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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ FACULDADE DE ENGENHARIA DE MATERIAIS CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA LEI DE HOOKE Oscilador Linear (Massa-Mola) ADRIANO SOUZA DA COSTA JÉSSICA P. VEIGA W. RODRIGUES PABLO DA SILVA FERREIRA ROBERTO N. DA S. GONÇALVES Marabá/PA Março/2016 ADRIANO SOUZA DA COSTA JÉSSICA POLLYANNA VEIGA WANZELER RODRIGUES PABLO DA SILVA FERREIRA ROBERTO NAZARENO DA SILVA GONÇALVES LEI DE HOOKE Oscilador Linear (massa-mola) Relatório de prática experimental “Lei de Hooke - Oscilador massa-mola”, realizada em março de 2016, da disciplina Física Geral II, turma IGEM01016, ministrada pelo Prof. Dr. José Elisandro de Andrade, na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. Marabá/PA Março/2016 ÍNDICE 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................... 4 2. OBJETIVOS ......................................................................................................... 7 2.1. OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 7 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................. 7 3. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 7 3.1 MATERIAIS UTILIZADOS ..................................................................................... 7 3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.................................................................... 8 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................... 11 5. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 12 6. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................. 12 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O oscilador linear é um sistema mecânico tipo massa-mola, constituído por uma mola espiral cilíndrica que possui constante elástica k e um corpo de massa m, sendo que quando está em atividade, há uma força restauradora F dada pela Lei de Hooke dada na Eq. (1). O corpo oscila quando está ligado à uma extremidade da mola enquanto a outra está fixada em outro lugar estático, e quando é esticada ou comprimida até uma posição 𝑥, realiza, um movimento harmônico simples (MHS) com amplitude 𝑥𝑚, como na Figura 1. Figura 1. Ilustração de um oscilador linear massa-mola (Fonte: os autores). O corpo de massa m oscila devido à força elástica, descrita pela Lei de Hooke, 𝐹 = −𝑘𝑥, (1) na qual F é a força elástica dada em newtons, k é a constante elástica da mola (em N/m) e 𝑥 é a deformação (em metros). O sinal usado é negativo devido à força elástica ser uma força restauradora sempre contrária ao sentido do movimento. De acordo com a 2ª Lei de Newton, 𝐹𝑅 = 𝑚𝑎, (2) em que FR é a força resultante, em newtons, atuando no sistema; m a massa em quilogramas e 𝑎 a aceleração. Como a força resultante no corpo é apenas a força elástica. −𝑘𝑥 = 𝑚𝑎, Analisando que no MHS, a aceleração 𝑎 pode ser escrita em função da posição 𝑥 e da frequência angular 𝜔, 𝑎 = −𝜔2𝑥. Portanto, −𝑘𝑥 = −𝑚𝜔2𝑥 𝜔2 = 𝑘 𝑚 . Como a frequência angular 𝜔 e o período 𝑇 estão relacionados através da Eq. 3, 𝜔 = 2𝜋 𝑇 , (3) tem-se que 𝑇 = 2𝜋√ 𝑚 𝑘 . (4) em que o período é dado com unidade de segundos (s). Como foram realizadas várias medidas de oscilações, torna-se importante calcular a média, desvio-padrão e as incertezas, isso para ter um período de oscilação próximo do valor teórico. Portanto, para calcular o período médio 𝑡̅ das oscilações do sistema massa-mola, utiliza-se a Eq. 5 �̅� = 1 𝑛 ∑ 𝑇𝑖 𝑛 𝑖=1 , (5) onde t são as medidas dos períodos e n o número de medidas. Para obter o desvio padrão 𝑆 das medidas dos períodos das oscilações realizadas foi utilizada a Eq. 6, 𝑆 = √ 1 𝑛 − 1 ∑(𝑇𝑖 − �̅�𝑖)2 𝑛 𝑖=1 . (6) Para realizar os cálculos das incertezas deve-se utilizar as equações 7, 8 e 9, respectivamente. A incerteza do tipo a 𝜎𝑎 que está associada ao número de medidas é obtida pela Eq. 7, 𝜎𝑎 = 𝑆 √𝑛 . (7) A incerteza do tipo b 𝜎𝑏 é a incerteza do instrumento de medição utilizado no procedimento experimental. Por fim, a incerteza do tipo c, 𝜎𝑐, é a incerteza combinada entre as duas incertezas citadas anteriormente calculada pela Eq. 8 𝜎𝑐 = √𝜎𝑎2 + 𝜎𝑏2. (8) 2. OBJETIVOS 2.1. OBJETIVO GERAL Determinar experimentalmente o valor do período em um sistema massa- mola. Além disso, discutir acerca dos valores obtidos experimental e teoricamente. 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Estudar o movimento harmônico simples (MHS) de um oscilador linear; Calcular o período teórico 𝑇teórico; Determinar o período experimental (𝑇experimental) da oscilação; Determinar o erro relativo (𝜀) entre o período teórico e experimental. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 MATERIAIS UTILIZADOS A Figura 2, mostra o aparato utilizado para a realização do procedimento experimental composto por um arete da marca Cidepe (1); uma mola com constante elástica de 20 N/m (2); um conjunto de massa (3); balança digital (4); e um celular com cronômetro (5). Figura 2. Aparato experimental utilizado (Fonte: os autores). 3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Primeiramente, mediu-se o conjunto massa na balança digital e obteve-se 0,158 kg. Prendeu-se uma extremidade da mola no conjunto massa e outra no arete. O conjunto massa-mola foi distendido até uma um deslocamento arbitrário, então foi solto. Foi utilizado o cronômetro de um celular para medir o período de três oscilações completas do sistema por dez vezes. Os valores obtidos foram inseridos na Tabela 1. Nº da medida Período (s) 1 1,71 2 1,75 3 1,65 4 1,62 5 1,80 6 1,71 7 1,70 8 1,63 9 1,62 10 1,62 Tabela 1. Período de oscilação do sistema massa-mola. A partir dos dados da Tabela 1, pode-se calcular o período médio �̅�, o desvio padrão 𝑆 e as incertezas 𝜎𝑎, 𝜎𝑏 e 𝜎𝑐. Para o período médio de oscilação, foi utilizada a Eq. 5, �̅� = 16,81 10 = 1,681 𝑠. O desvio-padrão 𝑆 das medidas é obtida é dado pela Eq. 6, 𝑆 = 0,06297265721 𝑠. Sabendo-se que a incertezas 𝜎𝑎 é determinada por meio da relação entre o desvio- padrão e a raiz do número de medidas conforme a Eq. 7, 𝜎𝑎 = 0,06297265721 √10 = 0,02 𝑠. Visto que a incerteza tipo b 𝜎𝑏 é obtida por meio da precisão do instrumento de medida, tem-se que 𝜎𝑏 = 0,01 𝑠. Por fim, a incerteza tipo c 𝜎𝑐 resulta a partir da Eq. 8 que relaciona as duas incertezas obtidas anteriormente. 𝜎𝑐 = √(0,02)2 + (0,01)2 = 0,02 𝑠. Feito isso, os resultados podem ser vistos na Tabela 2. �̅� 1,681 𝑠 Desvio padrão (S) 0,06297265721 𝑠 𝜎𝐴 0,02 𝑠 𝜎𝐵 0,01 𝑠 𝜎𝐶 0,02 𝑠 �̅� ± 𝜎𝐶 1,68 ± 0,02 𝑠 Tabela 2.Dados das oscilações do sistema massa-mola. Sabendo-se que 𝑚 = 0,158 𝑘𝑔 e 𝑘 = 20 𝑁 𝑚⁄ , tem-se, o período teórico 𝑇teórico é obtido pela Eq. 4, 𝑇teórico = 2𝜋√ 0,158 20 = 0,56 𝑠. Por outro lado, o período experimental equivale ao períodode três oscilações. Logo, 𝑇experimental é obtido pela Eq. 9, 𝑇experimental = �̅� 3 . (9) Sabendo-se que o período médio é �̅� = 1,68 𝑠, e a incerteza 𝜎𝑐 = 0,02 𝑠, o tempo experimental será 𝑇experimental = 1,68 3 = (0,56 ± 0,02)𝑠. A partir dos tempos obtidos teoricamente e experimentalmente, pôde-se calcular o erro relativo 𝜀 em porcentagem utilizando a Eq. 10, 𝜀 = ( 𝑇teórico − 𝑇experimental 𝑇𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 ) × 100 (10) Desta forma, tem-se que o erro relativo 𝜀 = 0,56 − 0,56 0,56 × 100 = 0 %. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Conforme descrito no procedimento experimental, mediu-se o tempo necessário para o conjunto massa-mola realizar três oscilações, sendo que este procedimento se repetiu por dez vezes com os tempos obtidos estão dispostos na Tabela 1. Posteriormente obteve-se o período teórico de apenas uma oscilação, o período experimental e o erro relativo, conforme a Tabela 2. 𝑇experimental + 𝜎𝑐 (s) 𝑇teórico (s) 𝜀 (%) 0,56 ± 0,02 0,56 0 Tabela 2. Resultados dos períodos oscilatórios e o erro relativo. De acordo com a Tabela 2, observa-se que o período experimental é igual ao período teórico, isso se deu por conta dos arredondamentos estabelecidos para duas casas decimais após a virgula. Portanto, como os períodos são iguais a 0,56 s, o erro relativo é nulo. No entanto, é importante ressaltar que segundo a literatura, nenhuma grandeza física é exata. Desta forma, deve-se considerar a incerteza de 0,02 s para o período experimental, assim, tem-se um erro relativo máximo de ± 3,57 %. Por fim, os resultados obtidos são bastante precisos, pois possuem uma pequena incerteza e, consequentemente, um pequeno erro relativo, mostrando assim a eficácia do experimento realizado. 5. CONCLUSÃO De acordo os resultados obtidos experimentalmente, conclui-se que há uma pequena variação do período em relação à teoria, isso ocorreu por conta da imprecisão humana ao medir o tempo de oscilação do sistema massa-mola No entanto, a incerteza de 0,02 s determina um erro de 3,57% que está dentro dos padrões literários. Pode-se afirmar, então, que o procedimento experimental está dentro dos padrões previsto pela teoria do Movimento Harmônico Simples (MHS), uma vez que os períodos encontrados são de 0,56 s para o experimento e para a teoria. Este erro estimado pode ser minimizado ainda mais a partir do momento em que o procedimento experimental for realizado em um local que não haja interferência do ar, utilizando-se um cronômetro acoplado ao sistema para que não haja interferências externas na obtenção do período de oscilação do sistema harmônico simples. 6. BIBLIOGRAFIA HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física: Gravitação, ondas e termodinâmica. 9 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física para Cientistas e Engenheiros. Mecânica, oscilações e ondas, termodinâmica. 6 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. JEWETT JR, J. W.; SERWAY, R. A. Física para cientistas e engenheiros: Oscilações, ondas e ondas, termodinâmica. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
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