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Inclusão Escolar

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	SUMÁRIO	
31 INTRODUÇÃO	�
42 DESENVOLVIMENTO	�
2.1 HISTÓRICO DA EXCLUSÃO.................................................................................	4 
2.2 INCLUSÃO.............................................................................................................	4
2.3 CAUSAS DA EXCLUSÃO......................................................................................	5
2.4 SUPERAÇÕES DA EXCLUSÃO............................................................................	7
3 CONCLUSÃO	9
REFERÊNCIAS	10
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INTRODUÇÃO
Na nossa Constituição Federal de 1988, assegura a todos em um de seus princípios, a igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, sem qualquer tipo de discriminação (inciso I, do Art. 206). 
Escola inclusiva é, aquela que garante a qualidade de ensino educacional aos alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade inerente à espécie humana, e a responde com qualidade pedagógica. 
A escola somente poderá ser considerada inclusiva quando estiver organizada para favorecer a cada aluno, independentemente de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social ou qualquer outra situação e um país que investe na inclusão ele não investe apenas na pessoa com deficiência, ele investe na sociedade como um todo.
 
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DESENVOLVIMENTO
2.1 Histórico da Exclusão
Desde as origens mais remotas da civilização a pedagogia da exclusão vem sendo aperfeiçoada e frequentemente praticada, de forma condizente com o modo em que estão sendo construídas as condições sociais da humanidade. Na Grécia antiga as crianças com deficiência eram sacrificadas, relatos se referem que passavam por um Conselho que decidia se ela permaneceria viva ou não. Em Roma as crianças especiais eram atiradas nos rios ou abandonadas às suas margens, na Idade Média (476 d.C a 1453 d.C), as crianças ao nascer que tinham alguma deficiência eram sacrificadas. No final da idade Média e no início da idade Moderna, a inquisição católica, levou ao sacrifício muitos deficientes mentais, por serem considerados possuídos pelo demônio.
Ao longo dos anos o paradigma inclusão vem buscando a não exclusão escolar e propondo ações que garantam o acesso e permanência do aluno com qualquer tipo de deficiência no ensino regular. 
Universalizar a escolarização foi a grande luta do século XX. Garantir o acesso de todas as crianças e jovens e ampliar os anos da escolarização obrigatória estão sendo sempre revisados, reconfigurados e atualizado. Embora não plenamente conquistados, apesar dos grandes avanços realizados.
2.2 Inclusão
Temos que refletir sobre a educação em geral para pensarmos em inclusão da pessoa com deficiência.
Inclusão é usada quando se busca qualidade para todas as pessoas com ou sem deficiência. O termo inclusão já trás implícito a ideia de exclusão, pois só é possível incluir alguém que já foi excluído. Geralmente quando se fala em inclusão traduz-se insatisfações de toda ordem, quer seja de menor ou maior relevância, dependendo do grau de constrangimento imposto por barreiras instituídas pela configuração de diferentes práticas sociais e pela formação cultural dos diferentes segmentos que constroem suas relações, como sujeitos ou objetos de suas próprias histórias.
Não obstante a garantia legal, para que a inclusão se efetive, são necessárias modificações profundas e importantes no sistema de ensino. Essas mudanças devem ser gradativas, planejadas e continuas para garantir uma educação de qualidade.
2.3 Causas da Exclusão
As causas da exclusão são tão complexas quanto a própria desigualdade brasileira. Se por um lado as políticas públicas têm se mostrado ineficientes na universalização das vagas e na redução do fracasso escolar, por outro, questões como o preconceito, a pobreza e o isolamento geográfico continuam a afastar crianças e adolescentes de seu lugar de direito.
Em reunião promovida pela COROE e Departamento dos direitos humanos (Ministério da Justiça) e Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (Ministério Público Federal) destacaram, como dificuldades para o acesso ao sistema de ensino: as barreiras arquitetônicas, a deficiente qualificação do profissional da rede de ensino, a resistência do sistema educacional em receber alunos com deficiência em seus estabelecimentos de ensino, a inexistência de material adequado para o atendimento do aluno, o número excessivo de alunos na sala de aula, dificultando o acesso e permanência com qualidade do aluno com deficiência, a insuficiência de transporte público adequado até o estabelecimento de ensino e inexistência de dados que identifique a demanda não atendida pelo sistema de ensino.
Percebe-se que nos cenários da exclusão escolar há variáveis motivos, e de acordo com as etapas do ensino, dos quais destacamos, na pré-escola a dificuldade de acesso. No ensino fundamental a vulnerabilidade social, crianças com deficiência, que vivem em comunidades rurais isoladas, pobres ou em conflito com a lei. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 440 mil crianças em idade para cursar o primeiro ciclo do ensino fundamental estão fora da escola. No segundo ciclo, o número aumenta para 530 mil. 
Em 2010, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Instituto de Estatística da UNESCO (UIS) deram início à Iniciativa Global Out of School Children (OOSC) – Pelas Crianças Fora da Escola. No Brasil, o projeto é desenvolvido em parceria com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Além do relatório Todas as Crianças na Escola em 2015, a iniciativa inclui a mobilização Fora da Escola Não Pode!
O desafio do País é grande. Uma análise feita pelo UNICEF e a Campanha Nacional pelo Direito à Educação mostrou que, segundo os Microdados do Censo Demográfico 2010 (IBGE), mais de 3,8 milhões de crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos de idade estão fora da escola no Brasil. Os grupos mais atingidos pela exclusão são as crianças de 4 e 5 anos, com idade para frequentar a pré-escola, e os adolescentes de 15 a 17 anos, que deveriam estar no ensino médio.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em parceria com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, utilizou os micro dados do Censo para traçar o perfil das crianças e adolescentes excluídos. De acordo com o documento, seja na pré-escola, no ensino fundamental ou médio, os mais excluídos são os que vivem na zona rural, no Semiárido, na Amazônia e na periferia dos grandes centros, os negros, os pobres e os provenientes de famílias com baixa escolaridade. Além disso, a exclusão também é grande entre indígenas, crianças e adolescentes com deficiência ou em conflito com a lei. 
Outro grupo em situação preocupante de exclusão é o de pessoas com deficiência. O acesso e a permanência de crianças e adolescentes com deficiência no ensino público ainda é um desafio. Segundo o estudo Políticas Sociais: Acompanhamento e Análise, publicado pelo Ipea em 2012, apenas 18% das escolas públicas de educação básica tinham condições de acessibilidade para receber alunos com deficiência em 2010. São poucas as salas multifuncionais com equipamentos e materiais didáticos adequados a esses alunos nas escolas públicas brasileiras, e mais raras ainda nas escolas do campo. Os recursos investidos na educação pública são insuficientes para garantir acesso e qualidade a todos.
De acordo com o relatório Situação Mundial da Infância 2013 – Crianças com Deficiência, do UNICEF, levantamentos realizados em 13 países de média e baixa renda revelam que crianças e adolescentes com deficiência com idade entre 6 e 17 anos de idade têm muito menos probabilidade de frequentar a escola do que seus colegas sem deficiência da mesma faixa etária. Dados da Organização Mundial da Saúde indicam que as meninas estão em situação pior que os meninos. Enquanto os meninos com deficiênciatêm taxa estimada de conclusão do curso primário (o equivalente aos anos iniciais do ensino fundamental no Brasil) de 51%, ante 61% dos meninos sem deficiência, os índices das meninas na mesma situação são de 42% e 53%, respectivamente.
O Censo Demográfico 2010 do IBGE tem dados disponíveis apenas para a faixa de 6 a 14 anos de idade. Neste grupo etário, 4,9% das crianças e adolescentes com deficiência não frequentavam a escola (não estão incluídas perturbações ou doenças mentais como autismo, neurose, esquizofrenia e psicose).
No estado de Mato Grosso do Sul apenas cerca de 15% dos alunos portadores de deficiência física estudam em escolas denominadas de comum. A maioria 5.194, do total de 6.156 estão matriculados em estabelecimento particulares ou em sistemas paralelos de escolaridade, não tendo características da escolarização formal.
Um problema grave é atribuir culpa aos estudantes e a família pela exclusão escolar. A dificuldade mais citada pelos gestores, para o acesso à escola foi a falta de interesse dos alunos pelos estudos. Esse hábito de buscar a culpa nos outros é um grave problema na gestão educacional e também é observado através das falas preconceituosas de professores, como: “a criança com deficiência sofre rejeição dos outros alunos”, “vai prejudicar os outros alunos”, “não vou beneficiar o aluno com deficiência”, “imposto pelo MEC as escolas tem que recebe-los”... 
É do gestor a responsabilidade por manter o aluno na escola, criar as condições necessárias para isso e cuidar para que ele, além de ficar, tenha sucesso nos estudos. 
Há dificuldades do ponto de vista econômico, principalmente nos pequenos municípios, que analisam o custo benefício da acessibilidade, como, adaptar os ônibus escolares, com custo elevado para o número insignificante de pessoas com deficiência e ainda sabe-se que tem a ideia, que as pessoas com deficiência são improdutivas e por isso pouco se investe.
2.4 Superações da Exclusão
Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para a educação de qualidade para todos. No entanto a realidade desse processo inclusivo é bem diferente do que se propõe na legislação e requer muitas discussões relativas ao tema. 
Nos deparamos constantemente com as resistências dos professores e direções, manifestadas através de questionamentos e queixas ou até mesmo com expectativas de que possamos apresentar soluções mágicas, de aplicação imediata causando certa decepção e frustação, pois ela não existe.
Para superarmos a exclusão escolar precisamos reinventar a escola, na construção de uma educação escolar realmente democrática que articule igualdade e reconhecimento das diferenças.
Várias atitudes devem ser efetivadas para que a inclusão escolar permeie nos ambientes educacionais, com isso devemos criar culturas de inclusão, criar redes de apoio formadas por pessoas que realmente queiram assumir esse desafio, contar com uma equipe pedagógica que reconheçam as suas responsabilidades e possam traçar objetivos e favorecer as tomadas de decisões e trabalhar de forma flexível, para que possa ensinar alunos que apresentam diferentes níveis de desempenho escolar.
É necessário que repensemos nossas atitudes do dia a dia, a fim de minimizar os obstáculos que impeça uma educação para todos; assim, o professor precisa ousar e buscar métodos interativos que possibilite uma aprendizagem adequada.
A escola precisa ser aberta à diversidade e atender à individualidade de cada aluno e o mais importante é possibilitar a articulação do ensino comum com o atendimento educacional especializado, buscando práticas que eliminem a exclusão.
CONCLUSÃO
Na escola inclusiva ainda são muitos os desafios que impedem que venhamos ter uma educação verdadeiramente inclusiva. 
Diante da pesquisa verificamos que há vários desafios a serem colocados em prática para uma melhora significativa da inclusão escolar, que vão desde a má formação dos profissionais da educação até o preconceito que ainda paira em nossa sociedade. 
A inclusão deve ser uma realidade constantemente presente nas escolas, contribuindo para a igualdade e o direito de uma educação direcionada a atender a todos, independente de suas condições físicas ou psicológicas. Ainda sobre a pesquisa bibliográfica, verificou-se que a inclusão escolar trata-se de um tema de grande relevância, já que somente através dela, a educação estará cada vez mais distante da exclusão e do preconceito para com as pessoas com necessidades especiais. 
Na construção de uma escola inclusiva não basta aceitar o aluno na escola, é preciso inserir este aluno no contexto daquela escola, e assim, junto com os demais alunos, fazer parte do processo de aprendizagem e convívio social.
Conclui-se, portanto, que não podemos ver como uma utopia a busca pela valorização e aceitação das diferenças e diversidade, não temos dúvidas, como citado acima, que é preciso vencer desafios para conquistarmos uma escola verdadeiramente inclusiva, que esteja voltada para igualdade e o respeito ao outro. 
REFERÊNCIAS
OSÓRIO, Antonio Carlos do Nascimento. Inclusão escolar: em busca de fundamentos na prática social.
MORAIS, Isabela. Escola Pública, Políticas Públicas, Edição 47 de Out/Nov 15. Disponível em: http://revistaescolapublica.com.br/textos/41/exclusao-escolar-330274-1.asp Acesso em: 11 maio 2016.
PEREIRA, Marilú Mourão. Inclusão escolar: Um desafio entre o ideal e o real – 2008.
CANDAU, Vera Maria. Escola, Inclusão Social e Diferenças Culturais.
UNICER, BRASIL. http://www.unicef.org/brazil/pt/activities_26691.htm Acesso em 11 maio 2016.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. http://www.foradaescolanaopode.org.br/desafios/acesso Acesso em 11 maio 16.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
Licenciatura – EDUCAÇÃO FISICA
deilson jorge da silva
djalma azevedo frança
enilza aparecida dos santos
MARCELO AUGUSTO OJEDA
jhonatan elois babinski
PEDRO PAULO DE SOUSA NASCIMENTO 
sérgio costa
Produção Textual INTERDISCIPLINAR em grupo
Inclusão na Escola.
Campo Grande-MS
2016
deilson jorge da silva
djalma azevedo frança
enilza aparecida dos santos
jhonatan elois babinski
MARCELO AUGUSTO OJEDA
PEDRO PAULO DE SOUSA NASCIMENTO 
sérgio costa
Produção Textual INTERDISCIPLINAR em grupo
Inclusão na Escola.
Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura de Educação Física da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas Educação a Distância, Sociedade, Educação e Cultura, Educação Inclusiva, Língua Brasileira de Sinais-LIBRAS e Seminário da Prática I. 1° Semestre.
Prof: Wilson Sanches, Sandra Cristina Malzinoti Vedoato, Juliana Chueire Lyra, Maria Gisele de Alencar, Mari Clair M. Nascimento e Andressa Magalhães Sampaio da Silva.
Campo Grande-MS
2016

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