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trabalho completo Política Social de Atenção à Criança, Adolescente e Idoso.

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA 
Curso de Serviço Social 
 
 
Joana Darc Alves de Souza – RA 7924682360 
Ranna Vercina Maria Alves Mendes – RA 7979729557 
Raquel Ferreira Barbosa – RA 434576 
Sileide de Souza Soubreira – RA 428874 
Valmir dos Santos – RA 427308 
 
 
Relatório Científico 
 
Trabalho apresentado ao curso de Serviço Social e à disciplina de Política Social de 
Atenção à Criança, Adolescente e Idoso. 
Professora: Ma. Edilene Xavier Rocha Garcia 
 
 
 
 
Irecê-BA, 19 Novembro de 2015. 
Sumário 
 
 
 
1. Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03 
1.1. Estatuto da Criança e Adolescente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .04 
1.2. Estatuto do Idoso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .05 
 2. Problema social: violência contra o idoso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09 
 3. Tema pré-projeto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 
 3.1 Problemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 
 3.2 Objetivos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 
 3.3 Objetivos gerais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 
 3.4 Objetivos específicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 
 3.5 Justificativas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 
 3.6 Metodologias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 
 4. Considerações finais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 
 5. Referencias Bibliográficas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 
 
 
 
 
 
 
1. Introdução 
 
O objetivo deste trabalho é nos familiarizar com e o Estatuto da Criança e do 
Adolescente e o Estatuto do Idoso, e assim conhecer os direitos e deveres fundamentais 
da nossa infância e adolescência, sem exclusão de qualquer natureza. O estatuto da 
Criança e do Adolescente, também denominado ECA, é um estatuto ou codificação que 
trata do universo mais específico vinculado ao tratamento social e legal que deve ser 
oferecido às crianças e adolescentes de nosso país, dentro de um espírito de maior 
proteção e cidadania decorrentes da própria Constituição. Conhecer a função principal 
do estatuto do idoso que é funcionar como uma carta de direitos, fortalecendo o controle 
do Poder Público em relação ao melhor tratamento das pessoas com idade avançada, 
respeitando a sua dignidade, transpondo um lugar de respeito, transformando-se numa 
verdadeira educação cidadão, buscando alcançar a posição de cidadão efetivo na 
sociedade aos idosos com participação ativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.1O Estatuto da Criança e do Adolescente 
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) trata-se de uma lei que vem tratar dos 
direitos referentes à criança e ao adolescente, todas as normas reunidas neste estatuto 
tem o intuito de proteger integralmente crianças e adolescentes e são devidamente 
fundamentadas e baseadas nas diretrizes regidas pela Constituição Federal datada do 
ano de 1988, mas também cabe ressaltar que internalizou normas de âmbito 
internacional provenientes da ONU. Dentre as muitas leis de importância política a 
aprovação do ECA representou um avanço muito importante na defesa dos menores 
brasileiros, especialmente em se tratando de uma sociedade tão repleta de diferenças 
gritantes, injustiças sociais, analfabetismo, desemprego e uma série de fatores que 
ameaçam a integridade física e emocional de milhares de crianças e adolescentes. O 
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é uma lei federal 8.069 promulgada em 
julho de 1990. O ECA estabelece direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao 
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência 
familiar e comunitária para meninos e meninas, e também aborda questões de políticas 
de atendimento, medidas protetivas ou medidas socioeducativas, entre outras 
providências. Para o Estatuto, considera-se criança a pessoa de até doze anos de idade 
incompletos, e adolescente aquela compreendida entre doze e dezoito anos. Entretanto, 
aplica-se o estatuto, excepcionalmente, às pessoas entre dezoito e vinte e um ano de 
idade. A perda de valores sociais, ao longo do tempo, também são fatores que 
interferem diretamente no desenvolvimento das crianças e adolescentes, visto que não 
permanecem exclusivamente inseridos na entidade familiar. Por isso é dever de todos 
prevenirem as ocorrência de ameaças ou violações dos direitos das crianças e dos 
adolescentes. O Conselho Tutelar é uma das entidades públicas competentes a 
salvaguardar os direitos das crianças e dos adolescentes nas hipóteses em que haja 
desrespeito, inclusive com relação a seus pais e responsáveis, bem como aos direitos e 
deveres previstos na legislação do ECA e na Constituição. 
Alguns autores afirmam ainda que crianças que sofreram algum tipo de maus tratos têm 
sua infância abalada e que essas experiências determinam a estruturação cerebral, sendo 
que nos primeiros anos de vida são fundamentais para formação do cérebro. Assim, 
quanto mais precoce a situação traumatizante maior o prejuízo ao desenvolvimento da 
criança. Ainda, crianças que tiveram vivências traumatizantes têm tendência a serem 
agressivas e dificuldades em lidar com regras e com a convivência social. Desta forma, 
minimamente podemos verificar que o ECA veio através das suas normativas tentar 
garantir direitos para que nossas crianças cresçam saudáveis e se tornem pessoas adultas 
de bem. 
 
1.1. Estatuto do Idoso 
O envelhecimento não é só um fenômeno cronológico, mas biológico, psicológico, 
jurídico e social. Como tudo que envolve os processos da realidade, deparamo-nos com 
as faces positivas e negativas, muito embora haja amplificação de aspectos negativos 
pela sociedade, daí preconceitos. Por estas razões é que entram a comunhão de forças, 
de conscientização, de elaboração de estudos para melhor promover a divulgação dos 
direitos do idoso. 
 De acordo com o artigo 5° da Constituição Brasileira, todos são iguais perante a lei 
independente de sexo, cor, raça ou idade e devem ser tratados sem discriminação. Mas, 
infelizmente, não é isso que se vê em relação aos idosos diariamente. Devido o 
desrespeito e às práticas abusivas contra os membros da chamada 3° idade, é que foi 
sancionado, em outubro de 2003, o Estatuto do Idoso. A lei 10.742 trata de ações 
públicas, pelo menos teoricamente eficientes, de proteção e respeito à faixa etária, que 
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já passam de 
14,5 milhões de pessoas, correspondente a mais de 8,6% na população total do país. O 
aspecto cultural também se mostra uma grande dificuldade na consolidação de tais 
direitos. Muitas pessoas não veem o idoso como um sujeito de direitos, uma figura 
humana. Em outros casos, os próprios senhores e senhoras não sabem da existência da 
lei. 
A inaplicação da lei e ou dificuldade na aplicação da mesma se nota clara ao analisar os 
artigos. 
Art. 4
o
 Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, 
discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus 
direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei. 
§ 1
o
 É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso.Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do 
Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e 
igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a 
prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção 
especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos. 
§ 3
o
 É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde pela cobrança de valores 
diferenciados em razão da idade. 
Como foi visto no Art. 15 do Estatuto assegura a atenção integral da saúde do idoso por 
intermédio do Sistema Único de Saúde garantindo acesso universal, em conjunto 
articulado e continuo das ações e serviços para prevenção, promoção, proteção e 
recuperação da saúde, incluindo atenção especial às doenças que afetam 
preferencialmente os idosos. É norma prognostica, uma vez que os medicamentos são 
de alto custo. Esse dispositivo estabelece um programa a ser desenvolvido, mas não 
confere poder ao interessado de exigir sua imediata fruição ferindo o princípio da 
máxima efetividade e o conceito de vida digna, cláusula pétrea. Teoria da Reserva do 
Possível é a desculpa, pois o Poder Público se dispõe a atender as prioridades e não 
todas as necessidades. Quanto aos planos de saúde à lei que os regulamenta deu margem 
a abusos, pois ao instituir sete faixas de idade, determinou que o valor da última parcela 
pudesse ser até seis vezes o valor da primeira. E a última faixa etária começa os 59 
anos, encarecendo os planos de saúde. A maioria das normas não tem caráter cogente, 
impossibilitando a imediata efetividade das matérias disciplinadas. O princípio da 
dignidade humana é citado quando o idoso é impossibilitado de auto gerenciar sua vida. 
A autodeterminação lhe é negada quando são submetidos a tratamentos extraordinários 
ou dolorosos, porque desconhecem o seu direito de poder negar-se a este tipo de 
situação. 
Os artigos 21 e 22 tratam da eliminação do preconceito e da integração do idoso à vida 
moderna, dispositivos importantes para a participação cidadã do idoso, infelizmente este 
dispositivo não traz nenhum respaldo ou vestígio de ser implantado na prática, no 
sentido de mobilização social para efetivarem-se. No que se refere aos direitos 
fundamentais temos o direito à vida que de acordo com o Estatuto, cabe ao Estado 
garantir a atenção integral à saúde do idoso por intermédio do SUS. Mas a atenção 
prometida pelo Estado é completamente ineficaz pelo atendimento prestado hoje. 
Criado há 17 anos no seu decorrer de prestação social o SUS vem marcado com falhas, 
não respeitando os direitos com falta de atendimento domiciliar, inexistência de 
programas de preservação de doenças crônico-degenerativas, falta de recursos, 
medicamentos, instalações físicas e equipamentos adequados. Não se esquecendo de 
que essa estatística não se refere à população idosa mais também sociedade que depende 
desse serviço. Quanto à educação, cultura, esporte e lazer, numa visão global, os direitos 
que se referem à cultura, lazer e ao esporte não está tão crítico como em outras áreas. 
Vemos esse exemplo nas grandes cidades que respeitam o direito ao ingresso com 
desconto e já há um mercado de turismo, espetáculo e outras atividades, porém não 
podendo se esquecer de que os recursos que as aposentadorias e pensões dão ao idoso, 
não lhe dão acesso a maior parte dessas atividades. Em relação à educação o caso já é 
um pouco mais grave. Falta o conhecimento das condições sociais do envelhecimento; 
programas educacionais específicos para os idosos, sem propostas objetivas em relação 
à inserção do idoso nos diversos níveis do ensino formal; com o índice de idosos 
analfabetos é necessário que sejam criados cursos de alfabetização especialmente 
dirigidos a essa área, inserindo a gerontologia nos cursos e temas no ensino básico, onde 
se encontra a falta de verba e de equipamentos adequados para os processos de 
educação do idoso. Embora o Estatuto garanta o direito ao trabalho e vete a 
discriminação da idade, isso na realidade é completamente ilusório, pois quase 30% dos 
aposentados pela necessidade de uma remuneração e devido às baixas aposentadorias 
continuam sendo dependentes da sua família. Na realidade, a sociedade sempre soube 
esconder a discriminação de faixa etária, disfarçando a realidade da difícil aceitação de 
uma pessoa com idade acima de 35 anos (principalmente se tem baixo nível 
educacional), dando a prioridade aos mais velhos, não seria uma realidade dentro da 
sociedade e sim uma obrigatoriedade, acarretando uma maior discriminação aos idosos. 
O sistema previdenciário é um verdadeiro pesadelo para os trabalhadores aposentados e 
pensionistas, afinal não se aplica a política de reajuste que garanta a manutenção de 
valor dos salários iniciais. É interessante notar que o poder público se protege alegando 
o aumento das aposentadorias à capacidade econômica do país. Dessa forma 
provocando o empobrecimento progressivo dos aposentados e pensionistas gerando a 
perda da autoestima, o desrespeito familiar, social e a diminuição da qualidade de vida. 
Segundo o estatuto, a assistência social aos idosos será prestada de forma articulada 
conforme os princípios da LOAS(Lei Orgânica de Assistência Social), da Política 
Nacional do Idoso e do Sistema Único de Assistência Social, mesmo com oportunidades 
propostas há uma distanciamento do conhecimento dessas oportunidades, há uma 
dificuldade de acesso dos idosos aos recursos e à informação e também uma precária 
situação de programas e serviços sociais. 
Em relação à habitação, o estatuto coloca várias garantias para uma moradia digna, mais 
a realidade é de um nível econômico muito baixo (principalmente devido às reduzidas 
aposentadorias e pensões), provocando um crescimento de idosos sem teto, moradia e 
abrigo. Em grandes cidades já há um progresso no procedimento de direitos à habitação, 
mais ainda muito longe do que é estabelecido no estatuto, não se esquecendo de que 
muitas vezes as famílias desconhecem suas obrigações legais, o que contribui para 
condições habitacionais dos idosos se torne piores. Apesar da gratuidade dos transportes 
coletivos esta é uma das áreas mais sensíveis vista no dia-a-dia dos idosos. Exemplo 
disso são as empresas de transportes coletivos que ainda não cumpriram o seu dever de 
melhorar a segurança em suas frotas e locais de embarque e desembarque, para uma 
melhor adequação às necessidades dos idosos. Não se esquecendo da discriminação, do 
desrespeito e da absurda indignação que a sociedade tem em relação ao direito que o 
idoso tem de pegar ônibus gratuitamente. Nesse título colocamos uma observação na 
focalização das entidades de atendimento, onde a fiscalização de entidades como 
Ministério Público, Vigilância Sanitária e conselhos de Idosos têm sido ineficaz 
mediante as realidades; falta pessoal capacitado na área de saúde; há poucas varas 
especializadas para a fiscalização propostas pelo Ministério Público; e nos Conselhos de 
Idosos especialmente em nível municipal, faltando pessoas capacitadas e 
instrumentalizadas para exercer a fiscalização. O art. 71 trata da prioridade na 
tramitação dos processos e procedimentos na execução dos atos e diligências judiciais 
em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 
(sessenta) anos, em qualquer instância. Diz que idosos pobres e depois de sua morte, 
seus cônjuges ou companheiros podem pedir a uma justiça morosa e desigual para 
serem atendidos antes de morrer, em seu próprio benefício. Isso de fato é um grande 
avanço, no entanto exclui os idosos ricos, não sendo passados à frente e nem a lei 
dispondo de uma cláusula que lhes dê prioridade para que sejamatendidos antes que 
morram, agora em benefício da sociedade. Isto traz uma noção negativa onde os idosos 
formam uma categoria tutelada pelo poder público, confundindo e interpretando a 
velhice como pobreza, doença e dependência econômica. Quanto ao êxito da política de 
atendimento ao idoso depende muito do inciso VI do art. 47 em comento, que prevê 
mobilização da opinião pública no sentido de participação dos diversos segmentos da 
sociedade no atendimento ao idoso. Mais uma vez esbarramo-nos na necessidade de leis 
claras e enxuto-concisas e de acordo com a realidade, para que as pessoas tenham 
acesso ao conhecimento dessas para que possam dar efetividade. 
2. Problema social: violência contra o idoso 
 
Projeções estatísticas apontam que, em 2025, o Brasil apresentará a sexta maior 
população de idosos do mundo, alcançando números de países desenvolvidos. Além do 
envelhecimento populacional, vem sendo registrado, nas últimas décadas, um 
progressivo aumento de fenômenos violentos em diversos segmentos da população, 
dentre eles os idosos. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera violência o uso intencional da força 
física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio ou contra outra pessoa, grupo 
ou comunidade, resultando ou que tenha a possibilidade de resultar em lesão, morte, 
dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação. Quando classificadas, as 
violências podem ser enquadradas como: abuso físico, psicológico, sexual, financeiro, 
negligência, abandono e autonegligência (OMS). Em geral, as violências contra a 
pessoa idosa são praticadas no ambiente doméstico e configuram um sério problema 
social e de saúde pública. A desvalorização do idoso e o crescente afrouxamento dos 
laços solidários entre os familiares são fatores que podem contribuir para essa violência. 
Além disso, mudanças ocorridas na estrutura familiar também favorecem a ocorrência 
de violência doméstica contra os idosos. 
A vulnerabilidade da velhice salta aos olhos no Brasil, onde a garantia de um salário 
mínimo mensal aos idosos luta contra o milhão de brasileiros que ainda recebem menos 
de um salário mínimo de pensão (Jornal O Dia, 05.08.2001). As necessidades básicas de 
saúde do idoso permanecem desassistidas, e as políticas públicas não dão conta das 
demandas dos idosos ou de seus familiares, como bem demonstram as denúncias que se 
avolumam contra as clínicas geriátricas em todo o país. As políticas públicas previstas 
na legislação, quando confrontadas ao retrato que a imprensa oferece das instituições 
asilares, mostram a necessidade de melhoria dos serviços e indicam que as muitas 
alternativas propostas, e os projetos apresentados à pessoa idosa, seguem esperando a 
prática (Costa & Silvestre, 1999). As demandas próprias do envelhecimento, em 
particular aquelas derivadas das doenças crônicas e degenerativas, não geraram ainda a 
ordem social que requerem (Brasil, 2002). A ausência de políticas públicas vem 
conjugar-se às diversas formas de violência que têm lugar no âmbito doméstico. 
Diversos autores lembram que a conduta negligente, longe de ser vista como resultado 
da falta de atenção individual merece ser interpretada como produto da carência de 
instituições que promovam serviços adequados para a velhice e/ou supervisão adequada 
de atenção e cuidados aos velhos em suas próprias casas ou na de seus familiares 
(Feldman, 1993). As carências institucionais não são exclusivas do Brasil, mas aqui elas 
se acentuam por razões macro estruturais. Dadas as imensas dificuldades enfrentadas 
pelos programas sociais no país, que vêm se somar ao envelhecimento recente da 
população, é de certo modo previsível que os programas destinados à terceira idade 
venham sendo relegados pelo Estado. Já em 1991, afirmava-se que os planos de saúde 
no Brasil maltratam os idosos, pois, visando, sobretudo o lucro, privilegiam a adesão de 
idosos saudáveis, negam informação sobre a variedade de tratamentos, estimulam a alta 
hospitalar precoce e estimulam a administração de medicamentos e exames diagnósticos 
de menor custo (Brasil, 2002). A legislação que assegura a gratuidade no transporte 
coletivo é desrespeitada a cada dia, e os centros urbanos assistem à reclusão quase 
necessária dos idosos em seus domicílios em razão da falta de segurança pública (Veras 
1997). Nesse cenário, os desafios que a violência contra o idoso impõe merecem ser 
analisados. Os avanços constitucionais, reafirmados pela legislação complementar, não 
lograram impedir que os idosos permanecessem reclusos em seus lares, com escasso 
acesso a recursos institucionais que efetivamente assegurem seus direitos. Permanecem, 
sobretudo sob a guarda de seus familiares, estes também carentes de um mínimo de 
recursos que lhes permitam cumprir com os deveres que a lei lhes atribui. Somem-se aí 
as enormes dificuldades econômicas postas à família, e a sobrecarga de tarefas que a 
vida urbana e moderna lhe impõe, e ver-se-á que está criado o caldo de cultura mais que 
propício à eclosão dos episódios de violência familiar contra o idoso. 
A notificação da violência contra o idoso, exigida pela lei, tem um papel fundamental 
no combate à violência contra o idoso. No entanto, esse papel pode ser otimizado se não 
se limitar a uma função meramente punitiva. A notificação pode ser um instrumento de 
proteção aos direitos do idoso, e uma medida que permite articular ação e recursos 
públicos e privados que somem esforços para promover ações solidárias e reconstruir 
relações afetivas. Se os saberes e as práticas institucionais valerem-se da notificação 
para ampliar a análise da dinâmica das relações entra e extrafamiliares; para ampliar a 
compreensão dos modos como as condições sociais, econômicas e culturais afetam a 
dinâmica familiar; e se essa compreensão puder contribuir para criar alternativas de 
intervenção sobre os conflitos então à notificação pode ser o primeiro passo na proteção 
do idoso e na defesa de seus direitos. A saúde mental, especialmente quando se debruça 
sobre a violência em família, parece estar cada vez mais conectada aos direitos 
humanos. Pois onde não houver respeito pela vida e pela integridade do ser humano, 
onde as condições para a dignidade não estiverem asseguradas, onde a intimidade e a 
identidade do indivíduo forem objeto de ingerência indevida, e onde sua igualdade não 
for garantida, não haverá espaço para a dignidade da pessoa humana (Baltes, 1994). 
Os dados mostram o crescimento da violência contra o idoso, o que requer cuidados 
específicos. Mas os estudos mostram também a ausência de programas que levem em 
conta as condições e limites daqueles que estão encarregados de cuidar de seus 
familiares idosos, a despeito das próprias dificuldades econômicas e emocionais, e a 
despeito da ausência de recursos que deveriam ser providos pelo Estado. Esse contexto 
exige que seja repensado o papel dos profissionais da saúde, da saúde mental em 
particular, e dos operadores do direito. A proteção às vítimas de violência requer uma 
ampliação do espectro de intervenção desses profissionais, que não podem desconhecer 
os direitos que a lei assegura ao idoso e à família, e os deveres que a lei estabelece para 
a família e para o Estado. A ação em saúde mental exige que direitos e deveres 
estabelecidos em lei sejam efetivamente inseridos nas políticas públicas de proteção, 
única forma de trabalhar em prol de uma ordem social capaz de priorizar a proteção das 
vítimas de violência sem promover a culpabilização da família ou a mistificação da 
violência doméstica. A função dos agentes da saúde mental, e dos operadores do direito, 
é a proteção de todos com a promoção de relações menos conflitantes e a preservaçãodas trocas afetivas. O crescimento do número de casos de violência contra idosos nos 
últimos anos, em todo o mundo, parece demonstrar que, embora as leis recentes hajam 
investido em certos princípios de proteção, elas não têm sido capazes de solucionar os 
problemas da sociedade e os conflitos entre os homens. Estes só poderão se resolvidos 
com o resgate da dignidade do indivíduo, com o reconhecimento de sua existência 
cidadã e com a efetiva implantação dos princípios que as leis anunciam. Dignidade e 
cidadania são vertentes de saúde mental. Que os profissionais empenhados nessa luta 
possam, conhecendo a lei, lutar por sua implantação e assim fazer da lei um instrumento 
de saúde. 
 
 
 
 
 
3. Tema pré-projeto 
Maus-tratos contra idosos 
3.1Problemas 
O aumento dos idosos em todo o mundo deve-se às transformações socioeconômicas 
que determinaram grandes inovações científicas tecnológicas, associadas a melhores 
condições de vida. No entanto, essa conquista também gera aspectos negativos, como 
aumento da violência e maus-tratos. 
3.2 Objetivos 
Identificar e analisar a fala dos idosos sobre maus-tratos contra o idoso, realizado com 
idosos acima de 60 anos com capacidade e lucidez para responder. 
3.3 Objetivos gerais 
Saber qual a forma, os tipos de violência e maus-tratos acometidos pelos idosos; o 
número de notificação, local em que foi realizada e motivo; e também moldarmos uma 
assistência ideal ao idoso vitima de violência e maus-tratos. 
3.4 Objetivos específicos 
·Incentivar o técnico a reconhecer as diversas formas de violência sofridas pelo idoso, 
realizar sua notificação através das fichas de notificação de violência suspeita ou 
confirmada e prestar a assistência de enfermagem adequada. 
·Divulgar e notificar as diversas formas de violência sofridas pelos idosos. 
·Verificar o índice de violência através de boletins de ocorrência e fichas de notificação 
de violência. 
 
3.5 Justificativas 
As estimativas sobre violência em idosos são difíceis de obter, devido ao caráter 
velado do problema. Muitos idosos vivem sozinhos e raramente deixam 
suas casas, dificultando a identificação de violências e suas consequências. 
Os indivíduos mais velhos também tendem a não relatar suas adversidades. Para 
piorar a situação, os profissionais que os acompanham não estão familiarizados com 
o problema e raramente o identificam. 
Estes mantêm uma posição de desinformação e negação, preconceito e temor com 
respeito ao tema da violência e suas consequências, mesmo diante de um 
caso suspeito de violência com características indicativas de risco. 
 
3.6 Metodologias 
Envelhecer é parte da nossa trajetória e é preciso aprender a conviver com algumas 
características deste período. O estar sozinho ou sentir-se sozinho, limita as relações 
humanas e pode levar o idoso a quadros de angústias e depressões. Precisamos 
reconhecer a necessidade do equilíbrio entre o trabalho e o lazer. Obter esse equilíbrio, 
não é apenas uma questão psicológica, envolve, sim, uma descoberta gradativa de busca 
permanente, é um contínuo aprendizado para oportunizar o desenvolvimento global do 
ser humano. Muitas vezes, a educação tendência à ótica da busca de um estado de vida 
permanente, não mutável. Outras ainda levam a uma simples visão dualista, do tipo 
certo ou errado, branco ou preto, adequado ou não. Esta visão simplista vem criando 
mais ansiedade do que capacidades para a resolução de questões importantes, 
principalmente, na idade adulta. Além de conscientizar a família sobre a importância do 
cuidado, outro grande desafio é melhorar a qualidade de vida e oferecer opções de 
sobrevivência mais atrativa. Essa é uma discussão ampla e que envolveria repensar a 
política da assistência básica quase que integralmente. 
 
 
 
 
 
 
4. Considerações finais 
A realização deste trabalho propiciou identificar as demandas presentes na sociedade, 
visando a formular respostas, profissionais para o enfrentamento da questão social, 
elaborar, executar e avaliar planos, programas e projetos na área social, realizar 
pesquisas que subsidiem formulação de políticas e ações profissionais, além de nos 
familiarizar com o conhecimento do estatuto da criança e do adolescente e também com 
o estatuto do idoso podendo desenvolver uma reflexão critica sobre os mesmos. Os 
princípios constitucionais são os verdadeiros norteadores do Direito brasileiro, sendo 
que, se houver qualquer afronta a eles, estaremos diante de algo intolerável, pois 
contrários aos maiores valores expressos na Constituição. O Direito é um conjunto de 
normas de cumprimento obrigatório, impostas pelo Estado aos cidadãos, e destinadas a 
regular as relações sociais. Diz-se, também, que uma pessoa tem um direito quando lhe 
é dada a possibilidade ou faculdade de agir de acordo com a norma. Ninguém pode 
deixar de cumprir uma norma dizendo não conhecê-la; ao contrário, o Estado presume 
que todos têm conhecimento das leis que cria, exigindo o seu cumprimento, porém isto 
de fato não acontece, pois a maioria dos cidadãos não tem conhecimento dos seus 
direitos. Aos Assistentes Sociais e demais profissionais cabem articular ações e 
estratégias propiciando informações necessárias ao processo de acessibilidade de bens e 
serviços essenciais aos usuários; viabilização de um direito de cidadania para que as 
Leis oriundas da ECA e Estatuto do Idoso possam ser cumpridas em sua integra.). 
Não deixando de ressaltar que através desta produção, nos deparamos com a escassez de 
dados epidemiológicos atualizados que expressem a verdadeira dimensão estatística do 
problema, além da ausência de exploração científica minuciosa das diversas faces da 
violência contra o idoso. Sendo assim, este possui, também, o intuito de enfatizar a 
necessidade de futuras produções científicas abordando a presente questão visto que, 
por meio do maior entendimento e desenvolvimento de pesquisas acerca do assunto, 
serão ampliadas as condições para prevenção, autuação e condutas adequadas, tanto por 
parte de órgãos e profissionais, que sejam ou não da área da saúde, quanto pelos 
próprios idosos que necessitam de maior respaldo de orientação. 
 
 
5. Referencias Bibliográficas 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
98232010000200016&lang=pt 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
98232012000200013&lang=pt 
http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/ETIC/article/viewFile/1319/1259 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm 
http://www.cartaforense.com.br/conteudo/entrevistas/direito-dos-idosos/8005 
http://www.conjur.com.br/2009-jun-01/dificil-implantacao-pratica-conscientizacao-
estatuto-idoso 
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/psicologia/article/view/3230/2592

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