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Citologia
Dois cientistas alemães, Mathias Schleiden e Theodor Shawnn estabelecem as bases da Teoria Celular.
1. Todos os organismos vivos são constituídos por células
As células são componentes fundamentais de todos os organismos vivos do planeta Terra.
O que é “ser vivo”? É possuir metabolismo = Reações de Catabolismo e Anabolismo
É todo aquele que pode captar, transformar e utilizar energia.
O conceito de ser vivo é dinâmico e, a cada avanço científico, surgem novos parâmetros.
Características presentes na maioria dos seres vivos:
Metabolismo; Material Genético; Programa Reprodutivo; Evolução; Capacidade de Homeostase.
2. A célula é a unidade morfológica e fisiológica dos seres vivos.
Morfologia: Conjunto de células dá forma ao organismo.
Fisiologia: Toda função ocorre a nível celular.
3. Toda célula é originada de outra célula preexistente.
4. A célula é a unidade de transmissão de informação genética.
A continuidade da vida tem base celular, a célula possui os mecanismos de transmissão genética.
Modelos Celulares
Existem 2 modelos celulares, o Eucarionte, que se divide em vários tipos de células, e o Procarionte, que consiste nas arquibactérias
e eubactérias.
Procarionte
Os seres vivos que apresentam células procariontes são as bactérias (eubactérias e arquibactérias) e as cianofíceas (antigamente
chamadas de algas azuis).
Bactérias
Arquibactérias: vivem em ambientes inóspitos. Bactérias termófilas, acidófilas, basófilas e metanogênicas.
Eubactérias: maior exemplo, Escherichia coli. Podem se apresentar em várias formas:
Cocos; bacilos; curvada; helicoidal (espiroquetas)
Características: Estruturalmente simples; apresentam alta complexidade bioquímica; Organotróficas; Fototróficas; Litotróficas;
Amplamente distribuídas em diferentes nichos tróficos; possuem alta capacidade reprodutiva por bipartição simples.
Células procariotes não possuem organelas e núcleo. O DNA se apresenta preso ao mesossomo. Cadeias enzimáticas realizaam as
funções básicas das células procariontes.
Eucariontes
São estruturalmente complexas, altamente compartimentalizadas, seu material genético se apresenta isolado do hialoplasma, pelo
envoltório nuclear. Cada compartimento ou organela mantém ambiente enzimático e iônico próprio, que possibilitam a ocorrência
de reações necessárias à vida.
O citoesqueleto celular é uma rede tridimensional de proteínas que promove suporte mecânico para componentes celulares, além
de ser responsável pelo movimento celular. Podem se apresentar em inúmeras formas e em diversos tamanhos.
Membranas Celulares
Qual a importância de estudarmos as membranas celulares?
As membranas celulares são estruturas que organizam e mantêm todas as células como meios moleculares distintos.
Nas células eucariontes, as membranas também dividem o interior da célula em meios bioquimicamente distintos. O sistema de
endomembranas divide o citoplasma em diversas seções e subseções que compartimentalizam as células, tornando seus processos
mais eficientes. Em geral, as membranas são impermeáveis a macromoléculas e apresentam permeabilidade seletiva a íons.
Composição da membrana celular: Lipoprotéica (Lipídios + Proteínas), a composição lipídica e proteica em combinação
características para célula ou organela. Átomos mais comuns: CHON. Moléculas fundamentais: Aminoácidos, Ác. Graxos,
Monossacarídeos, Nucleotídeos, Água, Íons (Sais minerais).
Promovem e formam associações entre si: macromoléculas (Polissacarídeos, Lipídios, Ác. Nucleicos, Proteínas)
Formam as estruturas celulares.
Lipídios
Toda substância com alta solubilidade em solventes orgânicos é insolúvel em água.
Classificação
Classificação Biológica Classificação Bioquímica
Lipídios de Reserva Lipídios Simples
Lipídios Estruturais Lipídios compostos
Lipídios Informacionais Lipídios derivados
Lipídios de Membrana
São divididos em 3 categorias: Fosfolipídios, glicolipídios e esteróis. Constituem cerca de 50% da massa da maioria das membranas
celulares. São representados em sua maioria pelos fosfolipídios. Os lipídios de membrana são moléculas anfipáticas.
Fosfolipídios
Os Fosfolipídios, por apresentarem uma cabeça hidrofílica e caudas hidrofóbicas, são chamados anfipáticos. A interação anfipática
promovida por serem anfipáticos leva à formação de micelas. Micelas são estruturas globulares em que as caudas hidrofóbicas dos
lipídios ficam no centro e as cabeças hidrofílicas ficam na superfície da esfera. Essa interação anfipática, mais tarde leva à formação
de uma dupla camada lipídica, em que as caudas de cada camada ficam viradas para as caudas da outra camada e as cabeças ficam
voltadas para o meio aquoso.
Micela: Bicamada lipídica:
A Fosfatidilcolina e a Esfingomielina se apresentam na camada externa, e Fosfatidiletanolamina e a Fosfatidilserina na camada
interna.
Glicolipídios
São componentes do Glicocálix, que promove o reconhecimento de corpos estranhos (imunologia); Só estão presentes na camada
externa.
Esteróis
Colesterol: promove o controle da fluidez da membrana.
Bicamada lipídica
Interações hidrofóbicas: manutenção da bicamada; capacidade autos selante; elasticidade e resistência das membranas celulares.
O grau de fluidez está relacionado com: temperatura; grau de saturação e instauração; composição lipídica; quantidade de
colesterol. Importância biológica da fluidez: permite a difusão de proteínas de membrana no plano da bicamada; Fusão de
diferentes membranas e mistura de suas proteínas (hibridomas).
Movimentos: rotação e flexão; movimentação de lipídios no plano bidimensional da membrana; jangadas lipídicas (lipid rafts); flip-
flop (raro)
Fusão de membrana e capacidade auto selante
A fusão de membranas é mediada por proteínas específicas. Ela permite os processos de endocitose, exocitose, formação e fusão de
vesículas e divisão celular.
Proteínas de membrana
As proteínas de membrana podem ser Intrínsecas (integrais), ou Extrínsecas (periféricas). As proteínas Integrais apenas podem ser
retiradas da membrana se esta for rompida (com detergentes). As proteínas Periféricas podem ser liberadas por processos de
extração que afetam interações proteína-proteína, mas mantêm a bicamada lipídica intecta.
Proteínas Integrais ou Intrínsecas – Transmembrana
Proteínas que se estendem através da bicamada lipídica, com partes de sua massa nos dois lados da bicamada. Essas proteínas
apresentam porções hidrofílicas e hidrofíbicas. Suas regiões hidrofóbicas ficam no interior da bicamada, dispostas contra as caudas
hidrofóbicas das moléculas lipídicas. Suas regiões hidrofílicas ficam expostas ao ambiente aquoso nos dois lados.
Podem ser unipasso ou multipasso: unipasso se atravessam a bicamada apenas 1 vez, multipasso se atravessam mais de 1 vez.
Funções: adesão; transporte; reconhecimento; receptores de membrana.
Proteínas Integrais ou Intrínsecas – Associadas à membrana
São proteínas que estão associadas à membrana, mas não a atravessam. Estão localizadas inteiramente no citosol, associadas à
metade interna da bicamada lipídica através de uma hélice anfipática exposta na superfície da proteína. Funções: enzimática;
ligadoras de componentes celulares; sinalização celular.
Proteínas Integrais ou Intrínsecas – Ligadas através de lipídios
São proteínas que estão inteiramente externas à bicamada, seja em sua camada interna ou externa. São conectadas à membrana
apenas por um ou mais grupos lipídicos covalentemente ligados.
Proteínas Periféricas ou Extrínsecas
São proteínas que estão indiretamente ligadas à uma das faces da membrana, mantida no lugar apenas através de interações com
outras proteínas de membrana. Funções: enzimática; ligação da membrana com componentes intracelulares.
Modelo Mosaico Fluido
A membrana se comporta como um fluido bidimensional, o que é crucial para que exerça sua função. Essa propriedade é diferente
da flexibilidade, que é a habilidade de se distender.
A disposição das moléculas na membrana plasmáticafoi elucidada recentemente, sendo que os lipídios formam uma camada dupla
e contínua, no meio da qual se encaixam moléculas de proteína. A dupla camada de fosfolipídios é fluida, de consistência oleosa, e
as proteínas mudam de posição continuamente, como se fossem peças de um mosaico. Esse modelo foi sugerido por dois
pesquisadores, Singer e Nicholson, e recebeu o nome de Modelo Mosaico Fluido.
Os fosfolipídios têm a função de manter a estrutura da membrana e as proteínas têm diversas funções. As membranas plasmáticas
de um eucarionte contêm quantidades particularmente grande de colesterol. As moléculas de colesterol aumentam as propriedades
da barreira da bicamada lipídica e devido a seus rígidos anéis planos de esteroides que diminuem a mobilidade e torna a bicamada
lipídica menos fluida.
Propriedades das membranas celulares
Fluidez da membrana
Assimetria da membrana: Composição lipídica da camada externa é diferente da camada interna. Composição e distribuição de
proteínas também é diferente.
Potencial de membrana: Moléculas com carga negativa de alta massa molecular no citoplasma; Altos níveis de Na+ no meio
extracelular; Altos níveis de K+ no meio citoplasmático; carga das regiões polares de lipídios. Oligossacarídeos da membrana
possuem carga negativa -> atraem íons com carga positiva. Função: transmissão e transdução de estímulos químicos em nervosos.
Glicocálix
Presente na superfície externa da membrana plasmática e na membrana interna (luminal) de organelas do sistema de
endomembranas (lisossomas -> digestão intracelular)
É uma estrutura característica da membrana plasmática. Composição: oligossacarídios ligados a proteínas e lipídios de membrana
(glicose, galactose, manose, fucose, ác. Siálico) e proteínas adsorvidas.
Funções gerais do glicocálix: Protege a superfície celular contra agressões físicas ou químicas; contribui para formação de potencial
de membrana; Reconhecimento celular; Inibição por contato; Imunigenicidade.
Funções específicas: Nas células intestinais, o glicocálix possui grande quantidade de peptidases e Glicosidades, responsáveis pela
degradação de peptídeos e hidratos de carbono. No lúmen dos lisossomos, o glicocálix é espesso para impedir a autólise da vesícula
lisossomal; Determinação do sistema sanguíneo ABO. Antígeno = aglutinogênio = glicoproteína = molécula capaz de iniciar resposta
imunológica. Aglutininas = anticorpos -> circulantes no plasma sanguíneo. *MHC = Complexo de histocompatibilidade principal;
Reconhecimento celular/adesão celular; Interação espermatozoide-óvulo (ZP3).
CAMs – Proteínas de Adesão celular
Proteínas especializadas no reconhecimento específico de cadeias laterais de oligossacarídeos.
4 superfamílias de glicoproteínas expressas na superfície celular:
Integrinas: Participam da organização tecidual; Atuam como receptores para outras proteínas de adesão. Leucócitos expressam 13
diferentes integrinas.
Selectinas: Encontradas em células do endotélio vascular. Envolvidas na resposta inflamatória. Macrófagos liberam citocinas,
fazendo com que as células endotélicas expressem selectinas, as quais prenderão células, fazendo com que as células do sangue
migrem para outros tecidos (diapedese).
Imunoglobulinas e caderinas.
Membrana celular e comunicação química entre as células
Diferenciação celular; morte celular; contração celular; multiplicação celular; secreção; condução de estímulos; movimentação
celular; síntese e degradação de moléculas.
Vias de comunicação química entre as células
Tipo de via Comunicação Endócrina Comunicação Neuronal Comunicação Parácrina
Sinal Químico Hormônio Neurotransmissor Mediador químico de ação local (histamina, etc)
Sinal Transdução Resposta
Sinal: Moléculas (ligantes) que se unem a receptores. Ex.: Hormônios.
Receptor: Proteínas de membrana que reconhecem e se ligam de forma específica a um ligante e iniciam as reações de transdução.
Transdução: Realizada pelos receptores e moléculas associadas. Consiste na transformação de um sinal em outro tipo de sinal.
Resposta: Secreção, síntese e degradação, movimentação, diferenciação.
Receptores de Membrana na comunicação química
Receptores de membrana: São proteínas ou complexos proteicos localizados na membrana plasmática.
Funções Gerais das Membranas
Delimitam o compartimento celular; Delimitam os compartimentos intracelulares; As membranas contêm bombas de passagem
específica que regulam a composição molecular e iônica do meio intracelular; Controlam o fluxo de informações entre a célula e o
seu meio através de receptores específicos para estímulos externos; Geram sinais químicos e elétricos; Possuem proteínas de
adesão e ancoragem que permitem a formação de tecidos.
Transportes Moleculares
Propriedades da membrana: Permeabilidade seletiva.
Capacidade de permitir a entrada de substâncias úteis (aminoácidos, monossacarídeos, ác. graxos, nucleotídeos, H2O, íons) e a saída
de restos e produtos do metabolismo celular.
Mecanismos de Transporte Molecular
Difusão Simples
Transporte Passivo Carreadoras
Difusão Facilitada
Formadoras de Canal
Transporte Ativo Direto
Transporte Ativo
Transporte Ativo por Gradiente Iônico ou Indireto
Funções
Regulam o volume celular; Mantêm o pH e a composição iônica intracelular; Extraem do ambiente e concentram combustíveis
metabólicos e elementos de construção; Eliminam substâncias tóxicas; Geram gradiente iônico.
Transportes Passivos
Ocorrem a favor do gradiente de concentração, sem gasto de energia química.
Difusão simples
Utiliza a energia cinética das moléculas, sem facilitador pela membrana. Moléculas transportadas: O2, CO2, moléculas de baixa massa
molecular solúveis em lipídio, sem carga (ureia, etanol).
Características gerais da difusão simples: a difusão é um processo passivo, que utiliza a energia cinética derivada do movimento das
moléculas; As moléculas difundem-se de áreas de grande concentração para áreas de menor concentração; O movimento das
moléculas ocorrerá até o equilíbrio das concentrações. Após o equilíbrio das concentrações o movimento de moléculas se continua,
mantendo a dinâmica do equilíbrio; A difusão pode ocorrer em sistemas abertos ou através de um delimitante que separa dois
compartimentos; A taxa de difusão é proporcional a área de superfície de membrana.
A difusão simples permite as trocas gasosas.
Difusão Facilitada
Mecanismos de transporte passivo mediados por proteínas de membrana. Moléculas de grande massa, não solúveis em lipídios,
com cargas. Possui facilitador pela membrana (proteína transmembrana multipasso).
Difusão Facilitada por Proteínas Carreadoras
Ligam-se com o substrato e levam de um lado da membrana a outro. As proteínas transmembrana apresentam sítios de ligação
específicos para o substrato, proporciona reconhecimento estéreo específico (“chave e fechadura”); O sítio de afinidade está sempre
voltado para o lado de maior concentração.
Os Sítios de afinidade se saturam, e a velocidade do transporte se torna constante (regra geral, existem células que produzem mais
proteínas para aumentar a taxa de transporte).
Transportadoras de Glicose (GLUT e SGLT)
O transporte de glicose é fundamental para o metabolismo celular. Glicose possui alta massa molecular – passa através da
membrana através de transporte mediado por proteínas. Existem 2 mecanismos de transporte de glicose através da membrana.
Transporte facilitado mediado por transportadores de membrana específicos (GLUT) – Difusão facilitada e Sistema de co-transporte
direcionado pelo Sódio (SGLT) – Transporte Ativo Indireto.
Cada grupo de transportadores possui propriedades cinéticas únicas, caracterizando suas funções e distribuição em diferentes
tecidos. Atualmente acredita-se que existam 12 tipos de GLUTs.
Difusão Facilitada por Proteínas Formadoras de Canais
As proteínas transmembrana foram um canal de pequeno diâmetro que só permitem a passagem de íons, chamados “Canais
Iônicos”.
Características dos Canais Iônicos:São mediados por proteínas transmembrana multipasso. Permitem a passagem de íons
específicos em alta velocidade e grande quantidade segundo seu gradiente eletro-químico. Possuem “portas”, sendo chamados de
canais iônicos com porta. Apresentam seletividade. Possuem mecanismos de controle de abertura e fechamento.
Função dos canais iônicos:
Transporte de íons através da membrana -> controla o volume celular; permite absorção e secreção de fluídos.
Controle do potencial elétrico das membranas -> responsáveis pela excitabilidade de células musculares.
Entrada de Ca2+ no citoplasma desencadeando diferentes processos celulares.
Grande importância médica -> são alvos de toxinas e drogas; defeitos em canais iônicos causam distúrbios como cálculos renais,
algumas arritmias cardíacas, miastenia grave e fibrose cística, entre outras patologias.
Mecanismos de controle dos canais iônicos com porta:
Ligante-dependente; Voltagem-dependente; Mecano-sensitivo
Ligante-dependente: Ligantes são moléculas que se ligam ao canal, mas não é o substrato a ser transportado. Ex.: Peptídeos ou
neurotransmissores. Podem ser intra ou extracelulares.
Voltagem-dependente: A abertura da “porta” é determinada por uma mudança no potencial de membrana. Ex.: Na+, Ca2+, Cl-.
Mecano-sensitivos: Característicos das células do epitélio auditivo. Abertura do canal iônico por força mecânica.
Das 5 sensações gustativas, 2 se relacionam aos canais iônicos: salgado e ácido.
Transporte Ativo
O transporte ativo é o transporte feito contra o gradiente de concentração, sempre com gasto de energia química. O Transporte
ativo é fundamental para a manutenção das características biológicas da célula. É necessário manter uma diferença de concentração
dos íons para que o maquinário do transporte passivo/canais iônicos funcione.
Transporte Ativo Primário/Direto
Transporte Ativo
Transporte Ativo Secundário/Indireto/Por gradiente iônico/Acoplado
Transporte Ativo Primário/Direto
Moléculas são transportadas através da membrana contra o gradiente de concentração; As proteínas transportadoras são proteínas
transmembrana; Apresentam sítios de ligação de ATP no lado citosólico e sítio de ligação específico para 1 substrato específico (1
íon); Proteínas transportadoras são denominadas de Bombas ou ATPases. Ex.: Ca2+ ATPase, Na+-K+ ATPase.
Na+-K+ ATPase
No lado Intracelular, sempre deve se verificar essa diferença de concentração: K+ e Na+; No lado extra: K+ e Na+ . A ATPase (Bomba)
mantém a diferença de Na+ e K+; Regula o volume celular; Utiliza energia derivada da hidrólise de ATP para levar 3 Sódios para “fora”
e 2 Potássios para “dentro” da célula.
Transporte Ativo Secundário/Indireto
É mediado por proteínas carreadoras específicas; Utiliza energia de gradiente eletroquímico, transportam 2 solutos (co-transporte);
indiretamente dependente de ATP.
É observado na absorção de alimentos no intestino. Utiliza a passagem do Sódio como fonte de energia (SGLT). O Sódio é
“rebombeado” para fora da célula, com gasto de energia, por ação de uma Na+-K+ ATPase presente na membrana interna da célula.
Transporte de Água
A água representa 60% do peso do organismo; 65% da água está contida nos compartimentos intracelulares, e 35% nos
extracelulares; A composição e concentração dos líquidos entra e extracelulares são mantidas através da ingestão e excreção e do
movimento da água através dos compartimentos intra e extracelulares.
A passagem da água através da membrana plasmática por difusão simples é lenta, não reguladora e dependente da temperatura.
A passagem da água pode ocorrer através dos sistemas de co-transportes. Esses mecanismos não explicam o movimento da água
observado em algumas células em diferentes processos fisiológicos: rápido; regulado; seletivo.
A partir dessa observação, surgiram algumas hipóteses:
Fendas Temporárias
1992 – Identificação de proteínas especializadas no transporte de água. 1993 – Prêmio Nobel de Química.
Permitem a passagem da água em alta velocidade. 3 bi de moléculas por segundo. Atuam de forma bidimensional (mecanismo
osmótico). As Aquaporinas estão envolvidas em diversos processos fisiológicos. Estão amplamente distribuídas em tecidos cuja
função (absorção e secreção) necessita de resposta rápida ao gradiente osmótico.
Aquaporinas (AQP)
Aquaporinas são proteínas transmembrana especializadas no transporte de água através da membrana. Todos os seres vivos as
possuem (= foram conservadas ao longo do processo evolutivo).
Apresentam seletividade e alta taxa de permeação. Sua expressão é regulada por hormônios e/ou receptores de membrana
acoplados a proteína G.
Funcionam de forma semelhante a canais iônicos.
Transporte em quantidade através da membrana
Transporte Ativo
Molecular
Transporte Transporte Passivo
Endocitose
Macromolecular
Exocitose
Macromoléculas e partículas sólidas são transportadas por mecanismos de Endocitose e Exocitose.
Endocitose: conjunto de mecanismos de internalização de macromoléculas.
Exocitose: mecanismo de exteriorização da macromoléculas.
Nos mecanismos de Endocitose e Exocitose o material a ser transportado é envolvido por porções de membrana plasmática.
Endocitose
Com base no tamanho de vesículas endocíticas formadas, se divide a Endocitose em Fagocitose e Pinocitose:
Fagocitose
Vias Endocíticas Seletiva
Pinocitose
Não Seletiva
A Fagocitose forma vesículas grandes (visíveis ao Microscópio Ótico), a Pinocitose forma vesículas pequenas (visíveis apenas ao
Microscópio Eletrônico).
Fagocitose
Mecanismo de internalização de macromoléculas ou partículas, através de expansões da membrana plasmática.
Formação de grandes vesículas contendo, no seu interior, macromoléculas.
A fagocitose nos seres unicelulares tem função de captura do alimento. Nos multicelulares, ela é realizada por células especializadas,
macrófagos e neutrófilos, e tem função de defesa (remoção de partículas sólidas, renovação celular e remoção de antígenos).
A fagocitose é dividida em 4 etapas:
1. Contato e reconhecimento
2. Ativação de receptores de membrana
3. Emissão de projeções citoplasmáticas
4. Formação de vesícula endocítica (fagossomo)
Macrófagos: residentes no tecido conjuntivo.
Monócito (tecido sanguíneo) -> Diapedese -> Tecido conjuntivo -> Modificações -> Macrófago
Leucócito (tecido sanguíneo) -> Diapedese -> Tecido conjuntivo -> Modificações -> Neutrófilo
A diapese do leucócito é induzida pela liberação de citocina pelo macrófago.
Macromoléculas e partículas internalizadas por fagocitose sofrem digestão intracelular em organelas especializadas denominadas
Lisossomos.
Lisossomos
Um lisossomo é uma organela intracitoplasmática; É delimitado por uma unidade de membrana rica em H+ATPase; Contém enzimas
hidrolíticas ativas em pH ácido. Lipases, proteases, nucleases, Glicosidades (Ativas em pH 3,0~4,0).
Lisossomo primário é o nome que recebe a vesícula com as enzimas compactadas. Nele não há atividade digestória intracelular. O
Lisossomo primário funde-se com o Fagossomo e, então, ativa a H+ATPase. A enzima joga H+ para o meio intravesicular, tornando-o
ácido. Assim as enzimas se ativam e iniciam a digestão intracelular. O complexo formado é chamado de Lisossomo secundário.
*Macrófagos e Neutrófilos possuem grande quantidade de Lisossomos, outras células possuem poucos Lisossomos para promover
digestão de organelas velhas. A digestão é a quebra de macromoléculas em moléculas menores -> Proteínas, Lipídios, Ácidos
Nucleicos, Polissacarídeos em Aminoácidos, Ácidos Graxos, Nucleotíeos, Monossacarídeos, Íons e Água.
A Fagocitose e a formação de pus:
Macrófagos e Neutrófilos que morrem sofrem lise que libera proteínas, enzimas e água, que formam o pus.
Pinocitose
Mecanismo de internalização de macromoléculas através de invaginações da membrana plasmática, gerando pequenas vesículas.
Pinocitose não seletiva
Pinocitose
Pinocitose seletiva
Pode ocorrer em praticamente todas as células eucariontes;vesículas visíveis apenas ao ME. Possuem vários destinos. Ex.:
transcitose, captação e transferência de nutrientes (não é alimentação)
Na pinocitose não seletiva não ocorre seleção do material internalizado; ocorre através de invaginações da MP; são formados
pequenas vesículas (pinossomos)
Células endoteliais formam capilares;
Capilares são vasos de pequeno diâmetro onde ocorrem trocas entre o plasma sanguíneo e o tecido conjuntivo. Nos
capilares as trocas ocorrem por diferentes mecanismos de transporte. Capilares mantêm sua estrutura por Zônulas de oclusão. Na
pinocitose não há alteração da forma celular.
Pinocitose não seletiva em capilares (transcitose):
Pinocitose seletiva ou “Endocitose mediada por receptores”: mecanismo seletivo, que possibilita internalização de grande
quantidade de substâncias específicas pela célula; permite o controle de níveis séricos de macromoléculas; Mecanismo usado pelos
vírus. O vírus simula uma substância que o organismo possui, e que é específica para algum tipo de célula. Daí vem a especificidade
dos vírus.
Macromoléculas ligam-se a receptores de membrana específicos
Regiões recobertas por clatrina (1 a 2% da superfície de membrana)
Ligante = macromolécula; proteínas adaptadoras = adaptinas; Clatrina; Dinamina = liberação de vesículas recobertas
Dá força mecânica para formação de vesículas. A clatrina volta à membrana após a formação da vesícula.
Etapas da Endocitose mediada por receptores:
1. Formação do complexo ligante-receptor
2. Ativação da clatrina Depressão recoberta
3. Formação de vesícula recoberta
4. Internalização Liberação da clatrina
Destino dos receptores de membrana plasmática:
1. Reciclagem: receptores de LDL; o receptor sofre dissociação e formará outra vesícula, que voltará à membrana
plasmática.
2. Transcitose: transferência de anticorpos; a vesícula é transferida juntamente com o material e para em outra área da
célula
3. Degradação: os receptores movem-se ao lisossomo e são degradados
1. 2. 3.
Endossomas são organelas localizadas funcionalmente entre o Complexo de Golgi e a MP.
Endossomas primários (recebem vesículas contendo material endocitado)
Formam: vesículas de reciclagem e vesículas com destino ao endossoma secundário.
Endossoma secundário (contém enzimas hidrolíticas)
Autofagia (não é mecanismo de endocitose): degradação e eliminação de organelas envelhecidas
Formação de vesículas fornecidas pelo RE (autofagossomo)
A autofagia pode ser estimulada em processos patológicos
É uma das etapas da apoptose
Vias endocíticas (fagocitose, pinocitose) Vesículas contendo macromoléculas Digestão intracelular
Exocitose Saída de material
Citoesqueleto
“Esqueleto da célula”, mantém a forma da célula como o nosso esqueleto mantém a nossa forma, por volta de 1900. Na década de
40 há a comprovação da estrutura.
A célula apresenta: Organização no espaço; Interação com o ambiente; Estrutura interna adequada para desenvolver diferentes
funções; Possibilidade de modificar a forma em resposta a estímulos; Possibilidade de reorganizar-se internamente em decorrência
de crescimento e divisão celular.
Para que possa ser visualizado, o citoesqueleto precisa da técnica da imunocitoquímica. Foi visto que é uma trama proteica
tridimensional. O citoesqueleto tem a capacidade de se montar e desmontar em frações de tempo, permitindo uma vasta gama de
estruturas celulares.
A imunocitoquímica permite observar isoladamente proteínas específicas em células e tecidos, através da reação antígeno-
anticorpo, permitindo a localização precisa de um determinado tipo de molécula proteica no meio intracelular, excluindo todas as
outras proteínas existentes na célula.
Funções Celulares do Citoesqueleto
1. Suporte Mecânico para a MP
2. Permite movimentação celular de leucócitos/fibroblastos/espermatozoides
3. Contração muscular
4. Direciona e orienta crescimento e proliferação celular
5. Orienta e mantém a forma celular
6. Promove a distribuição intracelular de organelas
7. Forma estruturas responsáveis pela divisão celular
8. Responsável pela movimentação intracelular de organelas
9. Atua nos processos de endocitose e Exocitose
Composição do Citoesqueleto
Existem, para a composição do citoesqueleto, 2 visões diferentes:
1) Formado por 3 filamentos proteicos (Filamentos de actina, Filamentos intermediários e Microtúbulos).
2) Formado por 4 filamentos proteicos (os três acima e filamentos de miosina).
Além disso, compõem o citoesqueleto proteínas acessórias, proteínas reguladoras e proteínas motoras.
Microtúbulos
Microtúbulos são tubos longos e ocos, relativamente rígidos que podem rapidamente sofrer dissociação em um determinado local e
reassociação em outro (instabilidade dinâmica). Essa capacidade dos microtúbulos permitem a formação do fuso mitótico durante a
divisão celular. Em uma célula animal típica, os microtúbulos crescem a partir de uma pequena estrutura posicionada próxima ao
centro da célula, denominada centrossomo.
Os microtúbulos são classificados quanto a sua localização:
1) Microtúbulos citoplasmáticos
2) Microtúbulos ciliares/flagelares
3) Microtúbulos centriolares
Microtúbulos formam estruturas complexas e estáveis:
Cílios e flagelos; Corpo basal e centríolos
Cílios: curtos e múltiplos; promovem movimentação de substâncias na superfície celular. Ex.: árvore respiratória e tuba uterina
Flagelos: longos e únicos (quando estão presentes, apresentam-se em geral 1 ou 2 por célula); promovem a movimentação da
célula. Ex.: espermatozoide
Apesar das diferenças observadas, tanto cílios quanto flagelos possuem a mesma estrutura interna, que possibilita o movimento
ciliar e flagelar, o axonema.
Axonema arranjo de microtúbulos
A estrutura de cílios e flagelos é mantida pelo axonema: 9 pares de microtúbulos periféricos e 1 central.
Movimento ciliar: deslizamento de proteínas – Microtúbulos e dineína.
MAPs – Proteínas Associadas aos Microtúbulos
MAPs motoras: dineína; quinesina; dinamina
MAPs estruturais: nexinas
Centríolos e Corpos Basais
Formados por 9 trincas de microtúbulos; localizam-se no centrossomo (próximo ao centrossomo, sempre associados a um
axonema); presentes apenas em células ciliadas ou flageladas. Centríolos e corpos basais possuem o mesmo arranjo estrutural: 9
trincas de microtúbulos + MAPs estruturais. As 9 trincas não apresentam um par central, e cada trinca é ligada nas outras pro
proteínas. Apesar disso, podem ser consideradas estruturas diferentes pois possuem funções e posições diferentes.
Corpos basais: centro organizador de microtúbulos nos cílios e flagelos.
Microfilamentos/Filamentos de Actina
Os filamentos de actina são encontrados em todas as células eucarióticas e são essenciais para muitos de seus movimentos,
principalmente aqueles que envolvem a superfície celular. Sem os filamentos de actina, por exemplo, uma célula animal não poderia
migrar sobre uma superfície, dividir-se em duas ou englobar uma partícula grande por fagocitose. Assim como os microtúbulos, os
Microfilamentos apresentam instabilidade dinâmica, permitindo que se desmontem rapidamente. Porém também formam
estruturas estáveis, permitindo a formação dos complexos contráteis nos músculos.
Apresentam-se associados a proteínas: proteínas ligadoras de actina.
Os Microfilamentos formam bandas paralelas; a rede cortical; feixes contráteis; estruturas temporárias para deslocamento celular;
anel contrátil na divisão celular.
Rede cortical: uma rede que mantém e sustenta a superfície celular, proporcionando resistência mecânica. A rede cortical controla a
forma e as propriedades mecânicas da membrana plasmática.
Bandas paralelas: filamentos com a mesma polaridade e direção.
Substância fundamental amorfa: pool de proteínas ligadoras de actina.
Os filamentos de actina estão relacionados à organização dos sarcômeros: os sarcômeros são conjuntos altamente organizados de
dois tipos de filamentos – filamentosde actina e filamentos de miosina. Os filamentos de miosina (filamentos espessos) pocisionam-
se na região central do sarcômero, ao passo que os filamentos de actina, mais finos (filamentos delgados), se estendem para o
interior a partir de cada uma das extremidades do sarcômero e se sobrepõem às extremidades dos filamentos de miosina. O
deslizamento de filamentos de actina e miosina possibilita a contração muscular em unidades contráteis presentes no tecido
muscular:
Os filamentos de actina também são responsáveis pelo deslocamento celular (movimento ameboide). O movimento ameboide
precisa de um substrato sólido para ocorrer.
O deslocamento celular envolve: Protrusão na região frontal; Aderência da protrusão a superfície; Projeção da protrusão
Filamentos Intermediários
Os filamentos intermediários são constituídos por proteínas fibrosas. Não apresentam instabilidade dinâmica. Apresentam
composição e morfologia heterogênea nos diferentes tipos celulares. Apresentam uma grande resistência à tensão, e sua função
principal é permitir que as células resistam ao estresse mecânico ocasionado quando estas são distendidas. Os filamentos
intermediários são encontrados no citoplasma da maioria das células animais. Caracteristicamente, formam uma rede através do
citoplasma, envolvendo o núcleo e estendendo-se para fora, rumo à periferia da célula. Também são encontrados no núcleo, uma
trama de filamentos intermediários, a lâmina nuclear, reveste e fortalece o envelope nuclear em todas as células eucarióticas. São
encontrados ao longo dos axônios, na manutenção de sua forma; nas células musculares formando placas de ancoragem; ancorados
a junções de adesão (desmossomos e hemidesmossomos).
Filamentos Intermediários observados com a técnica de Imunocitoquímica
Classificação: Quanto a composição e Localização
 Filamentos de Queratina ou Tonofilamentos – células epiteliais e anexos do epitélio
 Filamentos de Vimentina – fibroblastos e células sanguíneas
 Filamentos de Desmina – células musculares
 Filamentos Gliais – células da glia
 Neurofilafimentos – neurônios
Montagem dos Filamentos Intermediários
O monômero proteico consiste em um bastão com regiões globulares em ambas as extremidades. Pares de monômeros se associam
para a formação de um dímero, e dois dímeros se alinham para formar um tetrâmero antiparalelo. Os tetrâmeros podem se
organizar por contato de suas extremidades e se unir em um arranjo helicoidal contendo oito fitas de tetrâmeros, que gera o
filamento intermediário final, semelhante a um cabo.
Mitocôndrias – Energia Celular
Autótrofos convertem a energia luminosa em energia química.
Fotossíntese: o resultado da fotossíntese é um monossacarídeo. E o ser vivo usa o monossacarídeo no seu metabolismo e
armazenará em células.
Heterótrofos captam a energia presente no alimento. O sistema digestório vai quebrar as macromoléculas presentes no alimento
em moléculas. As moléculas (glicose) serão convertidas em organelas especializadas (mitocôndrias) em ATP e GTP, que são as
formas as quais as células conseguem usar como energia.
O processo de respiração pode ser comparado à fotossíntese por serem formas de conversão de energia.
Mitocôndrias
São organelas citoplasmáticas, presentes em todas as células eucariontes. Em sua estrutura estão alojadas inúmeras moléculas e
complexos enzimáticos que participam das reações que transferem energia contida nos alimentos para molécula de ATP.
Aspectos ultra-estruturais das mitocôndrias:
Membrana externa;
Membrana interna;
Crista mitocondrial;
Matriz mitocondrial;
Membrana Externa
Rica em porinas – torna a membrana externa altamente permeável.
Como resultado da permeabilidade da membrana externa, o espaço intramembranoso (espaço entre as membranas) é
quimicamente equivalente ao citosol.
Membrana Interna
É impermeável à passagem de íons e pequenas moléculas, possui proteínas transportadoras.
Como resultado da impermeabilidade da membrana interna, a matriz mitocondrial contém somente moléculas que podem
ser seletivamente transportadas à matriz através da membrana interna e seu conteúdo é altamente especializado.
A membrana interna apresenta dobras em suas estruturas, que formam as chamadas “cristas mitocondriais”. As cristas
proporcionam um aumento de superfície de membrana no lado interno da mitocôndria. Também apresenta sítios de transporte de
elétrons e bombeamento de prótons, e contém ATP sintase. A maioria das proteínas da membrana interna da mitocôndria são
componentes da cadeia transportadora de elétrons. Um fosfolipídio – a cardiolipina – impede a passagem de solutos que não devem
transitar entre as membranas.
A ATP sintase apresenta duas porções: Fo, que permite a passagem de H+; F1, que catalisa a formação do ATP.
É na membrana interna que vemos a cadeia transportadora de elétrons (cadeia respiratória):
Complexo proteicos: NADH desidrogenase (Complexo I); Succinato desidrogenase (Complexo II); Citocromo b-c (Complexo III);
Citocromo-c oxidase (Complexo IV); Ubiquinona (Coenzima-Q); Citocromo C
A matriz mitocondrial também apresenta vários complexos proteicos, sendo substrato para reações metabólicas. É rica em enzimas,
apresenta complexos enzimáticos de oxidação de piruvato e ácidos graxos, além dos complexos enzimáticos envolvidos no Ciclo de
Krebs.
As mitocôndrias variam em número e forma, de acordo com o tipo celular estudado:
Célula do fígado Célula da suprarrenal
A origem das mitocôndrias é explicada pela teoria da simbiose, que diz terem entrado bactérias em antigas células eucarióticas.
Essas células teriam se desenvolvido e as bactérias em seu interior teriam evoluído juntamente, dando origem às mitocôndrias e aos
cloroplastos.
As mitocôndrias se reproduzem como bactérias, por divisão binária/duplicação.
A boca, o estômago, o intestino participam da digestão extracelular. No intestino, ocorre a absorção de moléculas. A glicose vai para
o sangue e é distribuída para as células do organismo. As células captam a glicose pelas GLUTs ou SGLT.
Na célula, a glicose é convertida (por meio de um complexo enzimático; complexo enzimático: conjunto de enzimas que catalisam
uma série de reações em cadeia) em Piruvato e ATP (Glicólise). A glicólise é um processo universal e anaeróbico, liberando 2 ATP
(baixo rendimento energético). O piruvato entra nas mitocôndrias e nelas ocorre a respiração celular (exclusiva das mitocôndrias):
1. Produção de Acetil Coenzima-A (AcoA)
2. Ciclo de Krebs
3. Fosforilação Oxidativa (cadeia transportadora de e-)
1) O piruvato é transformado em AcoA por ação da piruvato desidrogenase.
2) No ciclo de Krebs ocorre a quebra lenta das ligações da AcoA, para a liberação regular da energia. No ciclo, em diferentes
etapas, é necessário oxigênio.
3) Força próton-motriz: cria-se um gradiente de concentração de H+ e esses H+ precisam passar pela ATPsintase e a energia dos
H+ é usada para transformar ADPs em ATPs. Os H+ passam da matriz para o espaço intramembranoso com a energia gerada
na cadeia transportadora de e-.
Sistema de Endomembranas
Vários componentes (RER, REL, Golgi) que agem de forma conjunta.
Os componentes estão dispostos têmporo-espacialmente de forma específica, e, no conjunto, dispõe uma função.
Todos os componentes estão dentro das células e são formados por membrana. Representa cerca de 70% do volume membranoso
da célula.
Sistema de endomembranas é constituído por compartimentos membranosos que se comunicam entre si através de vesículas.
Componentes do sistema de endomembranas:
 Envoltório nuclear
 Retículo endoplasmático
 Complexo de Golgi
Disposição do sistema de endomembranas
(Núcleo) -> envoltório nuclear -> retículo endoplasmático -> complexo de Golgi
1. Envoltório nuclear
Poro nuclear: Promove o trânsito de macromoléculas entre o núcleo e o citoplasma
2. Retículo Endoplasmático
Sistema de cisternas achatadas e tubulares, delimitadas por membranaplasmática, contínuas a membrana externa do
envoltório nuclear. O Retículo endoplasmático possui duas regiões especializadas denominadas de: RER e REL
O Retículo não faz síntese de proteínas. Sua função é ser o local de segregação.
O RER está presente em todas as células eucariontes. É uma região constituída pelas cisternas achatadas. Sua face voltada
ao citoplasma possui ribossomos aderidos. Sua função é a segregação. O RER apresenta grande Basofilia
O REL é uma região constituída por cisternas tubulares. Face citoplasmática da membrana sem ribossomos aderidos.
Funções do REL: local de síntese de proteínas e moléculas agregadas aos lipídios, como as lipoproteínas; controle de níveis
de cálcio na célula; desintoxicação celular (fígado).
Ribossomos livres ->
Proteínas citoplasmáticas: a célula sintetiza e ela própria, em seu citoplasma, utiliza.
Ribossomos aderidos ao RER->
Proteínas lisossomais: proteínas que irão para os lisossomos.
Proteínas de membrana: proteínas de transporte, glicoproteínas.
Proteínas de exportação: proteína que a célula sintetiza e libera (secreta) e a proteína é usada por outra célula.
A quantidade de cisternas do RER está diretamente relacionada com a função da célula.
Complexo de Golgi
Cisternas achatadas, sobrepostas e sem omunicação física entre si. O número de cisternas é variável com a função e tipo celular
estudado. São identificadas: Cisternas Cis, Cisternas Trans e áreas especializadas – Trans Golgi Network (TNG). Funções do Complexo
de Golgi: Modificações pós-traducionais de proteínas; Glicosilação de proteínas e lipídios. As células do epidídimo produzem o
sêmen, portanto possuem um Golgi muito desenvolvido. Assim pode-se dizer pois o Golgi faz a glicosilação.
Interação do Sistema de endomembranas
Núcleo (DNA) -> Transcrição (RNA) -> Citoplasma (pelos poros nucleares) -> Tradução -> Proteínas (o peptídio sinal característico
indica se ela será de exportação) -> A PRS (proteína reconhecedora de sinal) vai reconhecer o peptídio sinal e se liga a ele,
interrompe a síntese, e direciona para o Golgi (segregação), somente lá a síntese continuará a acontecer, e lá ela sofre as
modificações pós-traducionais -> Trans Golgi Network -> Vários destinos dependendo das proteínas formadas (Membrana
Plasmática, lisossomas, etc.)
Tecido Conjuntivo
Junqueira e Gardner
Conceito: Tecido constituído por células separadas por grande quantidade de material extracelular;
Grupo diversificado de tecidos com diferentes funções.
Tecido Conjuntivo propriamente dito
Tecido Conjuntivo
Tecido Conjuntivo de propriedades especiais
Diferentes proporções dos componentes da matriz extracelular vão definir as variedades do Tecido Conjuntivo.
A classificação é contraditória!!!
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito
Forma um compartimento contínuo que abrange todo o organismo; Responsável pelo intercâmbio de substâncias (possui um rico
leito de capilares; ele não nutre, permite que a nutrição ocorra!)
Distribuição: Abaixo dos epitélios; Preenchimento entre os tecidos; Dá sustentação metabólica e estrutural para outros tecidos;
Forma bainhas envoltórias;
Funções Gerais: Sustentação; Nutrição; Armazenamento; Defesa; Reparação;
Como a partir da composição, da característica morfológica, do tecido conjuntivo, como ele consegue realizar cada uma das suas
funções gerais?
O tecido epitelial e o tecido conjuntivo apresentam uma interdependência.
Origem e Formação do Tecido Conjuntivo
Origem embrionária, durante a formação do embrião, a partir da 2ª ~ final da 3ª semana do período embrionário.
Mesênquima Células mesenquimais Migram no embrião, envolvendo e penetrando nos órgãos em formação,
originando desta forma o tecido conjuntivo.
Embrião trilaminar { Mesênquima (=mesoderme)
Células mesenquimais { pluripotentes (não são mais totipotentes)
A célula faz migração (as células migram em grupo!!!) e sofre diferenciação. Sofre diferenciação porque determinados genes
são ativados naquele local. Forma um fibroblasto, que vai formar outros fibroblastos. Desses alguns vão continuar formando outras
células, outros vão formar componentes da matrz extracelular. As células formam uma população de fibroblastos. Os fibroblastos
são células especializadas na produção de componentes da matriz extracelular.
Células Fixas: Macrófagos, mastócitos, fibroblastos, adipócitos e plasmócitos.
Células
Células Migratórias: Leucócitos (neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos)
A quantidade de células Fixas e Migratórias dependem do estado fisiológico do tecido conjuntivo em questão.
Componentes fibrosos (fibras elásticas, colágenas e reticulares / Sistema Colágeno e Sistema Elástico)
Matriz Extracelular
Componentes não fibrosos/SFA (Glicoproteínas; Glicosaminaglicanas/GAGs e
proteoglicanas/PG)
Esses componentes realizam funções fundamentais no tecido.
O veneno da aranha marrom destrói componentes da matriz extracelular, levando o indivíduo a morte.
Diagrama dos componentes do tecido conjuntivo propriamente dito
Conjunto de técnicas que promove uma reação química de resultado conhecido. Essa reação química isola um dos componentes
para que eu possa estuda-lo. A sobreposição de conhecimentos adquiridos permitiu identificar todos os componentes do Tecido
Conjuntivo.
Células do Conjuntivo
Fibroblasto
Célula secretora ativa; Síntese e secreção dos componentes da matriz extracelular (proteínas de exportação); Características
estruturais de células secretoras; Longos e Delgados prolongamentos citoplasmáticos; Célula com mobilidade; Responsável pela
formação de todos os componentes da matriz extracelular; RER altamente desenvolvido e Golgi altamente desenvolvido
Citoplasma basófilo.
Blasto – Célula com alta atividade de síntese de proteínas ou componentes proteicos.
Fibrócito
Células achatadas; fusiformes; Com finos prolongamentos; Baixa atividade de síntese.
Cito – Célula com baixa atividade de síntese de proteínas ou componentes proteicos.
Fibroblasto e fibrócito são a mesma célula em diferentes estágios de atividade.
Monócito e Macrófago
Monócito (medula óssea) Corrente sanguínea Diapedese Tecido Conjuntivo Diferenciação Macrófagos
Macrófagos (Histiócito)
Células móveis (ou livres); Atividade fagocítica, atuam como células de defesa; Movimentos ameboides estimulados por quimiotaxia;
Grandes, arredondadas; Citoplasma com numerosos lisossomos e corpos residuais; Nomes especiais: Célula de Kupffer – fígado,
Microglia – tecido nervoso, Macrófagos Alveolares – pulmão.
Mastócitos
Células grandes, ovais com citoplasma repleto de grânulos; Grânulos contém: histamina, heparina. Fator quimiostático para
eosinófilo e neutrófilo; Membrana contém receptores para IgE; Reação de sensibilidade imediata; Libera a histamina, a histamina
promove vasodilatação e saída de água do vaso para o tecido conjuntivo. Ocorre então o edema (inchaço), o edema comprime
terminações nervosas livres, causando dor. Para que a resposta não se torne sistêmica, o mastócito libera a heparina, que é
vasoconstritor; O neutrófilo age ajudando o macrófago, o eosinófilo faz fagocitose direcionada, para fazer a remoção de histamina,
ele controla o processo de sensibilidade com a remoção de histamina.
Adipócitos
Células fixas do tecido conjuntivo; Grandes, arredondadas; Podem estar isoladas ou em pequenos grupos
Comunicação química envolve, obrigatoriamente uma substância química sintetizada por uma célula. Célula produtora, substância
química e célula-alvo. Ex.: comunicação hormonal; neurotransmissores.
Plasmócitos
Numerosos em locais sujeitos a penetração de antígenos e locais de inflamação crônica. Células ovoides, citoplasma basófilo. O
Plasmócito se origina do Linfócito-B ativado. O linfócito é uma célula do sangue que possui capacidade de ir e voltar do sangue para
o tecido conjuntivo. Sintetizam e secretam anticorpos – Imunoglobulinas. Muito comum nas regiões de mucosas (locaisque estão
sujeitos a penetração de corpos estranhos). Possui RER e Golgi altamente desenvolvido.
Células Migratórias
Leucócitos (neutrófilos, eosinófilos e linfócitos)
Os leucócitos migram do sangue por diapedese. O linfócito é o único que possui a capacidade de voltar a corrente sanguínea, os
outros possuem um certo período de vida e morrem no conjuntivo. Neutrófilos e eosinófilos permanecem no conjuntivo por tempo
variável e sofrem apoptose.
Células Reticulares
Possuem forma semelhante a estrelas; núcleo claro e oval; promovem síntese de fibras reticulares (tipo de fibra colágena). As fibras
reticulares formam uma rede (tecido hematopoiético) presente na medula óssea, onde as células do sangue são originadas e sofrem
diferenciação e maturação. A célula reticular é, na verdade, um tipo de fibroblasto.
Pericitos
São encontrados em torno dos capilares e vênulas. Poucas características diferenciadas, mas apresentam grande quantidade de
actina no citoplasma, em especial quando associadas a capilares. Possível função: originar células diferenciadas utilizadas na
cicatrização ou formação de novos tecidos; Realizar a vasoconstrição de capilares, fazem uma rede em torno dos vasos.
Matriz Extracelular
Componentes fibrosos da ME
Fibras Colágenas
Família de proteínas mais abundantes o organismo; Distribuição: pele, ossos, cartilagens e lâminas basais; Apresentam diferentes
graus de flexibilidade e resistência tênsil; Sintetizadas por diferentes tipos celulares (fibroblastos, condroblastos, osteoblastos,
células musculares lisas – exceção, células reticulares*).
Intracelular Extracelular
Fibra colágena: arranjo final da estrutura, que ocorre em 2 etapas. Uma etapa intracelular, e outra extracelular.
O fibroblasto, com o RER e Golgi altamente desenvolvido recebe um sinal para sintetizar colágeno. A proteína colágeno é uma
proteína que será usada no meio extracelular, portanto é uma proteína de exportação. Ela será sintetizada no por ribossomos e
receberá o peptídeo-sinal, então o complexo será levada ao RER. No RER, 3 cadeias de proteína colágeno se associarão em uma
estrutura chamada pró colágeno, que será transportado ao Golgi, onde será modificado, e, por meio de vesículas, será levado para
fora da célula. O pró colágeno é produzido continuamente, portanto não há acumulação. No meio extracelular, grandes quantidades
de pró colágeno perdem regiões terminais por meio de uma enzima e se associam em uma estrutura circular chamada fibrila de
colágeno. Então muitas fibrilas de colágeno se associam e formam uma fibra de colágeno.
Então uma fibra de colágeno é resultado de associação de muitas fibrilas de colágeno, que são resultado de associação de muitos
pró colágenos, que são cadeias em α-hélice de proteína colágeno.
Existem vários tipos de colágeno
Fibras elásticas
Células produtoras: fibroblastos e células musculares lisas; São mais delgadas que as fibras colágenas; Não apresentam estrias;
Sofrem ramificação e formam redes; evidenciadas apenas por técnicas especiais; São constituídas por componente amorfo: a
elastina e por componentes fibrilar, as microfibrilas; Podem se dispor em forma de lâminas (parede de artéria).
Sistema elástico, constituído por 3 tipos de fibras:
Oxitalâmica: feixe de microfibrilas; compostas por gliciproteínas – Fibrilina; pouca elasticidade – grande resistência
a tração; Distribuição: apenas na região ocular.
Elaunínica: microfibrilas oxitalâmicas com deposição de proteína elastina; distribuição: em torno de glândulas
sudoríparas.
Elásticas: microfibrilas e abundante deposição de elastina; grande elasticidade; artérias elásticas
*As linhas são as fibras elásticas
Fibras reticulares
São constituídas pro fibrilas de colágeno tipo III; disposição típica em forma de rede; São observadas em torno de adipócitos, de
pequenos vasos e dos nervos; abundantes em tecidos hematopoiéticos e linfáticos
As fibras reticulares só podem ser vistas com técnica de impregnação argêntica (por prata)
Matriz extracelular
Componentes não fibrosos (Substância fundamental amorfa)
Incolor, transparente e opticamente homogênea
Composição: glicoproteínas (fibronectina e laminina); glicosaminoglicanas (GAGs) (ácido hialurônico, dermatan sulfato,
heparansulfato, condroitin-sulfato, querotossulfato); proteoglicanas(PGs)
Funções: participa de processos como o preenchimento dos espaços entre as fibras e células; forma barreira à penetração de
partículas estranhas; proliferação celular; regeneração; nutrição; processos patológicos.
Glicosaminoglicanas
Polímeros lineares não ramificados, constituídas por unidades de dissacarídeos.
Principais GAGs: ácido hialurônico, dermatan sulfato, heparansulfato, condroitin-sulfato, querotossulfato. Dependendo do tecido
estudado, uma ou outra GAG estará presente.
Propriedades: poliânions (presença de grupamentos SO3- e COO-); apresentam forte comportamento hidrofílico. Retêm íons
positivos (Na+) juntamente com a água, colaborando na manutenção da arquitetura tecidual.
Funções: formam gel altamente hidratado ao redor e entre as células do conjuntivo; formam “peneiras moleculares” que controlam
o tráfego de células e moléculas; influenciam na comunicação química das células; se ligam e controlam a atividade de proteínas
secretadas, como enzimas.
Proteoglicanas
Glicosaminoglicanas sulfatadas ligadas covalentemente a proteínas. “Água de solvatação”.
Funções: formam gel altamente hidratado ao redor e entre as células do conjuntivo; formam “peneiras moleculares” que controlam
o tráfego de células e moléculas; influenciam na comunicação química das células; se ligam e controlam a atividade de proteínas
secretadas, como enzimas.
Glicoproteínas adesivas: contém múltiplos sítios de ligação para outros componentes da matriz e receptores de superfície celular
(como um polvo que com o tentáculo consegue se ligar a vários componentes diferentes); promovem a ligação entre os
componentes da matriz e contribuem para a manutenção estrutural; influenciam a migração celular.
Matriz extracelular
A matriz sofre constante turnover (degradação e re-síntese) altamente regulada, que é fundamental para importantes processos
biológicos. A degradação de macromoléculas da matriz é realizada por proteínas específicas secretadas localmente pelas células.
Existe uma interação por receptores de membrana específicos.
Como o tecido conjuntivo é capaz de fazer a sustentação? As fibras colágenas, elásticas e reticulares, juntamente com os
componentes não fibrosos formam uma rede tridimensional que permite a sustentação.
Nutrição?
Armazenamento de energia? O tecido conjuntivo possui células que desempenham função de armazenamento de energia na forma
de triglicerídeos.
Defesa? Os macrófagos agem no ataque aos patógenos, também agem com liberação de sinalizadores químicos sinalizando para
neutrófilos. Mastócitos. Barreira criada pelos componentes não fibrosos.
Reparação tecidual?
Tecido Conjuntivo propriamente dito
Tecido Conjuntivo
Tecido Conjuntivo de propriedades especiais
Tecido Conjuntivo Frouxo
Tecido Conjuntivo Propriamente dito Modelado
Tecido Conjuntivo Denso
Não-modelado
Proporções diferentes, ou o predomínio de um componente determina as variedades de conjuntivo. Cada variedade apresenta uma
função específica.
Tecido Conjuntivo Frouxo
Características gerais: apresenta todos os componentes descritos para o tecido conjuntivo; ricamente inervado e vascularizado; cede
facilmente à pressão; ampla distribuição e sem especialização. O tecido conjuntivo sempre forma uma faixa abaixo do tecido
epitelial. A “faixa” é homogênea.
Tecido Conjuntivo Denso
Apresenta todos os componentes do conjuntivo, mas há a predominância de fibras colágenas em relação à quantidade de células e
SFA. As fibras colágenas podem se apresentar na mesma direção ou não. Se na mesma direção: modelado (Ex.: tendão); se não: não-
modelado, nesse, as forças de tensão podem agirem variadas direções, pois as fibras se apresentam de forma difusa (Ex.: Derme).
Tecido Conjuntivo Denso Não-Modelado
Grande quantidade de fibras colágenas agrupadas em feixes e fibras entrelaçados em rede tridimensional.
Tecido Conjuntivo Denso Modelado
Predomínio de fibras com disposição paralela; Característico de tecidos submetidas a grandes forças de tração. Ex.: tendão, cordas
tendíneas.
Tecido Conjuntivo de Propriedades Especiais
Tecido Conjuntivo Elástico
Predomínio de fibras elásticas dispostas em feixes paralelos; Grande capacidade elástica; Pouco frequente no organismo; Ex.:
Músculo suspensor do pênis, ligamentos amarelos da coluna vertebral.
Tecido Conjuntivo Reticular
Fibroblastos especializados (células reticulares e fibras reticulares); Distribuição: órgãos linfáticos e formadores de células de sangue
(tecido hematopoiético). As trabéculas dos ossos esponjosos são preenchidas, no organismo vivo, por tecido conjuntivo reticular.
Tecido Conjuntivo Mucoso (Geleia de Wharton)
Há o predomínio de matriz extracelular não-fibrosa. Presente apenas no cordão umbilical.
Matriz extracelular não-fibrosa: GlicosAminoGlicanas, ProteoGlicanas, GlicoProteínas. A glicosaminoglicana atrai sódio pois
apresenta polos negativos, o sódio, então, atrai a água. As proteoglicanas ???. A alta quantidade de água proporciona maior difusão
de nutrientes ou de produtos tóxicos do metabolismo.
Tecido Adiposo
Variedade de tecido conjuntivo onde ocorre predomínio de adipócitos:
Funções do Tecido Adiposo:
Depósito de energia na forma de triglicerídios; modelagem de superfície de contorno; formação de coxins absorventes de choques
mecânicos; isolante térmico; preenchimento de espaços entre tecidos.
Existem dois tipos de tecido adiposo, que apresentam distribuição, fisiologia, estrutura e patologia diferentes.
Adiposo Unilocular: ampla distribuição e funções (as funções descritas acima valem para esse).
Adiposo Multilocular: tecido adiposo marrom é um tecido-órgão encontrado em todos os neonatos das espécies mamíferas,
mantendo-se presente em quantidades consideráveis apenas em indivíduos adultos de espécies hibernantes. Possui função
energética apenas. O adipócito “marrom” não apresenta ATPsintase, mas apresenta termogenina, uma proteína que tem função de
geração de calor. É chamado marrom pois possui alta quantidade de mitocôndrias e grupamentos Ferro na cadeia transportadora de
elétrons, que dão essa coloração ao tecido.
Sangue
Massa líquida contida no sistema circulatório que antém movimento regular e unidirecional devido a contrações dardíacas
Funções do sangue
Transporte de nutrientes e O2; Retirada de resísuos do metabolismo e CO2; Contém elementos celulares e humorais de defesa do
organismo; Termorregulador; Contém agentes reguladores;
Histologicamente o sangue é uma variedade do tecido conjuntivo; Tecido conjuntivo: tecido com células com grande quantidade de
material extracelular.
Células > Elementos figurados
Material Extracelular > Plasma > Líquido extracelular que confere ao sangue suas propriedades líquidas
LIC - líquido intracelular; LIV - líquido intravascular; LIT - líquido intersticial.
Um adulto médio apresenta cerca de 5L de sangue circulante. Em 1cm3 de sangue encontram-se: 4,5mi de glóbulos vermelhos; 6 mil
glóbulos brancos; 300 mil plaquetas. Total aproximado: 22,5bi de glóbulos vermelhos; 30mi de glóbulos brancos; 1,5bi plaquetas.
Hematócrito
Composição e funções do plasma
Água (92%) Meio de transporte de substância; Regulação da temperatura
corporal
Sais minerais (Na; K; Ca) Regulação da permeabilidade de membrana
Proteínas (Albumina; Globulina Fibrinogênio; Enzimas) Reserva proteica; função imunológica; coagulação de
sangue; regulação das reações biológicas; Determinam
características biofísicas do sangue (densidade; viscosidade;
pressão osmótica)
Outros Nutrientes (AA, Lipídeos, glicose, vitaminas) Energética; Reguladora
Hormônios Regulação da atividade dos diferentes órgãos
O2; CO2 Gases respiratórios
Ureia; Ácido Úrico Produtos de excreção do metabolismo celular
Elementos figurados
Eritrócitos Linfócitos
Células Agranulócitos Monócitos
Leucócitos Eosinófilos
Granulócitos Neutrófilos
Basófilos
Aganulócitos não reagem com o reagente eosina e não são vistos no MO; Os granulócitos se coram com eosina e são vistos no MO.
*Só os granulócitos têm afinidade (FILO)
Plaquetas
Origem e desenvolvimento (hematopoese)
Fase fetal: 3a semana de vida fetal > parede do saco vitelínico ocorre > ocorre a formação de grupamentos de células
hematopoéticas: ilhotas sanguíneas.
-> Nessa fase as células tronco pluripotentes das ilhotas sanguíneas diferenciam-se, exclusivamente em eritroblastos. O
período termina com o estabelecimento do fígado fetal.
3o mês de vida fetal: perído hepatoesplênico
Hematopoese é extravascular; ocorre a formação de eritroblastos definitivos (anucleados); início de formação de leucócitos;
Baço: formação de eritrócitos
Fígado Fetal (HE)
Últimas semanas de vida fetal e vida adulta: Medula Óssea - órgão hematopoético central
Microambiente indutor de hematopoese; situado em espaços ósseos; constituídas por capilares e rede de células hematopoiéticas;
Células reticulares - fibras reticulares formam o arcabouço hematopoiético; Presença de células do conjuntivo: macrófagos,
plasmócitos, adipócitos e mastócitos.
Medula Óssea - MO
Cél-mãe unipotente > Linfócito T
Célula-mãe multipotente linfoide Cél-mãe unipotente > Linfócito B
Célula-mãe
Pluripotente
Célula-mãe multipotente mieloide > Cél-mãe unipotente mieloide > Cél-mãe unipotente > Eritrócitos;
Megacariocitos; Granulócitos; Monócitos
Eritrócitos ou Hemácias
Características gerais: mais abundantes; hemácias circulantes são discos bicôncavos; células anucleadas; desprovidas de organelas;
membrana plasmática rica em enzimas atuando como componente funcional; altamente especializadas no transporte de gases
respiratórios; Citoplasma contendo hemoglobina; Vida média: 120 dias
Eritrocitose ou policitemia: aumento do número de hemácias no sangue
Eritroblastemia: diminuição do número dos precursores das hemácias
Eritropoese
Leucócitos - Glóbulos Brancos
São incolores e possuem forma esférica quando em suspensão no sangue; São células de defesa do organismo que são atraídas ao
tecido lesado por agente quimiotáticos (quimiotaxia); Os leucócitos deixam os capilars por diapedese, passando entre as células
endoteliais, para penetrar no tecido conjuntivo; Os leucócitos são classificados em dois grupos: granulócitos e não-granulócitos
Leucocitose: aumento do número total de leucócitos
Leucopenia: diminuição do número total de leucócitos
Diapedese - reações celulares:
Ativação do endotélio:
Aumento da pressão de moléculas de adesão (selectinas-P)
Rolamento e Adesão:
Migração:

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