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Consistência do Sistema
Por consistência entende-se a inocorrência ou extirpação de antinomias, isto é, da presença simultânea de normas válidas que se excluem mutuamente dentro do ordenamento jurídico. 
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ANTINOMIA
“É o conflito entre duas normas, dois princípios, ou de uma norma e um princípio geral de direito em sua aplicação prática a um caso particular. É a presença de duas normas conflitantes, sem que se possa saber qual delas deverá ser aplicada ao caso singular”. (DINIZ, 2003, p. 471).
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“Antinomia jurídica é a oposição que ocorre entre duas normas contraditórias (total ou parcialmente), emanadas de autoridades competentes num mesmo âmbito normativo, que colocam o sujeito numa posição insustentável pela ausência ou inconsistência de critérios aptos a permitir-lhe uma saída nos quadros de um ordenamento dado”. (FERRAZ JR. 2007, P. 212)
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Elementos caracterizadores
A mera contradição entre normas não configura a antinomia, é apenas um de seus elementos caracterizadores:
Contradição/incompatibilidade;
Indecidibilidade;
Necessidade de decisão.
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Só haverá antinomia real quando, após a interpretação adequada das duas normas, a incompatibilidade entre elas perdurar. Para que haja antinomia será necessário a existência de duas ou mais normas relativas ao mesmo caso, imputando-lhe soluções logicamente incompatíveis.
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Classificação 
Quanto ao critério de solução: 
Aparente: os critérios para a solução da contradição estão em normas integrantes do ordenamento jurídico.
Real: os critérios para a solução da contradição não se encontram no ordenamento jurídico, recorrendo-se à edição de nova norma para a solução da contradição. 
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2. Quanto ao conteúdo:
Antinomia própria: ocorre quando uma conduta aparece ao mesmo tempo prescrita e não prescrita, proibida e não proibida.
Antinomia imprópria: é a que ocorre em virtude do conteúdo material das normas, podendo apresentar-se como:
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b.1) antinomia de princípios: a existência de ideias fundamentais diferentes numa ordem jurídica. Ex.: as normas de um ordenamento protegem valores opostos, como liberdade e segurança.
b.2) antinomia valorativa: no caso de o legislador não ser fiel a uma valoração por ele próprio realizada. Ex.: prescrição de pena mais leve para delito mais grave.
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3. Quanto ao âmbito: 
Antinomia de direito interno: ocorre entre normas de um mesmo ramo do direito ou entre aquelas de diferentes ramos jurídicos.
Antinomia de direito internacional: a que surge entre convenções internacionais, costumes internacionais, princípios gerais de direito reconhecidos pelas nações civilizadas, decisões judiciárias etc.
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c) Antinomia de direito interno-internacional: surge entre norma de direito interno e norma de direito internacional e resume-se no problema das relações entre dois ordenamentos.
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4. Quanto à extensão da contradição: 
Antinomia total-total: se uma das normas não puder ser aplicada em nenhuma circunstância sem conflitar com a outra.
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b) Antinomia total-parcial: ocorre quando uma das normas não pode ser aplicada em nenhuma circunstância sem entrar em conflito com a outra, que tem um campo de aplicação conflitante com a anterior apenas em parte.
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c) Antinomia parcial-parcial: ocorre quando as duas normas tiverem um campo de aplicação que, em parte, entra em conflito com o da outra e em parte não.
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Critérios para solução
A ciência jurídica, ante o postulado da coerência do sistema, aponta critérios a que o aplicador deverá recorrer para sair dessa situação anormal (antinômica). Tais critérios são pressupostos implicitamente pelo legislador.
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Critério hierárquico (lex superior derogat legi inferiori): baseia-se na superioridade de uma fonte de produção jurídica sobre a outra.
Critério cronológico (lex posterior derogat legi priori): refere-se ao tempo em que as normas começaram a ter vigência (normas do mesmo nível).
Critério de especialidade (lex specialis derogat legi generali): refere-se à matéria regulada.
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Conflito entre critérios
Havendo antinomia, ou mesmo lacuna de colisão ou conflito, em casos excepcionais o valor justiça deverá lograr entre duas normas incompatíveis, devendo-se seguir a mais justa ou a mais favorável, procurando salvaguardar a ordem e a segurança pública ou social.
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O conflito entre critérios também se chama antinomias de segundo grau e se dá quando dois critérios são aplicáveis ao caso concreto. Para sua solução utiliza-se metacritérios:
Hierárquico x cronológico
 lex posterior inferiori non derogat priori superiori. Prevalece o critério hierárquico.
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2. Especialidade x cronológico
 lex posterior generalis non derogat priori speciali. Essa regra não tem valor absoluto, pois, conforme o caso, haverá supremacia ora de um, ora do outro critério.
3. Hierárquico x especialidade
A maioria dos autores entende que deve prevalecer o critério hierárquico.
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Em caso extremo de falta de um critério que possa resolver a antinomia de segundo grau, o critério dos critérios para solucionar o conflito normativo seria o do princípio supremo da justiça: entre duas normas incompatíveis dever-se-á escolher a mais justa.
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Dinâmica do Sistema
Normas de revogação, caducidade, costume negativo e desuso.
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Premissas Básicas
Em um sistema dinâmico, como é o ordenamento jurídico, normas entram e saem do sistema frequentemente. A todo momento, normas deixam de valer, de ter vigência, ou seja, de nos obrigar.
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Durante seu período de vigência, a lei vai sendo adaptada às modificações decorrentes dos novos fatos e aspirações coletivas. Quando as adaptações não são mais possíveis, a norma é revogada, saindo do ordenamento jurídico. 
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REVOGAÇÃO
“Revogar é tornar sem efeito uma norma, retirando sua obrigatoriedade”. (DINIZ, 2003, p. 391).
“Revogar significa retirar a validade por meio de outra norma”. (FERRAZ JR, 2007, p. 204).
Revogar significa retirar a vigência de uma lei por meio de outra lei, retirando sua obrigatoriedade.
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São raras as normas que estabelecem um lapso temporal de vigência. A maioria das normas jurídicas é feita para ter vigência indeterminada (art. 2º da LICC/LINDB).
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Espécies de Revogação
1. Quanto à declaração:
a) Expressa – ocorre quando a lei nova determina especificamente a revogação da lei anterior (da lei que estava regendo a matéria até aquele momento).
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EXEMPLO
Art. 2º - Ficam revogadas as disposições em contrário, bem como o art. 18 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias do Estado do Rio de Janeiro. 
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b) Tácita – a lei não diz expressamente que está revogando uma lei anterior, mas materialmente revoga a lei anterior. Ocorre quando a lei nova dispõe de maneira diferente sobre assunto contido em lei anterior. “Lei posterior revoga lei anterior”.
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c) Global: ocorre quando, por meio de uma lei revogadora implícita, lei nova disciplina inteiramente os assuntos abordados em lei anterior. Não necessita haver incompatibilidade total entre os dispositivos, certas disciplinas da norma antiga podem ser repetidas.
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A dogmática reconhece como regra estrutural do sistema que as revogações expressas e globais não precisam ser demonstradas, mas a revogação tácita não se presume, exigindo-se a demonstração da incompatibilidade por quem a alega.
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2. Quanto à extensão:
Total ou ab-rogação: todas as normas de um diploma normativo são revogadas.
Parcial ou derrogação: apenas parte das normas de um diploma normativo são revogadas.
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Caducidade, Desuso e Costume negativo
A norma também perde sua vigência, deixando de ser obrigatória por outra regra estrutural que diz respeito à sua eficácia, ou seja, quando a norma se torna ineficaz. Nesse sentido, fala-se em caducidade, desuso e costumenegativo.
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CADUCIDADE
Ocorre pela superveniência de situação, cuja ocorrência torna a norma sem vigência sem que precise ser revogada. Essa situação pode se referir ao tempo: uma norma fixa o prazo terminal de sua vigência; pode se referir a condição de fato: uma norma é editada para fazer frente à calamidade que, deixando de existir, torna inválida a norma. 
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DESUSO
Desuso não tem a ver diretamente com a superveniência de nova situação, mas com o comportamento dos destinatários da norma. A norma entra em desuso porque os destinatários não a cumprem, pois, diante de nova situação, não se sentem mais obrigados .
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COSTUME NEGATIVO
Trata-se de omissões que ocorrem diante de fatos que seriam condição de aplicabilidade da norma. Ou seja, não obstante a previsão da ação como proibida sob certas circunstâncias, é ela realizada. É também chamado costume contra legem.
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O desuso e o costume negativo ou contra legem não são aceitos como escusa para não cumprimento de normas.
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LEI COMPLEMENTAR Nº 95, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1998
Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis, conforme determina o parágrafo único do art. 59 da Constituição Federal, e estabelece normas para a consolidação dos atos normativos que menciona.
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Art. 9o A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais revogadas. (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

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