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cap 81

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Cap 81 – Fisiologia Feminina antes da Gravidez e Hormônios Femininos
Funções reprodutoras: preparação do corpo para concepção e gravidez, e o período da gravidez em si.
Anatomia fisiológica dos órgãos sexuais femininos
Óvulos nos ovários (dentro do folículo) ( cavidade abdominal ( fímbrias e trompas de falópio ( útero. 
Na vida fetal: óvulos primordiais se diferenciam do epitélio germinativo (recobre o ovário) e migram para a substância do córtex. Cada óvulo reúne em torno células do estroma ovariano que se tornam granulosas. Com uma camada delas forma o folículo primordial (imaturo). Precisa de mais 2 divisões para poder ser fecundado. Nasce como oócito primário. 
Sistema Hormonal Feminino 
Hormônio hipotalâmico: Hormônio liberador de gonadrotopina (GnRH) 
Hormônios sexuais hipofisários: LH e FSH
Hormônio ovarianos: estrogênio e progesterona
Ciclo Ovariano Mensal; função dos hormônios gonadotrópicos
O padrão rítmico nas taxas de secreção dos hormônios é chamado de ciclo sexual mensal feminino (ciclo menstrual). Dura em média 28 dias, no qual um óvulo é liberado dos ovários e o endométrio uterino é preparado com antecedência para a implantação do óvulo. 
Hormônios gonadotrópicos e efeitos
As mudanças dependem inteiramente de FSH e LH. Ambos combinam-se com receptores nas membranas das células-alvo, ativando o sistema de 2º mensageiro (AMPc) ( forma proteína quinase ( fosforilações de enzimas-chave ( síntese de hormônios sexuais, crescimento e proliferação das células. 
Crescimento do Folículo Ovariano – fase “folicular”
Quando nasce uma menina, o óvulo é chamado de folículo primordial. Na infância, as células granulosas nutrem o óvulo e secretam o fator inibidor da maturação do oócito. Começa secreção de FSH e LH:
Crescimento moderado do óvulo e de outras camadas granulosas – folículos primários
FSH (precede o LH) causa crescimento acelerado de 6 a 12 folículos primários/mês ( proliferação das células granulosas (novas camadas) e formação da teca (células fusiformes do interstício se agrupam), que se divide em teca interna (características das cel. granulosas e secreção de hormônios) e teca externa (cápsula de tecido conjuntivo ↑vascularizada).
As células granulosas secretam líquido folicular, contendo estrogênio. O acúmulo forma o antro, dentro da massa de células. 
Estrogênio: aumenta receptores de FSH (feedback positivo) + FSH e Estrogênio: formação de receptores de LH, estimulando sua secreção e, consequentemente, a secreção do folículo + Estrogênio e LH: proliferação das células tecais foliculares e sua secreção ( folículos vesiculares (óvulo incrustado em um pólo do folículo)
1 semana após o início do crescimento um dos folículos cresce mais. O resto involui (atresia) tornando-se atrésicos. Isso ocorre porque ↑estrogênio, do folículo mais rápido, deprime a secreção de FSH, impedindo o crescimento dos outros. Ele continua por mecanismos de feedback intrínsecos ( folículo maduro.
2 dias antes da ovulação: ↑LH e FSH ( rápida dilatação do folículo. O LH ainda converte as células granulosas e tecais em secretoras de progesterona. O estrogênio começa a cair e a progesterona aumenta. 
A teça externa começa a liberar enzimas proteolíticas dos lisossomos, dissolvendo a parede capsular (enfraquece, dilata e degenera o estigma). Simultaneamente há crescimento rápido de novos vasos na parede e secreção de prostaglandinas (vasodilatador) ( transudação do plasma para o folículo ( dilatação. 
Ovulação: se dá no 14º dia (ciclo de 28 dias) após o início da menstruação. A parede externa do folículo incha e o estigma (no centro da cápsula) projeta-se e rompe-se, deixando o líquido central do folículo vazar. Ele carrega o óvulo cercado por células granulosas (coroa radiada). 
Corpo Lúteo – fase lútea 
As células granulosas e tecais internas remanescentes viram células luteínicas. Aumentam e aderem inclusões lipídicas (luteinização), tornando-se o corpo lúteo. As células granulosas desenvolvem REL, produzindo estrogênio e progesterona (+), e convertem androstenediona e testosterona (produzidos pelas cél. tecais) nesses hormônios. 
A luteinização depende do LH e da extrusão do óvulo do folículo. O fator inibidor da luteinização parece controlar o processo (no líquido folicular). 
As células luteínicas recém formadas seguem: proliferação, aumento, secreção, degeneração (em 12 dias). O estrogênio e a progesterona tem efeitos de feedback potentes, deprimindo a secreção de FSH e LH. Além disso, essas células secretam inibina, que inibe a secreção da hipófise anterior, especialmente de FSH. Isso faz com que o corpo lúteo se degenere completamente (involução), por volta do 26º dia do ciclo. A parada súbita de produção de estrogênio, progesterona e inibina remove a inibição da hipófise, permitindo secreção de FSH e LH ( novo ciclo. 
Resumo: FSH ( proliferação das células ( Líquido folicular (estrogênio) ( ↑FSH ( FSH + Estrogênio = ↑LH ( células granulosas e tecais ( ↑progesterona ( Ovulação.
Células granulosas e tecais ( cel. luteínicas ( ↑estrogênio e progesterona ( ↓FSH e LH ( degenera corpo lúteo ( ↓estrogênio, progesterona e inibina ( ↑FSH e LH ( Novo ciclo. 
Função dos Hormônios Ovarianos – Estradiol e Progesterona.
Química dos hormônios (mulher não-grávida normal)
Estrogênios – secretados pelos ovários (pouco pelas adrenais). 3 tipos: β-estradiol (principal, no ovário), estrona (tecidos periféricos, a partir de androgênios das adrenais) e estriol (conversão de estradiol e estrona)
Progestinas – progesterona e 17-α-hidroxiprogesterona. Secretada pelo corpo lúteo (1/2 final do ciclo). 
Síntese: esteróides, nos ovários, a partir do coleterol ou por acetil-CoA. Progesterona e testosterona são sintetizados, mas na fase folicular são convertidos a estrogênios pelas cel. granulosas. Na fase lútea, há maior formação de progesterona do que conversão, ↑ sua [no sangue]. 
Transporte: ligados a ptns plasmáticas (albumina ou globulinas de ligação específicas a estrogênio e progesterona). Ligação fraca o bastante para que sejam rapidamente liberadas.
Degradação: ocorre no fígado. Os estrogênios formam conjugados (glicuronídeos e sulfatos) que são excretados na bile ou na urina. Além disso, o estradiol e estrona são convertidos a estriol (“impotente”). Já a progesterona degrada-se em outros esteróides sem função. O principal é pregnanediol = 10 % na urina 
Funções do estrogênio
Útero e órgãos sexuais externos
Órgãos sexuais mudam de criança para adulto – ovários, trompas, útero, vagina, pequenos lábios e genitália externa. aumentam de tamanho. Essa última acumula gordura no monte pubiano e nos grandes lábios. Alteram eitélio cubóide vaginal para estratificado (maior resistência). Provoca proliferação do estroma endotelial (nutrem o óvulo). 
Trompas de falópio
Tecidos glandulares do revestimento mucoso se proliferam, além do número e atividade das células ciliadas. 
Mamas
Crescimento de sistema de ductos, depósito de gordura e desenvolvimento do estroma e de lóbulos e alvéolos (progesterona e prolactina atuam na função final). Não finalizam a conversão de mama em produtora de leite. 
Esqueleto
Inibem atividade osteoclástica nos ossos (estimulam crescimento), mas causam união das epífises com a haste dos ossos longos. Crescimento pára muito antes. (Osteoporose – reduz estrogênio ( enfraquece os ossos)
↑Proteínas
↑Metabolismo corporal (ligeiramente), ↑depósito de gordura (tecidos subcutâneos, mamas, glúteos e coxas)
Pele
Torna-se macia e lisa, mais espessa que a da criança. ↑ vascularização (sangra mais) ( mais quente. 
Balanço eletrolítico
Retém sódio e água nos túbulos renais. Efeito brando e raramente tem significância. 
Funções da progesterona
Útero
Mudanças secretórias na ½ final do ciclo, preparando para implantação do óvulo. ↓frequência e intensidade das contrações uterinas, evitando expulsão do óvulo. 
Trompas de falópio
Maior secreção pelo revestimento mucoso, nutrindo o óvulo fertilizado
Mamas
Desenvolvimento dos lóbulose alvéolos (proliferam, aumentam e secretam). O leite só é secretado após estímulo da prolactina. As mamas também incham pelo desenvolvimento secretório e aumento de líquido no tec. subcutâneo.
Ciclo endometrial mensal e menstrução
Fase proliferativa (estrogênica) – antes da ovulação
Sob a influência de estrogênios, as células do estroma e epiteliais proliferam-se rapidamente. Além disso, há crescimento das glândulas endometriais (muco fino e pegajoso alinhado, guiando o sptz da vagina ao útero) e de novos vasos sanguíneos no endométrio. Isso tudo forma uma camada espessa de endométrio. 
Fase secretora (progestacional) – após a ovulação
O corpo lúteo secreta estrogênio (proliferação celular adicional) e progesterona (inchaço e desenvolvimento secretório do endométrio). As glândulas aumentam a tortuosidade, secreção se acumula, o citoplasma das células estromais cresce, ↑depósito de lipídios e glicogênio, ↑aporte sanguíneo = ↑ espessura do endométrio
(importante para fornecer nutrientes para o ovo fertilizado). Desde a entrada no útero até a implantação é nutrido pelas secreções uterinas (leite uterino). Depois, células trofoblásticas na superfície do óvulo digerem o endométrio e absorvem substâncias, nutrindo-se. 
Menstruação
Se o ovo não for fertilizado, o corpo lúteo involui e ↓estrogênio e progesterona, causando menor estímulo às células endometrais. O endométrio involui e os vasos tornam-se vasoespásticos (vasoconstritores de protaglandinas) ( necrose ( áreas hemorrágicas ( descamação das camadas externas. A massa de tecido descamado, o sangue e os vasoconstritores provocam a contração para expeli-los. 
O líquido menstrual é normalmente não coagulado, pela presença de uma fibrinolisina, liberada com o material necrosado. Após 4/7 dias, a perda de sangue pára pois o endométrio já se reepitelizou. 
Regulação do Ritmo Mensal Feminino – interação hormônios ovarianos e hipotalamicos-hipofisários
GnRH
Hormônio de liberação formado no hipotálamo, secretado em pulsos de 5 a 25 minutos, a cada 1, 2hrs. Isso impeça que a capacidade se peca se disponível direto e causa produção intermitente de LH a cada 90 min. Os neurônios estão nos núcleos arqueados do hipotálamo-médio basal e na área pré-óptica hipotalâmica anterior (em menores qtd). Os neurônios do sistema límbico transmitem sinais para os núcleos arqueados, explicando porque o fator psíquico pode influenciar a função sexual feminina. 
Feedback negativo
O estrogênio inibe fortemente LH e FSH. Quando há progesterona o efeito é multiplicado, mesmo que ela tem pouco efeito sozinha. Operam na hipófise anterior diretamente e, em menor extensão, no hipotálamo. 
Inibina
Secretada junto aos outros hormônios pelas cel. granulosas do corpo lúteo. Inibe a secreção de FSH e, em menor extensão, de LH na hipófise anterior. Importante no final do ciclo para reduzir as []. 
Feedback positivo
2 dias antes da ovulação a hipófise produz ↑LH (pico pré-ovulatório) e um pouco de FSH Explicações:
	a) o estrogênio antes da ovulação pode ter efeito feedback positivo (estimula LH e FSH)
	b) as células granulosas secretam mais progesterona, estimulando a secreção excessiva de LH. 
Oscilação do Feedback dos Sistema Hipotalâmico-Hipofisário-Ovariano
Secreção Pós-Ovulatória (entre ovulação e início da menstruação)
O corpo lúteo secreta progesterona, estrogênio e inibina ( feedback negativo ( ↓secreção de LH e FSH. 
Fase de crescimento folicular
3 dias antes da menstruação o corpo lúteo regrediu quase à involução total ( ↓progesterona, estrogênio e inibina ( liberação do hipotálamo e hipófise ( ↑FSH e depois LH ( crescimento de novos folículos.
Os 12 primeiros dias do crescimento: FSH e LH caem ligeiramente (feedback negativo do estrogênio), mas tem aumento súbito de LH e, menos, de FSH (pico pré-ovulatório).
Pico pré-ovulatório de LH e FSH – ovulação
O declínio de FSH e LH chega ao final e ocorre o pico pré-ovulatório, possivelmente por feedback positivo do estrogênio ou da progesterona. O LH provoca a ovulação e o desenvolvimento subseqüente do corpo lúteo. 
Ciclos anovulatórios – o pico P-O não é suficiente ( sem ovulação, corpo lúteo, ↓progesterona, ↓ciclo. 
Puberdade e Menarca
Puberdade é o início da fase adulta e a menarca é o primeiro ciclo de menstrução. Na puberdade (inicio 9-12anos), a secreção de FSH e LH cresce progressivamente e a menstrução ocorre entre 11 e 16 anos. O hipotálamo não secreta GnRH na infância e parece que estar ausente o sinal de outra área do cérebro para desencadear essa secreção. 
Menopausa
Entre 40 e 50 anos o ciclo torna-se irregular e a ovulação pode não ocorrer. Depois de um tempo, pára totalmente. Esse período é definido pelo esgotamento dos ovários e queda dos hormônios femininos. A produção de estrogênio diminui, conforme os folículos primordiais vão acabando, até abaixo de um ponto crítico, quando não conseguem mais inibir FSH e LH. Estes mantém-se em quantidades elevadas e contínuas na menopausa. A perda de estrogênio causa (em 15%): “fogachos” com rubor da pele, sensações psíquicas de dispnéia, irritabilidade, fadiga, ansiedade, estados psicóticos diversos e ↓resistência e calcificação dos ossos. Necessário tratamento (terapia ou reposição hormonal). 
Ato Sexual Feminino
Estimulação do ato
Depende da estimulação psíquica e sexual local. O desejo sexual baseia-se em treinamento pregresso, impulso psicológico, pensamentos sexuais e ↑ em proporção aos h. sexuais. (Aumenta em torno da ovulação). 
Estimulação ocorre por massagem, ou outros, da vulva, vagina regiões perineais e glande do clitóris. Os sinais sensoriais alcançam a região sacral da medula espinhal, pelo nervo pudendo e plexo sacral, e chegam ao cérebro. Também há reflexos locais integrados na medula sacral e lombar ( reações nos órgãos s. femininos. 
Ereção e lubrificação
O tecido erétil aparece em torno do intróito e estende-se ao clitóris. É controlado pelos nervos parassimpáticos, que vem do plexo sacral. Libera acetilcolina, óxido nítrico e VIP ( acúmulo de sangue no tecido ( contração do intróito ao redor do pênis ( ajuda ejaculação. Também estimulam as glds bilaterais de Bartholin (grds lábios) que, junto as glds do epitélio vaginal, secretam muco para lubrificação do ato. 
Orgasmo (clímax feminino)
Quando a estimulação local atinge a intensidade máxima, especialmente quando há influência psíquica. Análogo à emissão e ejaculação no homem e pode ajudar a promover a fertilização. Os m. perineais contraem-se ritmicamente (reflexos da medula). Esses também aumentam motilidade uterina e falopiana, propelindo os sptz. Além disso, o orgasmo pode causa dilatação do canal cervical, facilitando o transporte dos sptz. As sensações chegam ao cérebro e causam uma tensão muscular intensa no corpo todo e depois a sensação de satisfação por relaxamento tranqüilo (resolução).

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