Buscar

A Sustentabilidade e a Economia cópia

Prévia do material em texto

Introdução
O desenvolvimento econômico mundial passou por marcos históricos entre as Duas Grandes Guerras Mundiais, a Revolução Industrial e a Globalização. Hoje o que conhecemos sobre os avanços tecnológicos e o fortalecimento da economia mundial se baseou na super produção em larga escala e o aumento considerável do consumo de produtos manufaturados, causando impactos ambientais, sociais e econômicos ao longo de anos. A sustentabilidade entra nesta questão levando em conta a atual escassez desses recursos naturais tão necessários para nossa sobrevivência no planeta. A extração desgovernada de bens e matéria prima do meio ambiente trás a tona uma preocupação na década de 70 de como minimizar esses danos para as gerações atuais e deixar um legado positivo para as gerações futuras. Com a lei do livre comércio desde os anos 90 aumentou-se a preocupação, pensando nisso, foram desenvolvidos projetos mundiais como o relatório de Brundtland, ECO-92, Agenda 21, Carta da Terra e MDM – Metas do Desenvolvimento do Milênio e Pacto Global. E na Eco – 92 conceituou-se : Desenvolvimento sustentável significa atender as necessidades das gerações presentes sem impedir que as gerações futuras também o façam.
Mas a responsabilidade de “ser sustentável”, não compete apenas a conferencias regulares e alguns setores específicos, cabe a uma forma de consumo responsável, onde podemos exigir formas de produção também sustentáveis, economia de recursos naturais que podem ser substituídos, ou que são renovados pelos seus produtores, leis de incentivos governamentais para esse tipo de produção, o próprio consumo de setores públicos para esse tipo de produção e muitas outras ações que competem a desde o consumidor comum até o estudo de novas tecnologias para desenvolver produtos com esses padrões.
“Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações.” (A Carta da Terra, 2004)
As Empresas
Sob o conceito e o reconhecimento da necessidade de reconstruirmos os danos que causamos ao longo de anos do uso inconsciente e inconseqüente dos recursos naturais disponíveis as empresas deveriam ter a preocupação e planos de participação direta nessa recuperação, Seguindo os conceitos que já apontamos, as empresas orientam-se a uma gestão ambiental sustentável., sempre levando em consideração a ética e transparência com o seu público (stakeholders: consumidores, fornecedores, acionistas e clientes), relacionando - se diretamente para o desenvolvimento sustentável de sua empresa para com a sociedade. Hoje, essas empresas procuram investir seus próprios recursos em projetos de interesse público não mais apenas através da prática da filantropia, mas também por meio de ações voluntárias, planejadas e assessoradas, a fim de transformar a precária realidade ambiental, econômica e social para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Normativas para isso existem, porém não são tão simples assim.
Do ponto de vista de Industrial: 
	A partir da década de 80 as empresas começaram a incorporar em seu modo produtivo métodos de redução de resíduos, expandiu-se a preocupação de minimizar o desperdício de matéria prima que também tornara-se o vilão da degradação ambiental, seja qual for o estado físico desse material despejado, essa mudança de comportamento das indústrias é denominado de produção mais limpa (P+L). Definido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), é a analise de todo o processo produtivo para avaliar se há desperdício em todo seu andamento para melhorar o aproveitamento e diminuir ou até impedir a produção de resíduos. Mas aqui estamos falando de uso inteligente de matéria prima, e não é só essa a questão produtiva, o estudo de alternativas no uso de novos materiais substitutos, com menos danos ambientais, e mais longevidade em seu uso, ou até mesmo da utilização de menos matéria prima para uma produção em grande escala. Produtos desenvolvidos como sustentáveis são caracterizados: pela redução dos impactos ambientais ao longo de todo seu ciclo de vida; pelo fortalecimento de medidas para inserção de produtos em uma economia mais circular (os três R’s – reuso, remanufatura e reciclagem) e menos linear (extração – produção – disposição final); e pela utilização de novos e radicais designs que beneficiam ao mesmo tempo a economia e o meio ambiente.
	Veremos agora o caso de investimento no processo produtivo automobilístico da indústria Renault.
	
Como vemos, existe todo um processo de economia de recursos, uso de recursos alternativos que agridem menos o meio ambiente, de durabilidade em seu produto final e ainda certificações em normativas de qualidade em gestão do meio ambiente, a participação em programas de área de preservação ambiental e como podemos ver abaixo, ainda o incentivo ao consumidor do uso inteligente desses recursos.
 
A empresa também investe em estudos de tecnologia e desenvolvimento de veículos movidos a energia alternativa, a Renault trabalha com a linha eco-amigável, são eles: Twizy, Zoe, Fluence Z.E. e Kangoo Z.E.. Não são mais carros conceitos e foram apresentados no salão de Genebra em 2012 já com a informação de comercialização no Brasil e Argentina. E agora em agosto de 2014, a Renault e os Correios de Curitiba anunciam a aquisição do Kangoo para as suas entregas. E em Minas Gerais, em abril de 2015, a Tranportadora Patrus Transportes, anuncia também a compra do mesmo modelo para sua utilização com clientes como Natura e 3M.
Ainda como protótipo, foi noticiado na sala de imprensa da Renault o Eolab, um carro que com muita pesquisa, segundo o fabricante, faz 100 km com 1 litro de gasolina.  Para chegar a tal nível de economia, a equipe de desenvolvimento trabalhou simultaneamente em três frentes: diminuição do peso, aerodinâmica e a tecnologia “ Z.E Hybrid” totalmente inédita, que permite rodar com “zero emissão”(Nem CO2 nem outras emissões de poluentes regulamentadas durante as fases de condução.) nos trajetos diários, inclui inúmeros avanços tecnológicos que serão encontrados progressivamente nos veículos da gama. Produzido com materiais ultraleves como o alumínio ou o magnésio, incorporando desde o início do projeto a possibilidade de produzir este tipo de veículo em grande escala em um prazo de 10 anos. Com motorização híbrida. Além de um bloco 1.0 de três cilindros a gasolina, que entrega 74 cavalos de potência e 9,69 kgfm de torque, está presente um motor elétrico de 67 cv e 20,39 kgfm. Aliás, a bateria de 6,7 kWh permite uma autonomia de 60 quilômetros no modo exclusivamente elétrico.
Mas são inúmeros os investimentos que o desenvolvimento de tecnologias como essas as empresas precisam dispor para que saiam do papel, além disso, as mais vastas barreiras e falta de incentivos governamentais para que produtos como esses sejam produzidas em grande escalas e se tornem acessíveis.
Não apenas no desenvolvimento de tecnologias automobilísticas mas sim em muitos setores o Brasil ainda está muito aquém de incentivar o uso de tecnologias e fontes renováveis.
O país aparece em uma das últimas posições na classificação geral do Índice de Imposto Verde, indicando que precisa desenvolver mais estratégias para utilizar impostos como uma ferramenta para incentivar uma economia sustentável, reconhecido internacionalmentepor suas matérias-primas e para gerar energia a partir de fontes renováveis, como solar e eólica. Com tudo isso, era de se esperar que nossa nação fosse uma das líderes no que se refere a investimentos fiscais em sustentabilidade, mas, segundo um novo relatório da KPMG, não é isso o que acontece.
Fontes:
http://www.mma.gov.br/estruturas/dai_pnc/_arquivos/carta_da_terra_76.pdf
Economia e Sustentabilidade, o que é, como se faz – Luiz Fernando Krieger Merico.
http://www.renault.com.br/mais_renault/meio-ambiente/	
http://www.renault.com.br/mais_renault/meio-ambiente/Eco-drive/
http://imprensa.renault.com.br/
http://www.ecologiaurbana.com.br/empreendimentos-sustentaveis/empresas-sustentaveis-incentivos-do-governo/

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes