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2013 Tablets como meios jornalísticos – estudo de caso

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Disciplina de WebDesign Avançado 
Profa. Rita Paulino 
Curso de Jornalismo 
Florianópolis – Universidade Federal de Santa Catarina – Fevereiro de 2013 
:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: 
 
 
Tablets como meios jornalísticos – estudo de caso1 
 
 
Brenda Bressan Thomé
2
 
Camila Maria de Oliveira Peixer
3
 
 
 
Resumo: Este artigo propõe uma reflexão sobre o modo de fazer e pensar publicações jornalís-
ticas para tablets. Para isto, utilizaremos de nossa própria experiência: acertos, erros e dificulda-
des na adaptação de uma revista impressa existente no curso de Jornalismo da UFSC (Zero Re-
vista) para tablets, buscando ao mesmo tempo manter uma identidade coesa sem repetir os pro-
cessos do impresso e empregando recursos somente disponíveis em mídia online. 
 
Palavras-chave tablets; jornalismo; revista; usabilidade; adaptação. 
 
 
 
1. Introdução 
 
Este trabalho consiste em um estudo de caso da adaptação da revista impressa Zero 
Revista - produzida pelos alunos da quinta fase do curso de Jornalismo da UFSC - para 
tablets, desde o seu conceito original e processo criativo até seu resultado final. A fina-
lidade é avaliar o andamento da produção, expondo erros, acertos e dificuldades, de 
modo a servir como documento de experiência. Como esse dispositivo ainda é relativa-
mente novo entre os veículos jornalísticos, a confecção de produtos para tal ainda tam-
bém o é. 
Para começar, deve-se ter o conhecimento de que um tablet é um dispositivo pessoal 
sensível ao toque, que tem o formato geralmente de uma prancheta, e pode ser usado 
para o acesso à internet, organização pessoal, entretenimento e visualização de fotos e 
vídeos. Algumas pessoas também utilizam o eletrônico para ler livros, jornais e revistas. 
 
1
 Trabalho apresentado à disciplina WebDesign Avançado, ministrada no curso de Jornalismo, da Univer-
sidade Federal de Santa Catarina, no segundo semestre de 2012, coordenada por Rita Paulino. 
2
 Estudante de graduação do 5º semestre do curso de Jornalismo da UFSC, e-mail: 
brendathome@gmail.com. 
3
 Estudante de graduação do 5º semestre do curso de Jornalismo da UFSC, e-mail: 
camilaoliveirapeixer@gmail.com. 
 
 
 
Disciplina de WebDesign Avançado 
Profa. Rita Paulino 
Curso de Jornalismo 
Florianópolis – Universidade Federal de Santa Catarina – Fevereiro de 2013 
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Esse conceito de computador portátil sensível ao toque, ou computador em tablete, 
não é tão novo quanto se pensa. Em 1968, Alan Kay criou o conceito do Dynabook, um 
computador em forma de caderno, sensível à escrita de uma caneta especial, feito para 
crianças e com memória para 500 páginas de texto ou áudio. Engana-se quem pensa que 
a Apple entrou no mercado dos tablets com o lançamento do iPad, em 2010. Em 1979, 
a empresa já havia criado em um caderno o Graphics Table para Apple II, que permitia 
que o desenho que foi feito sobre ele passasse para o computador. Finalmente em 1989, 
a Grid Systems lançou o GriDpad Pen Computer, considerado o primeiro tablet. O apa-
relho pesava cerca de 2 quilos e a caneta ainda era necessária para a interação. Nos anos 
2000, a Microsoft investiu no conceito de computador sensível ao toque, ainda reconhe-
cendo a importância da caneta para a interação. Mas o sistema touchscreen, sensível ao 
toque do dedo, só começou a ganhar força quando a Apple lançou o iPhone, em 2007. 
Com o sucesso do novo telefone e do seu sistema operacional, o iOS, em 2010 a Apple 
lançou o iPad, que consiste basicamente em um iPhone maior, com o mesmo sistema, 
sendo um dispositivo meio-termo entre celular e notebook.
4
 Com o tempo o conceito foi 
ampliado, adicionou-se o acesso à internet e outras empresas como Samsung, Motorola, 
Kindle e Asus lançaram seus produtos para concorrer com a Apple. Logo a Google lan-
çou o sistema operacional Android, que dominou o mercado de dispositivos que não são 
da empresa Apple. Até a Microsoft entrou no jogo com o lançamento do Windows 8, 
totalmente pensado para o usuário touch. 
Com esse investimento recente nas tecnologias móveis, os veículos jornalísticos ti-
veram que se adaptar. Com o mercado editorial diminuindo, publicações de todo o 
mundo logo perceberam que o mercado de aplicativos para tablets poderia ser uma for-
ma de manterem-se vivos no futuro. Várias revistas e jornais lançaram versões para 
iPad, primeiramente grátis, porém mais tarde a maioria passou a cobrar. 
No Brasil, praticamente todas as revistas e jornais possuem versão para tablet, al-
gumas pagas, outras não (AGNER, 2012). Um grande problema é que não basta fazer 
uma única versão. Com o aumento de ofertas de sistemas operacionais para tablets e a 
 
4
 Com informações de Tecmundo e Mundo dos Tablets, disponíveis em 
<http://www.tecmundo.com.br/3624-a-historia-dos-tablets.htm> e 
<http://www.mundodostablets.com.br/artigos/a-historia-dos-tablets-viagem-o-tempo/>. 
 
 
 
Disciplina de WebDesign Avançado 
Profa. Rita Paulino 
Curso de Jornalismo 
Florianópolis – Universidade Federal de Santa Catarina – Fevereiro de 2013 
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popularização deles, os aplicativos que antes eram feitos apenas para iPad precisaram 
ser adaptados para Android e Windows Phone, gerando certa confusão para o usuário e 
uma demanda maior nas redações. Isso porque os sistemas não conversam entre si, sen-
do necessária a adaptação do mesmo material de várias formas diferentes, o que gera 
maior trabalho para as publicações. 
Uma das idéias que surgiram na esteira da evolução dos tablets foi o jornal The Da-
ily, anunciado em 2011. Consistia em um diário produzido exclusivamente para iPad e 
que fazia parte do império do inglês Rupert Murdoch. A idéia não deu certo e o jornal 
foi descontinuado em 2012. Os motivos foram vários, mas no caso de uma publicação 
para iPad, a relação com a Apple é um tanto desvantajosa. “Por um lado, a loja da Ap-
ple oferece uma forma de pagamento simples e em que os utilizadores confiam. (...) 
Mas esta conveniência é uma espada de dois gumes: a Apple fica com 30% das receitas 
e controla a relação com os assinantes – era com a Apple, e não com o jornal, que os 
leitores tinham uma relação de clientes” (PEREIRA, 2012). 
Outro problema foi a não definição de uma identidade. Era um jornal ou uma revis-
ta? “Parece uma revista, mas o tempo de leitura é o de um jornal. Além disso, o seu con-
teúdo desaparece do tablet da Apple para sempre no dia seguinte” (COUTINHO, 2011). 
As formas de compartilhar o conteúdo fora do meio Apple eram limitadas. “The 
Daily’s stories do exist on the web; they’re just hard to discover without a Daily sub-
scriber sharing them out first” (BENTON, 2012). 
Mas apesar de todos os problemas, o The Daily contava com mais de cem mil assi-
nantes, a maioria pagando U$39,99 ao ano, alguns pagando U$0,99 por semana. Fato é 
que, descontando os 30% da Apple, o faturamento do jornal chegou a 3 milhões de dó-
lares no ano, isso sem contar a publicidade. O problema foi a estrutura inchada de 200 
funcionários na redação, o conteúdo que desagradou a alguns assinantes e a velocidade 
do aplicativo. (BENTON, 2012). 
Apesar de ter falhado, o The Daily nos deixa liçõesque animam a continuar tentan-
do. 
 The fact that an outlet with its problems could still generate 
100,000 paying subscribers is a sign that an outlet with a sounder 
strategy, a more defined ambit, and a more realistic sense of scale 
 
 
 
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Profa. Rita Paulino 
Curso de Jornalismo 
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could get even more. The number of people with tablets will keep 
growing; people’s comfort with paying for digital content will con-
tinue to increase; companies will get smarter about production ef-
ficiencies. (BENTON, 2012). 
2. Metodologia aplicada 
 
 Será feito um estudo de caso sobre a adaptação da Zero Revista, uma publicação 
impressa feita por alunos, para tablets. Exploraremos dificuldades, ideias e sua execu-
ção, bem como as possibilidades descobertas durante o processo. 
3. Estudo de Caso 
 
Quanto aos modos de fazer uma publicação para tablet, os softwares abertos ao pú-
blico ainda estão engatinhando. Nós utilizamos as ferramentas disponibilizadas pela 
Adobe, o Folio Producer e o Folio Builder. Como plug-ins do programa Adobe InDe-
sign, elas permitem que a publicação seja diagramada no programa e tenha botões, ani-
mações, vídeos, links, recursos de scroll, etc. 
O processo de pensar uma revista para tablet é muito desafiador para quem está 
acostumado a pensar diagramação e edição para impresso. Os conceitos de interativida-
de para o leitor de publicações impressas e digitais são muito divergentes. Essa nova 
forma de pensar inclui conceitos da área de design e de computação com os quais nós 
jornalistas estamos começando a nos familiarizar. Não estamos acostumados a pensar 
qual o ícone que indica mais corretamente o gesto a ser feito durante a leitura, qual ges-
to é mais adequado, se o texto deve ser vertical ou horizontal, tudo muda. 
O modo de escrever também muda. Se o jornalista vai apurar sua matéria sabendo 
que ela será para tablets, pode pensar e organizar suas informações de modo diferente. 
Há muitas oportunidades, é possível propor gráficos, infográficos, vídeos, animações, 
imagens, áudios, que complementem o texto. Usar desses recursos, faz com que o leitor 
se interesse mais pela notícia. A matéria se torna uma reportagem multimídia, com di-
versos meios sobre um mesmo assunto. Há muitas informações que se transpostas para 
texto ficam difíceis de compreender, como por exemplo o número de carros que há no 
 
 
 
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Brasil. Uma representação visual em escala é muito mais fácil de visualizar do que o 
modo escrito. 
Outro conceito expandido é o da interatividade. A relação do leitor com o autor do 
texto e as informações deixou de ser passiva para ser interativa. Galerias de imagens 
360º, pequenas animações, a possibilidade de navegar dentro das fotos, pequenos jogos 
interativos expandem o modo de pensar durante o fazer de uma reportagem. O problema 
é que muitas vezes para realizar algo inovador nesse sentido, é necessária contratação de 
outros profissionais, o que geralmente não acontece devido ao baixo contingente nas 
redações. Por isso, hoje em dia, é tão essencial que o jornalista tenha contato com os 
diversos meios e saiba utilizar destes recursos multimídia. 
Uma grande vantagem nos tablets é que o espaço para texto deixa de ser limitado, 
pelo tamanho da página, para ser infinito. Claro que isso exige bom-senso e edição, afi-
nal um texto muito comprido que dificilmente prenderia a atenção no meio impresso 
será pior sucedido quando lido em tablet. Mas as possibilidades se ampliam, e a liber-
dade para escrever é maior, algo que motiva muito os jornalistas. 
Quanto ao modo de fazer, a principal dificuldade é o domínio dos programas neces-
sários para a produção do folio. Percebe-se que cada vez mais é necessário que o jorna-
lista tenha conhecimentos na área de programação, pois isso facilita muito ao lidar com 
tais softwares. Ou isso, ou devemos esperar que os programadores resolvam nossos 
problemas com programas mais intuitivos e menos especializados. O Flash, e até em 
alguns momentos, o InDesign estão um pouco fora da alçada dos alunos de escolas de 
Jornalismo. É necessário que as academias se adaptem às novas realidades. 
A principal ideia, na hora de adaptar a Zero Revista, foi manter a identidade, mas 
dispor dos elementos existentes somente no meio eletrônico para diferenciar na hora de 
expor as informações. Aproveitamos que o programa dispõe de recursos e exploramos 
os textos. A ideia foi mostrar, através de botões e ícones, o que os textos tinham a 
acrescentar e que não foi mostrado na versão impressa. E para isso, buscamos fotos, 
links informativos e vídeos para complementar o trabalho. 
A Zero Revista foi feita para ser impressa, mas quando decidimos adaptá-la para ta-
blets não foi uma missão muito fácil, pois tudo foi pensado para ser papel. Uma grande 
 
 
 
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dificuldade é inserir interatividade e fugir da transcrição fiel. Criamos ícones para indi-
car as interações e um “modo de utilizar” para saber o que eles significam. Os vídeos, 
entrevistas, imagens e links inseridos nos textos dão mais profundidade às informações 
e mostram como essa adaptação pode servir bem ao leitor e ao autor das matérias. As 
editorias foram divididas em cores, não possíveis na versão impressa, para criar uma 
identidade e facilitar o usuário na navegação pela revista. 
Como foi pensada para ser impressa em preto e branco, todas as suas ilustrações 
também foram feitas desta forma, o que abriria possibilidade para a interação em que se 
colore a figura, mas como só sabemos fazê-lo com uma cor, decidimos deixar de lado. 
As imagens coloridas que aparecem durante a revista, foram inseridas devido à possibi-
lidade de espaço, só possíveis nesta versão, como observamos na figura abaixo. 
 
Ainda que exista a possibilidade de inserção de animações no programa, não usamos 
devido à falta de habilidade com os softwares responsáveis por esse tipo de ação. Um 
problema que infelizmente acontece no InDesign é que ele não permite animações do 
próprio programa quando a extensão Overlay Creator é utilizada. 
 
 
 
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Depois de pronta a publicação, é necessário subir o folio para um sistema de arqui-
vos em nuvem proporcionado pela Adobe, desde que obtenha-se um cadastro de uma 
conta Adobe. Ali, é possível compartilhar o arquivo com outros usuários que também 
possuam conta, mas ainda é muito limitado o modo de compartilhamento. 
Observamos também que o processo de produção para iPads está muito mais conso-lidado, mas que as tentativas de animação e alguns outros detalhes não funcionam corre-
tamente, como um ícone que aparece em uma imagem, mas não aparece em outra. Os 
motivos nos são estranhos, uma vez que somos leigas nos detalhes tecnológicos que 
envolvem a compatibilidade. Além disso, deveria haver um modo de poder reutilizar o 
trabalho já feito para a leitura em tablets com sistema Android e Windows. 
 
4. Considerações Finais ou Conclusão 
 
Produzir e organizar publicações para tablets ainda é um processo experimental ro-
deado por certo mistério. Não se sabe ainda ao certo o que funciona, o que não funcio-
na, as melhores formas de fazer, mas tudo está melhorando com a prática. 
Os maiores problemas ainda são capitalizar, produzir renda a partir do trabalho extra 
e dos profissionais especializados que esse formato exige. Também há a questão da 
formação e remuneração desses profissionais. 
Há espaço para que o formato tablet evolua entre jornais e revistas já consolidados? 
Novas publicações exclusivas para esses dispositivos podem ser um modelo de negócio 
lucrativo? É papel da academia explorar o novo formato? São questões que permanecem 
sem resposta, mas são passíveis de discussões. 
Fato é que publicar em tablets tem tudo para ser o futuro dos veículos impressos 
jornalísticos, mas isso deve demorar um certo tempo. O custo economizado em impres-
são e distribuição talvez não seja suficiente para compensar os novos profissionais e 
suas capacitações. Além disso, para “abrir mão” do jornal impresso, deve-se sempre 
pensar nos leitores. Eles precisam estar cientes e conhecer essas novas tecnologias, e 
necessitam ter acesso, para que o jornal consiga o lucro que tinha com o impresso e para 
 
 
 
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Profa. Rita Paulino 
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que o leitor sinta familiaridade e continue se informando mesmo utilizando um novo 
formato. 
O que nos coube analisar neste estudo de caso foi a adaptação de algo já existente 
para o formato tablet, algo que se apresentou muito desafiador devido ao fato de termos 
aprendido a pensar considerando limites de espaço e recursos visuais. Mais desafiador 
ainda do que pensar foi executar as ideias. Muitas delas foram deixadas para trás pelo 
simples fato de não sabermos como fazer ou porque deram errado na leitura final, como 
a animação de alguns itens. Os softwares acabam sendo nossos inimigos nessas horas, 
mas talvez não nos caiba dominar todos os processos. 
Analisando tudo pelo que passamos, o ideal seria dispor de uma equipe para direci-
onar uma publicação para tablets, composta por designers, programadores e jornalistas. 
Para isso é necessário que cada profissional entenda as necessidades do outro, assim 
talvez esse tipo de trabalho pudesse ser explorado de forma mais criativa, inovadora e 
aprofundada. 
Ao elaborar o projeto, notamos, também, que fica clara a necessidade jornalística de 
utilizar de versões como essa para tablet. Os recursos são diversos, as informações são 
repassadas de diferentes formas e não há como não se adequar diante de tanta tecnolo-
gia. Acreditamos que quem não utilizar desse novo meio, acabará perdendo espaço di-
ante de tanta concorrência na área. Quem inova e dispõe de vários métodos para passar 
a informação, já está a um passo à frente dos demais. Inovar é arriscar, é um desafio. E 
já dizia Marxwell Maltz: “A vida está cheia de desafios que, se aproveitados de forma 
criativa, transformam-se em oportunidades”. 
 
5. Referências 
 
A História dos Tablets – viagem no tempo. Portal mundo dos tablets, setembro de 2011. Dis-
ponível em http://www.mundodostablets.com.br/artigos/a-historia-dos-tablets-viagem-o-tempo 
 
 
AGNER, Luiz; Avaliação de usabilidade do jornalismo para tablets: 
interações por gestos em um aplicativo de notícias. Intercom – Sociedade Brasileira de Estu-
dos Interdisciplinares da Comunicação XXXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunica-
ção – Fortaleza, CE – 3 a 7/9/2012. Disponível em <http://www.agner.com.br/wp-
content/uploads/2012/09/AGNER-Intercom-12-R7-2625-1.pdf> 
 
 
 
Disciplina de WebDesign Avançado 
Profa. Rita Paulino 
Curso de Jornalismo 
Florianópolis – Universidade Federal de Santa Catarina – Fevereiro de 2013 
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AGNER, Luiz; Design de interação no jornalismo para tablets: avaliando interfaces gestu-
ais em um aplicativo de notícias. 4o Congresso Sul Americano de Design de Interação, 2012. 
Disponível em <http://www.agner.com.br/wp-content/uploads/2012/11/ARTIGO-
INTERACTION-SA-2012-FINAL-OK.pdf> 
 
 
BENTON, Joshua; Some lessons from the demise of The Daily: Was it the platform, the 
content, the structure, or the business model? Estados Unidos, Nieman Journalism Web, 
dezembro de 2012. Disponível em <http://www.niemanlab.org/2012/12/some-lessons-
from-the-demise-of-the-daily-was-it-the-platform-the-content-the-structure-or-the-
business-model/> 
 
 
BLANC, Antonio; Conheça a história de quase meio século dos tablets. Seção Hardware e 
Software do Portal Terra, fevereiro de 2011. Disponível em 
<http://tecnologia.terra.com.br/hardware-e-software/conheca-a-historia-de-quase-meio-seculo-
dos-tablets,9c08fc67b84ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html> 
 
 
COUTINHO, Isabel; The Daily": não é carne, nem é peixe. Portugal, portal Público, fevereiro 
de 2011. Disponível em <http://publico.pt/media/noticia/the-daily-nao-e-carne-nem-e-
peixe-1478648> 
 
 
DA SILVA, Carlos Eduardo Lins; Opinião: tablets como futuro do Jornalismo. Portal meio e 
mensagem, agosto de 2012. Disponível em 
<http://www.meioemensagem.com.br/home/midia/noticias/2012/08/01/Opiniao-Tablets-como-
futuro-do-jornalismo.html#.UR0TYaWbOwE> 
 
 
SAMPAIO, Luciano de; A história dos tablets. Portal Tecmundo, fevereiro de 2010. Disponí-
vel em <http://www.tecmundo.com.br/3624-a-historia-dos-tablets.htm> 
 
 
PAULINO, Rita; A participação coletiva nas mídias sociais e o compartilhamento de conte-
údo midiático em Sistemas de Gestão de Conteúdos (SGC). Intercom – Sociedade Brasileira 
de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XIII Congresso de Ciências da Comunicação na 
Região Sul – Chapecó - SC – 31/05 a 02/06/2012. Disponível em 
<http://midiaonline.jor.br/rita/interatividade_Ipad_Ciberjornalismo_porto_Paulino.pdf> 
 
 
PEREIRA, João Pedro; The Daily, um jornal para iPad muito tradicional. Portugal, porta 
Público, Tecnologia, dezembro de 2012. Disponível em 
<http://www.publico.pt/tecnologia/noticia/the-daily-um-jornal-para-ipad-muito-tradicional-
1575977>

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