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A concepção social do contrato apresenta-se modernamente como um dos pilares da Teoria Contratual. Por identidade dialética, guarda intimidade com o princípio da “função social da propriedade” previsto na Constituição Federal e tem por escopo promover a realização de uma justiça comutativa, aplainando as desigualdades substanciais entre os contraentes, este dispositivo subordina a liberdade contratual à sua função social, com prevalência dos princípios condizentes com a ordem pública. Considerando que o direito de propriedade, que deve ser exercido em conformidade com a sua função social, proclamada na Constituição Federal, viabiliza -se por meio dos contratos, o novo Código estabelece que a liberdade contratual não pode afastar-se daquela função. A função social do contrato como condicionante da autonomia da vontade: a função social do contrato constitui, assim, princípio moderno a ser observado pelo intérprete na aplicação dos con tratos. Alia-se aos princípios tradicionais, como os da autonomia da vontade e da obrigatoriedade, muitas vezes, impedindo que estes prevaleç am. Sua função social do contrato pode ser definida com o sentido de limitar a autonomia da vontade quando tal autonomia esteja em co nfronto com o interesse social e este deva prevalecer, ainda que essa limitação possa atingir a própria liberdade de não contratar, como ocorre nas hipóteses de contrato obrigatório. Tal princípio desafia a concepção clássica de que os contratantes tudo podem fazer porque estão no exercício da autonomia da vontade. Essa constatação tem como consequência, por exemplo, possibilitar que terceiros, que não s ão propriamente partes do contrato, possam nele influir, em razão de serem direta ou indiretamente por ele atingidos. Concepção social do contrato terça-feira, 31 de maio de 2016 09:26 Página 1 de faculdade
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