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TGPp11_Classificação das ações

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR - UCSAL
FACULDADE DE DIREITO
TEORIA GERAL DO PROCESSO
Tema 11 -	Classificação das ações quanto à natureza; quanto ao objeto; quanto à extensão do objeto e a finalidade; quanto à transmissibilidade. E quanto à prestação da tutela jurisdicional: Ação de cognição. Ação de Execução. Ação Cautelar.
A CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A TEORIA CIVILISTA
Vistas as ações como sinônimo de direito deduzido na lide, “podem ser classificadas quanto à sua natureza, seu objeto, à extensão do seu objeto, ao seu fim e à sua transmissibilidade” (Rezende Filho, Curso de Direito Processual Civil).
Esquematizando, teríamos :
 . Ações Patrimoniais . reais, obrigacionais e mistas
QUANTO À NATUREZA 
 . Ações não patrimoniais
	 . Ações mobiliárias 
QUANTO AO OBJETO
 . Ações imobiliárias
 	. Principais 
QUANTO À EXTENSÃO DO SEU
OBJETO OU FINALIDADE 	. Acessórias . preparatórias, incidentes e preventivas 
	
 . Ações Transmissíveis
QUANTO À TRANSMISSIBILIDADE
 . Ações Intransmissíveis
AÇÕES PATRIMONIAIS E NÃO PATRIMONIAIS : pressupõe requisitos da ação, tais como o interesse e a legitimidade, como prescreve o art. 3º do CPC. Por seu turno, o interesse pode ser econômico, de natureza patrimonial, ou moral. Assim, compreender-se-ia que as ações PATRIMONIAIS defendem direito sobre bens de VALOR ECONÔMICO (ações reais e obrigacionais), enquanto as NÃO PATRIMONIAIS visariam interesses relativos por exemplo ao estado da pessoa, sem conotação patrimonial. 
AÇÕES MOBILIÁRIAS OU IMOBILIÁRIAS : seriam respectivamente aquelas que versassem sobre bens móveis ou imóveis.
	
AÇÕES PRINCIPAIS E ACESSÓRIAS: PREPARATÓRIAS, INCIDENTES PREVENTIVAS - medir-se-iam considerando-se a sua extensão quanto ao OBJETO.
A PRINCIPAL : seria, por isso, completa em si mesma, visando a composição de um conflito de interesses. Independeria de outras ações ou de outra ação.
AS ACESSÓRIAS : seriam dependentes de outra ação que seria a PRINCIPAL, como medida preparatória ou incidente. As PREVENTIVAS previnem uma situação jurídica prejudicial ao direito questionado.
AÇÕES TRANSMISSÍVEIS E INTRANSMISSÍVEIS : Essa divisão considera a titularidade do direito de ação passível de ser transmitido ou não. Atenta-se quanto a pessoa que pode requerer a ação ou nela prosseguir como parte legítima, quando ocorre a perda de capacidade processual da parte.
AS TRANSMISSÍVEIS : seriam aquelas que podem ser propostas pelos titulares do direito material que serve de fundo à demanda e continuadas pelos seus sucessores ou cessionários, por morte do autor, por exemplo, ou mesmo pela cessão ou transmissão do direito a qualquer título.
Mas, existem direitos pessoais INTRANSMISSÍVEIS que, por isso, tornam também intransmissíveis as ações que os acobertam. SÃO AS AÇÕES PERSONALÍSSIMAS - INTRANSMISSÍVEIS.
Ainda se dividiriam as ações em REIPERSECUTÓRIAS, PENAIS e MISTAS.
Reipersecutórias seriam aquelas em que se pede o que é seu ou lhe é devido, e que se encontra fora do seu patrimônio, enquanto as Penais visariam a sanção decorrente de lesão jurídica. As Mistas objetivariam as duas coisas.
Pouca importância hoje se admite às divisões do direito tradicional, em razão de excluir-se o conceito de ação como parte constitutiva do direito material. Daí a reduzida importância dessas classificações em relação ao processo. Hoje a classificação das ações corresponde à natureza da prestação jurisdicional pretendida, ou bem seja, o conteúdo e extensão da decisão definidora da lide. Aquilata-se assim a natureza da sentença (tutela), pretendida pelo autor. Vejamos o que ensina Frederico Marques, :
“As doutrinas dos praxistas e procedimentalistas classificavam as ações dando-lhes denominações que na verdade correspondem à pretensão ajuizada. Tal acontecia, ‘verbi grátia’, com as ações reais e pessoais, as ações reipersecutórias, penais e mistas, bem como as ações mobiliárias e imobiliárias.
	Não abandonou essa técnica o Código de Processo Civil, no qual se faz referência a ação real, pessoal etc., usando ainda o legislador de expressões como ‘ações fundadas em direito real sobre imóveis’, ou ‘fundada em direito real’ (art. 95, 592, I, e 593), ‘ação em que terceiro reivindica a coisa’ (art. 70, I), ‘ações relativas a imóveis’ (art. 89, I), ‘ação fundada em direito pessoal e ação fundada em direito real sobre bens móveis’(art. 94, caput), ‘ação em que se pedem alimentos’ (art. 142, II), ‘reais imobiliárias’ (art. 10, Parágrafo único, I) e assim por diante.
	
É de lembrar, no entanto, que a qualificação das ações como ações reais ou pessoais, reipersecutórias, mistas ou penais, mobiliárias ou imobiliárias, com seus traços específicos, ainda que muito relevante e ponderável, não constitui problema do Direito Processual Civil e, sim, do direito material em que são regulados os direitos subjetivos correspondentes.”
 (obra citada, pag. 182)
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A MODERNA TEORIA 
PRESTAÇÃO DA TUTELA JURISDICIONAL 
A CLASSIFICAÇÃO MODERNA, ou quanto a natureza da prestação da tutela jurisdicional, mais abrangente e sistematizada como a que construiu a doutrina processual mais avançada, distingue as ações em TRÊS TIPOS que correspondem aos processos respectivos : AÇÕES DE COGNIÇÃO, AÇÕES DE EXECUÇÃO e AÇÕES CAUTELARES.
No particular, preferimos transcrever o Mestre Theodoro Júnior, “in” obra citada, pág. 60/61, para discussão em sala de aula :
“Classificação das Ações
	Várias são as classificações doutrinárias das ações, muitas, porém, impregnadas de preconceitos civilisticos que merecem ser abolidos frente ao estágio moderno dos estudos processualísticos de nossos tempos.
	Se a ação consiste na aspiração a determinado provimento jurisdicional, a classificação de real relevância para a sistemática cientifica do direito processual civil deve ser a que leva em conta a espécie e natureza de tutela que se pretende do órgão jurisdicional.
Nessa ordem de idéias, temos :
a) ação de cognição; (condenatória, constitutiva, declaratória
b) ação de execução;
c) ação cautelar.
Ação de cognição, que provoca a instauração de um processo de conhecimento, busca o pronunciamento de uma sentença que declare entre os contendores quem tem razão e quem não tem, o que se realiza mediante determinação da regra jurídica concreta que disciplina o caso que formou o objeto do processo.
Pode a de cognição ser desdobrada em :
a) ação condenatória : a que busca não apenas a declaração do direito subjetivo material do autor, mas também a formulação de um comando que imponha uma prestação a ser cumprida pelo réu (sanção). Tende à formação de um título executivo;
b) ação constitutiva : a que, além da declaração do direito da parte, cria, modifica ou extingue um estado ou relação jurídica material;
c) ação declaratória : aquela que se destina apenas a declarar a certeza da existência ou inexistência de relação jurídica, ou de autenticidade ou falsidade de documento (art. 4º). Podem essas ações ser manejadas em caráter principal (art. 4º), ou incidental (art. 5º). No último caso, representa uma cumulação sucessiva de pedidos, para ampliar o alcance da coisa julgada, levando sua eficácia também para a questão prejudicial que se tornou litigiosa após a propositura da ação principal (art. 470).
A ação de execução, ou execução forçada, é a que gera o processo de execução, noqual o órgão judicial desenvolve a atividade material tendente a obter, coativamente, o resultado prático equivalente àquele que o devedor deveria ter realizado com o adimplemento da obrigação.
Finalmente, ação cautelar, que provoca o surgimento de um processo cautelar, colima uma finalidade auxiliar e subsidiária frente às funções jurisdicionais de cognição e de execução. Essa função cautelar do processo é dirigida a assegurar, a garantir o eficaz desenvolvimento e o profícuo resultado das outras funções (execução e cognição), e concorre, por isso, mediatamente, ao atingimento do escopo geral da jurisdição. Com a ação cautelar não se compõe a lide e apenas se afasta o perigo de dano ao eventual direito subjetivo a ser tutelado jurisdicionalmente no processo principal. ”
As ações cautelares, podem ser preparatórias ou incidentes, conforme sejam propostas antes ou no curso do processo principal.
O atual Código distingue ainda dois tipos de medidas cautelares: as típicas ou específicas, tipificadas na lei, denominadas também de NOMINADAS (arresto, seqüestro, alimentos provisionais, busca e apreensão, exibição judicial, produção antecipada de prova, etc), e as atípicas, ou inespecíficas, denominadas também de INOMINADAS, por enquadrarem-se em termos genéricos, não especificadas (art. 798). Isto é: ambas cabem como medidas provisórias, tipificadas, ou não, na lei, visando acautelar o direito de lesão grave ou de difícil reparação, por ato de uma das partes, antes do julgamento da lide. Respalda-se no justo receio da lesão, ou seja, em fundado receio.
________________________________________________________
APOSTILA DE RESPONSABILIDADE DO PROFº LUIZ SOUZA CUNHA.
AUTORES CITADOS E CONSULTADOS
José Frederico Marques	Manual de Direito Processual Civil
	1º Vol. - 13ª Edição
Moacyr Amaral Santos	Direito Processual Civil Brasileiro
	1º Vol. - 15ª Edição
Rezende Filho	Curso de Direito Processual Civil
Humberto Theodoro Júnior	Curso de Direito Processual Civil
	Vol. I, 18ª Edição - 1996
Atenção:	A apostila é, tão somente, um resumo da matéria que pode ser aprendida pelo aluno. Ela deve servir de guia do ensino-aprendizado, sob orientação pedagógica.
Esta apostila se destina, pois, exclusivamente ao estudo e discussão do texto em sala de aula, como diretriz do assunto, podendo substituir os apontamentos de sala de aula, a critério do aluno.
Consulte a bibliografia anteriormente indicada além de outros autores. 
Atualizada em novembro/2009
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