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EXCELENTÍSSIMO (a) SENHOR (a) DOUTOR (a) JUIZ (a) DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CRICIÚMA-SC CÁSSIO RAMOS PEREIRA, brasileiro, solteiro, com registro na OAB N° 73299, endereço profissional na Av. Centenário n° 10, Centro, Município de Criciúma-SC, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, impetrar HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO LIMINAR, com fulcro no Art. 5°, LXVIII CF c/c 647, 648,II do CPP, em favor de JUVELINO PÉ DE FERRO, Brasileiro, solteiro, pedreiro, CPF 1254521 RG 155125, residente e domiciliado na Rua dos Santos, n° 10, bairro Mina do Mato, Criciúma-SC, e que encontra-se preso no presídio regional de Criciúma-SC, contra ato ilegal praticado pelo delegado de polícia da delegacia da comarca de Criciúma-SC, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. DOS FATOS O paciente, respondendo a inquérito policial na central de polícia da comarca de Cricúma-SC, no dia 04/04/2016 teve sua prisão temporária decretada pelo período de 5(cinco) dias, com base na lei 7960/89. Ocorre que, no dia do vencimento do período constantes no mandado de prisão, o pai do paciente dirigiu-se até a delegacia de polícia, para solicitar a liberação de seu filho, porém, o delegado negou o pedido, alegando que havia requerido a prorrogação da prisão temporária e iria aguardar a decisão do juiz da comarca, até o próximo dia útil, sendo a próxima terça-feira, já que segunda-feira era feriado. DO DIREITO O paciente, possui o direito garantido constitucionalmente de ser liberado da prisão temporária, uma vez que já cumpriu o prazo previsto de 5 (cinco) dias, portanto já está sofrendo violência em sua liberdade de locomoção, conforme Art. 5° LXVII da CF/88. Neste sentido, uma vez que o prazo determinado no mandado de prisão já está vencido, o ato da autoridade coatora, em não conceder a liberdade do paciente é ilegal, conforme estabelece o Art. 648,II do CPP. Ainda, não há motivos para prorrogar a prisão temporária, não foi comprovado extrema necessidade para tal, o paciente deve ser posto imediatamente em liberdade, conforme Art. 2° parágrafo 7° da lei 7960/89. DA LIMINAR Conforme exposto, o paciente está sofrendo coação ilegal em sua liberdade de locomoção, estando ainda preso, indevidamente, após o vencimento do prazo de prisão temporária, fato que pode causar sequelas irreparáveis na sua vida e de sua família, assim presentes os requisitos do periculum in mora, e conforme Art. 649 do CPP, que seja concedido e expedido liminarmente o alvará de soltura, para cessar imediatamente o desrespeito a liberdade de locomoção do paciente. DO PEDIDO. Ante o exposto, requer: 1. Requer a Vossa Excelência, que seja concedida a ordem de HABEAS CORPUS em favor do paciente, expedindo-se em caráter liminar o competente alvará de soltura, restituindo-se imediatamente, a liberdade do paciente. Nesses termos, pede deferimento. Criciúma, 02 de Maio de 2016. ____________________________ CASSIO RAMOS PEREIRA OAB 7329 ROL DE DOCUMENTOS Cópia do mandado de prisão
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