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Processo de Execução: Disposições Gerais

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV - CCJ0038
Semana Aula: 4
PROCESSO DE EXECUÇÃO. DISPOSIÇÕES GERAIS PARA O CUMPRIMENTO DA SENTENÇA OU PARA A EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL.
Aplicação: articulação teoria e prática
1a Questão: Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado?
 
Questão nº 2. Considerando a ação de execução de título extrajudicial, é correto afirmar que:
a)    caso a petição inicial se ache desacompanhada do título executivo, deverá ser indeferida de plano, não se admitindo prazo para correção, dada a natureza sumária das ações executivas; 
b)    caberá ao devedor indicar a espécie de execução que prefere, quando de mais de um modo puder ser efetuada; 
c)    deverá ser extinta se o título não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível; 
d)    cabe ao devedor provar que o credor não adimpliu a contraprestação, quando a satisfação da obrigação do executado estiver condicionada à realização daquela. 
Avaliação
Resposta da 1a questão: 
Resposta positiva se impõe. Segundo a doutrina: Este princípio pode ser empregado nas mais variadas situações. Em uma hipótese concreta, se o magistrado vislumbrar que o executado possui vários bens suficientes para o pagamento de uma dívida, não poderia permitir que a penhora recaísse sobre o bem de maior valor, já que eventual arrematação na segunda hasta pública pode trazer prejuízos ao devedor, em razão da possibilidade de o lanço ser inferior ao valor da avaliação, muito embora não possa ser vil. Da mesma forma, o juiz pode determinar o usufruto de bem móvel ou imóvel, quando reputar que esta medida é menos gravosa ao executado e, ao mesmo tempo, mais eficiente para o recebimento do crédito. O que se deve ressalvar, porém, é que não se trata de um princípio com contornos absolutos, até porque sendo o processo essencialmente dialético, há necessidade de se outorgar as mesmas garantias a ambas as partes indistintamente, sob risco de vulnerar o princípio da isonomia (art. 5o, caput, CRFB-88). Assim, se é correto afirmar a existência de um princípio que garante que a execução se desenvolva de forma menos gravosa ao executado, também é certo assegurar ao exequente algum princípio equivalente ou ao menos uma compensação. Por estes motivos, vem ganhando força a ideia de que este princípio traz junto a si, subjacente, outro destinado à parte adversa no processo, chamado de princípio do interesse do credor, aplicável em alguns momentos processuais? (HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Curso Completo de Processo Civil - Com Notas Explicativas à Lei nº 13.105/15 NOVO CPC. 2ª Ed. Niterói: Impetus, 2015, p. 556). Acrescenta-se, ainda, que no caso concreto o próprio devedor deu cumprimento ao disposto no art. 805, parágrafo único do NCPC (Lei nº 13.105/15), ao indicar de que forma a execução poderia ser realizada de maneira menos gravosa. Portanto, o seu pleito deve realmente ser deferido.
 
Resposta da 2ª questão: 
Gabarito: C
Justificativa: Art. 485, inciso IV, NCPC (Lei nº 13.105/15), eis que o título executivo deve ser encarado sob o prisma de pressuposto processual para o regular desenvolvimento da execução. 
Considerações Adicionais

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