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A fórmula da incerteza Aldiny de Paula Jenifer Tessari Thaise Duarte História do doping Os registros do uso das substâncias que melhoram o desempenho físico começaram na antiguidade, com o intuito de comemorar rituais religiosos, celebrar as vitórias das guerras, preparar os atletas para as competições. Na década de 70 , as anfetaminas era as mais usadas. Na década de 80, eram os esteroides anabólicos. Nesta virada do século, eles ainda são muito usados, agora com a companhia do hormônio de crescimento que tem efeito anabolizantes e efeitos secundários muito indesejáveis. O que é doping ? O uso de substancias químicas ou métodos de melhorar o desempenho em atividades físicas ou mentais caracteriza-se dopagem. Fatores que contribuem para a utilização da dopagem são: Frequência Duração Intensidade A dopagem além de ser de fato eticamente condenável, representa um risco para quem a utiliza. Consomem doses excessivas para conseguir o máximo de efeitos farmacológicos ou conseguir determinados efeitos colaterais. O uso indevido pode levar a intoxicações, desenvolvimento de tolerância e a dependência. As substâncias mais utilizadas, são agrupadas nos seguintes grupos. Fármacos que atuam sobre o sistema nervoso central Bloqueadores beta-adrenérgicos Hormônios Diuréticos COI estabeleceu em 1967 uma Comissão Médica para iniciar o controle de doping nos Jogos Olímpicos. Em 1999 foi fundada a Agencia Mundial Antidoping (AMA). Tipos de controle antidoping Controle em competição: Controle fora de competição: Quais são usadas: As substancias controladas nos dois tipos não são as mesmas. Em competição, inclui todo o universo de classes e métodos proibidos. Fora de competição, é mais especifico, incluindo apenas os agentes anabolizantes, além de todos os métodos proibidos. Se caso precisar usar uma substância banida. Exemplo: Pacientes asmáticos, necessitam usar Beta-2-agonista ou corticosteroides, atletas diabéticos insulino dependentes devem continuar usando insulina. Torna-se necessário constatar a confederação. Solicitar uma permissão especial. Que poderá ser concedida após a analise do diagnostico e da indicação apropriada, é criado uma formula de IUT (Isenção para uso terapêutico). Para orientar este controle, definido o que pode ou não ser usado, a AMA publica anualmente, como um anexo do Código Mundial Antidoping. Tipos de doping Pré-competitivo. Hormônio de crescimento Aumento da resistência Transporte do oxigênio Aumento da massa muscular Aumento da força Consequências graves Hipertrofia Osteoporose Crescimento anormal dos ossos Utilizada por halterofilistas, culturistas e lançadores. Esteróides anabolizantes Aumento da massa muscular Resistencia Agressividade Capacidade de treino Consequências Sistema cardiovascular Redução do tamanho dos testículos produção de espermatozóides Durante a competição. Calmante Diminui a frequência cardíaca Diminui tremor Usado em modalidades onde é importante precisão e autodomínio, exemplo no tiro. Analgésico Analgésico para dores fortes ou moderadas Representado pela morfina, tendo efeitos bastante pronunciados, por exemplo problemas respiratórios. Estimulantes Redução da fadiga Aumento da competitividade Agressividade Consequências Ansiedade e tremores Arritmias cardíacas Alucinações Normalmente é utilizada no futebol, basquetebol e ciclismo. Pós-competição. Diuréticos Redução de peso Redução de substancias químicas na urina Doping sanguíneo Aumento no volume sanguíneo Capacidade de transporte do oxigênio É feito através de transfusão em que normalmente se usa o próprio sangue do atleta. Substancias proibidas Substancias não aprovadas oficialmente: Qualquer substancias farmacológica que não seja referida em qualquer das subsequente seções da presente lista é proibida em competição e fora de competição. Substâncias Valores de referência Acido11nor-delta 9-tetraidrocanabinol-9-carboxílico 15nanogramas/mL Cafeina 12 microgramas/mL Catina 5 microgramas/mL Efedrina 10 microgramas/mL Epitestosterona 200nanogramas/mL Fenilpropanolamin 25 microgramas/mL Metilefedrina 10 microgramas/mL Morfina 1 micrograma/mL 19norandrosterona(Homens) 2nanogramas/mL 19norandrosterona(Mulheres ) 5nanogramas/mL Pseudoefedrina 25 microgramas/mL Salbutamol 100/1.000nanogramas/mL Testosterona/epitestosterona 6nanogramas/mL Cafeína fosfodiesterases AMP cíclico Cálcio Epinefrina EFEITOS TOXICOS Intoxicação aguda É a utilização de medicamentos contendo cafeína ou de bebidas energéticas. Doses letais são em torno de 50 mg/mL de peso , com níveis plasmáticos de 50 µg/mL. Em intoxicações graves ocorrem náuseas , vômitos , taquicardia, hiperventilação , morte por parada respiratória entre outras causas. Intoxicação crônica É a ingestão excessiva de alimentos. Tornam-se comuns quando o consumo diário atinge 0,6 a 1,0 g de cafeína . Estado de estimulação permanente com sinais e sintomas de irritabilidade, insônia , tremores, taquicardia e anorexia Exame laboratorial: Detecção A urina é submetida a um procedimento de extração solventes orgânicos de baixa polaridade centrifugação evaporação de extrato orgânico até o resíduo. A presença de teores maiores que 12 µg/mL de cafeína inalterada por mililitro de urina é considerada anormal e indica a pratica da dopagem. MORFINA Age sobre receptores do SNC acoplados a proteína G, que atuam na abertura de canais iônicos e inibição de liberação de neurotransmissores, reduzindo a transmissão de sinais da dor de um nervo para o outro. Testosterona Efeitos colaterais – testosterona Exame laboratorial : Detecção Proporção entre testosterona e outro hormônio, chamado epitestosterona, a chamada razão T/E. O resultado normal é 1 para 1. Se o sujeito injetar testosterona sintética, o valor será alterado, e T ficará maior que E. Os testes anti doping consideram uma proporção acima de 4 para 1 indicio de possível fraude. Exemplos no Esporte: UFC Anderson silva e Vitor Belfort: Testosterona Métodos proibidos Manipulação do sangue e dos componentes do sangue. A administração ou reintrodução de qualquer quantidade de sangue autólogo, homologo e heterologo. Incremento artificial da captação, transporte ou libertação de oxigênio, incluindo mas não limitado a perfluoroquimicos, efaproxiral e produtos modificados da hemoglobina. Qualquer forma de manipulação intravascular do sangue ou dos componentes do sangue por meios físicos ou químicos. Manipulação química e física. Adulteração, ou tentativa de adulteração, de forma a alterar a integridade e validade das amostras recolhidas. As infusões e/ou injeções intravenosas de mais de 50mL por um período de 6hrs são proibidas com exceção das realizadas legitimamente no âmbito de uma admissão hospitalar ou de uma investigação clinica. Dopagem genética. A transferência de polímeros de ácidos nucleicos ou de análogos de ácidos nucleicos. O uso de células normais ou geneticamente modificadas. Matrizes Biológicas: Amostra Existem diversas matrizes que podem utilizadas, porém as mais comuns são: Urina e Sangue Ao utilizar uma amostra de urina, uma possível desvantagem é a falha de monitoramento de alguns metabólitos importantes O processamento da amostra é importante para não ocorrerem adulterações como adição de substancias á amostra ou troca na identificação desta Métodos de Identificação Cromatografia convencional: é uma técnica quantitativa que tem por finalidade geral a identificação de substâncias e a separação-purificação de misturas. Cromatografia gasosa: é um tipo comum de cromatografia usada em química orgânica para separação de compostos que podem ser vaporizados sem decomposição. Espectrometria de massa: é um método para identificar as diferentes moléculas que compõem uma substância. Gravimetria: consiste na análise quantitativa que permite saber a quantidade de uma substância em determinada mistura. Controle e encaminhamento de Resultados Laboratório de Controle de Dopagem do Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LABDOP – LADETEC/IQ - UFRJ) Os resultados são enviados a organização do evento, uma cópia a WADA e outra a federação internacional Em caso de resultados adversos, a equipe pode solicitar reanálise da amostra B, sendo que se for confirmado o resultado, o custo desta análise é repassado a equipe/atleta O Superior Tribunal de Justiça Desportiva é o responsável pelo julgamento Controle e encaminhamento de Resultados Referências EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 148, Septiembre de 2010. Disponível em:< http://www.efdeportes.com/>. Acesso/:23/06/2016 AQUINO NETO, F. R. O papel do atleta na sociedade e o controle de dopagem no esporte. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v. 7, n. 4, 2001. Rev. Bras. Ciênc. Esporte, Florianópolis, v. 33, n. 4, p.1055-1069, out./dez. 2011 Fundamentos de toxicologia – Seizi Oga , 2ª ed. São Paulo – Editora Atheneu , 2003. http://www.cbh.org.br/arquivos/Informacoes%20sobre%20o%20uso%20de%20medicamentos%20no%20Esporte%20-%20COB%20Cavaleiros%20Amazonas.pdf http://www.abcd.gov.br/arquivos/lista20150101.pdf http://www.efdeportes.com/efd180/o-uso-do-doping-no-esporte.htm
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