Buscar

Anotações ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
Aula 1: Conceitos básicos 
 Ética, Moral, Caráter, Dever Moral, Direitos Humanos. 
 
Ética é uma área de concentração de origem filosófica que tem por fim estudar, 
refletir o sentido do agir humano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A palavra ética vem do grego ethos. 
 
 
 
Ética 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
 
 
Ética 
 
Segundo Thirry-Cherques (2008): 
 
- Ética é a parte da filosofia que trata das questões morais, das ideias morais do cotidiano 
humano; 
 
- O papel da Ética é fundamentar a Moral, pois esta supõe uma crença, inclusive com os 
seus respectivos dogmas; 
 
- Assim, podemos concluir que Ética é a investigação geral sobre aquilo que é bom; 
 
- O objetivo da Ética é facilitar a vida do homem de modo a que ele se realize; 
 
- Naturalmente, a ética existe em todas as sociedades, respeitando as especificidades de 
cada cultura. 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
Moral 
 
 
 
 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
Valor 
Valor é um bem subjetivo. Logo, é o que desperta interesse ou estima. 
A palavra valor vem do grego áksios, que significa o que é valioso, o que merece o seu 
preço. 
Qualifica aquilo que é bom e que tem utilidade. 
 
A história do conceito de valor é longa e interessante: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
Direitos Humanos 
Declaração dos Direitos Humanos 
 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um dos documentos básicos das Nações 
Unidas. Foi assinada em 1948 e enumera os direitos de todos os seres humanos. 
 
 
 
 
 
Declaração dos Direitos Humanos A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um dos documentos básicos 
das Nações Unidas. Foi assinada em 1948 e enumera os direitos de todos os seres humanos. 
Preâmbulo 
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus 
direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo, 
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que 
ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que todos gozem de liberdade de 
palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta 
aspiração do ser humano comum, 
Considerando ser essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo império da lei, para que o ser 
humano não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão, 
Considerando ser essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações, 
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta da ONU, sua fé nos direitos humanos 
fundamentais, na dignidade e no valor do ser humano e na igualdade de direitos entre homens e mulheres, e que 
decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla, 
Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações 
Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades humanas fundamentais e a observância desses direitos e 
liberdades, 
Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta importância para o 
pleno cumprimento desse compromisso, agora portanto, 
 
A Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a 
ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da 
sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover 
o respeito a esses direitos e liberdades, e pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos 
dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição. 
 
Artigo I. Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e 
consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade. 
 
Artigo II. 1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta 
Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de 
outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. 2. Não será também 
feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que 
pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito 
a qualquer outra limitação de soberania. 
Artigo III. Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. 
Artigo IV. Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão 
proibidos em todas as suas formas. 
Artigo V. Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel,desumano ou degradante. 
Artigo VI. Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei. 
Artigo VII. Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos 
têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer 
incitamento a tal discriminação. 
Artigo VIII. Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para 
os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei. 
Artigo IX. Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado. 
Artigo X. Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um 
tribunal independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer 
acusação criminal contra ele. 
Artigo XI. 1. Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a 
sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido 
asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa. 2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou 
omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será 
imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso. 
Artigo XII. Ninguém será sujeito à interferência em sua vida privada, em sua família, em seu lar ou em sua 
correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito à proteção da lei contra 
tais interferências ou ataques. 
Artigo XIII. 1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de 
cada Estado. 2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar. 
Artigo XIV. 1. Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros 
países. 2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de 
direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas. 
Artigo XV. 1. Todo homem tem direito a uma nacionalidade. 2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua 
nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade. 
Artigo XVI. 1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou 
religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao 
casamento, sua duração e sua dissolução. 2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno 
consentimento dos nubentes. 3. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção 
da sociedade e do Estado. 
Artigo XVII. 1. Todo ser humano tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. 2. Ninguém será 
arbitrariamente privado de sua propriedade. 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
Artigo XVIII. Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui 
a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela 
prática, pelo culto e pela observância, em público ou em particular. 
Artigo XIX. Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, 
sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e 
independentemente de fronteiras. 
Artigo XX. 1. Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica. 2. Ninguém pode ser 
obrigado a fazer parte de uma associação. 
Artigo XXI. 1. Todo ser humano tem o direito de fazer parte no governo de seu país diretamente ou por 
intermédio de representantes livremente escolhidos. 2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço 
público do seu país. 3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em 
eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a 
liberdade de voto. 
Artigo XXII. Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social, à realização pelo 
esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos 
direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua 
personalidade. 
Artigo XXIII. 1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e 
favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. 2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem 
direito a igual remuneração por igual trabalho. 3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração 
justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade 
humana e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social. 4. Todo ser humano tem direito 
a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses. 
Artigo XXIV. Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de 
trabalho e a férias remuneradas periódicas. 
Artigo XXV. 1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar-lhe, e a sua família, saúde 
e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e 
direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos 
meios de 5 subsistência em circunstâncias fora de seu controle. 2. A maternidade e a infância têm direito a 
cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio gozarão da mesma 
proteção social. 
Artigo XXVI. 1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus 
elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será 
acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito. 2. A instrução será orientada no 
sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos 
humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre 
todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da 
manutenção da paz. 3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a 
seus filhos. 
Artigo XXVII. 1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de 
fruir das artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios. 2. Todo ser humano tem direito à 
proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica literária ou artística da 
qual seja autor. 
Artigo XXVIII. Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades 
estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados. 
Artigo XXIX. 1. Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno 
desenvolvimento de sua personalidade é possível. 2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano 
estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido 
CoratoÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da 
ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática. 3. Esses direitos e liberdades não podem, em 
hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas. 
Artigo XXX. Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a 
qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à 
destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos. 
 
Fonte: www.onu-brasil.org.br/documentos_direitoshumanos.php 
 
 
 
 
Aula 2: As três fases da ética empresarial 
 
 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
Como a própria vida, a Ética Empresarial é feita de fases. 
 
Vamos conhecê-las agora. 
 
 
 
Fase 1: A Era Industrial 
 
 
1970 - Surge com ímpeto o tema da ética dos negócios ou, como definida pelos europeus, 
da ética das empresas. 
1980 - O tema propaga-se pela Europa. 
1990 - Propaga-se pela América Latina e pelo Oriente. 
 
Questões com certo grau de complexidade, como: 
 
 
 
Passaram a ter destaque, principalmente, no mundo reflexivo. Na verdade, um conjunto de 
dimensões que compõe o caráter de uma organização. 
 
Adam Smith e Max Weber fizeram uma grande contribuição na era industrial ao garantir 
que existia uma conexão entre ética e empresa. Eles afirmaram que o sucesso empresarial 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
seria alcançado quando a organização, dentro de sua estrutura, se preocupasse condições 
legais e morais. 
 
 
 
 
 
Fase 2: A Era Pós-Industrial 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
 
Em terceiro lugar, a concepção da empresa sofreu transformação em vários pontos: 
 
 
 
Em quarto lugar, novos desafios organizacionais levam a entender que a ética se fazia necessária na 
gestão. 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
 
Fase 3: A Era da Informação 
Esta Ética Empresarial revitalizada depara-se com novos desafios, como a passagem da 
economia velha para a chamada nova economia e a era da informação. 
 
 
 
Nesta era da informação, as universidades vêm fomentando a necessidade de dois pilares 
vitais relativos à ética empresarial: integridade e transparência, para que haja viabilidade 
empresarial. 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
Na era da informação, uma coisa é patente: escândalos empresariais têm largos espaços nos 
veículos de comunicação, o que nos leva a reformular leis e, sobretudo, hábitos. 
 
A integridade e a transparência devem ser incorporadas ao caráter - das pessoas, do cidadão e da 
empresa. Somente assim haverá mudança de fato. 
 
 
 
 
Aula 3: Empresa e ética: o caráter das organizações 
 
Com certeza, você já ouviu dizerem que o caráter do indivíduo que diz quem ele é. 
Muitas vezes, inclusive, quando um indivíduo tem um comportamento que foge ao padrão 
estabelecido pela sua comunidade, é considerado “sem caráter”. 
 
Mas, afinal o que é caráter? 
 
Esta é a primeira pergunta sobre a qual devemos refletir. Aliás, refletir não é um hábito dos ocidentais. 
Somos pouco reflexivos. Mas, no mundo competitivo em que vivemos, precisamos exercer a 
capacidade de pensar, meditar e refletir. É isso que procuraremos fazer nesta aula, quando refletiremos 
sobre nós mesmos e sobre as organizações das quais fazemos parte. 
 
Ora, mas o que é caráter? Seria uma característica hereditária? 
Não! 
É definido pelo dicionário Michaelis como: 
“Caracteres somáticos adquiridos pelo indivíduo sob a ação de fatores ambientais e que não se 
tornam hereditários. Fatores que distinguem uma espécie de outra ou de todas as outras do mesmo 
gênero.” 
 
Caráter 
Assim, podemos entender que caráter é um conjunto de fatores que incidem sobre cada indivíduo, 
tornando-o único da sua própria espécie. 
Entendemos que caráter de um indivíduo é a sua maneira de ser, suas características próprias, seus 
impulsos, seu temperamento. 
É um traço da personalidade, que mostra a forma usual do agir de cada indivíduo. Este grupo de 
atributos, bons ou ruins, denota o comportamento, os valores morais e os princípios de cada indivíduo. 
 
Na biologia diz-se de cada marco estrutural ou funcional que distingue um indivíduo, sejam 
caracteres congênitos ou adquiridos. É questão controvertida se os caracteres congênitos são 
suficientes para distinguir uma espécie de outras. Na lógica é cada atributo de uma noção que faz 
parte da sua compreensão e é um elemento constituinte, seja essencial ou acidental. Na psicologia a 
unidade e consistência que se manifesta na maneira de sentir e reagir de um indivíduo ou de um grupo 
como distinto de outros grupos. Kant define o caráter de conformidade com a sua definição de causa. 
"É necessário que cada causa, quando age, tenha um caráter, quer dizer uma lei da sua causalidade, 
sem a qual ela nem chegaria a ser causa". Ele distingue ademais um caráter empírico ou fenomenal, 
em virtude do qual as suas "ações, enquanto fenômenos, são relacionados integralmente a outros, 
segundo as leis constantes da natureza", e um caráter inteligível, em virtude do qual não deixa de ser a 
causa dessas ações, enquanto fenômenos, mas sem ser ele mesmo submetido às condições da 
sensibilidade e sem ser sequer um fenômeno. 
 Na ética a palavra aceita um sentido laudativo quando significa personalidade completa e que 
revela autodomínio. 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
CARÁTER ADQUIRIDO - (Psicol.). Modificação que se apresenta no organismo como consequência 
da própria atividade ou da influência do meio. 
CARÁTER CONGÊNITO - (Psicol.). a) É o que é herdado. Também indica o que é condicionado em 
parte pelo meio pré-natal. 
 
 
 
DEFINIÇÃO DE ORGANIZAÇÃO (EMPRESA) 
Para compreendermos melhor as questões do cotidiano empresarial, vamos estudar primeiro o que é 
uma empresa: 
• Semanticamente é um empreendimento, uma atividade produtiva, um negócio; 
• É uma sociedade organizada para a exploração de uma indústria, comércioou serviços, tendo por 
objetivo final o lucro; 
• No Direito Trabalhista, é a organização do capital e do trabalho, empenhada em atividade 
econômica. 
 
Quando pensamos em economia, pensamos nas empresas, pois é através delas que a economia é 
ativada. 
Normalmente, diz-se que a economia está aquecida quando há demanda, isto é, quando há 
consumo significando que as empresas estão produzindo e colocando o seu produto no mercado, 
aquecendo assim a economia de um local, estado ou país. 
Basta observarmos a questão de emprego. Ora, quem oferece o emprego? São as empresas, 
portanto é evidente a importância das empresas a nível mundial! 
É importante destacar que algumas empresas chegam a um faturamento superior ao PIB de um país. 
 
Formação do Caráter de uma Organização 
Construir confiança 
 
 
 
Veja, estamos falando em algo muito mais abrangente do que o marketing que objetiva apenas a 
imagem da empresa. 
 
 
 
Assim, cada empresa tem a sua forma de tomar decisões, a sua maneira de fazer os seus negócios. 
Tem os seus hábitos, os seus costumes, que normalmente são identificados pelo mercado. 
Podemos entender que a integridade de uma empresa está intimamente ligada ao seu caráter, isto 
é, à sua forma de conduta, pensamento e ação que farão com que ela tenha uma imagem no 
mercado. 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
Aula 4: O Dilema dos Valores 
 
 
Dilema 
 
 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
Complexo 
Entre liberdade de expressão e direito à privacidade o valor com o peso mais relativo é o direito à 
privacidade. 
Principalmente, quando lembramos que privacidade leva à intimidade, há que se traçar um limite 
entre o interesse privado e o público. 
Assim, o direito à privacidade cessaria quando a ação praticada tivesse relevância pública. 
 
No mundo corporativo, empresarial, o que deve prevalecer? 
O que deve prevalecer na empresa: o respeito aos prazos de entrega dos produtos ou a qualidade 
dos resultados? 
O respeito estrito à privacidade dos funcionários, permitindo o acesso à internet, ou a “tolerância 
zero”, isto é, a proibição ao uso de equipamentos da empresa para qualquer finalidade particular? 
 
 
 
Vejamos o caso verídico do final da década de 1960: 
 
O dilema dos valores O caso Goodrich1 Como vimos, no final da década de 1960, a empresa B.F. 
Goodrich tinha um contrato com a força aérea norte-americana para equipar seus novos aviões A7D 
com freios de ar comprimido. O prazo de entrega era muito curto, mas os executivos resolveram cumprir 
o contrato a todo custo. Os primeiros testes mostraram que os freios estavam falhando. A data de 
entrega chegou e os freios foram entregues assim mesmo. O avião de prova teve um acidente. Uma 
investigação mostrou que as falhas do desenho original nunca foram corrigidas e que vários 
engenheiros tinham falsificado os relatórios dos primeiros testes para cumprir os prazos. O interessante é 
que todos eles estavam convencidos de que fizeram o que a empresa esperava que fizessem. The priest 
Outro choque entre valores pode ser apreciado no filme The priest. Em segredo de confissão, um padre 
descobre que uma garota de 14 anos vem sofrendo repetidos abusos sexuais. E quem é o causador? O 
pai dela! A dor e o medo da garota são grandes, mas, embora o sigilo confessional proíba o sacerdote 
de falar ou de fazer algo, ele fica revoltado com as barbaridades que lhe foram relatadas. Qual a 
orientação a seguir? O religioso arrisca insinuações e roga ao pai para que mude de comportamento. 
Este manda meter-se na própria vida! Logo depois, a mãe da garota descobre o drama da filha e 
pressiona o padre para que ele a ajude de algum modo. Preso a seus juramentos, este nada faz. A 
mãe, então, o amaldiçoa, predizendo-lhe os horrores do inferno! Aturdido pelo conflito de valores, o 
sacerdote fica dilacerado. Como fixar uma precedência entre o dever do sigilo, o anseio por justiça e a 
compaixão pelo sofrimento alheio? No filme, a primazia do segredo da confissão (sacramento da 
penitência) deixa o padre de mãos atadas. 1 Adaptado de SROUR, Robert. Ética Empresarial. Elsevier: 
Rio de Janeiro, 2008. p.182-183. 2 Manville Corporation Vejamos mais um exemplo na esfera empresarial. 
A Manville Corporation teve sérios problemas com pessoas que reclamaram por terem ficado doentes 
após 15 ou 20 anos de exposição aos produtos de asbesto (amianto). As demandas alcançaram a 
espantosa cifra de um bilhão de dólares. Daí em diante a empresa decidiu não mais fabricar ou vender 
produtos até que pudessem ser manufaturados e usados com segurança, não só nos Estados Unidos, 
mas no mundo todo. Empenhou-se em testes exaustivos e passou a colocar rótulos nas embalagens, em 
12 idiomas diferentes. Todos os rótulos apresentavam um grande “C”. Então, autoridades e clientes 
japoneses disseram à empresa que, se o rótulo viesse escrito em japonês, não fariam negócio. Se fosse 
em inglês, ainda ia. A operação a ser desenvolvida com o Japão representava vinte milhões de dólares 
e estava à mercê de concorrentes dispostos a tudo. A Manville Corporation, todavia, não arredou pé 
de sua política. Em consequência, perdeu grande parte da operação. Aos poucos, porém, foi sendo 
recuperado o terreno perdido, pois os japoneses reconsideraram sua posição e o governo japonês fez 
saber à Manville que admirava sua coragem. Vale lembrar que a postura da Manville se deveu a uma 
reação ao seu passado repulsivo: ela havia ocultado deliberadamente de seus empregados os riscos 
de se trabalhar com o asbesto. 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
Aula 5: A ecologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
 
Algumas ações desses fatores: 
• Variação da densidade das populações, afetando as taxas de natalidade e mortalidade, 
imigração e emigração; 
• Processo de colonização e distribuição espacial e temporal das populações e comunidades; 
• Modificações adaptativas, tais como reações fotoperiódicas, hibernação, estivação, entre outras. 
 
 
São considerados fatores ecológicos: 
 
• Atmosféricos: luz, temperatura, umidade, vento etc. 
• Edafológicos: estrutura e textura do solo, nutrientes e organismos. 
• Geográficos: altitude, latitude, correntes marinhas e rede hidrográfica. 
• Bióticos: interações entre vegetais, animais e micro-organismos. 
• Aquáticos: pressão hidroestática, luminosidade, salinidade, oscilação das marés. 
• Antrópicos: agricultura e aquicultura, pecuária, erosão e assoreamento, construções, usinas, 
barragens, rodovias etc. 
 
 
 
 
 
 
CoratoÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
Daí a necessidade da Ética Ambiental. A Ética Ambiental tem seu início marcado pelos grandes 
avanços tecnológicos. A exemplo disso, temos a medicina com suas novas técnicas resultando na 
queda dos índices de mortalidade, alterando o binômio nascimento-morte e superlotando o planeta. 
Descontrole da produção alimentar e degradação da cultura – mundializando a fome e a pobreza. 
 
“Toda sociedade é responsável pela degradação ambiental, pois o rico polui com sua atividade 
industrial, comercial etc; o pobre polui por falta de condições econômicas de viver condignamente e 
por falta de informações, já que a maioria é semianalfabeta, e o Estado polui por falta de informações 
ecológicas de seus administradores, gerando uma política desvinculada dos compromissos com o meio 
ambiente”. 
A ética ambiental está apoiada em duas teorias recentes: a teoria evolucionista de Darwin e a teoria 
de Gaia, também conhecida como Teia da Vida e defendida por Lovelock. 
A primeira consiste em pensar o homem como todos os outros seres viventes - em constante 
evolução. 
Na outra, Gaia, a mãe Terra, é considerada um organismo vivo interligado a todos os outros seres, 
incluindo o homem, em igualdade de condições. 
As duas teorias contradizem o modelo antropocêntrico, no qual o homem é o centro do universo, 
considerando sua condição de "espécie superior" devido à razão e à capacidade de gerar cultura. 
 
Definição 
Conduta ou a própria conduta comportamental do ser humano em relação à natureza, decorrente 
da conscientização ambiental e consequente compromisso preservacionista, tendo como objetivo a 
conservação da vida global. Tem a ética ambiental como base científica e o estudo da relação 
homem X natureza. 
O objetivo da Ética Ambiental é formar uma humanidade consciente de sua posição perante a vida 
no planeta Terra, orientando uma nova postura: a de preservar globalmente a natureza, sendo uma 
nova esperança de vida para o planeta. 
 
 
 
Aula 6: A Escassez Dos Recursos Naturais 
 
Recursos Naturais 
Recurso natural é qualquer insumo de que os organismos, as populações e os ecossistemas 
necessitam para sua manutenção. Portanto, recurso natural é algo útil. 
Existe um envolvimento entre recursos naturais e tecnologia, uma vez que há a necessidade da 
existência de processos tecnológicos para utilização de um recurso. 
Recursos naturais e economia interagem de maneira bastante evidente, uma vez que algo é recurso 
na medida em que sua exploração é economicamente viável. 
Exemplo dessa situação é o álcool que, antes da crise do petróleo de 1973, apresentava custos de 
produção extremamente elevados diante dos custos de exploração de petróleo. 
Hoje, no Brasil, o álcool ainda pode ser considerado um importante combustível para automóveis, 
além de ser um recurso natural estratégico e de alta significância pela possibilidade de renovação e 
consequente disponibilidade. 
 
Assim, na definição de recurso natural, encontramos três tópicos relacionados: 
Economia 
Meio ambiente 
Tecnologia 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
Finalmente, algo se torna um recurso natural caso sua exploração, processamento e utilização não 
causem danos ao meio ambiente. 
O fato de não ter sido levado em conta a questão ecológica nas últimas décadas, gerou 
aberrações. O uso de elementos extremamente tóxicos como recursos naturais é um triste exemplo. 
Podemos citar o chumbo e o mercúrio que, dependendo das concentrações utilizadas, chegam a 
causar a morte de seres humanos. 
 
Classificação dos recursos naturais 
Os recursos naturais podem ser classificados em dois grandes grupos: os renováveis e os não 
renováveis. 
Os recursos renováveis são aqueles que, depois de serem utilizados, ficam disponíveis novamente 
graças aos ciclos naturais (água, ar, biomassa etc.). 
Os recursos não renováveis, como o próprio nome diz, são aqueles que, uma vez utilizados, não 
podem ser reaproveitados. Um exemplo é o combustível fóssil que, depois de ser disponibilizado para 
mover um automóvel, por exemplo, está perdido para sempre (como é o caso do petróleo). 
 
Atenção: Dentro dos recursos não renováveis há duas classes: a dos minerais não energéticos 
(fósforo, cálcio etc.) e a dos minerais energéticos (combustíveis fósseis e urânio). 
 
É importante ter o conhecimento de que há situações nas quais um recurso renovável passa a não 
ser mais renovável. Isso ocorre quando a taxa de utilização supera a capacidade máxima de 
sustentação do sistema. Veja o exemplo a seguir que ilustra bem esta situação: 
Um campo de pastagem comum é utilizado coletivamente por alguns fazendeiros. O capim, 
evidentemente, é um recurso renovável (biomassa). 
Entretanto, os fazendeiros, visando ao aumento de seus lucros imediatos, colocam o número máximo 
de cabeças de gado neste pasto, uma vez que o campo é comum a todos. 
O resultado dessa atitude é a depleção de um recurso, que era renovável, até níveis que inviabilizam 
sua renovação. 
 
A poluição é outro fator que mexe muito com os recursos naturais, tornando-os cada vez mais 
escassos. Poluição é uma alteração indesejável nas características físicas, químicas ou biológicas da 
atmosfera, litosfera ou hidrosfera que causa ou pode causar prejuízo à saúde, à sobrevivência ou às 
atividades dos seres humanos e outras espécies. Pode ainda deteriorar materiais. 
Por isso começamos a falar em Ética Ambiental. Assim, no mínimo, dirimimos os problemas gerados 
pela má administração do nosso planeta. 
A partir da Revolução Industrial, o crescente número de indústrias e a aglomeração da população 
nos grandes centros provocou sérios problemas de poluição do ar, da água e do solo. 
 
Entendendo a cultura ambiental no Brasil 
Na década de 1970, o Brasil viveu o período conhecido como “milagre econômico”. As taxas de 
crescimento na economia eram da ordem de 10% ao ano. 
No mundo, se instaurava a discussão sobre como seriam as consequências do desenvolvimento 
econômico a qualquer custo. 
Cientistas americanos elaboravam um relatório denominado “Limites do Crescimento”, proliferando 
a ideia de que os países que não tivessem alcançado o desenvolvimento até então, deveriam “abrir 
mão” disso em favor da vida no planeta. 
O Brasil, em defesa de sua economia, protestou o pensamento de estabelecer um limite para o seu 
crescimento. Sai vitorioso, porém sua imagem é seriamente abalada em função da falta de 
comprometimento com a saúde ambiental. 
Os principais jornais da época (nacionais e internacionais) divulgaram a atitude do Brasil como um 
“elogio à poluição”. 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
Em entrevista, integrantes do ministério da economia declararam que “se os países ricos não queriam 
poluição, suas indústrias seriam benvindas no Brasil”. 
Agora, além da imagem de torturadores, por causa da ditadura militar, ainda éramos chamados de 
poluidores! 
Em 1973, para nos livrar de tal acusação e para dar uma satisfação à opinião pública, criamos uma 
autarquia, subordinada ao Ministério do Interior, para cuidar da conservação do meio ambiente e do 
uso racional dos recursos naturais, a Sema - Secretaria Especial do Meio Ambiente. 
 
 
 A ética na proteção do meio ambiente 
“É imprescindível que além das normas incriminadoras coexistama fiscalização, a aplicação efetiva 
e consciente da população sobre a importância de preservar e tutelar esse recurso natural, enquanto 
não sobrevier este conjunto continuar-se-á a observar a impunidade e o aumento de animais em 
extinção”. 
 
 
 
Aula 7: A Ação Predatória Do Homem 
 
Ações predadoras do homem agridem a natureza de tal forma que colocam em risco a própria 
espécie humana. Na atualidade, há uma divulgação maior dos graves problemas advindos dos males 
feitos pelo homem ao planeta. 
Na presente aula, vamos observar algumas ações predadoras que poderiam ser evitadas mas que, 
infelizmente, em razão de um pensamento dominante desprovido de Ética Ambiental, provocam 
malefícios tremendos a todos os habitantes do planeta. 
No Brasil, a Mata Atlântica é o segundo bioma mais ameaçado de extinção do planeta. Para se ter 
uma ideia da dimensão do problema, somente as florestas de Madagascar estão mais ameaçadas. 
Apesar disso, a Mata Atlântica ainda mantém índices altíssimos de biodiversidade (um dos maiores do 
mundo). Uma grande diversidade biológica convive com uma grande ameaça. 
A emissão e acumulação de gases na atmosfera, como o dióxido de carbono, é conhecida 
mundialmente como efeito estufa. Entre suas principais causas, estão a queima de combustíveis fósseis, 
a devastação e a queima de áreas florestais, como a Floresta Amazônica etc. 
Clima e efeito estufa 
O clima da Terra é um produto de interações complexas da atmosfera, oceanos, calotas glaciais, 
seres vivos e até mesmo rochas e sedimentos. Nessa interação, estão presentes diversos gases naturais. 
Dentre estes, estão aqueles que provocam o famoso efeito-estufa em virtude de seu acúmulo (acúmulo 
este influenciado pela ação humana). 
 
 
 
Principais gases-estufa da atmosfera 
O vapor d’agua é um dos constituintes variáveis do ar atmosférico, chegando a ter 4% em volume. 
As principais reservas de carbono da natureza, liberado durante a fotossíntese, são a biota, o solo e 
os oceanos. Isto representa cerca de 14% do teor total de CO2 da atmosfera. O metano é o segundo 
gás-estufa em importância, produzido durante a decomposição anaeróbica. O óxido nitroso é ainda 
mais potente que o metano, e sua eficácia é cerca de 230 vezes superior à do CO2. 
 
Segundo Legget (1992), gases-estufa são aqueles que provocam a retenção da radiação 
infravermelha na atmosfera, aquecendo a superfície da Terra, além da camada inferior da atmosfera. 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
 
Uma forma de se evitar tal dano pode ser a educação. Por isso passou-se a falar em Educação 
Ambiental. 
 
Corrigindo pela Educação - Em razão desses fatos que corroem e depredam a natureza, entende-se 
que uma forma de evitar tal dano começa com a Educação Ambiental. 
A Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988 diz que: 
Artigo 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum 
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever 
de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
Em seu parágrafo VI encontramos que “é dever promover a educação ambiental em todos os níveis 
de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente.” 
Percebemos, então, que a Educação Ambiental é um processo permanente que articula 
conhecimentos, atitudes e valores, e não apenas uma transmissão de informações. Ela envolve a 
participação individual em processos coletivos, trabalhando desde a perspectiva local até a global. 
 
 
" Para ver o universal e o imanente Espírito da Verdade face a face é preciso ser capaz de amar a 
mais ínfima das criaturas como se ama a si próprio. E um homem que a isso aspira não pode ser omisso 
em nenhum aspecto da vida ". Mahatma Gandhi 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
Aula 8: Política e responsabilidade social em uma empresa 
 
A Responsabilidade Social tem dois pilares básicos: preservação do meio ambiente e direitos dos 
consumidores. Isto porque envolve a sociedade como um todo. Nesta aula, veremos a importância e a 
formação de uma política social em uma organização. 
 
O que é Responsabilidade Social Empresarial (RSE). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
Terceiro setor Para Drucker, este foi o setor que mais cresceu e movimentou recursos, que mais gerou 
empregos e lucros nos EUA, nos últimos vinte anos. A economia neste setor é bem específica, com 
características próprias e gira em torno de indicadores socioeconômicos internos e externos. Segundo 
Francisco Neto e César Fróes, são seis as principais características deste setor emergente: 
1) Desenvolveu-se em decorrência da revolução na estrutura produtiva da sociedade, ocorrida No 
final do século passado, responsável pela fragmentação das cadeias produtivas de diversos setores e, 
consequentemente, pelo deslocamento das grandes unidades produtivas e suas indústrias e 
fornecedores-satélites; 
2) Tem nas empresas socialmente responsáveis o seu principal agente social; 
3) Impulsiona grande mobilização do trabalho voluntário; 
4) Apresenta foco no desenvolvimento sustentável das localidades e regiões; 
5) Requer adoção do modelo de parceria envolvendo governo local, empresas, Ongs e demais 
entidades da sociedade civil, constituído pela formação de redes sociais; 
6) Gera produção de capitais sociais distintos. 
 
O campo de atuação da RSE foi muito ampliado, passando a ser um espaço de exercício da 
Responsabilidade Social não apenas corporativa, mas também comunitária e individual, a partir dos 
valores éticos e de condutas organizacionais difundidas pelas empresas-cidadãs. Este processo de 
difusão da cidadania social é feito com a mediação das empresas, e não mais do Estado, através da 
formação de redes de emprego e trabalho, estímulo à criação de cooperativas, micros ou pequenas 
empresas. Outra característica deste novo Terceiro Setor é a capacidade de gerar novos 
conhecimentos e contribuir para o aumento da empregabilidade e a capacitação profissional de 
pessoas residentes na comunidade. Há uma nova visão e ação efetiva. Ao invés de se preocupar com 
a exclusão do cidadão, a preocupação agora é descobrir, buscar novas formas de inclusão e a 
integração social do modelo econômico vigente. 
 
Indubitavelmente, a Responsabilidade Social começou com ações filantrópicas mas avançou 
bastante. 
Via de regra, a filantropia desenvolve-se através das atitudes e ações individuais de empresários. 
Já a Responsabilidade Social diz respeito à consciência social e ao dever cívico. 
Assim, a ação de Responsabilidade Social não é individual, mas coletiva. Reflete a ação de uma 
empresa em prol da cidadania. 
A prática da RSE demonstra uma atitude de respeito à cidadania corporativa; consequentemente, 
existe uma associação direta entre o exercício da Responsabilidade Social e o exercício empresarial. 
A filantropia é assistencialista, procura auxiliar os pobres, os menos favorecidos, os excluídos etc. 
Já a Responsabilidade Socialé mais substancial e abrangente, buscando estimular o 
desenvolvimento do cidadão e fomentar a cidadania individual e coletiva. 
Suas ações são extensivas a todos que fazem parte da sociedade: indivíduos, governo, empresas, 
grupos sociais, movimentos sociais, igreja, partidos políticos etc. 
Ações de Responsabilidade Social exigem periodicidade regular, método, sistematização e, 
principalmente, gerenciamento efetivo por parte das empresas-cidadãs. 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
Aula 9: ISO 14000, NBR 16000 e SA 8000 e OHSAS 
 
 
 
 
 
 
ISO – Breve Histórico 
Origem da ISO 
Desde o início do processo de industrialização, há uma preocupação com a padronização, a 
produtividade e a qualidade. Ao estudarmos Administração, percebemos a contribuição de Taylor, 
Fayol e outros que, ao longo da história, tiveram a preocupação de melhorar as condições de trabalho, 
aumentando a produtividade e mantendo a qualidade. 
 
A preocupação com a qualidade levou ao surgimento, em 1947, de uma entidade denominada 
International Organization for Standardiztion (Organização Internacional de Padronização). Sua sede 
fica na cidade de Genebra (Suíça). Ela é mais conhecida pela sua sigla ISO, que em grego significa 
"igualdade". 
A principal atividade da ISO é elaborar padrões para especificações e métodos de trabalho em 
várias áreas de conhecimento da sociedade. 
O nome genérico ISO 9000 representa todo o conjunto de documentos relacionados à 
sistematização de atividade para garantia da qualidade. 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
A ISO ficou popularizada pela série 9000, ou seja, as normas que tratam de Sistemas para Gestão e 
Garantia da Qualidade nas Empresas. 
 
ISO 14000 – Meio Ambiente 
Agora que você já está familiarizado com a ISO, podemos conversar um pouco sobre a ISO 14000, 
que é específica sobre o meio ambiente. 
Tais normas foram elaboradas objetivando diminuir o impacto provocado pelas empresas ao meio 
ambiente. Muitas empresas utilizam recursos naturais, geram poluição ou causam danos ambientais 
através de seus processos de produção. 
ISO 14000 é um conjunto de normas que definem parâmetros e diretrizes para a gestão ambiental 
por parte das empresas, tanto privadas quanto públicas. 
A proposta é que as empresas sigam as normas ISO 14000, reduzindo significativamente os danos ao 
meio ambiente. 
 
Tal certificação declara ao mercado que aquelas empresas têm Responsabilidade Social, pois se 
preocupam com a questão ambiental. 
Desta forma, seus produtos, serviços e marca são valorizados pela sociedade. 
 
A empresa que tiver por objetivo a certificação ISO 14000 deve seguir rigorosamente a legislação 
ambiental do país, treinar e qualificar os funcionários para também seguirem as normas e diagnosticar 
os impactos ambientais das suas atividades, visando diminuir os prejuízos. 
 
 
 
 
NBR 16000 
Objetivos da normalização: 
Economia: Proporcionar a redução da crescente variedade de produtos e procedimentos. 
Comunicação: Proporcionar meios mais eficientes na troca de informação entre o fabricante e o 
cliente, melhorando a confiabilidade das relações comerciais e de serviços. 
Segurança: Proteger a vida humana e a saúde. 
Proteção do consumidor: Prover a sociedade de meios eficazes para aferir a qualidade dos produtos. 
Eliminação de barreiras técnicas e comerciais: Evitar a existência de regulamentos conflitantes sobre 
produtos e serviços em diferentes países, facilitando o intercâmbio comercial. 
 
A NBR 16000 é uma norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), lançada em 2004, 
que contém critérios no que tange à proteção da criança, ao trabalhador em regime semiescravo, à 
saúde, à segurança e à discriminação, de maneira sistêmica e bem planejada. Determina que a 
empresa crie um sistema de gestão de Responsabilidade Social eficaz. 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
SA 8000, elaborada pela organização não governamental norte-americana Council on Economic 
Priorities Accreditation Agency (Cepaa), atualmente Social Accountability International (SAI), foi o 
primeiro padrão passível de certificação elaborada por especialistas e representantes de stakeholders. 
Baseia-se num sistema de gestão e estabelece requisitos baseados nas diretrizes internacionais de 
Direitos Humanos e da ONU, nas convenções da OIT e nas convenções da ONU sobre direitos das 
crianças. 
É adotada mundialmente por organizações que desejam ser reconhecidas pela manutenção de 
condições dignas de trabalho e respeito aos direitos fundamentais do trabalho. 
Tem sido utilizada principalmente por empresas que possuem unidades de produção ou 
fornecedores em países onde a fiscalização e o controle das condições de trabalho são precários. 
Uma comparação entre a SA 8000 e a NBR 16000, evidencia que: 
A SA 8000 é restrita à relação da empresa com seu público interno, isto é, para aquelas empresas 
que ainda têm preocupação em resolver questões internas de Responsabilidade Social. 
A NBR 16000 é mais completa, sistematizada e bem planejada. 
 
 
 
 
 
 
Aula 10: Balanço Social 
 
Hoje, o Balanço Social é uma ferramenta ou um instrumento de suma importância para as empresas 
que têm, de fato, Responsabilidade Social. 
O Balanço Social é muito mais do que uma peça contábil. Ele é um instrumento de gestão e de 
informação, que evidencia, de forma transparente, itens econômicos, sociais e ambientais sobre o 
desempenho das empresas em relação aos stakeholders. 
 
 
Segundo a CVW, o Balanço Social é o instrumento que possibilita à sociedade ter conhecimento 
dessas ações empresariais. 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
 
Balanço Social O Balanço Social, na sua definição mais ampla, inclui, ainda, informações sobre o 
meio ambiente e sobre a formação e a distribuição da riqueza gerada pelas empresas (valor 
adicionado) e, quando apresentado em conjunto com as demonstrações financeiras tradicionais, é 
efetivamente o instrumento mais eficaz e completo de divulgação e avaliação das atividades 
empresariais. A sua origem remonta aos anos de 1930, quando a concepção da Responsabilidade 
Social, foi adotada, inicialmente nos EUA e, depois, nos anos de 1960, foi adotada também na Europa. 
Isso se deu face ao crescimento econômico, que trouxe vários problemas, principalmente de ordem 
ambiental. Por isso, procurou-se uma forma adequada para as organizações prestarem contas à 
sociedade de suas atividades, de suas relações sociais, e do reflexo social de suas variações 
patrimoniais. Foi proposta,então, aos EUA, uma demonstração denominada inicialmente como 
“relatório social” que, posteriormente, na década de 1970, foi consagrada com o nome de Balanço 
Social. 
 
EUA 
Os estudos partiram das universidades. 
As características principais do modelo dirigiram-se aos aspectos sociais, às questões da diminuição 
da violência e da melhoria da relação das empresas com os consumidores. 
 
Europa 
As propostas do Balanço Social desenvolveram-se em direção à solidariedade econômica do bloco 
europeu em formação, e enfatizaram os aspectos do planejamento humano e social na empresa. O 
sentido era a igualdade de competência e aceitação, comparativamente aos demais processos 
empresariais (econômico, comercial, tecnológico...). 
Com referência ao meio ambiente e a relação com os stakeholders, estes também foram foco das 
propostas. Buscou-se, na verdade, um novo papel para cada um dos atores, seja na empresa pública 
ou privada. 
 
América Latina/Brasil 
Consideraram-se as experiências norte-americana e europeia, mesclando as duas tendências. 
Buscou-se uma forma, um modelo capaz de humanizar a empresa, criando propostas participativas e 
tão democráticas quanto possível, tendo em vista o fato de que quase todos os países latino-
americanos viviam num regime fechado, totalitário. 
Neste cenário, em meados de 1977, um grupo de estudiosos da Responsabilidade Social nas 
empresas, ligado à ADCE – UNIAPAC e à Fundação FIDES, formulou uma proposta para o 
desenvolvimento de um Balanço Social aplicável à realidade brasileira. 
 
 
 
 
Corato ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
ASPECTOS DO BALANÇO SOCIAL 
O Balanço Social abrange basicamente quatro vertentes: 
Empresa e empregados, englobando despesas com pessoal, ou seja, aquelas originárias de 
pagamentos e salários, treinamentos, assistência médica e outras, que alteram o patrimônio da 
empresa com reflexos na sociedade, mais especificamente sobre os funcionários da empresa; 
Empresa e meio ambiente, abarcando despesas com o meio ambiente, gastos com pesquisas de 
meios alternativos de produção que sejam menos poluentes. 
Empresa e sociedade, sob o aspecto da empresa como elemento de criação e distribuição de valor 
ou riqueza, representado pelo recolhimento de encargos para o governo, feitos por uma entidade, sob 
as mais diversas formas de impostos, contribuição de melhorias, taxas etc.; 
Empresa e sociedade, sob a forma de ações sociais, evidenciados através de ações filantrópicas 
desenvolvidas pela empresa ao patrocinar entidades filantrópicas. 
 
 
OBJETIVOS PRINCIPAIS DO BALANÇO SOCIAL 
Segundo Kroetz (2000), o Balanço Social apresenta os seguintes objetivos principais, ampliando o 
grau de confiança da sociedade na organização: 
Abranger o universo de interações sociais entre clientes, fornecedores, associações, governo, 
acionistas, investidores e outros, ampliando o grau de confiança da sociedade na organização; 
Apresentar os investimentos no desenvolvimento de pesquisas e tecnologias e contribuir para a 
implementação e a manutenção de processos de qualidade; 
Melhorar o sistema de controle interno, permitindo qualificar o ambiente organizacional, na 
perspectiva de confirmar a regularidade da gestão identificada com o gerenciamento social 
ecologicamente correto e divulgar os objetivos e as políticas administrativas, julgando a administração 
não apenas em função do resultado econômico, mas também dos resultados sociais; 
Medir os impactos das informações perante a comunidade dos negócios, sobre o futuro da 
entidade, a marca e a imagem do negócio, revelando, conjuntamente com as demais demonstrações 
contábeis, a solidez da estratégia de sobrevivência e crescimento da entidade; 
 
Formar um banco de dados confiável para análise e tomada de decisão dos mais diversos usuários; 
Servir como instrumento para negociações laborais entre a direção da empresa e os sindicatos ou 
representantes dos funcionários; 
Verificar a participação do quadro funcional no processo de gestão.

Outros materiais