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~ ~ .' I I I \ I J I li, . '. \;' <r .r'i(' ' ' t,_./"._ .. o sujeito que trai sua namorada não terá nenhuma sanção no campo do Direito, pois não cometeu nenhum tipo de ilícito. Se há alguma "sanção", se é que assim podemos chamar, esta só diz respeito à consciência, ao remorso, ao arrependimento, mas não sob o ponto de vista legal. Já o adultério, ou seja, a violação do dever de fidelidade, se ocorre dentro de um casamento, aí sim pode ter repercussão no mundo jurídico. Isto porque preceitua o Art. 1566, I do Código Civil que um dos deveres do casamento é a fidelidade recíproca. Como estudaremos mais adiante, há um dever objetivo a ser seguido: o de ser fiel. O Estado está dizendo que o sujeito deve ser fiel dentro do casamento. Porém, dentro do seu livre arbítrio, ele pode agir dentro do "Dever-Ser" que o Estado impõe ou não. Se ele agir, ótimo. É o que o Estado deseja. Mas se não agir, isto também interessa ao Direito: a violação do dever objetivo de ser fiel dentro do casamento, faz nascer para o traído um direito subjetivo, que como O nome sugere, pode ou não ser utilizado pelo traído: o direito de romper com o casamento, dando entrada em pedido de divórcio. Citemos ainda, como exemplo, a relação entre dois irmãos. Sob o ponto de vista do Direito, a relação incestuosa, por si só, não é crime. Mas estes dois irmãos não podem, por exemplo, contrair matrimônio, pois nesse sentido há uma vedação legal no artigo 1521, II do Código Civil. Se este casamento mesmo assim acontecer, será considerado nulo de pleno direito. Esta é a sanção. Podemos, então, afirmar, que o que diferencia a questão da moral da questão legal é esta palavra: sanção. No direito, há sanção. No campo da moral, a sanção não existe. É apenas do ponto de vista interno, de consciência. DIREITO X RELIGIÃO A religião, historicamente, caminhou de mãos dadas com o Direito. Durante muitos e muitos anos, o Estado e a Religião se confundiram, durante a época do absolutismo, das monarquias. Deus falava, o monarca "ouvia" e traduzia a vontade de Deus. Hoje, partimos da premissa que o Estado é laico. Não pode ter nenhuma religião e nem ser ligado a nenhuma ideologia, devendo se manter equidistante de todas elas. No entanto, é evidente que a religião ainda possui grande ingerência sobre o Direito .: 5 j
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