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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI 
FELIPE NASCIMENTO ROMANO 
GABRIEL DE OLIVEIRA ALVES PEREIRA 
PATOLOGIA DO REVESTIMENTO EXTERNO EM 
ARGAMASSA EM EDIFÍCIOS 
 
SÃO PAULO 
2011 
 
 
2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Professor Me. Eng. Fernando José Relvas 
 
 
FELIPE NASCIMENTO ROMANO 
GABRIEL DE OLIVEIRA ALVES PEREIRA 
PATOLOGIA DO REVESTIMENTO EXTERNO EM 
ARGAMASSA EM EDIFÍCIOS 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado como exigência parcial 
para a obtenção do título de Graduação 
do Curso de Engenharia Civil da 
Universidade Anhembi Morumbi 
 
 
 
3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho____________ em: ____ de_______________de 2011. 
 
______________________________________________ 
Professor Me. Eng. Fernando José Relvas 
_ 
SÃO PAULO 
2011 
FELIPE NASCIMENTO ROMANO 
GABRIEL DE OLIVEIRA ALVES PEREIRA 
PATOLOGIA DO REVESTIMENTO EXTERNO EM 
ARGAMASSA EM EDIFÍCIOS 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado como exigência parcial 
para a obtenção do título de Graduação 
do Curso de Engenharia Civil da 
Universidade Anhembi Morumbi 
 
 
 
 
4
Nome do professor da banca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aos familiares e amigos que nos apoiaram. 
Aos que cederam tempo, conhecimento e outras formas de contribuição para o 
desenvolvimento deste trabalho. 
Aos que se interessam e pretendem adquirir o conhecimento agregado neste 
trabalho. 
 
 
 
 
Comentários:_________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
 
5
AGRADECIMENTOS 
 
 
A todos os professores que durante o curso compartilharam seus conhecimentos. 
 
Aos professores Fernando José Relvas, Wilson Shoji Iyomasa e Calebe Paiva 
Gomes de Souza que acompanharam e orientaram o desenvolvimento deste 
trabalho. 
 
Aos familiares e amigos que durante o curso de graduação nos apoiaram a tomar 
decisões e superar obstáculos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6
RESUMO 
 
 
Forte expansão no setor imobiliário da cidade de São Paulo faz com que as obras 
reduzam os prazos e acelerem seus processos construtivos, prejudicando a 
qualidade de execução das etapas construtivas. Com a falta de fiscalização e, 
principalmente, falta de conhecimento técnico, as obras registram cada vez mais 
ocorrências patológicas nos diversos sistemas construtivos. Esta pesquisa estuda e 
analisa as diversas patologias em revestimento externo feitos em argamassa, 
sistema construtivo tradicionalmente usado em fachadas de edificações na cidade 
de São Paulo. 
 
 
Palavras Chave: Revestimento em argamassa, patologias, fachadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7
ABSTRACT 
 
 
Large increase at SP’s real estate sector made the constructors speed up their 
constructive process and reduce the deadline of the build. With the lack of inspection 
and, specially, the lack of technique knowledge, the builds register more pathologic 
occurrences in all of the constructive systems. This research studies and analyse the 
several pathologies in the mortar outer coating, constructive system traditionally used 
at SP’s facade buildings. 
 
 
Key Worlds: Mortar outer coating, pathology, facade. 
 
 
 
 
 
8
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 2.1- Fluxograma esquemático do acompanhamento do serviço de 
revestimento. ......................................................... Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.2– Ensaio de determinação de resistência de aderência a tração. ........ Erro! 
Indicador não definido. 
Figura 2.3– Dinamômetro utilizado para realização dos ensaios.Erro! Indicador não 
definido. 
Figura 2.4 – Exemplo de uma fachada recebendo o ensaio de percussão e detalhe 
do martelo dotado de ponta de borracha. ............. Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.5 - Detalhes do ensaio de dureza superficial em argamassa.Erro! Indicador 
não definido. 
Figura 2.6 - Detalhes do ensaio de dureza superficial em argamassa.Erro! Indicador 
não definido. 
Figura 2.7Fonte Toten engenharia e tecnologia (2011) Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.8Fonte Toten engenharia e tecnologia (2011) Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.9– Detalhe de fixação da alvenaria com equipamento adequado (bisnaga 
aplicadora). ........................................................... Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.10– Detalhe de uma estrutura convencional sem tratamento e apresentando 
resíduos de desmoldantes, de nata de cimento,orifícios, pontas de ferro e 
madeira. ................................................................ Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.11 – Escovação manual com escova dotada de cerdas de aço. ............ Erro! 
Indicador não definido. 
Figura 2.12– Limpeza da estrutura com aparelho eletromecânico de baixa rotação.
 .............................................................................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.13 – Detalhe de uma superfície corretamente limpa e com sua porosidade 
superficial destacada............................................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.14 - Lavagem das bases com equipamento tipo jato d’água em forma de 
leque. .................................................................... Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.15 - Lavagem das bases com equipamento tipo jato d’água em forma de 
leque. .................................................................... Erro! Indicador não definido. 
 
 
9
Figura 2.16 - Detalhes de chapisco virado em obra aplicado manualmente. ....... Erro! 
Indicador não definido. 
Figura 2.17 - Detalhes de chapisco virado em obra aplicado manualmente. ....... Erro! 
Indicador não definido. 
Figura 2.18– Aplicação do chapisco industrializado sob a superfície de concreto.
 .............................................................................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.19- Detalhe do posicionamento dos arames fachadeiros.Erro! Indicador 
não definido. 
Figura 2.20 - Arames fachadadeiros nas fachadas. ..... Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.21 - Detalhes de aplicação da argamassa manualmente.Erro! Indicador 
não definido. 
Figura 2.22 - Detalhes de aplicação da argamassa manualmente.Erro! Indicador 
não definido. 
Figura 2.23 - Detalhes de aplicação da argamassa tipo projetada com equipamento 
de lançamento de argamassa com alta pressão. .. Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.24 - Detalhes de aplicação da argamassa tipo projetada com equipamento 
de lançamento de argamassa com alta pressão. .. Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.25 - Detalhes de distorção e desalinhamento entre estrutura e alvenaria que 
será corrigida com aumento de espessura de argamassa de revestimento 
externo. ................................................................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.26 - Detalhes de distorção e desalinhamento entre estrutura e alvenaria que 
será corrigida com aumento de espessura de argamassa de revestimento 
externo. ................................................................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.27 – Fissuras decorrentes de traço mal feito . Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.28 - Perda de água de amassamento por via capilar.Erro! Indicador não 
definido. 
Figura 2.29 - Perda de água deamassamento por via capilar.Erro! Indicador não 
definido. 
Figura 2.30 - Fissuramento por toda extensão da fachada.Erro! Indicador não 
definido. 
Figura 2.31 - Fissuramento por toda extensão da fachada.Erro! Indicador não 
definido. 
Figura 2.32 - Detalhes de fissuramento na argamassa acompanhando as juntas de 
assentamento da alvenaria. .................................. Erro! Indicador não definido. 
 
 
10 
Figura 2.33 - Detalhes de fissuramento na argamassa acompanhando as juntas de 
assentamento da alvenaria. .................................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.34 - Desplacamento da argamassa da base devido à falha de aderência.
 .............................................................................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.35 - Desplacamento da argamassa da base devido à falha de aderência.
 .............................................................................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.36 – Desplacamento da argamassa de revestimento externo devido a falhas 
no preparo de base. .............................................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.37 - Exemplo de uma falha de preparo de base que futuramente poderá 
gerar uma falha de aderência entre as camadas do revestimento. ............... Erro! 
Indicador não definido. 
Figura 2.38- Movimentações térmicas diferenciadas. .. Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.39 - Movimentações térmicas diferenciadas. . Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.40 – Demonstrativo de fissura por movimentações térmicas diferenciadas.
 .............................................................................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.41 – Demonstrativo de uma fissura na interface alvenaria/viga. ............ Erro! 
Indicador não definido. 
Figura 2.42 - Fissuramento na fachada devido à movimentação térmica em lajes de 
cobertura. .............................................................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.43 - Fissuramento na fachada devido à movimentação térmica em lajes de 
cobertura. .............................................................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.44 – Fissura no encontro ................................ Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.45 – Detalhe da figura anterior. ...................... Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.46 – Detalhe da contra-verga e verga recomendadas para cantos de 
aberturas. .............................................................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.47 – Características das fissuras. .................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.48 – Fissura no canto inferior da fachada devido a falha nas dimensões de 
contra-verga. ......................................................... Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.49 – Detalhe da fotografia anterior, demonstrando a fissura na argamassa 
no canto da janela. ................................................ Erro! Indicador não definido. 
Figura 2.50- Amarração Química: é exercida pela ligação do chapisco aplicado sobre 
a estrutura, com argamassa de assentamento vertical (plena e comprimida), em 
face de costura exercida pela cristalização do cimento na porosidade aberta do 
chapisco. ............................................................... Erro! Indicador não definido. 
 
 
11 
Figura 2.51- Ilustração genérica deste tipo de fissuração.Erro! Indicador não 
definido. 
Figura 2.52 - Ilustração genérica deste tipo de fissuração.Erro! Indicador não 
definido. 
Figura 2.53 - Detalhe fachada com eflorescências. ..... Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.1 – Localização .............................................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.2 – Localização. ............................................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.3 - Localização. .............................................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.4– Corte do revestimento argamassado ilustrando suas camadas ........ Erro! 
Indicador não definido. 
Figura 5.5– Fachada Lateral direita .............................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.6 - Fissuramento da argamassa no 27° pavimento - Fachada Posterior Erro! 
Indicador não definido. 
Figura 5.7 - Fissuramento da argamassa no 26° pavimento - Fachada Frontal ... Erro! 
Indicador não definido. 
Figura 5.8– Fissura na ligação pilar/alvenaria. ............. Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.9– Fissura na ligação pilar/alvenaria – Barrilete.Erro! Indicador não 
definido. 
Figura 5.10– Fissura na região de encunhamento- Apartamento de cobertura – 
Fachada Frontal .................................................... Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.11– Fissura na região de encunhamento- Apartamento de cobertura – 
Fachada Posterior ................................................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.12– Fissura na região de encunhamento - Apartamento de cobertura – 
Fachada lateral esquerda. ..................................... Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.13– Fissura na região de encunhamento- Apartamento de cobertura – 
Fachada lateral direita. .......................................... Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.14– Fissura no canto da janela. ..................... Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.15– Fissura no canto da janela, por dentro do apartamento 132. .......... Erro! 
Indicador não definido. 
Figura 5.16– Fissura no canto inferior da janela, fachada posterior.Erro! Indicador 
não definido. 
Figura 5.17– Fissura no canto inferior da janela, fachada posterior.Erro! Indicador 
não definido. 
 
 
12 
Figura 5.18– Desplacamento da pingadeira em torno das janelas.Erro! Indicador 
não definido. 
Figura 5.19– Desplacamento da pingadeira ................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.20– Desplacamento da moldura do terraço, fachada frontal.Erro! Indicador 
não definido. 
Figura 5.21 – Ampliação da fotografia anterior............. Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.22– Desplacamento da moldura do terraço, fachada frontal 9° andar tipo.
 .............................................................................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.23– Desplacamento da moldura do terraço, fachada frontal 4 ° andar tipo.
 .............................................................................. Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.24– Ilustração das anomalias (Fissuras em vermelho).Erro! Indicador não 
definido. 
Figura 5.25– Fissura no peitoril dos terraços. .............. Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.26– Fissura no peitoril dos terraços. (Face interna).Erro! Indicador não 
definido. 
Figura 5.27– Fissura no peitoril dos terraços. (Face interna, apartamento 201). . Erro! 
Indicador não definido. 
Figura 5.28– Fissura na ancoragem do gradil metálico. (Apartamento 142). ....... Erro! 
Indicador não definido. 
Figura 5.29– Trinca junto aos cantos da fachada ......... Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.30– Trinca na moldura externa (Fachada frontal)Erro! Indicador não 
definido. 
Figura 5.31– Trinca na moldura externa (Fachada posterior)Erro! Indicador não 
definido. 
Figura 5.32– Trinca na moldura externa (Fachada posterior)Erro! Indicador não 
definido. 
Figura 5.33– Trinca na moldura externa (Fachada frontal – Vista 14°andar) ....... Erro! 
Indicador não definido. 
Figura 5.34– Trinca horizontal na alvenaria de fechamaneto do andar térreo, fachada 
frontal. ................................................................... Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.35– Trinca horizontal na alvenaria de fechamaneto do andar térreo, fachada 
lateral direita. ......................................................... Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.36–Trinca vertical na alvenaria de fechamento do andar térreo, fachada 
lateral direita. ......................................................... Erro! Indicador não definido. 
 
 
13 
Figura 5.37– Trinca vertical na alvenaria de fechamento do andar térreo, fachada 
lateral direita. ......................................................... Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.38– Desplacamento da textura, fachada lateral esquerda.Erro! Indicador 
não definido. 
Figura 5.39– Desplacamento da textura, fachada posterior.Erro! Indicador não 
definido. 
Figura 5.40– Vista geral da fachada lateral esquerda e posterior.Erro! Indicador não 
definido. 
Figura 5.41– Detalhe das manchas escuras no revestimento externo (ultimo 
pavimento) ............................................................ Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.42– Mancha escura na cobertura, fachada lateral esquerda.Erro! Indicador 
não definido. 
Figura 5.44 - Fissura percorrendo todo emboço .......... Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.45 – Ausência de contra-verga ...................... Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.46 – Janela de inspeção J2 ............................ Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.47 – Fissura na ligação pilar/alvenaria ........... Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.48 – Fissura percorrendo todo emboço .......... Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.49 – Localização da janela J3 ........................ Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.50 - Detalhe da fissura percorrendo toda região do emboçoErro! Indicador 
não definido. 
Figura 5.51 - Detalhe da tela tipo “galinheiro” .............. Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.52 – Localização da fissura ............................ Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.53 –Pedaços de madeira na argamassa. ....... Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.54 – Detalhe da fissura apenas na região de textura.Erro! Indicador não 
definido. 
Figura 5.55 – Localização da janela J5 Fonte: Pacelli & RaguebErro! Indicador não 
definido. 
Figura 5.56 – Fissuração da moldura da janela ........... Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.57 – Detalhe da não ancoragem da ferragem da moldura ao pilar. ....... Erro! 
Indicador não definido. 
Figura 5.58 - Detalhe da ausência de contra-verga. .... Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.59 – Detalhe da peça de moldura destacada. Erro! Indicador não definido. 
Figura 5.60 – Amostra da moldura com corrosão da ferragem.Erro! Indicador não 
definido. 
 
 
14 
Figura 5.43 – Localização da janela de inspeção ......... Erro! Indicador não definido. 
 
 
 
 
 
15 
Conteúdo 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 18 
1.1 Objetivos .................................................................................................................... 19 
1.1.1 Objetivo Geral ......................................................................................................... 19 
1.1.2 Objetivo Específico ................................................................................................ 20 
1.2 Justificativas ............................................................................................................. 20 
1.3 Abrangência .............................................................................................................. 21 
1.4 Estrutura do Trabalho ............................................................................................ 22 
2 ARGAMASSA DE REVESTIMENTO EXTERNO .............................................. 24 
2.1 Normas e Especificações ...................................................................................... 24 
2.2 Ensaios ....................................................................................................................... 28 
2.3 Tipos de argamassas e suas propriedades ..................................................... 32 
2.4 Funções da Argamassa ......................................................................................... 33 
2.5 Métodos de Execução de revestimento externo em argamassa ................ 34 
2.5.1 Diretrizes para execução ...................................................................................... 35 
2.5.2 Treinamento ............................................................................................................ 35 
2.5.3 Recebimento da Argamassa ................................................................................ 36 
2.5.4 Execução ................................................................................................................. 37 
2.6 Anomalias em Argamassa de Revestimento Externo ................................... 49 
2.6.1 Irregularidades geométricas (desvios do plano, 
requadramentos,arestamentos tortuosos etc) .............................................................. 50 
2.6.2 Fissuras ................................................................................................................... 50 
2.6.3 Traço inadequado .................................................................................................. 51 
2.6.4 Teor excessivo de finos ........................................................................................ 52 
2.6.5 Material argiloso na areia ..................................................................................... 52 
2.6.6 Excessiva absorção da base ............................................................................... 52 
2.6.7 Excessiva evaporação (insolação, ventos) ....................................................... 53 
 
 
16 
2.6.8 Fissuras horizontais ............................................................................................... 54 
2.6.9 Fissuras verticais ou inclinadas ........................................................................... 57 
2.6.10 Fissuras mapeadas, com espaçamentos/aberturas regulares ................... 58 
2.6.11 As fissuras situadas junto aos cantos inferiores e/ou superiores das 
aberturas ............................................................................................................................. 61 
2.6.12 Trincas verticais situadas na interface entre as alvenarias e pilares ........ 63 
2.6.13 Eflorescência ...................................................................................................... 65 
3 MÉTODO DE TRABALHO ................................................................................ 67 
4 MATERIAIS E FERRAMENTAS ........................................................................ 68 
5 PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS: EDIFÍCIO PRÍNCIPE DE GALES............ 69 
5.1 Localização ............................................................................................................... 69 
5.2 Características do edifício .................................................................................... 70 
5.2.1 Caracterização das camadas e materiais constituintes dos revestimentos do 
edifício ................................................................................................................................. 71 
5.3 Inspeções e ensaios realizados ........................................................................... 72 
5.3.1 Ensaio de inspeção por percussão ..................................................................... 72 
5.3.2 Ensaio de inspeção visual .................................................................................... 73 
5.3.3 Ensaio tipo janela de inspeção ............................................................................ 84 
6 ANÁLISE DOS RESULTADOS ......................................................................... 91 
6.1 Fissuras mapeadas .................................................................................................91 
6.2 Fissura do tipo amarração alvenaria-pilar ........................................................ 92 
6.3 Fissuração na região de topo de alvenaria e fundo de viga ........................ 92 
6.4 Fissura do tipo “bigode” ....................................................................................... 92 
6.5 Trincas e desplacamento das molduras e pingadeiras da fachada .......... 93 
6.6 Fissura e desplacamento nos peitoris de alvenaria do terraço .................. 94 
 
 
17 
6.7 Trincas nas molduras verticais externas .......................................................... 94 
6.8 Desplacamento do revestimento na fachada................................................... 94 
6.9 Manchas escuras na fachada ............................................................................... 95 
7 CONCLUSÕES .................................................................................................. 96 
8 RECOMENDAÇÕES.......................................................................................... 98 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 99 
ANEXO A ................................................................................................................ 101 
 
 
 
 
18 
1 INTRODUÇÃO 
 
Na antiguidade, a maioria das edificações residenciais eram construções da união 
de alvenaria, revestimentos rudimentares à base de argila e blocos de vedação com 
função também estrutural. Na grande maioria eram utilizados blocos cerâmicos 
assentados com mistura de argila (saibro) e em algumas edificações mais 
sofisticadas utilizavam como assentamento e revestimento externo a mistura de cal 
e areia. Com a mistura de pedras de calcário e argila no século 19, foi desenvolvido 
o cimento Portland e consequentemente as edificações obtiveram maior 
desempenho estrutural. Gradualmente a utilização do cimento veio substituir estes 
métodos rudimentares de construção. 
 
As construções mais antigas, feitas em alvenaria, sem estrutura de concreto armado 
convencional (alvenaria estrutural), tinham as solicitações de cargas distribuídas 
mais uniforme, fazendo da estrutura um corpo monolítico, consequentemente os 
revestimentos externos apresentavam menos sinais de solicitações de estruturas 
deformáveis, como, apresentação de fissuras ou desplacamento do revestimento. 
 
O estudo da tecnologia do concreto armado, dos seus materiais e suas 
características, facilitou a construção de edificações mais esbeltas com vãos 
maiores, consequentemente mais deformações e mais solicitações sobre as 
alvenarias. Com o tempo, muitas dessas novas edificações começaram a apresentar 
diversas fissuras, consequência da diferença de movimentação das bases (estrutura 
de concreto armado e alvenaria de vedação) e os revestimentos externos. 
 
Nos dias atuais, a especulação imobiliária fez com que cada espaço dentro da 
edificação ficasse mais valorizado. E para liberação de mais área dentro da 
edificação, as dimensões e quantidade de pilares são reduzidas, aumentando os 
vãos das lajes e vigas. Consequentemente as vigas exercem solicitações sobre as 
alvenarias as quais não haviam antigamente. As alvenarias que trabalhavam a 
compressão agora estão eventualmente sobre tração e cisalhamento agravando a 
situação do revestimento externo. 
 
 
19 
O concreto armado antigamente possuía em média resistência à compressão de 18 
a 20 MPa e sua execução era rústica e sem um controle dos seus componentes, o 
que resultava um material de superfície ligeiramente porosa. Porém, hoje, com a 
evolução de seus materiais e do controle das misturas dos agregados, suas 
resistências foram elevadas para a ordem de 30 a 40 MPa, como conseqüência, o 
concreto ficou mais denso e sua porosidade foi sensivelmente reduzida. 
 
Como efeito da redução da porosidade nessa evolução do concreto armado, a 
superfície fica muito mais lisa, o que dificulta a aderência dos revestimentos e 
argamassas de fixação das alvenarias, agravando ainda mais os riscos de 
ocorrência de anomalias nos revestimentos, prejudicando as condições estéticas das 
edificações. 
 
1.1 Objetivos 
 
Este trabalho aborda as patologias mais frequentes, que ocorrem nos revestimentos 
externos executados em argamassa de edifícios residenciais. 
 
São discutidas as origens dessas patologias, sem a preocupação de apresentar 
propostas de soluções técnicas. 
 
1.1.1 Objetivo Geral 
 
O objetivo do presente trabalho é reconhecer, distinguir e registrar as anomalias que 
ocorrem nos revestimentos externos em argamassa das fachadas de edificações 
residenciais. 
 
A pesquisa efetuada visou também analisar as anomalias com maior incidência 
nesse tipo de revestimento externo, buscando ainda reconhecer e determinar suas 
prováveis origens. 
 
 
 
 
 
20 
1.1.2 Objetivo Específico 
 
O objetivo específico da pesquisa é realizar levantamento sistemático em fachadas 
externas construídas em argamassa, utilizando ferramentas simples de 
levantamento de campo, bem como, por meio de conhecimento tácito da engenharia 
civil. 
 
O trabalho teve por finalidade também realizar a identificação e a classificação das 
anomalias do revestimento externo. 
 
 
1.2 Justificativas 
 
A velocidade de construção das obras hoje em dia, fez com que a maioria das 
etapas da construção fosse acelerada, com isso, cada vez mais o item qualidade 
nas construções fica mais difícil de ser obtido. A redução do tempo na execução dos 
processos construtivos e aliado a prática de redução dos custos, está gerando sérias 
consequências na qualidade final da obra. 
 
O revestimento externo é utilizado como uma ferramenta para baixar custo e 
acelerar a produção da obra, consequentemente etapas cruciais de produção do 
revestimento externo estão sendo sacrificadas. 
 
Estas falhas de produção em etapas básicas de produção é umas das principais 
causas geradoras de anomalias no revestimento externo (fachada). Sabe-se que 
estas patologias possuem diversas origens, não apenas na etapa de produção, mas 
também oriunda de uma falha de projeto (muitas vezes o empreendimento não 
possui projeto específico de produção de fachadas), mas também como uma falha 
na escolha dos materiais, falha nos processos executivos ou mesmo falha de 
utilização do edifício pelos moradores. 
 
Dentro dos diversos tipos de revestimento externo como: revestimento cerâmico, 
concreto aparente, placas pré-moldadas e outros, possuem suas características e 
peculiaridades, consequentemente suas deficiências; porém, o tema de revestimento 
 
 
21 
em argamassa foi escolhido devido à diversificação de anomalias no mesmo e a 
grande quantidade de obras em São Paulo que utiliza este tipo revestimento como 
acabamento final. 
 
O desenvolvimento da presente pesquisa justifica-se no entendimento sobre estes 
materiais e seu comportamento que ajudará a desenvolver tecnicamente nas 
empresas melhores resultados qualitativos, na tentativa de reduzir as anomalias 
neste tipo de revestimento. 
 
O custo do revestimento de fachada é da ordem de 3% a 8% do valor total de uma 
obra, porém os danos de anomalias no revestimento externo podem ser desastrosos 
para as construtoras devido ao elevado custo de recuperação e, financeiramente, 
(publicidades) acabam gerando uma mancha na imagem da empresa, onde o 
revestimento externo pode ser comparado como um raio X da obra e a qualidade do 
revestimento externo (fachada) está sendo generalizado como qualidade de toda a 
edificação. 
 
Devido ao descontentamento técnico do consumidor final, as construtoras estão 
sendo obrigadas a criar a disciplina “fachada” em seus diretórios de produção e não 
observar a parte de revestimento externo apenas comodetalhes arquitetônicos. 
 
 
1.3 Abrangência 
 
O presente trabalho abrange as principais características das argamassas de 
revestimento externo, assim como: Propriedades, impermeabilização, isolamento 
acústico, isolamento térmico, métodos de aplicação, acabamento e resistências 
mecânicas (propriedades mecânicas). 
 
O foco principal deste trabalho está no estudo das manifestações patológicas no 
revestimento externo em argamassa, descrevendo as anomalias de maiores 
ocorrências em revestimentos de argamassa. Com estes estudos, será realizada 
uma descrição específica das principais anomalias localizadas no edifício em 
questão no estudo de caso. 
 
 
22 
 
São relatados alguns métodos de investigação (mapeamento e localização de 
anomalias). 
 
Neste trabalho, não se abordam ensaios de laboratórios especializados para 
investigação das anomalias do revestimento externo no edifício em estudo de caso; 
Ensaios como: ensaio de extração de testemunhos para argamassa, ensaios de 
carbonatação e outros. 
 
Não estão abordadas neste trabalho outras manifestações patológicas do edifício 
em estudo de caso, que não seja manifestações patológicas em argamassa de 
revestimento externo. 
 
 
1.4 Estrutura do Trabalho 
 
Este trabalho contêm oito capítulos, sendo que o capítulo 4 abrange as argamassas 
de revestimento externo, ressaltando suas propriedades físicas, mecânicas, 
durabilidade, impermeabilidade, proteção acústica, proteção mecânica, estética, 
ensaios, acabamento e suas principais anomalias. 
 
Nesse mesmo capítulo 4, são abordadas as principais etapas de execução do 
revestimento externo, contemplando as etapas de limpeza e preparo de 
base(concreto e alvenaria), lavagem e aplicação de chapisco, taliscamento e 
verificação das propriedades do chapisco após a cura e aplicação da argamassa de 
revestimento externo e acabamento. 
 
O capítulo 5 contempla o estudo de caso, onde foram investigadas as manifestações 
patológicas no revestimento externo do edifício Príncipe de Gales (São Paulo), 
descrevendo sua localização exata, características do edifício (números de 
pavimentos, tipo de estrutura, tipo de alvenaria, tipo de acabamento final), métodos 
de investigação das anomalias (Inspeção visual e "in loco" através de descida de 
balancim junto à fachada) e ferramentas utilizadas na busca de dados, descrição e 
mapeamento das anomalias (cadastramento em planta das anomalias). 
 
 
23 
 
Será realizado um diagnóstico especifico deste edifício designando as origens 
destas manifestações patológicas, assim como, será descrito possíveis métodos de 
recuperação para este edifício. 
 
No capítulo 6, são descritas as interpretações de resultados de ensaios e 
investigação das anomalias localizadas no edifício em estudo de caso (Edifício 
Príncipe de Gales), relacionado com falhas comum de projeto, execução e 
manutenção em edifícios de revestimento externo em argamassa. 
 
O capítulo 7 abrange a conclusão deste trabalho e capítulo 8 abrange as 
recomendações, seguidos pelas referências e anexos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
2 ARGAMASSA DE REVESTIMENTO EXTERNO 
 
2.1 Normas e Especificações 
 
Este capítulo irá listar as principais normas e especificações da Associação 
Brasileira de Normas Técnicas relacionadas a argamassas para revestimento: 
 
NBR 7200 (ABNT, 1998) - Execução de revestimento de paredes e tetos de 
argamassas inorgânicas – Procedimento. 
 
A NBR 7200 especifica padrões ideais de execução do revestimento de modo a 
evitar anomalias posteriores à execução. A norma abrange o assunto passo a passo 
desde o projeto do revestimento até o acompanhamento da execução. A seguir na 
página seguinte, um fluxograma esquemático das etapas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
Figura 2.1- Fluxograma esquemático do acompanhamento do serviço de revestimento. 
Fonte: NBR 7200 (ABNT, 1998) 
 
 
 
26 
 
� NBR 13277 (ABNT, 2005a) - Argamassa para assentamento e revestimento 
de paredes e tetos - Determinação da retenção de água. 
 
Esta norma especifica métodos para determinar o fator de retenção de água da 
argamassa. 
 
 
� NBR 13278 (ABNT, 2005b) - Argamassa para assentamento e revestimento 
de paredes e tetos - Determinação da densidade de massa e do teor de ar 
incorporado. 
 
Esta Norma estabelece o método para determinação da densidade de massa e do 
teor de ar incorporado em argamassas no estado fresco, destinadas ao 
assentamento e revestimento de paredes e tetos. 
 
 
� NBR 13279 (ABNT, 2005c) - Argamassa para assentamento e revestimento 
de paredes e tetos – Determinação da resistência à tração na flexão e à 
compressão. 
 
Esta Norma estabelece o método para determinação da resistência à tração na 
flexão e da resistência à compressão de argamassas para assentamento e 
revestimento de paredes e tetos, no estado endurecido. 
 
� NBR 13280 (ABNT, 2005d) - Argamassa para assentamento e revestimento 
de paredes e tetos - Determinação da densidade de massa aparente no 
estado endurecido. 
 
Esta Norma estabelece o método para determinação da densidade de massa 
aparente de argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos, no 
estado endurecido. 
 
 
 
 
27 
� NBR 13281 (ABNT, 2005e) - Argamassa para assentamento e revestimento 
de paredes e tetos - Determinação da densidade de massa aparente no 
estado endurecido. 
 
Esta Norma especifica os requisitos para argamassa utilizada em assentamento e 
revestimento de paredes e tetos. 
 
 
� NBR 13528 (ABNT, 2010) - Revestimento de paredes e tetos de argamassas 
inorgânicas - Determinação da resistência de aderência à tração. 
 
Esta Norma prescreve o método para a determinação da resistência de aderência à 
tração de revestimento de argamassa aplicados em obra ou laboratório sobre 
substratos inorgânicos não metálicos. 
 
 
� NBR 13749 (ABNT, 1996) - Revestimento de paredes e tetos de argamassas 
inorgânicas – Especificação. 
 
Esta Norma fixa as condições exigíveis para o recebimento de revestimento de 
argamassa inorgânicas aplicadas sobre paredes e tetos de edificações. Esta Norma 
aplica-se ao revestimento de elementos constituídos por concreto e alvenarias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
2.2 Ensaios 
 
Para inspeção das argamassas de revestimento externo aplicada em uma fachada 
são realizados ensaios e testes nas fachadas para determinar sua confiabilidade e 
reduzir a incidência de futuras manifestações patológicas no revestimento externo. 
 
Segundo RAGUEB (2005), os ensaios para determinação da resistência à aderência 
e à tração devem ser executados sobre emboço e/ou sobre o revestimento de 
acabamento quando o desempenho avaliado nas inspeções qualitativas não atender 
aos parâmetros especificados e quando a fiscalização da obra e o projetista julgarem 
necessário. 
 
O ensaio de argamassa mais comum realizado em campo é o de determinação de 
sua resistência de aderência à tração, conforme as especificações da norma NBR 
13528 (ABNT, 2010). 
 
Esse ensaio, que é normalizado, é feito através de forma simples, depois da 
argamassa pronta e devidamente curada, os panos são liberados para o mesmo. 
São feitos pequenos cortes com o auxílio de cerra copo, com dimensões 
conhecidas, de onde mais tarde serão extraídos os corpos de prova. Após 
determinado os trechos e cortados, os corpos de prova são nomeados e neles são 
coladas as pastilhas metálicas com auxílio de adesivo epóxi (Figuras 2.2 e 2.3), 
essas pastilhas têm um suporte que ligado a um dinamômetro, irão aplicar um 
esforço de tração até a rupturado revestimento. NBR 13528 (ABNT, 2010) 
 
 
 
29 
 
Figura 2.2– Ensaio de determinação de 
resistência de aderência a tração. 
Fonte: Segall (2002) 
Figura 2.3– Dinamômetro utilizado para 
realização dos ensaios. 
Fonte: Segall (2002) 
 
 
As várias etapas de execução das fachadas, preparo da base, aplicação do 
chapisco, aplicação do emboço, aplicação do acabamento final, devem ser 
fiscalizadas e testadas por meio de avaliações qualitativas e quantitativas. 
(RAGUEB, 2005) 
 
Para verificação das condições de aderência do revestimento, são aplicados sobre a 
superfície o ensaio percussão, que consiste na aplicação de impactos leves com 
martelo de cabeça de plástico, verificando se ocorrem sons cavos ("ocos"). Este 
ensaio que é adotado pela construtora, não é normalizado e é executado em todos 
os panos do revestimento. (RAGUEB, 2005) 
 
Este processo de investigação é feito somente após a superfície ter idade ideal para 
a execução de pintura. Os pintores sobem as fachadas com as cadeirinhas e 
aplicam golpes com o martelo dotado com ponta de borracha, isto inclui pingadeiras 
e enchimentos. 
 
Quando há detecção de falhas no revestimento, o local é identificado com o auxílio 
de giz de cera ou giz estaca, circulando todo o trecho com som cavo, onde mais 
tarde será avaliado pelo engenheiro da obra que definirá quanto à remoção ou não 
do trecho, isso de acordo com o tamanho, forma e local. Se optado pela remoção da 
área comprometida, identifica-se o ponto de ocorrência de falha (interface entre 
 
 
30 
substrato e chapisco ou chapisco e revestimento) para que possa facilitar a 
identificação do motivo real da causa da degradação. (RAGUEB, 2005) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2.4 – Exemplo de uma fachada recebendo o ensaio de percussão e detalhe do martelo 
dotado de ponta de borracha. 
Fonte: http://www.lepar.com.br/ (2011) 
 
Para a verificação das condições de dureza da superfície, foram realizados os testes 
do risco (Figuras 2.5 e 2.6), que também é uma técnica adotada na empresa e não é 
um ensaio normalizado. O mesmo consiste na execução de riscos cruzados na 
superfície com força constante, utilizando prego de aço, riscadeira de fórmica ou 
material pontiagudo. Devendo ser observado o sulco produzido pelo risco, sendo 
este quanto mais profundo, menor a resistência superficial do revestimento. Este 
teste é executado em uma área aproximada de 1,0m² por lote executado e quando 
constatada a falha no material, o teste é expandido para outros pontos do lote. 
(RAGUEB,2005) 
 
 
31 
 
 
Figura 2.5 
Fonte: Toten engenharia e tecnologia (2011) 
 
Figura 2.6 
Fonte: Toten engenharia e tecnologia (2011) 
Detalhes do ensaio de dureza superficial em argamassa. 
 
É recomendada a execução do teste por lixamento (Figuras 2.7 e 2.8) sobre os 
riscos executados pelo teste anterior, com o objetivo de confirmar ou não, resultados 
obtidos. Sobre a superfície já riscada, realiza-se o lixamento da área (lixa nº 120), 
com movimentos de vai-e-vem por 10 vezes, provocando assim o desgaste da 
superfície. Quando a superfície apresentar baixa resistência, os riscos serão 
"apagados". Confirmando assim o resultado do ensaio anterior. (RAGUEB, 2005) 
 
 
 
Figura 2.7Fonte Toten engenharia e tecnologia 
(2011) 
 
Figura 2.8Fonte Toten engenharia e tecnologia 
(2011) 
Detalhes do ensaio de Lixamento. 
 
 
 
 
 
 
32 
2.3 Tipos de argamassas e suas propriedades 
 
Argamassa é basicamente definida pela NBR 7200 (ABNT, 1998) como uma mistura 
entre aglomerantes, agregados e água. Sendo mais comum a utilização do cimento 
e a cal hidratada como aglomerantes e a areia como agregado. 
 
As argamassas são classificadas da seguinte maneira(FERNANDES; STROBINO; 
DZIURA, 2007, p.6, apud AZEREDO, 1987): 
 
� Argamassa de aderência – chapisco; 
� Argamassa de junta; 
� Argamassa de regularização – emboço; 
� Argamassa de acabamento – reboco; 
� Argamassas especiais – massa única. 
 
 
A argamassa para revestimento deverá apresentar propriedades que irão garantir as 
funções da mesma, assim será possível prever o comportamento do revestimento 
nas situações diversas (BAÍA e SABATTINI, 2000). 
 
No estado fresco a argamassa apresenta cinco propriedades (BAÍA eSABATTINI, 
2000): 
 
a) Massa específica; 
b) Trabalhabilidade; 
c) Retenção de água; 
d) Aderência inicial; 
e) Retração na secagem. 
 
 
Em GUIMARÃES (2002), também são citadas mais algumas propriedades: 
 
a) Consistência; 
b) Retenção da consistência; 
 
 
33 
c) Coesão/ tixotropia 
d) Plasticidade 
 
Ainda segundo BAÍA e SABATTINI (2000), no estado rígido, as propriedades da 
argamassa são: 
 
a) Aderência; 
b) Absorção de deformações; 
c) Resistência mecânica; 
d) Permeabilidade; 
e) Durabilidade. 
 
 
2.4 Funções da Argamassa 
 
Algumas funções das argamassas de revestimento, segundo BAÍA e 
SABATTINI(2000): 
 
� “Proteger os elementos de vedação dos edifícios da ação direta 
dos agentes agressivos; 
 
� Auxiliar as vedações no cumprimento das suas funções, como, 
por exemplo, o isolamento termoacústico e a estanqueidade à 
água e aos gases; 
 
� Regularizar a superfície dos elementos de vedação, servindo de 
base regular e adequada ao recebimento de outros revestimentos 
ou constituir-se no acabamento final; 
 
� “Contribuir para a estética da fachada.” 
 
(FERNANDES; STROBINO; DZIURA, 2007, p.8, apud WIECNEWSKI, 2006) cita 
mais algumas funções da argamassa de revestimento: 
 
� Promover a união dos elementos construtivos; 
� Resistir às solicitações de esforços; 
 
 
34 
� Absorver os esforços e distribuí-los; 
� Protegem a superfície de aplicação contra intempéries. 
 
É importante ressaltar que não é função da argamassa de revestimento regularizar a 
superfície do substrato com imperfeições, falhas no prumo e outras falhas de 
execução. 
 
A função de isolação térmica, segundo THOMAS(2008), é pouco considerada para 
conforto da construção, porém sua existência é de suma importância. A camada de 
argamassa impede que a ação do calor se propague em blocos cerâmicos e em 
outros materiais, transferindo esta sensação térmica para o ambiente interno. 
 
Por se tratar de uma camada regular e com alto grau de consistência, torna a 
superfície com menor poder de reter materiais inertes no ar, fazendo com que s e 
tenha uma superfície mais limpa. Além da possibilidade de manutenção desta 
fachada através de lavagem. (THOMAS, 2008). 
 
Um dos pontos mais notáveis dos revestimentos em argamassa é a facilidade de 
acabamento e sua trabalhabilidade, em vista que podemos criar frisos, molduras, 
faixas e enchimentos que fazem o revestimento ganhar em potencial de acordo com 
a criatividade do projetista e não apenas tenha a função mecânica como proteção e 
isolamento, mas tenha também a função arquitetônica e estética, que é muito 
importante como atrativo de venda.(RAGUEB, 2005) 
 
 
2.5 Métodos de Execução de revestimento externo em argamassa 
 
Para a realização de uma fachada em revestimento externo, deve-se inicialmente 
realizar um projeto de produção que tenha finalidade de determinar materiais, 
geometria, juntas, reforços, pré-moldados, acabamentos, procedimento de execução 
e controle, bem como diretrizes para manutenção, específicos para uma 
determinada obra, de forma a se obter um desempenho satisfatório do revestimento 
ao longo do tempo. Para que este objetivo de projeto seja alcançado, é necessário 
contemplar: (RAGUEB, 2005) 
 
 
35 
 
a) Condicionantes para o projeto; 
b) Especificação dos materiais; 
c) Diretrizes de seleção do sistema; 
d) Diretrizes para controle de produção; e 
e) Diretrizes de inspeção e manutenção. 
 
2.5.1 Diretrizespara execução 
 
De acordo com RAGUEB (2005), a elaboração do procedimento de execução do 
revestimento externo em argamassa deve, também, abranger o acompanhamento e 
controle de todas as etapas que compõem o processo executivo. Este documento 
deve ser parte integrante do processo de contratação das empreiteiras, que através 
dele terão prévio conhecimento da forma de execução e controle dos serviços pelas 
construtoras. A equipe administrativa da contratante (engenheiros, estagiários, 
mestres, contramestres, encarregados) e a equipe de produção da contratada 
(encarregados, pedreiros, tarefeiros) deverão ter pleno conhecimento deste 
procedimento de execução, de forma a garantir o bom andamento do processo 
construtivo. 
 
 
2.5.2 Treinamento 
 
O treinamento da mão-de-obra e da equipe técnica da obra é um item de suma 
importância para a obtenção da qualidade do revestimento. Isso se deve ao fato de 
que a maior parte dos serviços é realizada em balancins na fachada, locais estes de 
difícil acesso e controle. 
 
Esta etapa deve ser realizada por mão de obra qualificada com o objetivo de 
potencializar os serviços da equipe técnica (pedreiros, ajudantes, engenheiros) 
demonstrando todas as etapas executivas do revestimento externo abordando todas 
as especificações já definidas no projeto de produção do revestimento externo. 
(RAGUEB, 2005) 
 
 
 
 
 
36 
2.5.3 Recebimento da Argamassa 
 
Em função do tipo de produção da argamassa (industrializada ou produzida em 
obra), o recebimento de materiais terá características distintas. 
 
Para opção de utilização de argamassas industrializadas, os fornecedores deverão 
ser registrados em tabelas, desenvolvidas pela equipe técnica, que deverão conter 
no mínimo as seguintes informações: (RAGUEB, 2005) 
 
a) Empresa fornecedora da argamassa; 
b) Tipo de argamassa; 
c) Número do fornecimento e da nota fiscal; 
d) Quantidade recebida; e 
 e) Datas da fabricação e entrega. 
 
RAGUEB (2005) ainda explica que para opção de produção da argamassa virada 
em obra, deve ser considerada uma operação com todo controle tecnológico e de 
rastreabilidade requerido no processo industrial, caso contrário a variabilidade das 
propriedades do produto poderá ser inaceitável. 
 
Para materiais ensacados (aglomerantes – cimento e cal): 
 
� Cada viagem do material entregue à obra deverá ser identificado e numerado. 
 
� Todos os fornecimentos dos materiais deverão ser registrados em 
tabelas,desenvolvidas pela equipe técnica, que deverão conter no mínimo as 
seguintes informações: 
 
a) empresa fornecedora; 
b) tipo do material; 
c) número do fornecimento e da nota fiscal; 
d) quantidade recebida; e 
e) datas da fabricação e entrega. 
 
 
37 
2.5.4 Execução 
Para maximizar a produtividade e evitar desperdícios de materiais, RAGUEB (2005) 
sugere que a produção de revestimento externo seja subdivida em etapas de 
execução. 
 
Etapa 01 - Primeira subida de balancim 
 
Na primeira subida de balancins são realizados os serviços de fixação da alvenaria, 
preparo da base e mapeamento. O mapeamento, em função da geometria da 
edificação ou a critério da mão-de-obra, o mesmo poderá ser executado na primeira 
descida (2ª etapa). 
 
 
a) Fixação da alvenaria 
 
A fixação externa da alvenaria às vigas e lajes deve ser completada com argamassa 
cimentícea especificada para esse fim. Esta argamassa de encunhamento deve 
possuir baixo módulo de deformação e pode ser utilizada a mesma argamassa para 
assentamento e fixação das alvenarias. O preenchimento da abertura deverá ser 
completo, sem vazios ou rebarbas. Nesta etapa é recomendado o preenchimento do 
vão entre a viga/ alvenaria (encunhamento) com altura de 2 a 3 cm, para que isto 
ocorra, a alvenaria deverá ser racionalizada de modo que as dimensões exigidas no 
projeto de revestimento externo sejam atendidos. 
 
As orientações para o preparo e aplicação desta argamassa deverão ser fornecidas 
pelo fabricante e/ou projetista. 
 
 
 
38 
 
Figura 2.9– Detalhe de fixação da alvenaria com equipamento adequado (bisnaga aplicadora). 
Fonte: Revista Techne, maio de 2004, nº 86. 
 
 
 
b) Preparo de base 
 
A limpeza da base é fundamental para permitir a correta absorção e conseqüente 
aderência dos revestimentos. A aderência do revestimento está relacionada 
diretamente com o grau de absorção da base, que propicia a microancoragem e com 
a rugosidade superficial, que contribuirá para a macroancoragem. 
 
Problemas relacionados com falhas nos revestimentos existem no mundo inteiro. 
Noentanto, existe um desconhecimento generalizado acerca da influência do 
preparo da base na resistência de aderência, e muitas vezes é executado sem se ter 
um conhecimento técnico que permita aproveitar a contribuição dessa camada no 
desempenho dos revestimentos de argamassa (BAIA, 2001). 
 
Para melhorar a resistência de aderência entre o substrato e o revestimento, é 
necessário realizar um tratamento prévio do substrato, a essa operação denomina-
se preparo da base. Este deve ser escolhido em função das características 
superficiais da base e executado usando materiais e técnicas apropriadas para 
efetivamente melhorar as condições de aderência do revestimento à base, 
 
 
39 
principalmente criando uma superfície com rugosidade apropriada e regularizando a 
capacidade de absorção inicial da base. (BAIA, 2001) 
 
 
� Preparo de base sobre superfície de concreto 
 
As principais patologias de revestimento que ocorrem sobre as bases de concreto 
advêm da limpeza incorreta de resíduos de desmoldantes, acúmulos de nata 
provenientes da fase da execução de estrutura. Assim, a superfície deverá ser 
escovada energicamente com escovas dotadas de cerdas de aço, se possível 
mecanicamente (Figuras2. 11 e 2.12) e/ou apicoadas com ferramentas apropriadas. 
Toda superfície contaminada por desmoldante e outras impurezas deve ser 
rigorosamente limpa. (RAGUEB, 2005) 
 
A superfície do concreto, após esta operação, deve apresentar os poros abertos, 
tornando-se mais áspera, o que potencializa a micro ancoragem e a 
macroancoragem. 
 
Nesta etapa executiva também deve ser realizada o tratamento de anomalias na 
estrutura como “ninhos de pedras ou bicheiras” e qualquer material que possa gerar 
dificuldades para aderência do revestimento como rebarbas, pontas de ferro, nichos, 
orifícios e todos devem ser removidos ou recuperados utilizando técnicas e materiais 
específicos para esta finalidade. (RAGUEB, 2005) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
Figura 2.10– Detalhe de uma estrutura convencional sem tratamento e apresentando resíduos 
de desmoldantes, de nata de cimento,orifícios, pontas de ferro e madeira. 
Fonte: Pacelli & Ragueb . 
 
 
Figura 2.11 – Escovação manual com 
escova dotada de cerdas de aço. 
Fonte: Pacelli & Ragueb . 
Figura 2.12– Limpeza da estrutura com aparelho 
eletromecânico de baixa rotação. 
Fonte: Pacelli & Ragueb . 
 
 
 
 
41 
 
 
 
Figura 2.13 – Detalhe de uma superfície corretamente limpa e com sua porosidade superficial 
destacada. 
Fonte: Pacelli & Ragueb 
 
 
� Preparo de base sobre superfície de alvenaria de bloco 
cerâmico ou de concreto 
 
Segundo (RAGUEB, 2005), os blocos que compõem a alvenaria devem ter a sua 
superfície áspera e sem sinais de contaminação ou impregnação. Caso apresentem 
estes sinais, as superfícies deverão ser limpas e/ou reparadas. 
 
Os reparos dos buracos devem ser feitos utilizando-se a mesma argamassa do 
revestimento. As rebarbas devem ser removidas com uma colher de pedreiro ou 
talhadeira e marreta leve. 
 
Caso ocorra o aparecimento de fissuras nos blocos ou na argamassa de 
assentamento, a causa geradora deve ser identificada e eliminada. Asfissuras 
deverão ser tratadas ou reforçadas com telas especificadas no projeto. 
 
 
 
 
42 
Etapa 02 – Primeira descida do balancim 
 
Na primeira descida são feitos os serviços de lavagem e inspeção das bases 
(alvenaria e estrutura) e aplicação do chapisco. 
 
a) Limpeza 
 
Ainda de acordo com RAGUEB (2005), deverá ser efetuada a limpeza das 
bases (estrutura e alvenaria) com a utilização de escova de nylon/piaçava e lavagem 
por hidrojateamento. A lavagem deve ser feita na descida do balancim, de modo a 
não contaminar superfícies já limpas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Pacelli & Ragueb . 
 
Fonte: Pacelli & Ragueb . 
Lavagem das bases com equipamento tipo jato d’água em forma de leque. 
 
 
 
 
 
 
Figura 2.14 Figura 2.15 
 
 
43 
b) Aplicação do chapisco 
 
 
RAGUEB (2005) diz que a especificação da aplicação já deve ter sido feita na fase 
de projeto e planejamento. Naquela fase, a forma de aplicação, espessura e as 
ferramentas já foram definidas e explicadas nos treinamentos. 
 
Nesta fase é necessário que a equipe técnica da obra e a da mão-de-obra verifique 
se está sendo possível praticar as especificações estabelecidas na fase de 
execução dos painéis protótipos, especialmente porque a fase de execução deste 
serviço pode ocorrer em época distinta daquela em que foram executados os painéis 
protótipos. Atenção especial deve ser dada ao nível de umidade presente nas bases 
para a aplicação de cada tipo de chapisco, e isso deve ser definido pelo 
projetista/fabricante do chapisco. Se houver dificuldades na execução desse serviço, 
é função do projetista e do fabricante do chapisco promover as correções 
necessárias. Normalmente são utilizados chapisco diferentes em bases diferentes 
(estrutura e alvenaria). 
 
 
� Chapisco manual 
 
O chapisco manual ou tradicional nada mais é que uma mistura de cimento, areia e 
água, podendo ainda ser incorporado algum tipo de aditivo capaz de aumentar sua 
aderência ao substrato. Esse tipo é o mais antigo e ainda usual, com a mistura dos 
materiais se obterá uma argamassa rica em cimento e muito fluída. Como visto na 
Figura 2.16 a argamassa é aplicada de forma manual, com o uso de colher de 
pedreiro, em golpes com muita energia e de forma uniforme. Tal argamassa não 
deve ser manuseada depois de sua aplicação, ou seja, não recebera nenhum tipo de 
acabamento a fim de se manter a porosidade e a rugosidade sobre o substrato 
(THOMAZ, 2001). 
 
 
 
44 
 
Figura 2.16 Figura 2.17 
Fonte: Pacelli & Ragueb . Fonte: Pacelli & Ragueb . 
Detalhes de chapisco virado em obra aplicado manualmente. 
 
� Chapisco industrializado 
 
O Chapisco industrializado é uma das formas mais recentes de aplicação de ponte 
de aderência entre substrato e a camada de argamassa. Tem as mesmas funções 
que as demais, porém a argamassa tem propriedades diferentes, assim como o seu 
método de aplicação. Esse tipo de chapisco é uma argamassa que tem sua 
consistência semelhante a uma argamassa colante, comumente usada para 
revestimentos cerâmicos. Por ser uma argamassa industrializada, se destaca por te 
rum maior controle de qualidade, e é pronta para uso, bastando apenas adicionar 
água conforme orientação do fabricante. O controle na obra se torna muito mais 
seguro, bastando apenas supervisionar a dosagem de água. 
 
Na Figura 2.18podemosver que a sua forma de aplicação também se assemelha a 
das argamassas colantes para revestimento cerâmico. Com o uso de 
desempenadeira de aço dentada, o operário espalha a argamassa sobre a base, 
fazendo ranhuras com a própria desempenadeira de aço, criando assim as 
condições solicitadas para a etapa de revestimento. Essa técnica também se 
destaca pela produtividade, mas por ser uma argamassa industrializada, tem um 
valor agregado maior, deixando necessário avaliar a relação custos x produtividade. 
(THOMAZ, 2001) 
 
 
45 
 
 
Figura 2.18– Aplicação do chapisco industrializado sob a superfície de concreto. 
Fonte: Pacelli & Ragueb . 
 
 
Etapa 03 – Segunda subida do balancim 
 
Na segunda subida são feitos os serviços de taliscamento e inspeção dos chapiscos. 
 
a) Taliscamento 
 
Deve-se executar taliscas com material cerâmico em pedaços de 5 cm x 5 cm, 
fixadas com a mesma argamassa que será utilizada no emboço, em toda a extensão 
da fachada, no alinhamento dos arames. O espaçamento das taliscas deverá ser no 
máximo, o comprimento da régua de sarrafeamento. A espessura de cada talisca é 
aquela definida pelo projetista após o mapeamento. O mapeamento da fachada que 
nada mais é que a verificação da variação de prumo, tanto da estrutura como da 
própria alvenaria. 
Nesta etapa são soltos arames do topo do prédio com pesos nas pontas como na 
Figura 2.19 e 2.20. Os arames estarão afastados da estrutura com uma medida 
predeterminada, então é feita a medição deste arame em relação à fachada. A 
variação para mais ou para menos deve ser anotada e através desta anotação 
podem se obter os pontos mais desfavoráveis na sua fachada.(RAGUEB, 2005) 
 
 
46 
 
Figura 2.19- Detalhe do posicionamento dos arames 
fachadeiros. 
 
Figura 2.20 - Arames fachadadeiros nas 
fachadas. 
Fonte: Schahin (2003) Fonte: Gafisa (2010) 
 
 
Etapa 04 – Aplicação da argamassa 
 
A aplicação da argamassa deve ser feita com a observação dos seguintes 
Procedimentos de acordo com RAGUEB (2005) 
 
a) Obedecer ao tempo de cura do chapisco especificado no projeto; 
 
b) Executar mestras verticais entre taliscas contíguas; 
 
c) Aplicar a argamassa com a energia de impacto estabelecida no projetono 
caso de aplicação mecânica. No caso de aplicação manual, recomenda-se a 
maior energia de impacto possível completando com a execução do aperto 
nas chapadas com as costas da colher de pedreiro; 
 
d) Sarrafear e desempenar após o tempo de puxamento, utilizando tipo de 
desempenadeira (madeira, PVC) compatível com a rugosidade superficial 
pretendida para o revestimento (função do acabamento previsto pela 
arquitetura); 
 
 
 
47 
e) Compactar a argamassa com a desempenadeira, sem excesso de 
alisamento; 
 
f) Retirar as taliscas e proceder aos preenchimentos necessários; 
 
g) Executar os frisos horizontais e verticais previstos no projeto, requadrar os 
vãos de janela com ferramentas adequadas, anteriormente previstas no 
projeto; e 
 
h) Assentar ou moldar in loco os peitoris. 
 
Nos trechos onde o taliscamento indicar necessidade de revestimento com 
espessura superior ao valor máximo estipulado pela empresa fornecedora da 
argamassa e/ou pelo projetista, para aplicação da argamassa numa única etapa, 
deverá ser aplicada a primeira cheia, adotando-se reforços com tela ou outro recurso 
previsto no projeto. (RAGUEB, 2005) 
 
 
Figura 2.21 
 
Figura 2.22 
 
Detalhes de aplicação da argamassa manualmente.. 
 
 
 
 
 
48 
Figura 2.23 Figura 2.24 
Fonte: Pacelli & Ragueb . Fonte: Pacelli & Ragueb . 
Detalhes de aplicação da argamassa tipo projetada com equipamento de lançamento de 
argamassa com alta pressão. 
 
 
Nesta etapa é realizado o reforço da argamassa com telas metálicas, fixação de pré-
moldados, execução de frisos e acabamentos conforme detalhes executivos 
solicitados em projeto. O tempo de sarrafeamento ou acabamento é essencial para a 
obtenção de melhores resultados. 
 
Não há um tempo determinado para que se possa dar início ao acabamento, porém, 
se o operário não se atentar ao tempo de pega, poderá ter problemas quanto a 
fissuras ou manuseio. Se o processo for feito muito rápido, argamassa não estará no 
ponto, ou seja, não terá “puxado”, e pouco tempo depois a mesma irá apresentar 
pequenas fissuras de retração.Caso demore muito, ele terá dificuldades em dar o 
melhor acabamento ou até mesmo não conseguir. 
 
A análise sobre o tempo de acabamento do revestimento é obtida através da própria 
experiência, a variação é grande, pois o tempo esta relacionado ao substrato que é 
aplicado (bloco cerâmico, bloco de concreto, estruturas de concreto, etc.) e também 
as condições ambientais, tais como temperatura, ventos e umidade do ar (BAIA, 
2001). 
 
 
 
 
49 
2.6 Anomalias em Argamassa de Revestimento Externo 
 
Neste capítulo são demonstradas as manifestações patológicas de maior incidência 
nos revestimentos de argamassa e seus danos. Inicialmente, é importante destacar 
a origem das manifestações patológicas dos revestimentos: “as origens para a 
ocorrência dos problemas patológicos no revestimento de argamassa podem estar 
associadas às fases de projeto, execução e utilização desse revestimento ao longo 
do tempo” (BAÍA e SABATTINI, 2000). 
 
BAÍA e SABATTINI (2000) ainda afirmam: 
 
“O problema patológico acontece quando o desempenho do produto ultrapassa o seu limite 
mínimo de desempenho desejado. No caso dos revestimentos de argamassa, os problemas 
patológicos mais frequentes são: 
 
� Formação de manchas de umidade, com desenvolvimento de bolor; 
� Descolamento da argamassa de revestimento; 
� Formação de fissuras e trincas na argamassa; 
� Deslocamento entre a camada de reboco e emboço.” 
 
Dentre esses, merece ser destacado o problema da formação de fissuras e trincas, 
que, além de evidenciar um problema no revestimento de argamassa, pode ser sinal 
do comprometimento da segurança estrutural e do desempenho da vedação quanto 
à estanqueidade, durabilidade e isolação acústica. (CIRNE, et al 2006) 
 
FERNANDES, STROBINO e DZIURA (2007, p.8, apud LIMA2005) complementam 
dizendo que esses fatores influenciam o desempenho do revestimento de 
argamassa ao longo da vida útil esperada. Assim, é necessário considerar a 
definição da argamassa, as espessuras das camadas do revestimento, os detalhes 
construtivos, os procedimentos de execução e controle do revestimento e a 
manutenção adequada, para minimizar a ocorrência dos problemas patológicos nos 
revestimentos de argamassa. 
 
 
 
50 
2.6.1 Irregularidades geométricas (desvios do plano, requadramentos, 
arestamentos tortuosos etc) 
 
As irregularidades geométricas não são apenas uma simples falha no processo 
executivo, são erros do processo que podem comprometer a qualidade final do 
produto. Panos distorcidos, requadramentos mal feitos e arestamentos tortuosos são 
comuns de se encontrar, porém por muitos, não são considerados como um 
problema. A falta de fiscalização no momento de execução contribui para a soma de 
pequenos desvios que serão vistos a olho nu e que prejudicam a estética. 
 
 
Figura 2.25 Figura 2.26 
Fonte: Pacelli & Ragueb . Fonte: Pacelli & Ragueb . 
Detalhes de distorção e desalinhamento entre estrutura e alvenaria que será corrigida com 
aumento de espessura de argamassa de revestimento externo. 
 
 
2.6.2 Fissuras 
 
As fissuras são comumente encontradas não só nas edificações mais antigas, mas 
também naquelas em sua fase de execução. Há diversos tipos de fissuras e a elas 
atribuídas vários fatores. As fissuras são problemas encontrados não só em 
revestimentos externos de argamassa, mas também em vedações, revestimento 
interno e estrutura. A fissuração agrega uma perda de resistência mecânica no 
 
 
51 
revestimento e um ponto passível de infiltração de água, ar e outro material em que 
o revestimento esteja exposto. (THOMAZ, 2001) 
 
2.6.3 Traço inadequado 
 
A falta de controle na mistura de uma argamassa industrializada, ou uma dosagem 
de argamassa virada em obra feita por meio do empirismo pode levar ao surgimento 
de fissuras no revestimento. O excesso de materiais como o cimento pode levar a 
mistura a uma alta temperatura de hidratação e com pouca quantidade de água para 
suprir esta necessidade, a mistura estará passível a fissuras de retração, no 
momento em que a mistura começar a reagir. 
 
Em contrapartida a falta de cimento ou o uso de água em demasia na mistura, pode 
fazer com que surjam efeitos visuais parecidos. Independente disso, a mistura pode 
apresentar-se homogênea, hidratada e com baixa temperatura, mesmo assim há 
possibilidade de surgimento de fissuras, pois a argamassa não terá resistência 
mecânica suficiente para suprir os esforços causados pela movimentação da base 
na qual foi aplicada. (THOMAZ, 2001) 
 
 
 
Figura 2.27 – Fissuras decorrentes de traço mal feito 
Fonte: THOMAZ (2001) 
 
 
 
 
 
 
52 
2.6.4 Teor excessivo de finos 
 
A presença em excesso de materiais classificados como finos, contribuem para o 
surgimento de fissuras. Estes preenchem os vazios entre os grãos e impede a 
passagem da água tanto na hidratação, quanto na evaporação. Além de ser tido 
como um material pulverulento, que inibe a união das partículas, interferindo na 
aderência ao local aplicado. (THOMAZ, 2001) 
 
2.6.5 Material argiloso na areia 
 
As argilas são tidas como impurezas nas argamassas de cimento, pois ela tem 
características muito distintas do comportamento da argamassa. As argilas têm uma 
absorção muito lenta de água e sua presença pode causar a fissuração pela sua 
expansão e pelo constante fluxo de água que a mesma obtém da mistura. Durante 
seu processo de absorção a argila ganha em volume e causa tensões radiais, 
provocando fissuração no revestimento que ainda não teve total ganho de 
resistência. (THOMAZ, 2001) 
 
2.6.6 Excessiva absorção da base 
 
A absorção de água em excesso pela base foi abordada no escopo geral. Detalhes 
que contribuem para a degradação da fachada. A aderência entre a argamassa e o 
substrato é um fenômeno essencialmente mecânico, devido à penetração da pasta 
aglomerante e argamassa nos poros e na rugosidade da base de aplicação. Assim, 
torna-se fator importante na aderência a transferência de água que ocorre entre a 
argamassa e o substrato. Isto porque esta água, que conduz em dissolução os 
componentes do aglomerante, ao penetrar pelos poros e cavidades do substrato, 
leva à precipitação de produtos de hidratação do cimento no interior destes poros, 
exercendo ação de ancoragem da argamassa à base. (THOMAZ, 2001) 
 
A absorção excessiva de água das argamassas pelo substrato pode provocar uma 
hidratação do cimento localmente retardada, podendo formar regiões com materiais 
de diferentes características e ocasionar grande retração (Narciso Silva, 2006), 
 
 
53 
essas retrações não podem ser controladas ficando assim com indicadores a 
surgimentos de fissuras. 
 
Figura 2.28 
 
Fonte: Pacelli & Ragueb . Fonte: THOMAZ (2001). 
A perda de água de amassamento por via capilar (para o meio ambiente ou por absorção para 
as bases) provoca a retração das argamassas que por sua vez sofre restrição das 
bases(chapisco) e da vinculação com a própria argamassa do pano, podendo provocar quadro 
de fissuração e/ou desplacamento (destacamento) e diminuição da resistência mecânica da 
argamassa de emboço. 
 
 
2.6.7 Excessiva evaporação (insolação, ventos) 
 
Esta anomalia na maioria dos casos, não há como se evitar a incidência de 
insolação ou ação dos ventos que ambos provocam uma perda de água muito 
rápida e interferem na mistura, no entanto, no momento de aplicação devem-se 
combater estas ações utilizando técnicas de compensação da água perdida, ou seja, 
umedecer a base antes do inicio do revestimento e após a execução promover uma 
cura úmida,algumas formas simples são destinadas a este tipo de procedimento, 
como a aplicação direta de água (em pouca quantidade e sem pressão para não 
danificar o material), mantas ou peles umedecidas e evaporadores, todos eles com o 
intuitode resfriar e compensar a água que ira se perder nestas ações. 
Restr
ição 
Restr
ição 
Retra
ção 
Retra
ção 
Fissu
ras 
mape
adas 
Figura 2.29 
 
 
54 
Figura 2.30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2.31 
Fonte: Pacelli & Ragueb . Fonte: Pacelli & Ragueb . 
Fissuramento por toda extensão da fachada. 
 
 
2.6.8 Fissuras horizontais 
 
As fissuras horizontais são comumente vistas em revestimentos através de alguns 
fenômenos difíceis de observar e que requerem um conhecimento um pouco mais 
aprofundado não só sobre o objeto de estudo, mas também sobre as argamassas de 
assentamento. Este tipo de fissura ocorre pela ocorrência dos seguintes fenômenos: 
 
a) Assentamento plástico: 
 
É a fissuração que ocorre quando o revestimento ainda está no seu estado plástico. 
Há uma vulnerabilidade a perda de água neste momento e com isso ao se aplicar 
sobre juntas de alvenaria, por exemplo, tem-se uma perda de água para a 
 
 
55 
argamassa de assentamento, causando a fissuração horizontal. O surgimento desse 
tipo de fissura é facilmente identificado nas edificações atuais. Mesmo uma pintura 
ou mesmo revestimento um pouco mais robusto como uma textura não são capazes 
de esconder essa falha. Também neste caso, há um conjunto de fatores que 
permitem o surgimento de fissuras. 
 
Blocos com alto poder de absorção como cerâmicos, “blocos verdes”, com alto 
índice de retração, a retração da argamassa de assentamento ou a utilização da 
técnica de vedação como uso das juntas secas interferem diretamente no 
revestimento. Outro fator determinante e de muita ocorrência a este tipo de 
apresentação de fissuras, são decorrentes da espessura muito fina do revestimento, 
que causam o efeito também conhecido popularmente como fachada “fotografada”. 
(THOMAZ, 2001) 
 
 
 
 
 
 
Figura 2.32 
Fonte: Pacelli & Ragueb . 
 
Figura 2.33 
Fonte: Pacelli & Ragueb . 
Detalhes de fissuramento na argamassa acompanhando as juntas de assentamento da 
alvenaria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
56 
 
 
b) Desplacamento: 
 
É um tipo de fissura que ocorre tempos depois da execução que na verdade é o 
indício de outro problema. Quando ocorre uma fissura por descolamentos, é sinal 
que o revestimento já não está mais agregado em sua totalidade a base, e está 
exposta as intempéries. (THOMAZ, 2001) 
 
Os descolamentos ocorrem quando o revestimento não está mais aderido à base. A 
pouca aderência entre o revestimento e a base, ou entre a base e o substrato fazem 
com que os esforços internos, como cisalhamento, rompam a ligação entre 
camadas, desprendendo-as e deixando-as soltas. Esse problema pode ser de ordem 
pontual ou mesmo generalizado (Figura 2.34 e 2.35). No momento que isso ocorre a 
sustentação do material se da por si próprio, ou seja, por não estar fixada a base, o 
peso do revestimento será transferido de forma radial, sobrecarregando os pontos 
ainda com qualidade. 
 
 
Figura 2.34 
 
Figura 2.35 
Fonte: Pacelli & Ragueb . Fonte: Pacelli & Ragueb . 
 
 
57 
Desplacamento da argamassa da base devido à falha de aderência. 
 
 
Figura 2.36 – Desplacamento da argamassa de 
revestimento externo devido a falhas no preparo 
de base. 
Fonte: Pacelli & Ragueb . 
 
Figura 2.37 - Exemplo de uma falha de 
preparo de base que futuramente poderá 
gerar uma falha de aderência entre as 
camadas do revestimento. 
Fonte: Pacelli & Ragueb . 
 
 
 
c) Expansão da argamassa de assentamento (sulfatos, presença de 
material argiloso na argamassa etc.): 
 
A expansão da argamassa de assentamento é responsável pela formação de 
tensões perpendiculares ao plano do revestimento. Tais tensões geram um esforço 
pontual no qual o revestimento não está dimensionado, como estes esforços 
acompanham a linha formada pela argamassa de assentamento da vedação, é tida 
então uma linha de esforço horizontal, gerando este tipo de fissuração. (THOMAZ, 
2001) 
 
2.6.9 Fissuras verticais ou inclinadas 
 
A presença de fissura no sentido vertical é gerada na verdade, por uma composição 
de esforços do revestimento que junto com o enfraquecimento do sistema de 
vedação, feitos por interferências como o posicionamento de tubos e eletrodutos na 
vedação externa. Isso tende a enfraquecer a base que irá suportar o sistema. Com a 
 
 
58 
estrutura comprometida por esse enfraquecimento, somando-se as tensões normais 
e de cisalhamento, tem-se a propensão a criação de fissuras verticais. 
 
2.6.10 Fissuras mapeadas, com espaçamentos/aberturas regulares 
 
As fissuras mapeadas são feitas por uma associação de movimentações 
higrotérmicas diferenciadas entre o revestimento e a estrutura. Eventualmente 
associadas à retração de secagem da argamassa. A higrotermia é a perda de calor 
ao meio externo, e como revestimento e estrutura tem esse comportamento de 
formas distintas, há uma movimentação diferenciada entre eles, contribuindo para o 
surgimento deste tipo de ocorrências. 
 
Os elementos e componentes construtivos estão sujeitos a variações de 
temperatura, sazonais e diárias. Essas variações repercutem numa variação 
dimensional dos materiais de construção (dilatação ou retração). 
 
Os movimentos de dilatação e retração são restringidos pelos diversos vínculos que 
envolvem os elementos e componentes, desenvolvendo-se, desta forma, nos 
materiais tensões de tração combinadas com tensões de cisalhamento que poderão 
provocar o aparecimento de trincas e fissuras. 
 
As trincas de origem térmica podem também surgir por movimentações 
diferenciadas entre dois componentes de materiais distintos (estrutura de concreto, 
alvenaria de fechamento e argamassa de fixação desta alvenaria), que no caso por 
sofrerem dilatações térmicas diferenciais, fissuram-se por tração combinada com 
cisalhamento nas interfaces de encontro entre os materiais. 
 
Em função da movimentação térmica, ocorrem destacamentos entre as alvenarias e 
o reticulado estrutural na grande maioria das vezes nos últimos dois andares tipos 
de um edifício, assim como cobertura e ático (tal como ilustra a Figura2.38 e 2.39), 
na interface entre fundo das vigas ou lajes e topo das alvenarias(Figura2. 40 e 2.41), 
podendo resultando também a percolação de água para o interior dos apartamentos, 
principalmente no último andar tipo. (THOMAZ, 2001) 
 
 
 
59 
 
Figura 2.38- Movimentações térmicas diferenciadas. 
Fonte: THOMAZ (2001) 
 
 
Figura 2.39 - Movimentações térmicas diferenciadas. 
Fonte: THOMAZ (2001) 
 
 
 
60 
 
 
Figura 2.40 – Demonstrativo de fissura por 
movimentações térmicas diferenciadas. 
Fonte: THOMAZ (2001) 
Figura 2.41 – Demonstrativo de uma fissura na 
interface alvenaria/viga. 
Fonte: THOMAZ (2001) 
 
 
 
 
Figura 2.42 Figura 2.43 
Fonte: http://mundodaimpermeabilizacao. 
blogspot.com/2010 (2010) 
Fonte: Pacelli & Ragueb . 
Fissuramento na fachada devido à movimentação térmica em lajes de cobertura. 
 
 
 
61 
 
Figura 2.44 – Fissura no encontro 
alvenaria/viga. 
Fonte: THOMAZ (2001) 
 
 
 
 
Figura 2.45 – Detalhe da figura anterior. 
Fonte: THOMAZ (2001) 
 
 
 
 
 
2.6.11 As fissuras situadas junto aos cantos inferiores e/ou superiores das 
aberturas 
 
Sua origem da ação conjunta das seguintes causas: Pelas tensões de tração que se 
concentram nos cantos, principalmente inferiores,das aberturas das alvenarias, 
aberturas estas destinadas à fixação de caixilhos nas fachadas. 
 
Estas tensões, que provocam as fissuras tipo “bigode” devem ser absorvidas por 
elemento estrutural (contra-verga executada em concreto armado), posicionado 
convenientemente (como ilustra a figura 2.46 e 2.47),

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