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Tétano
Definição:
Síndrome neurológica causada por uma neurotoxina elaborada no local da lesão.
Clostridium tetani 
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Tétano
Etiologia:
C. tetani é um bacilo gram positivo, móvel, anaeróbico, formador de esporo.
Forma vegetativa: produz tetanospasmina (similar à toxina botulínica, entretanto as manifestações clínicas do Botulismo e do Tétano são completamente diferentes). Altamente suscetível ao calor e desinfetantes.
Forma esporulada: altamente resistente. Pode sobreviver no solo por meses a anos. Para matar é necessário: 4 horas de fervura ou autoclavagem por 12 minutos a 121° C.
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Tétano
Epidemiologia:
C. tetani pode ser encontrado em 20 a 65% de amostras de terra.
Principalmente em áreas rurais de solo cultivado e clima quente.
O maior problema global é o tétano neonatal. 
Acomete primariamente: > 60 anos de idade (60%).
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Tétano
Patogênese:
Causas diversas: lesões traumáticas pérfuro-cortantes, feridas cirúrgicas, locais de injeção subcutânea, queimadura, úlcera da pele, cordão umbilical infectado, otite média com perfuração da membrana timpânica, complicações de feridas crônicas, complicações do uso de drogas injetáveis.
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Tétano
Patogênese:
Necrose tecidual, supuração e presença de corpo estranho.
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Reversão do Esporo para a Forma Vegetativa
↓
Produção de Tetanospasmina
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Tétano
Patogênese:
Tetanospasmina
↓
Terminações dos nn periféricos e neurônios espinhais
↓
Perda da função inibitória neural
↓
Disparo neural contínuo com contração muscular sustentada (Rigidez)
↓
Casos severos: envolvimento do SNAS (disfunção autonômica) 
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Tétano
Patogênese:
A ligação da toxina é irreversível → a recuperação requer a formação de novas terminações axonais.
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Tétano
Manifestações Clínicas:
Tétano Generalizado: 
Mais comum. 
Causa: lesões diversas da pele
Período de incubação: 7 a 21 (distância do local da lesão do SNC)
Período da doença: período entre o primeiro sintoma clínico do tétano até o primeiro espasmo generalizado.
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Tétano
Manifestações Clínicas:
Tétano Generalizado: 
Manifestações primárias: rigidez do masseter, irritabilidade, diaforese, disfagia, hidrofobia, espasmo da musculatura posterior (opistotônus). São comuns ondas de opistotônus. 
Progressão da doença: envolvimento das extremidades (movimentos dolorosos de flexão e adução do braço, preensão dos dedos e extensão da perna). Estímulos táteis ou barulho podem precipitar em espasmos e convulsões generalizadas. 
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Tétano
Manifestações Clínicas:
Tétano Generalizado: 
Envolvimento do SNA: arritmias severas, oscilação da pressão sanguínea, diaforese profunda, hipertermia, rabdomiólise, espasmo laríngeo, retenção urinária.
Na maioria dos casos o paciente se mantém lúcido.
A condição pode progredir por 2 semanas independente do tratamento anti-toxina (tempo para o transporte da toxina) e a recuperação geralmente dura 1 mês adicional.
Complicações: fraturas, embolia pulmonar, infecções bacterianas e desidratação.
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Tétano
Manifestações Clínicas:
Tétano Localizado: envolvimento da extremidade com a ferida contaminada. Forma menos comum.
Casos leves: fraqueza da extremidade envolvida (Bom prognóstico).
Casos severos: espasmo doloroso intenso que geralmente progride para o tétano generalizado.
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Tétano
Manifestações Clínicas:
Tétano Cefálico: ocorre em lesões na cabeça ou após infecções do ouvido médio. Forma menos comum. Período de incubação de 1 ou 2 dias, sendo o prognóstico dependente da severidade.
Sintomas clínicos: disfunção isolada ou combinada de nervos motores cranianos (principalmente do sétimo par). 
Pode manter-se localizada ou tornar-se generalizada.
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Tétano
Manifestações Clínicas:
Tétano Neonatal: tétano generalizado em neonatos. Período de incubação após o nascimento é de geralmente 3 a 10 dias (“doença do sétimo dia”).
Sintomas clínicos: irritabilidade, espasmos severos com o toque.
Taxa de mortalidade: maior que 70%. 
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Tétano
Diagnóstico:
Observação clínica
O agente causador não é facilmente encontrado em culturas de amostras das feridas.
Diagnóstico diferencial: depende dos achados clínicos dominantes (meningite, abscesso dental, hemorragia subaracnoídea, tontura, reações distônicas (rápida resposta a agentes anti-colinérgicos), envenenamento por estricnina (níveis de estricnina no sangue e na urina).
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Tétano
Tratamento:
Cuidados de Suporte: 
Mais importante: função aérea 
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Tétano
Tratamento:
Controle dos espasmos musculares : 
Benzodiazepinos (diazepam, lorazepam, midazolam). 
Pode haver alta tolerância dos pacientes com tétano a esses medicamentos.
Usar altas doses
Usar bloqueadores neuro-musculares de longa duração.
Risco de Síndrome de Abstinência (continuar a medicação por pelo menos 2 semanas após o término dos sintomas).
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Tétano
Tratamento:
Imunização Passiva:
Aplicação intra-muscular ou intra-venosa de TIG (imunoglobulina tetânica humana) o quanto antes para neutralizar a toxina.
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Tétano
Tratamento:
Imunização Ativa:
Vacinação anti-tétano.
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Tétano
Tratamento:
Antibióticos:
- In vitro: vários antibióticos
Estudos clínicos: metronidazole.
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Tétano
Tratamento:
Disfunção do SNA: liberação excessiva de catecolaminas.
Controle da pressão sanguínea, bradicardia.
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Tétano
Tratamento:
Cirurgias:
Debridamento de feridas, fraturas, etc.
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Tétano
Prognóstico:
Taxa de mortalidade para o Tétano Generalizado: 20 a 25% dos casos, geralmente em pacientes mais idosos.
Causa morte mais frequente: pneumonia.
Se houver sobrevivência, a recuperação geralmente é completa, com alguns problemas psicológicos devido à duração e à severidade da doença.
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Tétano
Prevenção:
Imunização através de vacinação em bebês, crianças (vacinações mais frequentes), adolescentes e adultos (vacinações de 10 em 10 anos).

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