Buscar

Resumo Ciências Sociais e Saúde 2º Bim

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ciências Sociais e Saúde 2º Bim
Gênero e reprodução
Todas as sociedades dividem suas populações em duas categorias sociais, denominadas “Masculino” e “Feminino”.
Oposição Natureza x Cultura: Natureza é aquilo que é biológico, Cultura é influenciada pela sociedade.
O Gênero é composto por 4 componentes: Genético; Somático; Psicológico; Social.
Genético: aquilo que é determinado pelo DNA
Somático: o que o corpo da pessoa representa
Psicológico: o que a pessoa pensa sobre si mesma
Social: o que a sociedade pensa sobre a pessoa
O Genético é definitivo; O Somático pode ser alterado; O Psicológico é pessoal; O Social é universal;
Em cada sociedade, são esperados comportamentos e ações específicas para cada sexo. Ex.: O homem deve ser forte e corajoso, a mulher deve ser frágil e gentil. Esses comportamentos e ações são aprendidas desde a infância, explicita e implicitamente, da sociedade em que a pessoa vive. Ex.: Na Itália, é comportamento esperado que o Dr. Faccenda, morador de Nápoli, digo, Nápoles, sendo um homem saudável, tenha muitos casos extraconjugais, enquanto a Dra. Bestetti é proibida de dar umas fugidinhas.
As relações entre gênero e saúde se estabelecem em cada cultura e auxiliam a compreender como determinadas práticas podem ser protetoras da saúde ou patogênicas.
Heterossexualidade x Homossexualidade: As culturas de locais onde engravidar e a fertilidade são desejadas rejeitam a Homossexualidade e as culturas de onde isso não é desejado a aceitam com mais facilidade. Porque se a cultura aceita a Homossexualidade, a fertilidade e as gravidezes diminuem, já que haverá mais casais homo afetivos. Se a cultura rejeita, a tendência é ter menos, pois o desejo de engravidar e de ser fértil é colocado nas meninas desde criança, e o de ser pai nos meninos.
Relações Homem x Mulher: Os homens representam a maioria dos médicos, porém as mulheres representam a maioria dos benzedeiros, curandeiros, etc. e enfermeiros. Porém a procura pela saúde pelas mulheres é maior. Isso tem a ver com a ideia de que o homem deve ser forte e a mulher frágil. Pois se o homem é forte, ele não fica doente ou, quando fica, deve suportar. Já a mulher é frágil e, portanto, fica doente facilmente e deve procurar ajuda. Olhando para as atuações masculina e feminina na área da saúde, percebe-se que as mulheres atuam com o contato, a proximidade, a atenção; o homem age na ação, no prático, nas diretrizes, no comando. A enfermeira “cuida” do paciente, mas o médico é que prescreve os remédios e tratamentos. As mulheres usam mais drogas psicotrópicas que os homens, estes, porém, recorrem mais às drogas.
Medicalização: Hoje trata-se de tudo como doença ou situação medicalizável. Ex.: menopausa, antes era considerado uma situação comum que toda mulher passava e deveria arcar com isso, hoje as mulheres tomam suplementos com hormônios para suplantar os efeitos da menopausa; A loucura também é vista como medicalizável, com remédios de controle psicotrópico.
Reprodução: Cada sociedade vê e entende de forma diferente a reprodução. Ex.: Os índios Jê acreditam que para formar a criança são necessárias várias relações sexuais, inclusive reconhecem a paternidade de outros homens que tiveram relações sexuais eventuais com uma mulher grávida; Hoje a mulher vai a um hospital e “se expõe” no momento do parto. Alguns veem isso como uma melhora no avanço médico-científico-tecnológico, mas há quem veja como a perda da intimidade no momento do nascimento de uma pessoa.
A interferência desse processo natural é, no entanto, gradualmente aceita pela sociedade moderna ocidental. Ex.: métodos contraceptivos, aborto, fertilização in vitro.
O homem é sempre posto em segundo plano, porém é mais comum o caso do “pai participativo”, que se mostra presente durante e após a gravidez, inclusive, em alguns casos, desenvolvendo sintomas desta.
Objetivo: Reconhecer a influência dos fatores culturais na definição de gênero e nas concepções sobre a reprodução humana.
eficácia simbólica e rituais
Eficácia Simbólica: é a eficácia que algo adquire dentro de uma dada sociedade e só possui essa eficácia dentro desta sociedade. Ex.: o xamã faz suas danças e cantorias e a índia se sente aliviada, na nossa sociedade ninguém sentiria nada, pois não pertence à sociedade do xamã.
Cura Xamânica x Psicanálise: O doente atingido de neurose resolve um mito individual, diante de um psicanalista real. A parturiente indígena supera uma desordem orgânica verdadeira, identificando-se com um xamã miticamente transposto.
Rituais: São característica de toda sociedade humana. São uma forma de comportamento repetitivo que não possui efeito técnico explícito e direto. Ritual é um agregado de símbolos. Ex.: escovar os dentes não é um ritual, mas passa a ser quando depende de um horário, de uma escova/pasta específica, etc.
Existem 3 tipos de rituais: Calendas (passagem do ano novo, natal, etc.); Transições sociais/Passagens (infância, casamento, etc.); Infortúnio (manejo cultural do infortúnio com o coletivo)
Funções: Psicológicas (modo padronizado de explicar e controlar o desconhecido); Sociais (coesão grupal, recriação de pilares da sociedade); Protetoras.
Símbolo: Símbolo é um objeto, uma ação, qualquer coisa que represente algo sem, necessariamente, ter aquele valor real. Ex.: jaleco branco do médico. Representa, para as pessoas, respeito, sabedoria, formação, limpeza, etc. Mas intrinsicamente não é nada mais do que uma peça de vestuário.
Objetivo: Compreender processos socioculturais envolvidos em rituais de cura.
Drogas e placebo
O Macrocontexto é a sociedade na qual o Receptor e o Prescritor se
inserem, o Microcontexto é a relação na qual eles se encontram.
A droga tem valor de benéfico ou maléfico dependendo do
Macrocontexto.
Efeito Placebo: efeito de uma pílula ou comprimido sem possuir
princípio ativo químico. Também pode ser um procedimento feito 
“de mentira” para que alguém acredite que algo foi feito. Ex.: alguém 
acredita que tem alguma doença, mas não tem. Então um psicólogo 
passa a tratar essa pessoa, dizendo que vai curar dessa doença e tira 
a atenção da pessoa da “doença” gradativamente e, finalmente, diz 
que ela está curada. A pessoa sente-se “curada” mesmo que nada 
tenha acontecido. Tem a ver com a eficácia simbólica.
“Droga” X Medicamento: a diferença entre droga e medicamento tem 
relação com a sociedade considerada. Uma droga que traga benefícios 
para uma determinada sociedade pode ser considerada apenas um 
“calmante”, ou ser tolerada por causa dos benefícios (em geral econômicos), ou por não trazer malefícios mensuráveis. Em outra sociedade a mesma substância pode ser banida por trazer efeitos psicotrópicos. Ex.: crack, cerveja, tabaco, café, refrigerante, chocolate.
Tratamento e Prevenção de Viciados: O viciado deve ser analisado sub suas características socioculturais, econômicas, geográficas e de personalidade. Não se deve impor o tratamento sem antes sarar os problemas da pessoa, ou o tratamento será inútil. A sociedade brasileira promove o uso elevado do álcool, relacionando a status, felicidade, mas rejeita o viciado, o uso exagerado, relacionando à pobreza, à marginalidade – Cultura Ambivalente (contradição entre permissão e proibição).
Drogas Sacramentais: drogas com uso regulado por rituais e/ou representantes. Função religiosa, ligado ao “transe/êxtase”. Têm função dentro de uma sociedade, fora dela tem outro significado, novamente eficácia simbólica. 
Objetivo: Analisar processos socioculturais no uso/abuso de substâncias psicoativas, visando uma compreensão mais abrangente deste fenômeno.
A loucura na história
“A doença só tem realidade e valor de doença no interior de uma cultura que a reconhece como tal” (Foucault, História da Loucura, p. 71).
Doença é aquilo que a sociedade considera como desvio do normal. Ex.: Se o normal é trabalhar muito, o que decide trabalhar pouco é considerado louco, doente.
Antigamente, o diferente era admirado, hoje é doentee exilado. Ex.: O Xamã das sociedades antigas virou o louco que é trancado em sanatórios.
Pinel (França), Tuke (Inglaterra) e Wagnitz e Riel (Alemanha) instituem o tratamento “médico” (Sec. XVIII), aperfeiçoando as práticas já existentes no internamento: Ducha fria; Injeção de sangue; Máquina giratória.
O louco vive em seu “mundo”, ele não quer ser incomodado lá, só age quando é incomodado. Um psicopata que mata alguém não é só louco, é criminoso, deve ser analisado sobre as lentes da justiça e da psicoterapia.
Atualmente o louco é tratado em uma série de ambientes: CAPS; Hospital-dia; Hospital integral.
Objetivo: Contextualizar o conceito da loucura na história ocidental.
Saúde mental transcultural
A cultura influencia na formação da personalidade individual e na forma de como essa personalidade é percebida.
Normalidade X Anormalidade: Normal é aquilo que é comum, anormal é tudo que foge disso.
	 Controlado
Normal			 Anormal
 
 Descontrolado
A Anormalidade pode, em determinados contextos, trazer benefícios, como atenção, cuidado.
Considerando a Humanidade como um todo, certas atitudes não podem-se considerar normais ou anormais, pois em sociedades diferentes são vistas de modo diferente.
Comparação de distúrbios: As psicoses são universais e transculturais ou delimitadas por pressões e condicionamentos culturais?
Os “distúrbios mentais” podem ser abordados de três formas diferentes:
Biologicamente, tratando como doença;
Rotuladamente, chamando de loucos e ditando como o “louco” deve agir;
Combinadamente, identificando padrões de sintomas presentes em diversas culturas, sintomas esses que aproximam-se da noção de “psicose”.
Papel político: um Estado totalitário pode impor algo e taxar aqueles que não aceitam como loucos. A relação estabelecida entre o crime e patologias pode favorecer ou desfavorecer criminosos. Rotular aqueles que são contrários ou minorias para difamar sua imagem perante a sociedade.
Influência Sociocultural no diagnóstico: as doenças psicóticas possuem diferentes significados e imagens em cada sociedade, porém certos aspectos são constantes em várias culturas, como aqueles relacionados à depressão.
Tentativa de classificar distúrbios psicóticos: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, em inglês). Criticável já que possui certas “psicoses” com diagnóstico duvidável. Ex.: Declínio Cognitivo Relacionado à Idade. Se todos seremos acometidos pelos sintomas, deveria ser considerada uma doença?
Objetivo: Reconhecer o âmbito das diversas culturas na concepção, diagnóstico e tratamento das perturbações mentais.
Macrocontexto
Microcontexto
Droga
Receptor
Prescritor
A é a Normalidade, que é entendida como o modo adequado ou ideal de um indivíduo agir dentro de uma sociedade, dentro da noção de adequado dessa sociedade.�B é Anormalidade Controlada, formas de extravasamento permitidas dentro da sociedade, em um estado, data ou ocasião específicos. Ex.: Carnaval�C é Normalidade Descontrolada, que é representada por comportamentos que violam regras, comumente ilegais. Ex.: Crimes, infrações.�D é Anormalidade Descontrolada, comportamentos bizarros, ameaçadores, assim considerados em qualquer contexto na sociedade. Ex.: Violência, despudor
A		B
C		D

Outros materiais