reguladora de fluxo, me-
lhora muito a conduta do avanço. 
Em atuadores de dupla ação, de-
vemos, sempre, usar regulagem na 
exaustão. 
Figura 39 – Regulagem Fluxo Secun-
dária
Fonte: SAGGIN (2004, p. 65).
Válvula limitadora de 
pressão
É formada por uma vedação de 
assento cônico, mola e um para-
fuso de ajuste. Quando a pres-
são em P assume um valor que 
corresponde à tensão da mola, 
o cone de vedação se desloca de 
seu assento elibera o caminho ao 
escape. São, também, conhecidas 
como válvulas de sobrepressão 
ou válvulas de segurança.
52 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Figura 40 – Válvula Limitadora de Pressão
Fonte: SAGGIN (2004, p. 65).
Temporizador pneumático N F.
Esta unidade consiste de uma válvula direcional de 3/2 vias, com acio-
namento pneumático, de uma válvula reguladora de fluxo unidirecional 
e um reservatório de ar. O ar de comando flui da conexão 12 para a 
válvula reguladora de fluxo que controlara o tempo e, de lá, através de 
área regulada, com velocidade e pressão mais baixa, para o reservatório. 
Alcançada a pressão necessária de comutação, o êmbolo de comando 
afasta o prato do assento da válvula, dando passagem ao ar principal de 
P para A. 
Figura 41 – Temporizador Pneumático
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 127).
53COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Exemplo de aplicação: 
Figura 42 – Circuito com Temporização
Fonte: SAGGIN (2004, p. 69).
Seção 8
Atuadores para sistemas pneumáticos
Os atuadores pneumáticos convertem energia pneumática em energia 
mecânica linear ou rotativa, dependendo de seu tipo construtivo. A se-
guir, veremos os tipos mais comuns utilizados na indústria.
 
ATUADORES 
PNEUMÁTICOS 
ATUADORES 
LINEARES 
ATUADORES 
ROTATIVOS 
SIMPLES AÇÃO 
DUPLA AÇÃO 
MOTORES 
PNEUMÁTICOS 
OCILADORES 
PNEUMÁTICOS 
Figura 43 – Atuadores Pneumáticos
Fonte: SAGGIN (2004, p. 72).
Atuador linear de sim-
ples ação com retorno por 
mola: realiza trabalho em 
um sentido. Observe!
Figura 44 – Atuador Linear de Simples 
Ação
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 36).
54 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Atuador linear de dupla ação: realiza trabalho nos 
dois sentidos
Figura 45 – Atuador Linear de Simples Ação
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 36). 
Amortecimento de fim de curso
Quando volumes grandes e pesados são movimentados por um atuador, 
emprega-se um sistema de amortecimento para evitar impactos secos 
ou até danificações. Antes de alcançar a posição final, um êmbolo de 
amortecimento interrompe o escape direto do ar, deixando, somente, 
uma passagem pequena, geralmente, regulável.
Figura 46 – Atuador Linear de Dupla Ação com Amortecimento. 
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 37).
Atuador rotativo de palhetas unidirecional: realiza movimento rotativo 
em um sentido.
Figura 47 – Atuador Rotativo 
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 40).
Atuador rotativo de palheta bidi-
recional (oscilador): realiza movi-
mento rotativo nos dois sentidos, 
com ângulo de rotação limitado.
Figura 48 – Oscilador
Fonte: Festo Didactic (2001, p. 40).
Características dos atuadores ro-
tativos pneumáticos:
 ▪ regulagem, sem escala, de ro-
tação e do momento de torção;
 ▪ construção leve e pequena;
 ▪ seguro contra sobrecarga;
 ▪ insensível contra poeira, água, 
calor e frio;
 ▪ seguro contra explosão;
 ▪ grande escolha de rotação e 
facilidade de inversão;
 ▪ conservação e manutenção 
insignificantes.
Seção 9
Designação de elemen-
tos
Os circuitos pneumáticos são 
compostos de elementos que são 
identificados por números ou le-
tras.
Designação por números: os nú-
meros identificam os elementos 
pela função.
55COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Elementos de trabalho. Ex.: 
cilíndros (atuadores lineares)
Elementos auxiliares. Ex.: Con-
trole de Fluxo. Para Avanço. 
Elementos processadores 
de sinal. E, OU, Temporiza-
dor Influenciam o avanço do 
atuador. 
Elementos de sinal. Para o 
avanço do atuador.
Elementos auxiliares do 
circito.
1.0
1.02/1.03
1.1
1.4
1.5
1.2
1.3
0.1
Elementos auxiliares. Ex: Contro-
le de Fluxo. Para Retorno. 
Elementos de comando. Ex.: 
V.D.3/2 vias NF, 43, 5/2 vias.
Elementos processadores de si-
nal. E,OU, temporizador. Influen-
ciam o retorno do atuador.
Elementos de sinal. Para o Retor-
no do Atuador.
Figura 49 – Identificação dos Elementos
Fonte: SAGGIN (2004, p. 85).
0.1, 0.2, 0.3... Elementos auxilia-
res influenciam em todo o cir-
cuito. Ex.: Lubrefil, válvulas de 
fechamento.
1.2, 1.4, 2.2, 2.4... Elementos de 
sinal, com número final par, in-
fluenciam no avanço dos atua-
dores lineares ou no sentido de 
rotação à direita dos atuadores 
rotativos (motores). Ex.: válvulas 
direcionais 3/2 acionadas por bo-
tão, pedal, rolete.
1.3, 1.5, 2.3, 2.5... Elementos de 
sinal, com número final ímpar, 
influenciam no retorno dos atu-
adores lineares (cilindros) ou no 
sentido de rotação à esquerda dos 
atuadores rotativos (motores). 
Ex.: válvulas direcionais 3/2 acio-
nadas por botão, pedal, rolete.
1.6, 2.6... Elementos processa-
dores de sinal, com número final 
par, influenciam no avanço dos 
atuadores lineares (cilindros) ou 
no sentido de rotação à direita 
dos atuadores rotativos (moto-
res). Ex.: válvulas E, válvulas OU, 
temporizadores.
1.7, 2.7... Elementos de sinal, com 
número final ímpar, influenciam 
no retorno dos atuadores lineares 
(cilindros) ou no sentido de rota-
ção à esquerda dos atuadores ro-
tativos (motores). Ex.: válvulas E, 
válvulas OU, temporizadores.
1.1, 2.1, 3.1... Elementos de co-
mando influenciam nos dois sen-
tidos de movimentos dos atuado-
res (o primeiro número indica o 
atuador a ser comandado). Ex.: 
válvulas direcionais.
1.02, 1.04... Elementos auxiliares, 
com número final par, influen-
ciam no avanço dos atuadores 
lineares (cilindros) ou no sentido 
de rotação à direita dos atuadores 
rotativos (motores). Ex.: válvulas 
reguladoras de fluxo, escape rápi-
do.
1.03, 1.05... Elementos auxiliares, 
com final ímpar, influenciam no 
retorno dos atuadores lineares (ci-
lindros) ou no sentido de rotação 
à esquerda dos atuadores rotati-
vos (motores). Ex.: válvulas regu-
ladoras de fluxo, escape rápido.
1.0, 2.0... Elementos de trabalho. 
Ex.: atuadores lineares ou rotati-
vos, (motores pneumáticos, osci-
ladores, atuadores lineares).
56 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Seção 10
Elaboração de esque-
mas de comando
Sequência de movi-
mentos
Quando os procedimentos de 
comando são um pouco mais 
complicados e se devem reparar 
instalações de certa envergadura, 
é uma grande ajuda para o técni-
co de manutenção dispor dos es-
quemas de comando e sequências, 
segundo o desenvolvimento de 
trabalho das máquinas.
Quando o pessoal de manutenção 
não os utiliza de forma correta, o 
motivo deve encontrar-se na má 
confecção dos mesmos, em sua 
simbologia incompreensível ou 
na falta de conhecimento técnico.
A insegurança na interpretação 
de esquemas de comando torna 
impossível, por parte de muitos, a 
montagem ou a busca de defeitos 
de forma sistemática.
Atingindo este ponto, pode-se 
considerar pouco rentável ter que 
basear a montagem ou busca de 
defeitos em testes e adivinhações. 
É preferível, antes de iniciar qual-
quer montagem ou busca de ava-
ria, realizar um estudo de esque-
ma de comando e da sequência 
da máquina, para ganhar tempo, 
posteriormente. Para poder levar 
os esquemas de comando e sequ-
ências para a prática, é necessário 
conhecer as possibilidades e pro-
cedimentos normais de represen-
tação dos mesmos.
Movimentação de um circuito como exemplo
Pacotes chegam sobre um transportador de rolos e são levados por um 
cilindro pneumático A e empurrados por um segundo cilindro B sobre 
um segundo transportador. Nisto, devido ao enunciado do problema, o 
cilindro B deverá retornar apenas quando A houver alcançado a posição 
final recuada.
Figura 50 – Representação em Sequência Cronológica
Fonte: SAGGIN (2004, p. 90).
Acompanhe a sequência de movimentos possíveis de um circuito.
O cilindro A avança e eleva os pacotes;
O cilindro B empurra os pacotes sobre o segundo transportador;
O cilindro A desce;
O cilindro B retrocede.
Representação abreviadaem sequência algébrica
Neste tipo, a letra maiúscula representa o atuador, enquanto que, o sinal 
algébrico representa o movimento. Sinal positivo (+) para o avanço e 
negativo (-) para o retorno.
Exemplo: A +, B +, A -, B -.
Representação gráfica em diagrama de trajeto e pas-
so 
Neste caso, se representa a sequência de operação de um elemento de 
trabalho, levando-se ao diagrama o valor percorrido em dependência de 
cada passo considerado.
57COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Se existirem diversos elementos de trabalho para um comando, estes são 
representados da mesma maneira e desenhados uns sob os outros. A 
correspondência é realizada através dos passos.
O diagrama de trajeto e passo, para o exemplo apresentado, possui cons-
trução, segundo a figura abaixo:
Figura 51 – Representação Gráfica em Diagrama de Trajeto e Passo
Representação gráfica em diagrama de trajeto e tem-
po
O trajeto de uma unidade construtiva é representado em função do tem-
po. Contrariamente ao diagrama de trajeto e passo, o tempo é repre-
sentado, linearmente, neste caso, e constitui a ligação entre as diversas 
unidades.
Diagrama de trajeto e tempo para o exemplo:
Figura 52 – Representação Gráfica em Diagrama de Trajeto e Tempo
Passo: Variação do estado de 
qualquer unidade construti-
va.
58 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Tipos de esquemas
Tal como no diagrama de movimentos, temos, também, na construção 
de esquemas de comando, duas possibilidades: o esquema de comando 
de posição e o esquema de comando de sistema. A diferença entre eles 
está na maneira de representação dos elementos nos circuitos.
Esquemas de comando de posição
Os elementos, aqui, são desenhados na posição, conforme serão instala-
dos nas máquinas e equipamentos.
Figura 53 – Circuito Pneumático 
Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009).
Esquema de comando de sistema
Este tipo de esquema está baseado em uma ordenação. Os símbolos são 
desenhados na horizontal e divididos em cadeias de comandos individu-
ais. Os elementos fins de curso são representados por traços.
59COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Figura 54 – Circuito Pneumático 
Fonte: Software Automation Studio 5.6 (2009).
Seção 11
Tecnologia do vácuo
Utilizando o mesmo raciocínio anterior para ilustrar como é gerada a 
pressão dentro de um recipiente cilíndrico, cheio de ar: se aplicarmos 
uma força contrária na tampa móvel do recipiente em seu interior, te-
remos como resultante uma pressão negativa, isto é, inferior à pressão 
atmosférica externa.
Figura 55 – Princípio de Geração do Vácuo 
Fonte: Parker ( 1998, p. 7).
Aplicações do vácuo
As aplicações do vácuo na indústria são limitadas, apenas, pela criativi-
dade e pelo custo. As mais comuns envolvem o levantamento e deslo-
camento de peças e materiais, como os exemplos mostrados a seguir: 
A palavra vácuo, originária 
do latim vacuus, signifi-
ca vazio. Entretanto, podemos 
definir, tecnicamente, que um 
sistema se encontra em vácuo 
quando está submetido a uma 
pressão inferior à pressão at-
mosférica.
60 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Figura 56 – Aplicações do Vácuo
Fonte: Parker (1998, p. 7).
Aplicações do vácuo (PARKER, 1998):
 ▪ movimentação de cargas, . substitui o esforço humano;
 ▪ manipulação de peças frágeis, evita danos;
 ▪ manipulação de peças com temperatura elevada (usando ventosas de 
silicone);
 ▪ operações que requerem condições de higiene; (abertura de embala-
gens);
 ▪ movimentação de peças muito pequenas, como, por exemplo, . com-
ponentes eletrônicos;
 ▪ movimentação de materiais com superfícies lisas (chapas de vidro).
No projeto de um sistema de vácuo é importante definir, corretamente, 
o desempenho do sistema e suas características para, então, selecionar a 
instalação mais adequada.
Considerar os seguintes fatores:
 ▪ efeito do ambiente sobre os componentes;
 ▪ forças necessárias para movimentação das peças ou materiais;
 ▪ tempo de resposta;
 ▪ permeabilidade dos materiais a serem manipulados;
 ▪ como as peças ou materiais serão fixados;
 ▪ distância entre os componentes;
 ▪ custos.
Seleção de componentes para uma instalação de vácuo em geral:
 ▪ ventosas;
 ▪ geradores de vácuo;
 ▪ válvulas principais de controle;
 ▪ tubos ou mangueiras;
 ▪ conjunto mecânico com o 
suporte das ventosas, dispositivos 
de montagem acessórios. 
Ventosas
As duas formas mais comuns usa-
das para fixação e levantamento 
de materiais ou peças são:
 ▪ sistema mecânico através, por 
exemplo, de garras; 
 ▪ por meio do vácuo, utilizan-
do-se ventosas.
As vantagens do sistema mecâni-
co incluem: a facilidade na deter-
minação da força necessária para 
sustentação e o fato de que área 
a ser comprimida é, relativamen-
te, pequena. Como desvantagens, 
temos: a peça que está sendo fixa-
da pode ser danificada se a garra 
não estiver corretamente dimen-
sionada, se as dimensões da peça 
variarem ou se ela for frágil. Te-
mos, ainda, que os sistemas me-
cânicos quase sempre apresentam 
alto custo de aquisição, instalação 
e manutenção.
A grande vantagem das ventosas, 
como sistemas de movimentação, 
é que elas não danificam as peças. 
Outras vantagens que podem ser 
mencionadas são: o baixo custo, 
manutenção simples, bem como, 
a velocidade de operação. As ven-
tosas podem ser projetadas em 
diversas formas, dependendo de 
sua aplicação, entretanto, generi-
camente, podemos classificá-las 
em 3 tipos principais. Veja:
61COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Ventosa padrão
O tipo mais comum, para uso em 
superfícies planas ou ligeiramente 
curvas. As ventosas padrão po-
dem ser produzidas com diferen-
tes formas. Em função de suas 
aplicações, as características que 
podem variar são: tamanho, mate-
rial, abas duplas para vedação, lu-
vas de atrito, molas de reforço etc.
Figura 57 – Ventosa Padrão
Fonte: Parker (1998, p. 8).
Ventosa com fole
Este tipo de ventosa destina-se, 
principalmente, à aplicações que 
requerem ajuste para diferentes 
alturas/níveis. As ventosas com 
fole podem ser usadas em siste-
mas de levantamento de peças 
com diversos planos e diferentes 
formas, como, por exemplo, cha-
pas corrugadas. Elas, também, 
dão certo grau de flexibilidade 
ao sistema, que pode ser utiliza-
do para separar películas finas. As 
ventosas com fole podem ser de 
fole simples ou duplo. 
A ventosa com fole não é adequa-
da para movimentação de superfí-
cies verticais.
Figura 58 – Ventosa com Fole 
Fonte: Parker (1998, p. 9).
Caixa de sucção
Este tipo de ventosa pode ser 
oval, quadrada ou retangular, de-
pendendo da forma da peça a ser 
movimentada.
Figura 59 – Caixa de Sucção 
Fonte: Parker (1998, p. 9).
62 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Geradores de vácuo
Os geradores pneumáticos de vácuo operam sob o princípio Venturi, 
(descrito anteriormente, quando estudamos os lubrificadores de ar) e 
são alimentados por um gás pressurizado, geralmente, o ar comprimido.
Figura 60 – Geradores de Vácuo 
Fonte: Parker (1998, p. 11).
O efeito Venturi
O efeito Venturi, é obtido através da expansão do ar comprimido que 
alimenta o gerador de vácuo, através de um ou mais bocais. Esta expan-
são, converte a energia potencial do ar, em forma de pressão, para ener-
gia cinética, em forma de movimento. A velocidade do fluxo aumenta e 
pressão e temperatura caem, criando uma pressão negativa no lado da 
sucção.
Os geradores de vácuo pneumáticos apresentam dimensões reduzidas, 
ausência de peças móveis, baixo custo de manutenção e respostas rápi-
das. 
Figura 61 – Efeito Venturi 
Fonte: Parker (1998, p. 12).
63COMANDOS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS
Comparação entre geradores, ventiladores e bombas 
de deslocamento positivo
Gerador pneumático Ventilador
Bomba de 
deslocamento 
positivo
 ▪ Baixo

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