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Fórum B - 2016/1

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Proposição 1 – “Debatendo os Clássicos”
Assista aos vídeos: Clássicos da Sociologia: Emile Durkheim (2/2);
https://www.youtube.com/watch?v=LJENpHfaS_k e Clássicos da Sociologia: Karl Marx https://www.youtube.com/watch?v=2DmlHFtTplA
Para Durkheim a educação deve servir para “conformar o indivíduo a determinado meio moral”. Marx, diferentemente de Durkheim, faz à crítica a sociedade capitalista, desvelando a relação alienante dos trabalhadores e destaca que a educação pode tanto reproduzir “conformar” os sujeitos ao modo de vida capitalista “alienante” ou pode contribuir para a sua emancipação.
Construa uma argumentação sobre essas duas afirmativas, destacando: como ocorre essa “conformação”,quais processos educacionais contribuem para a alienação e o que podemos fazer para estimular a consciência crítica dos sujeitos.
A concepção de Durkheim para a educação, vê a escola como responsável pela formação do ser social. É através da educação que as regras sociais são transmitidas aos indivíduos, de modo que o produto desta formação são indivíduos voltados para a coletividade, formatados de acordo com o padrão da sociedade.
Apesar de parecer forte, a expressão “formatados” em Durkheim não se refere a alienação do educando. Muito pelo contrário, ele acredita que o indivíduo precisa descobrir o seu lugar na sociedade, o seu papel para que a sociedade permaneça em equilíbrio. Esta não é uma forma de desvalorizar este ou aquele papel, mas sim de valorizar cada indivíduo e a sua participação na sociedade, de forma a evitar conflitos e o estado de anomia.
Para Marx, a educação chamada contemporânea, está mais voltada a reprodução de trabalhadores e não a valorização do ser humano como ativos na sociedade. Este modelo de educação formador apenas de mão de obra, gera a alienação. Pois, como a classe dominante (capitalista) possui os meios de produção, o indivíduo não tem outra alternativa senão a venda de sua força de trabalho. Além do mais, o trabalhador não tem nenhuma participação global no produto além da sua função específica. Isto é, ele tem participação na produção, mas o produto final, bem como os lucros pela venda daquele produto não lhe pertencem. Por fim, ele não “se dá ao trabalho” de pensar. Pois a sua função que é repetitiva e desmotivadora não o incita a isso. Assim, ele subordina o seu valor e destino ao seu patrão, detentor do dinheiro e consequentemente do poder.
O pensamento Marxiano vê a educação como importante para a sociedade, mas de uma forma que o indivíduo estaria livre para se desenvolver como quisesse, sem formatação de classes ou homens explorando homens e sem o trabalho alienado. Sua teoria pregava a ideia de realização humana com o desenvolvimento tanto do corpo e da técnica quanto do espírito, isto é, o âmbito das ideias.
Se compararmos as afirmações de Marx sobre o modelo capitalista de educação, veremos que ainda é o modelo majoritário nos dias de hoje. A proposta deste modelo, de forma geral, é “encher” o educando de informações revelantes para o seu papel como fornecedor de mão de obra, mas não se estimula o pensamento crítico, a sua emancipação, como diria Marx. Por outro lado, o modelo de Marx, ironicamente, pode gerar indivíduos descompromissados com a sociedade, isto é, preocupados apenas com sua própria realização pessoal e negligenciando a sua importância para o desenvolvimento coletivo.
De modo geral, a forma de estimular a consciência crítica dos sujeitos, começa com a valorização do próprio sujeito. Através de uma educação que valorize o saber já existente no sujeito, sua cultura, suas habilidades inatas, etc. Através desta valorização, o indivíduo é despertado para novas descobertas e estimulado a aprender. Este estímulo é baseado no respeito mútuo entre educador e educando e através de métodos de aprendizagem que estimulem ao máximo à participação do educando neste processo.
Por fim, é importante ressaltar que ao afirmar que a educação deve valorizar “o saber já existente no sujeito, sua cultura, suas habilidades inatas, etc.”, estamos nos referindo a educação desde a primeira infância (educação infantil), pois mesmo tão jovens, já possuem suas características intelectuais que devem ser respeitadas.

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