Buscar

Resenha cap1 e 2 de Praticas da psicoterapia - 1/16 das obras completas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UniCesumar – Centro Universitário de Maringá
Supervisão de Estágio Clínico
Professora Orientadora: Jhainieiry Cordeiro Famelli Ferret
Acadêmico: Wilson Idogawa Junior			RA: 1208550-2
Livro: A Pratica da Psicoterapia
Autor: C.G. Jung
Capitulo I – Princípios básicos da prática da psicoterapia
	O campo da psicoterapia sofreu inúmeras mudanças e influências nas últimas décadas, possibilitando uma diversidade de interpretar os eventos, mas com o passar do tempo foi-se verificando que trata-se de um procedimento dialético. Para Jung (1971) A pessoas é um sistema psíquico, que, atuando sobre outra pessoa, entra em interação com outro sistema psíquico.
	Esse pensamento partiu de fatos realistas como a possibilidade de interpretar dados de experiências de diferentes maneiras. Isso se provou diante das inúmeras escolas que surgiram no século referido e por mais que todas elas si divergiam, todas tinham aplicabilidade e resultados positivos. Nesse ponto o autor compara sobre as contradições entre física clássica e física quântica e ambas estarem certas mediante a sua ótica.
	A formação dialética significa que a interação psíquica nada mais é do que a relação de troca entre dois sistemas psíquicos. Uma vez que a individualidade do sistema é infinitamente variável, o resultado é uma variabilidade infinita de afirmações de validade relativa. Mas se o indivíduo fosse totalmente diferente de qualquer outro indivíduo, a psicologia seria impossível enquanto ciência. Mas como a individualidade é apenas relativa, as constatações cientificas, tornam-se possíveis.
	“O individual não importa perante o genérico, e o genérico não importa perante o individual”. O psicoterapeuta ao assumir uma postura de autoridade diante do paciente, julgando saber mais a respeito de sua individualidade do que ele mesmo, o profissional demonstrará uma falta de espirito critico, pois estará reconhecendo que não tem condições de julgar a totalidade da personalidade que se encontra em sua frente.
	O autor aponta que pode-se fazer afirmações acerca do ser humano genérico, mas o que se vive, só pode ser encontrado no individual, no singular, tendo em visto que só pode se afirmar sobre a individualidade de outros o que encontramos em nossa própria individualidade, corre-se o risco de violar o outro ou de sucumbir a seu poder de persuasão.
	Mediante a isso Jung (1971) afirma que se o profissional tem a real intensão de promover um tratamento psíquico em um indivíduo, o terapeuta deve estar disposto a renunciar de sua superioridade no saber, a toda e qualquer autoridade e vontade de influenciar, tendo que optar necessariamente por um método dialético. Aos olhos do autor isso é a única coisa que define uma terapia individual. Todo tipo de desvio dessa atitude pode-se considerar terapia por sugestão, que tem como base o seguinte: “o individual não importa perante o genérico”.
	A terapia por sugestão é a aplicação de conhecimentos de outras individualidades e suas interpretações que apresentam resultados igualmente eficientes quando se acredita que todos os objetos individuais são idênticos, assim como métodos, técnicas, podendo incluir nessa lista as praticas religiosas. Jung (1971) afirma: “os movimentos populares, sejam eles grandes ou pequenos, podem ter efeito curativo sobre o individuo”.
	Jung assemelha essa realidade apresentada como terapia por sugestão na “doutrina do Mana”. Mana é um poder curativo que existem em toda a parte, homem, animal, planta. Ao que aponta Jung, Mana se refere a tudo que é extraordinariamente eficaz, ou tudo o que impressiona, e o que impressiona é “medicina” em escala primitiva. O autor faz referência a amuletos, hipnose, ou seja, tudo que tem reconhecimento de eficácia aceito socialmente. Mediante a isso o autor aponta que o que importa é o método em que o terapeuta tem confiança, fé, pois se ele acreditar o profissional fará por seu paciente tudo quanto estiver ao seu alcance, com seriedade e perseverança, e esse esforço promove um efeito terapêutico.
	O foco a individualidade, a singularidade da pessoa acaba por dar margem a seguinte antítese: “o genérico não importa perante o individual”. Isso é fruto da importância que as particularidades do sujeito ganha frente a sociedade. O autor fala que existe uma dialética entre o indivíduo coletivo e singular, pois Jung (1971) afirma: “´obvio que um individualista neurótico não pode sarar, a não ser que reconheça o homem coletivo dentro de si, e, portanto, a necessidade de um ajustamento coletivo”. 
	Nota-se que o autor aponta para ambas as linhas de pensamentos (coletivas e individuais) desaprovadoras. E aponta de forma clara que a postura de um terapeuta ao se defrontar com um sujeito para alcançar sua parte individual, sendo está, única, imprevisível e não interpretável, o profissional deve abdicar de todos os seus pressupostos e técnicas e limitar-se a um processo puramente dialético, sendo assim, evitando todos os métodos. E mesmo diante da postura dialética ele ainda ressalta que toma-la como método seria equivocado, mas trata-se de renunciar todas as práticas e métodos em favor de uma atitude menos preconcebida possível. Ou seja, para Jung o terapeuta não é um sujeito ativo, mas alguém que vivencia junto um processo evolutivo individual.
	Jung (1971) aponta que o terapeuta por estar sujeito e ter seus preconceitos, concepções enfim, pode gerar pontos cegos. “Aquilo que não está claro para nós, porque não o queremos reconhecer em nós mesmos, nos leva a impedir que se torne consciente no paciente, naturalmente em detrimento do mesmo”.
	Individuação é um processo que segundo Jung é deixar que o paciente se torne aquilo que ele de fato é.
	No texto, Jung define superficialmente alguns conceitos de sua teoria. Iniciando no campo do sonho Jung aponta sobre o inconsciente coletivo que o autor define como sendo a origem de toda vida psíquica, anima (nos homens) e define que a característica do inconsciente nos homens é feminina e nas mulheres masculina (animus).
	Posteriormente Jung faz uma análise rápida acerca de como as religiões são uma exteriorização do mundo psíquico do homem, uma projeção de seus conteúdos internos e inconsciente. Assim ele relaciona a pratica do catolicismo de confessar com a questão do alívio e diz que esse efeito que nomeado por Breuer e Freud como “catarse” Jung denomina como Ab-reação.
Cap. II – O que é psicoterapia?
	Inicialmente a psicoterapia era vista como convencer o doente, que os sintomas eram apenas psíquicos e que, portanto, não passava da imaginação doentia, sendo assim, a pratica poderia estar ao alcance de qualquer um, uma vez que sua aplicabilidade é estereotipada. Freud após seus estudos revoluciona a psicologia olhando para os sintomas como sinais do problema e que o caminho para a curo era trazendo as causas à conscientização.
	As neuroses não são vistas como doenças graves devido a sua intangibilidade e estarem fora do campo da visão e do físico. Mas o autor afirma, que neuroses matam. Elas podem ser extremamente nocivas em suas consequências psíquicas e sociais.
	Promoveu-se então uma evolução na terapia que não se limita apenas na conscientização dos conteúdos e tendências causadoras das doenças, mas, também a volta aos instintos primitivos e simples, proporcionando ao paciente sua condição humana natural. O que se mostra um problema se tratando da cultura já a muito cultivada no fato que o homem tem um longo histórico de lutar contra seus instintos, olhando para o mesmo como se isso fosse algo ruim.
	Segundo Jung devido a isso a terapia deve abranger também uma ótica humanista, ou seja, levar em conta os pontos de vista pedagógicos e filosóficos.
	Concluindo o autor aponta que para uma boa base para seguir essa linha teórica, o profissional deve ter um profundo conhecimento em psiquiatria, qualquer terapia baseada em sonhos, considerável conhecimento em matéria simbólica, devido aos conteúdos de sonhos, que pode ser adquirido através de estudos da psicologia primitiva e do estudo comparativodas mitologias e religiões.

Outros materiais