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1 Prof. Marco Valentim marco2valentim@gmail.com (24) 98112-1590 UNIDADE 2 - Circuitos de (Rev.T) Corrente Alternada = CCE 0013 = Eletricidade Aplicada PARTE 1 Pág. 2 Prof. Marco Valentim © Currículo Resumido do Prof. Marco Valentim Engenheiro Eletrônico pela Faculdade Nuno Lisboa-RJ. MBA em Estratégia Industrial e Gestão de Negócios pela UFF. Pós-graduando em Gerenciamento de Projetos - Visão PMI pela UNESA. Professor do curso de Engenharia de Produção da UERJ. Professor da Universidade Estácio de Sá - UNESA Campus Resende-RJ (desde 2001). Foi membro da equipe que preparou a Xerox do Brasil para o Prêmio Nacional da Qualidade (Ganhadora do PNQ 1993). Com capacitação no Six Sigma System Inc. (Rochester/NY-USA), foi o responsável pela implantação do Programa Seis Sigma na área de Operações Industriais da Xerox do Brasil. É qualificado pelo Lean Institute Brasil em Mapeamento Lean. Participou em vários treinamentos no Brasil, América do Norte, Europa e Ásia, onde adquiriu fortes conhecimentos em Administração de Negócios, Manufatura, Introdução de Novos Produtos e Qualidade. Gerenciou as áreas de Engenharia, Operações de Produção, Projetos & Novos Negócios, Manutenção Industrial, Qualidade, Meio Ambiente & Segurança, Transporte de Funcionários e Segurança Patrimonial na Fábrica Resende da Xerox do Brasil e Flextronics International. Trabalhou na Flopetrol Schlumberger (Oil & Gas), na Cia. Brasileira de Trens Urbanos de Belo Horizonte-MG, na RCA-Philco Semicondutores Ltda. e na área comercial de atendimento corporativo do SENAC Rio. Atualmente trabalha como consultor na F2.Desenvolvimento Empresarial (Resende-RJ) e Diretor Regional da MEDIÇÃO – Soluções Metrológicas Integradas (Resende-RJ). Pág. 3 Prof. Marco Valentim © • Tensão Continua: a sua polaridade não se altera com o tempo. Tensão não muda de polaridade e permanece constante. Tensão Contínua Pág. 4 Prof. Marco Valentim © • A sua polaridade se modifica ao longo do tempo. • Conforme o seu comportamento, existem diferentes tipos de tensão alternada: senoidal, quadrada, triangular, pulsante, etc. • De todas essas, a senoidal é a que tem um maior interesse pois esta é a característica da tensão que é gerada nas Usinas de Energia Elétrica e que alimenta as industrias e residências. Tensão Alternada tempo 2 Pág. 5 Prof. Marco Valentim © • Considere o circuito da figura abaixo, onde existem duas baterias e uma chave que ora conecta a bateria B1 e ora conecta a bateria B2 ao Resistor (R), • Vamos supor que cada bateria fique conectada ao Resistor (R) durante 1 seg. • Como seria o gráfico da Tensão (V) no Resistor (R) em função do tempo? EXEMPLO Pág. 6 Prof. Marco Valentim © Contínua X Alternada Nas figuras abaixo, são mostradas formas de onda: (a) representação gráfica da Tensão e Corrente Contínuas, onde as suas intensidades não variam ao longo do tempo. (b) onde as intensidades da Tensão e Corrente Alternadas variam ao longo do tempo, comportando-se graficamente, como uma curva senoidal. Pág. 7 Prof. Marco Valentim © Onda Senoidal Pág. 8 Prof. Marco Valentim © Onda Senoidal Algumas maneiras de se referir aos valores de uma onda senoidal • Valor de Pico Up é o valor máximo que a onda atinge. • Valor de Pico a Pico Upp é a diferença entre o máximo e mínimo da onda. Upp = Up - (- Up ) = 2 Up ou seja, Upp = 2 Up • Valor Eficaz (RMS - Root Mean Square) URMS é o valor indicado por um voltímetro quando na escala CA. Este valor RMS, é definido como a Tensão CC que produz a mesma quantidade de calor que a onda senoidal. Pode-se demonstrar que: URMS = 0,707 Up (obs: 0,707 = 1/ ) • Valor Médio é quantidade indicada em um voltímetro quando na escala CC. Este valor médio ao longo de um ciclo é igual a zero. Isto porque cada valor da primeira metade do ciclo tem um valor igual, mas de sinal contrário na segunda metade do ciclo. 3 Pág. 9 Prof. Marco Valentim © • Denomina-se Período da tensão ou da corrente alternadas ao tempo necessário para que suas intensidades "percorram" a onda senoidal, isto é: irem de zero até o máximo positivo, voltarem a zero, irem até o mínimo negativo e, por fim, retornarem novamente a zero. • O número de períodos por segundo que a tensão e a corrente alternadas perfazem é denominado Frequência, medido em hertz [Hz] e designado pela letra f. • No Brasil, a frequência é padronizada em 60Hz, ou seja, a tensão (e a corrente) se inverte 60 vezes por segundo. Período e Frequência Pág. 10 Prof. Marco Valentim © • A grande vantagem da Tensão alternada em comparação à contínua, está na eficiência do transporte da energia. Na tensão alternada, pode-se utilizar um valor muito alto (“Alta Tensão”). • A tensão alternada produzida numa Usina Geradora de Energia é elevada por um transformador, que também diminui a Corrente aproximadamente na mesma proporção. • As perdas são menores em Alta Tensão do que seriam se a energia fosse transportada ao nível que é consumida nas residências. Com isso, as seções (diâmetro) dos condutores elétricos podem ser mais reduzidas (menor custo de material). Tensão Senoidal Pág. 11 Prof. Marco Valentim © ENERGIA POTENCIAL ACUMULADA ENERGIA CINÉTICA (movimento) Conceitos básicos Pág. 12 Prof. Marco Valentim © • A Figura mostra um Gerador Elétrico CA simplificado, o qual consiste de uma bobina de apenas uma espira em um campo magnético permanente. • Cada terminal da bobina é conectado a um anel coletor condutor. À medida que a bobina gira no campo magnético entre os pólos Norte (N) e Sul (S), o anel coletor também gira em contato com as escovas que conectam a bobina a uma carga externa (Tensão CA). Geração de uma Tensão Alternada (senoidal) 4 Pág. 13 Prof. Marco Valentim © Posição do Plano da Bobina em relação à Direção do Campo Magnético Pág. 14 Prof. Marco Valentim © • Pelo fato dos ciclos de tensão corresponderem à rotação da espira em torno de um círculo, os trechos deste círculo são expressos em ângulos: Um círculo completo = 360º Meio círculo = 180º Um quarto de círculo = 90º • Conversão de GRAU para RADIANO (rad): 360º = 2 rad 360º / 2 = 1 rad 180º / = 1 rad ou 1º = ( / 180) rad Tensão Senoidal Pág. 15 Prof. Marco Valentim © • É uma tensão que varia com o tempo de acordo com uma lei senoidal, que tem a seguinte expressão matemática: v(t) = VM.sen (o + w.t) ou v() = VM.sen Valor Instantâneo da Tensão LEGENDA v(t) (em Volts) é o valor instantâneo da tensão VM (em Volts) é o valor de pico (ou seja, valor máximo que a tensão pode ter) w (em Radianos/seg) é a freqüência angular 0 (em Radianos) é o angulo de rotação da fase inicial e é o ângulo num determinado instante t. Observe que a relação entre ângulo e tempo é dada por: = 0 + w.t Pág. 16 Prof. Marco Valentim © • Como foi mostrado, uma tensão senoidal varia em função do tempo de acordo com uma lei senoidal e a mesma tensão pode ser representada em função do ângulo (a função seno tem período de 360º ou de 2 rad), sendo a relação entre ângulo e tempo dada por: = 0 + w.t Tensão Senoidal 5 Pág. 17 Prof. Marco Valentim © • Os circuitos elétricos podem ter 1 Fase (monofásicos), 2 Fases (bifásicos) ou 3 Fases (trifásicos). • Circuitos bifásicos e trifásicos são circuitos onde existem mais de uma fonte de alimentação derivada de um mesmo gerador. • Dentre suascaracterísticas são que cada fonte de alimentação possui tensões iguais e cada fonte possui defasagem entre si. Circuitos elétricos Pág. 18 Prof. Marco Valentim © • Na geração de energia elétrica, (nuclear, hidroelétrica, eólica, etc) existe um gerador que basicamente é composto por 3 Bobinas separadas uma das outras e fixas no eixo do rotor. • Ao se aplicar um movimento no eixo do rotor, a Bobina A irá produzir a Tensão A, depois de uma fração de segundo, a Bobina B produzirá a Tensão B, e mais uma fração de segundo a Bobina C irá produzir a Tensão C. O que é defasagem? Pág. 19 Prof. Marco Valentim © • Esse atraso entre uma bobina e outra é chamado de defasagem. Essa defasagem é de 120 graus entre cada Bobina, devido a existência de uma distância entre as Bobinas A, B, C. • Cada bobina tem sua etapa na produção de energia elétrica: A primeira etapa é a Bobina A. A segunda é a Bobina B. A terceira etapa é a Bobina C. • Pode-se substituir a palavra "etapa" por a palavra "fase“, surgindo as “famosas fases" que os profissionais do setor elétrico falam tanto. O que é defasagem? Pág. 20 Prof. Marco Valentim © • Vantagens de se utilizar mais de uma Fase: - Alguns equipamentos, como os motores elétricos, conseguem uma melhor performance (potência) quando funcionam com mais de uma fase. - Melhor distribuição de cargas e o seu balanceamento: não há sobrecargas nos sistemas elétricos. - Pode-se utilizar equipamentos de maior potência. • Tensão Residencial (em Resende): - Entre fases: 220 Volts - Entre fase e neutro: 127 Volts Circuitos elétricos 6 Pág. 21 Prof. Marco Valentim © Algumas características dos circuitos trifásicos • A tensão alternada é gerada em grande quantidade e com baixo custo. • A energia é gerada através da indução eletromagnética. • Os geradores usados são trifásicos. • Possuem três grupos de bobinas. • A cada grupo de bobina é chamada de FASE. • Devido a sua disposição física, cada grupo de bobina gera energia elétrica em momentos distintos. • Isto provoca uma defasagem entre as tensões geradas. Pág. 22 Prof. Marco Valentim © Embora funcionem de maneira totalmente diferente, tanto os capacitores como as baterias armazenam energia elétrica. Capacitores Em resumo: • Uma pilha (ou uma bateria) possui dois terminais (ou pólos). Dentro da pilha, reações químicas produzem elétrons em um terminal e absorvem elétrons no outro. • Já o capacitor é um dispositivo muito mais simples, pois não produz novos elétrons - ele apenas os armazena. Pág. 23 Prof. Marco Valentim © Capacitores Pág. 24 Prof. Marco Valentim © • O capacitor possui dois terminais que se conectam a duas placas metálicas separadas por um dielétrico. • O dielétrico pode ser ar, papel, plástico ou qualquer outro material que não conduza eletricidade (isolante) e impeça que as placas se toquem. • Como exemplo, um capacitor pode ser feito facilmente a partir de dois pedaços de papel alumínio e um pedaço de papel comum (dielétrico). Não seria um capacitor muito bom em termos de capacidade de armazenamento, porém iria funcionar. • Em um circuito eletrônico, o capacitor é indicado assim: Capacitores 7 Pág. 25 Prof. Marco Valentim © Ao se conectar um capacitor a uma pilha: • A placa do capacitor conectada ao terminal negativo da pilha aceita os elétrons que a pilha produz. • A placa do capacitor conectada ao terminal positivo da pilha perde os elétrons para a pilha. Capacitores: funcionamento básico Pág. 26 Prof. Marco Valentim © • Depois de um certo tempo, o capacitor estará carregado e terá a mesma tensão que a pilha (1,5 volt na pilha e no capacitor). • A capacidade de armazenamento de um capacitor depende do seu tamanho físico. Ou seja, para capacitores de pequeno tamanho, significa que a capacidade de armazenamento será pequena (OBS: capacitores grandes podem armazenar uma carga considerável e também perigosa, para o ser humano). • Existem capacitores do tamanho de uma lata de refrigerante, que por exemplo, podem armazenar carga suficiente para manter uma lâmpada de flash acesa por um minuto ou mais. • Pode-se dizer que os relâmpagos no céu são as descargas de um “imenso capacitor” onde uma “placa é a nuvem” e a outra “placa é o solo” e o relâmpago é a liberação da carga entre essas duas "placas". Capacitores: funcionamento básico Pág. 27 Prof. Marco Valentim © Com base no ckt abaixo (uma pilha, uma lâmpada e um capacitor): Capacitores: funcionamento básico Pág. 28 Prof. Marco Valentim © • Quando se conecta a pilha, a lâmpada se acenderá porque a corrente está fluindo para carregar o capacitor. • A lâmpada diminuirá sua luminosidade progressivamente até finalmente apagar, assim que o capacitor estiver carregado. • Ou seja, o capacitor possuirá a mesma tensão que a pilha (1,5 volt na pilha = 1,5 volt no capacitor). • Quando isto acontecer, a pilha pode ser removida e substituida por um fio elétrico. A corrente fluirá de uma placa do capacitor para a outra e acenderá a lâmpada. • Com o passar do tempo, a lâmpada começará a diminuir cada vez mais sua luminosidade, até apagar assim que o capacitor estiver totalmente descarregado. Capacitores: funcionamento básico 8 Pág. 29 Prof. Marco Valentim © • Outra maneira de visualizar o funcionamento do capacitor é imaginá-lo como uma torre de água (caixa d’água) conectada a uma tubulação e uma bomba. • Quando a torre de água está cheia, a bomba é desligada e a caixa d’água tem uma “pressão armazenada“ para ser usada quando necessário. • Da mesma forma, um capacitor armazena elétrons e pode liberá-los mais tarde. Como uma torre de água Pág. 30 Prof. Marco Valentim © • A unidade de capacitância é o Farad (símbolo F). • A capacitância é determinada pela quantidade de energia elétrica que pode ser armazenada em um capacitor por uma determinada tensão e pela quantidade de corrente que o atravessar numa determinada freqüência. • 1 (um) Farad é o valor que deixará passar uma corrente de 1A quando a tensão estiver variando na razão de 1V por segundo. OBS: Um capacitor de 1 farad seria bem grande (tamanho de uma garrafa de 1 litro de refrigerante, dependendo da tensão que ele pode suportar). Então, normalmente, os capacitores são medidos em: microfarad (uF=10-6), nanofarad (nF=10-9) ou picofarad (pF=10-12). Capacitância Pág. 31 Prof. Marco Valentim © • Os capacitores são utilizados de várias maneiras em circuitos eletrônicos: algumas vezes, eles podem ser utilizados para armazenar carga para utilização rápida. • Como foi visto, diferença entre o capacitor e a pilha é que o capacitor pode descarregar toda sua carga em uma pequena fração de segundo, já uma pilha demoraria alguns minutos. • É por isso que o flash eletrônico em uma câmera utiliza um capacitor: a pilha carrega um capacitor e que depois descarrega instantaneamente toda a sua carga no flash. • Isto pode tornar um capacitor carregado extremamente perigoso. Os flashes, as TVs mais antigas, os Microondas, etc. têm avisos para não abri-los. Eles possuem grandes capacitores que poderiam matar um ser humano. Aplicações práticas Pág. 32 Prof. Marco Valentim © • Um Indutor (ou uma Bobina) é um componente elétrico muito simples, constituído por espiras de material condutor (por exemplo, um fio de cobre). • É um dispositivo elétrico passivo que armazena energia na forma de campo magnético, através do efeito de vários loopsda corrente elétrica. • Em um esquema elétrico, um Indutor é mostrado da seguinte maneira: Indutores 9 Pág. 33 Prof. Marco Valentim © • Para entender como um Indutor se comporta em um circuito, veja a figura abaixo: Indutores: funcionamento básico Pág. 34 Prof. Marco Valentim © • O ckt básico da página anterior é uma lanterna, onde a lâmpada está em paralelo com um Indutor. Ou seja, se o Indutor não existisse, quando o interruptor fosse ligado a lâmpada acenderia. • Com a presença do Indutor, o funcionamento do circuito fica completamente diferente: como a lâmpada se comporta como um Resistor (resistência do filamento) e o Indutor é feito de um fio de cobre (tem muito menos resistência), seria esperado que a corrente passasse menos pela lâmpada e que ela acendesse fracamente (pois a corrente deveria seguir o caminho de baixa resistência, através do Indutor). • Mas o que acontece é que a lâmpada brilha intensamente e, na seqüência, fica mais fraca. Quando o interruptor é desligado a lâmpada brilha com muita intensidade e, então, apaga rapidamente. Indutores: funcionamento básico Pág. 35 Prof. Marco Valentim © • A razão para esse comportamento diferente do ckt é o Indutor, pois quando a corrente começa a fluir, ela tende a estabelecer um campo magnético (por causa das espiras da bobina). • Enquanto o campo está sendo estabelecido, o Indutor bloqueia o fluxo de corrente. Assim que o campo já esteja estabelecido, a corrente volta a fluir normalmente através do fio. • Quando o interruptor é desligado, o campo magnético do Indutor mantém a corrente fluindo até que o campo seja nulo. Essa corrente mantém a lâmpada acesa por um período de tempo (mesmo que o interruptor esteja desligado). Indutores: funcionamento básico Em outras palavras, um Indutor pode armazenar energia no seu campo magnético e tende a resistir a qualquer mudança na quantidade de corrente que flui através dele. Pág. 36 Prof. Marco Valentim © Uma das maneiras de visualizar a ação de um Indutor (Bobina) é imaginar um canal estreito com água fluindo por ele e uma roda hidráulica pesada com suas pás imergindo no canal. • Imagine que a água não está fluindo (tudo “parado”). • Agora, ao iniciar o fluxo, as pás da roda irão tentar impedir a passagem da água, até elas alcançarem uma certa velocidade. • No entanto, ao tentar impedir o fluxo de água, a roda tentará manter a água se movendo até a sua velocidade de rotação diminuir e atingir a velocidade da água. • Um Indutor faz a mesma coisa com o fluxo de elétrons em um fio: resiste à mudança no fluxo dos elétrons. Como uma roda hidráulica 10 Pág. 37 Prof. Marco Valentim © • Suponha uma bobina, com aprox. 2 metros de diâmetro, contendo cinco ou seis espiras e elas são fixadas em canaletas no asfalto em ruas ou estradas. Desta maneira, isto funciona como um medidor de indução à bobina. Agora, quando um carro passar sobre bobina, a sua indutância irá se modificar. • Motivo quando o automóvel passa (ou pára) sobre a bobina ele está agindo como o núcleo do indutor e a sua presença muda a indutância. A maioria dos sensores de sinais de trânsito usa uma bobina como esta. Um circuito eletrônico fica monitorando a indutância da bobina e quando ela aumenta, existe ali a presença de um veículo. Aplicações práticas: Sensor de sinal de trânsito Pág. 38 Prof. Marco Valentim © • O circuito RC em paralelo com a chave evita o aparecimento de faíscas no instante de abertura/fechamento da chave. • O capacitor atua armazenando as cargas que circulariam no referido instante. Aplicações práticas: Circuito RC Pág. 39 Prof. Marco Valentim © A capacidade de um Indutor é controlada por quatro fatores: 1) Número de espiras (mais espiras = maior indutância). 2) Material em que as bobinas são enroladas (o núcleo). 3) Área da seção transversal da bobina (maior a área significa maior indutância). 4) Comprimento da bobina (uma bobina curta significa espiras mais estreitas ou sobreposição = maior indutância) OBS: um núcleo de ferro oferece à Bobina muito mais indutância do que o ar ou do que qualquer outro material ofereceria. Henry Pág. 40 Prof. Marco Valentim © Reatância • Reatância é a oposição à variação de Tensão (Capacitores) e Corrente Elétrica (Indutores) em circuitos CA. • É dada em Ohms, que constitui juntamente com a resistência elétrica, a grandeza Impedância. CIRCUITOS DE TENSÃO E CORRENTE CONTÍNUA • Resistores Resistência CIRCUITOS DE TENSÃO E CORRENTE ALTERNADA • Capacitores Reatância Capacitiva (XC) • Indutores Reatância Indutiva (XL) 11 Pág. 41 Prof. Marco Valentim © Pág. 41 Prof. Marco Valentim © • Quando uma carga ideal é alimentada por uma tensão alternada, a Corrente e a Tensão variam da mesma maneira, ou seja, estão em fase, conforme mostra a figura abaixo. Fator de Potência Pág. 42 Prof. Marco Valentim © Pág. 42 Prof. Marco Valentim © • Quando em um ciclo a Tensão aumenta (ou diminui) e a Corrente também aumenta (ou diminui) na mesma proporção, temos a condição ideal . • Nesse caso, toda a energia gerada será transferida para a carga , ou seja, a carga recebe a Potência Real. • No entanto, no “mundo real”, as cargas não se comportam dessa forma, pois não são resistivas puras. As cargas podem ter componentes capacitivos ou indutivos que afetam seu comportamento. • Uma carga que tenha uma componente denominada Reativa (indutiva ou capacitiva) faz com que a Corrente se defase em relação à Tensão. Fator de Potência Pág. 43 Prof. Marco Valentim © Pág. 43 Prof. Marco Valentim © • Conforme seu comportamento seja indutivo ou capacitivo, a Corrente pode adiantar-se ou atrasar-se em relação à Tensão. Fator de Potência Pág. 44 Prof. Marco Valentim © Pág. 44 Prof. Marco Valentim © • O resultado disso, é que a Potência nesse circuito se altera, pois apresenta uma componente Reativa, conforme a figura: Fator de Potência • Então, o circuito passa a consumir uma Potência Aparente que é maior do que a Potência Real que ele usa. • Tanto maior a componente Reativa, maior será a Potência Aparente em relação à Potência Real (maior Ângulo ). 12 Pág. 45 Prof. Marco Valentim © Pág. 45 Prof. Marco Valentim © Fator de Potência • Quanto menor for a Potência Reativa maior será o cosseno do Ângulo . (OBS: quando o ângulo tende a zero, seu cosseno tende a 1) Fator de Potência Pág. 46 Prof. Marco Valentim © Pág. 46 Prof. Marco Valentim © Fator de Potência LEGENDA: Pág. 47 Prof. Marco Valentim © Pág. 47 Prof. Marco Valentim © • Assim, na condição ideal de melhor aproveitamento da Energia, o cosseno de deve estar o mais próximo de 1 quanto seja possível, ou seja, o Fator de Potência (FP) deve se aproximar de 1. • As empresas de energia elétrica exigem que os equipamentos sejam fabricados com um Fator de Potência elevado. A legislação exige um mínimo de 0,92 e no futuro esse Fator de Potência deve passar para 0,98. • Com estes valores, a energia gerada e levada até o aparelho tem seu aproveitamento próximo do ideal e um mínimo de Energia Reativa é desperdiçada. Fator de Potência Pág. 48 Prof. Marco Valentim © Pág. 48 Prof. Marco Valentim © • Um FP baixo significa que Energia Reativa está sendo gerada e não é aproveitada. Se somarmos toda a Energia que é desperdiçada dessa forma, por todos equipamentos existentes que não tenham Fatores de Potência de acordo como exigido, o valor obtido pode ser significativamente elevado. • Por esse motivo, preocupar-se com o Fator de Potência é algo importante quando se projetada qualquer equipamento. • Nas indústrias e em muitas instalações que podem usar equipamentos cujos Fatores de Potência tendam a ser inerentemente baixos, devido às suas características, como motores que são altamente indutivos, são usados bancos de capacitores para corrigir o Fator de Potência. Fator de Potência 13 Pág. 49 Prof. Marco Valentim © Pág. 49 Prof. Marco Valentim © • É possível corrigir o Fator de Potência mediante o acoplamento de Bancos de Capacitores, com uma potência reativa contrária ao da carga, tentando ao máximo anular essa componente. • Por exemplo, o efeito indutivo de motores pode ser anulado com a conexão em paralelo de um capacitor (ou banco) junto ao equipamento. Correção do Fator de Potência (Banco de Capacitores) Pág. 50 Prof. Marco Valentim © Pág. 50 Prof. Marco Valentim © Correção do Fator de Potência (Banco de Capacitores) Pág. 51 Prof. Marco Valentim © Pág. 51 Prof. Marco Valentim © • O uso desses capacitores é obrigatório por Lei, e as empresas que tiverem alto consumo de energia reativa, as quais aparecem nas contas, são obrigadas a pagar valores elevados ou então investir na sua redução com procedimentos como o uso dos Bancos de Capacitores. • Para o usuário comum, cabe ao fabricante dos equipamentos elétricos e eletrônicos que usamos garantir que o Fator de Potência de seu produto esteja dentro das especificaçõe exigidas por lei, para que eles não desperdicem Energia. Correção do Fator de Potência (Banco de Capacitores) Pág. 52 Prof. Marco Valentim © Pág. 52 Prof. Marco Valentim © Correção do Fator de Potência 14 Pág. 53 Prof. Marco Valentim © Pág. 53 Prof. Marco Valentim © Considerar uma instalação de 80kW que tenha um Fator de Potência de 0,8 e se queira corrigir para 90%. Pede-se determinar a potência reativa a ser instalada para se obter o resultado desejado. EXERCÍCIO Pág. 54 Prof. Marco Valentim © • Em circuitos onde existem apenas tensões contínuas, a tarefa de analisar e compreender seu funcionamento não representa grande dificuldade tendo em vista que os valores são estáticos e podem ser medidos a qualquer momento. • Já nos circuitos alimentados por CA, ou onde existem sinais alternados, a análise tende a se tornar mais trabalhosa devido ao fato dos valores de tensão e corrente estarem em constante modificação. • Por isso, é comum apresentar os parâmetros elétricos de um circuito CA através de vetores, o que simplifica principalmente a determinação de valores através de cálculos. Representação vetorial de grandezas elétricas CA FONTE: Apostila Análise de Circuitos Elétricos. SENAI/SP Pág. 55 Prof. Marco Valentim © • Existem grandezas que podem ser expressas simplesmente por um número e uma unidade (Ex: valor da temperatura ambiente medida em um laboratório é de 20ºC). Esse tipo de grandeza é chamado de grandeza escalar. • Para algumas grandezas, um número e uma unidade não são suficientes. Se, por exemplo, uma pessoa está com o carro enquiçado a 4Km de Resende e passa esta informação para o socorro da NovaDutra, o atendente ficará certamente confuso pois não foi informado o sentido do deslocamento, ou seja, norte, sul, etc. Esse tipo de grandeza é chamado de grandeza vetorial. Vetores Pág. 56 Prof. Marco Valentim © • Uma grandeza vetorial pode ser representada graficamente através de um segmento de reta orientado denominado de vetor. • A representação gráfica fornece as 3 informações necessárias a respeito da grandeza vetorial, ou seja: - Módulo é o comprimento do segmento. - Direção é a direção da reta suporte do segmento. - Sentido é a orientação sobre a reta suporte. Vetores 15 Pág. 57 Prof. Marco Valentim © • Suponha que uma pessoa deseje levar uma mesinha com uma televisão do canto esquerdo de uma sala para o canto direito. • Será necessário puxar ou empurrar a mesinha com uma determinada força para que isso aconteça. O ponto de aplicação da força (a mesinha) é denominado de ponto P. • Essa força pode ser representada através de um vetor: - Módulo valor numérico da força para movimentar a mesinha; - Direção horizontal; - Sentido da esquerda para a direita. EXEMPLO: Vetores Pág. 58 Prof. Marco Valentim © • Em muitas situações, existe mais de uma força atuando sobre o mesmo ponto e ao mesmo tempo. Nesses casos, o emprego de uma representação gráfica simplifica a determinação de uma solução. • Suponha que uma pessoa tem que puxar uma caixa pesada. Ao tentar, essa pessoa conclui que não consegue movimentar a caixa sozinha. Resultante de um sistema de vetores (mesma direção e mesmo sentido) Pág. 59 Prof. Marco Valentim © • A solução é pedir ajuda, incluindo mais uma força no sistema. A resultante será a soma das forças atuando na mesma direção e sentido das forças individuais. Resultante de um sistema de vetores (mesma direção e mesmo sentido) • Assim, se duas forças F1 e F2 aplicadas a um mesmo ponto atuam na mesma direção e mesmo sentido a resultante será: - Módulo = F1 + F2 - Direção = reta que contém as duas forças - Sentido = o mesmo das forças Pág. 60 Prof. Marco Valentim © • Duas pessoas puxam, na mesma direção e sentido, uma corda presa a uma carga. A primeira exerce uma força de 45 N (Newton: unidade de medida de força) e a segunda uma força de 55 N. Qual o módulo, direção e sentido da força resultante? • Diagrama de vetores: FR = 45 + 55 = 100N Módulo resultante = 100N Direção da Resultante = a mesma das forças aplicadas (horizontal); Sentido da Resultante = o mesmo das forças aplicadas (da direita para a esquerda). EXEMPLO: Vetores 16 Pág. 61 Prof. Marco Valentim © • Por exemplo, a brincadeira do "cabo de guerra". Resultante de um sistema de vetores (mesma direção e sentido oposto) • O sistema pode ser representado da seguinte maneira: Pág. 62 Prof. Marco Valentim © • A resultante será o resultado da subtração de uma força da outra, com a direção mantida (a da corda) e o sentido da força maior. Resultante de um sistema de vetores (mesma direção e sentido oposto) • Se duas forças F1 e F2 aplicadas ao mesmo ponto, atuam na mesma direção e em sentidos opostos, tem-se como resultante: - Módulo = F1 - F2 (a maior menos a menor) - Direção = reta que contém as duas forças - Sentido = o da força maior Pág. 63 Prof. Marco Valentim © • Determinar a resultante do sistema de forças da figura abaixo: EXEMPLO: Vetores Resultante: - Módulo = 15N - Direção = da corda - Sentido = esquerda Pág. 64 Prof. Marco Valentim © • Em uma terceira situação, forças que são aplicadas a um mesmo ponto não têm a mesma direção. • Por exemplo, dois rebocadores puxando um transatlântico através de dois cabos. O ponto de aplicação das forças é o mesmo (no transatlântico), porém as direções são diferentes. Resultante de um sistema de vetores (mesmo ponto P e direções diferentes) 17 Pág. 65 Prof. Marco Valentim © • Pela regra do paralelogramo a direção e o sentido ficam estabelecidos automaticamente no traçado gráfico. Resultante de um sistema de vetores (mesmo ponto P e direções diferentes) • Neste caso, calcula-se matematicamente o vetor resultante pela seguinte fórmula: Pág. 66 Prof. Marco Valentim © • Um caso particulardesta situação, é quando há um ângulo de 90º (reto) entre as forças. Resultante de um sistema de vetores (mesmo ponto P e direções diferentes) Pág. 67 Prof. Marco Valentim © • A resolução gráfica mostra que o paralelogramo formado é um retângulo onde a resultante é uma diagonal. Resultante de um sistema de vetores (mesmo ponto P e direções diferentes) • Trocando-se o vetor F1 de posição, forma-se um triângulo retângulo em que F1 e F2 são os catetos e R é a hipotenusa. Pág. 68 Prof. Marco Valentim © • Neste caso, o módulo dos vetores se relaciona segundo o teorema de Pitágoras. • Se duas forças F1 e F2 aplicadas a um mesmo ponto formam um ângulo de 90º entre si, a resultante é dada pelo teorema de Pitágoras: Resultante de um sistema de vetores (mesmo ponto P e direções diferentes) • O ângulo formado entre os vetores componentes e a resultante é dado pelas relações trigonométricas. 18 Pág. 69 Prof. Marco Valentim © • Dois rebocadores de 15.000N cada um, tracionam um transatlântico. Sabendo-se que o ângulo entre os dois cabos dos dois rebocadores é de 90º, determinar o módulo da resultante e o ângulo desta com relação ao rebocador 2. EXEMPLO: Vetores Pág. 70 Prof. Marco Valentim © EXEMPLO: Vetores Pág. 71 Prof. Marco Valentim © • A análise do comportamento e dos parâmetros de um circuito em CA apresenta certas dificuldades porque os valores de tensão e corrente estão em constante modificação. • Mesmo os gráficos senoidais, que podem ser usados com este objetivo, tornam-se complexos quando há várias tensões ou correntes envolvidas com defasagem entre si. • Por isso, é muito comum empregar gráficos vetoriais em substituição aos senoidais. Representação vetorial parâmetros elétricos CA Pág. 72 Prof. Marco Valentim © • Nos gráficos vetoriais, o comprimento dos vetores pode ser usado para representar a tensão ou corrente eficaz correspondente a uma CA senoidal. Representação vetorial parâmetros elétricos CA • O sistema de gráficos vetoriais permite a representação de qualquer número de tensões em quaisquer defasagens. • O ângulo de defasagem entre as CA é representado graficamente por um ângulo entre os vetores. 19 Pág. 73 Prof. Marco Valentim © • Quando duas formas de ondas CA estão em fase, pode-se dizer que o ângulo de defasagem entre elas é de 0º. Representação vetorial de grandezas CA em fase Pág. 74 Prof. Marco Valentim © Isto pode ser representado vetorialmente considerando-se 3 aspectos: • Um vetor representa o valor eficaz da CA1. • Outro vetor representa o valor eficaz da CA2. • O ângulo entre os dois vetores representa a defasagem, que neste caso é de 0º. Representação vetorial de grandezas CA em fase Pág. 75 Prof. Marco Valentim © Para representar grandezas CA defasadas, os princípios são os mesmos: • Um vetor para cada grandeza. • Um ângulo entre os vetores que expressa a defasagem. Observação • Sempre que se observa um gráfico de grandezas CA defasadas toma-se uma das grandezas como referência para depois verificar se as outras estão adiantadas ou atrasadas em relação à referência. • Para os gráficos vetoriais o princípio da observação acima também é obedecido. Em geral, traça-se um sistema de eixos ortogonais que servirá de base para o gráfico e traça-se depois o vetor de referência no sentido horizontal para a direita. Representação vetorial de grandezas CA defasadas Pág. 76 Prof. Marco Valentim © • A partir do vetor de referência, os demais são posicionados. • Vetores colocados na sentido horário estão atrasados com relação à referência e vice-versa. Representação vetorial de grandezas CA defasadas 20 Pág. 77 Prof. Marco Valentim © • No gráfico senoidal abaixo a CA2 está atrasada 90º com relação a CA1 de forma que o gráfico vetorial se apresenta conforme a figura que segue. EXEMPLOS Pág. 78 Prof. Marco Valentim © EXEMPLOS Pág. 79 Prof. Marco Valentim © EXEMPLOS Pág. 80 Prof. Marco Valentim © EXERCÍCIO 21 Pág. 81 Prof. Marco Valentim © EXERCÍCIO Pág. 82 Prof. Marco Valentim © EXERCÍCIO Pág. 83 Prof. Marco Valentim © EXERCÍCIO
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