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RELAÇÕES HOMOAFETIVAS E OS VÍNCULOS FAMILIARES

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC
Alex Sandro de Almeida 
Drielle Carolina Bigaton 
Fernanda Caroline de Carvalho Santos 
Vanessa Bodigheimer
RELAÇÕES HOMOAFETIVAS E OS VÍNCULOS FAMILIARES
Chapecó
2014
Alex Sandro de Almeida 
Drielle Carolina Bigaton 
Fernanda Caroline de Carvalho Santos 
Vanessa Bodigheimer
RELAÇÕES HOMOAFETIVAS E OS VÍNCULOS FAMILIARES
Trabalho da disciplina de HISTÓRIA DA PSICOLOGIA, do Curso de Psicologia, Área das Ciências da Saúde, Universidade do Oeste de Santa Catarina, campus de Chapecó.
Prof.ª LEONORA VIDAL SPILLER
Chapecó
2014
Introdução
Obtendo a atenção em relação à importância da homoafetividade e o relacionamento familiar apresentada na sociedade moderna, iremos abordar a ênfase do modelo baseado no afeto e qual sua influencia na hierarquia familiar, visto que tais famílias possuem apoio constitucional. Ocorrem muitos debates referentes ao assunto e a interpretação sistemática da questão, faz toda a diferença em alguns casos. A liberdade de opção do individuo deve ser respeitada e protegida, porém o preconceito em grande parte e gerado, ocasionando incômodos maiores.
A FAMILIA HOMOAFETIVA E SEUS DIREITOS
A autora Maria Berenice Dias menciona a evolução da situação familiar, que inicialmente tinha um modelo conservador o casamento era heterossexual e indissolúvel. As uniões onde não havia celebração de matrimonio não eram consideradas famílias realmente. Ainda assim elas existiam e seu numero era crescente, aos poucos foram sendo reconhecidas e conquistando diretos, enquadradas como união estável. Porém o homossexualismo continuava sendo uma opção familiar desconsiderada e o preconceito sobre estas relações permanecia grande. 
Devido aos preconceitos diversos casais homossexuais optam por manter sua relação escondida, às vezes não somente da sociedade, mas também no ambiente de trabalho e em seu próprio grupo familiar. Apesar de que preconceitos não podem privar indivíduos de seus direitos, a rejeição social causa sofrimento aos homossexuais. A relação homossexual, assim como a heterossexual, é baseada no afeto. E mesmo lei não consiga acompanhar esta mudança na sociedade, não possuímos o direito de discriminar e ter quaisquer atitudes preconceituosas ou injustas com as outras pessoas, por conta de sua opção sexual.
Além da busca dos direitos como casal homossexual, existe ainda, por parte destes, o sonho de construir uma família com filhos. O casal homossexual não conseguindo adotar uma criança, tenta a adoção por apenas um dos parceiros. Porém a autora Maria Berenice Dias classifica esta prática como impositiva, visto que a criança e um dos parceiros não possuirão vínculo jurídico, perdendo assim, os direitos relacionados um ao outro. A autora comenta ainda que ideia de que relação homossexual é promíscua, por isso não oferece um ambiente saudável para a criança, e que ela pode apresentar dificuldades na identificação sexual, tem sido contradita por meio de estudos que acompanham famílias homoafetivas e não registram tais danos.
HOMOAFETIVIDADE
Os valores culturais que predominam nas diferentes épocas da humanidade, são os que regem o que vai ser aceito ou não. Esses valores são os responsáveis pela exclusão de certos hábitos da sociedade. Tudo aquilo que se encontra fora dos estereótipos, acaba se tornando ‘anormal’. Essa é uma visão limitada, predominante nas antigas sociedades, porém ela ainda se encontra presente nos dias de hoje. 
De acordo com estudos feitos, a homossexualidade sempre existiu e era aceita na antiguidade clássica. No entanto o maior preconceito contra a homossexualidade vem da religião. 
Pelo fato de que a cada dia que passa a homossexualidade esta mais presente em nossa realidade, já conta com a tutela jurídica. No que diz respeito aos laços familiares entre pessoas do mesmo sexo é preciso uma mudança nos conceitos atuais, mudar alguns valores e abrir espaço para novas discussões, resolver dogmas, princípios e preconceitos. 
A homossexualidade se trata de uma manifestação da sexualidade do individuo, não podendo ser taxada como doença, mas simples e puramente um determinismo psíquico primitivo. Não se trata como muitos pensam de uma escolha pessoal, sendo assim nada justifica que seja objeto de reprovabilidade, nem social, nem jurídica. 
No diz respeito aos termos jurídicos, tenta se consagrar um estado democrático de direito e respeito à dignidade humana, que segue os princípios de igualdade e liberdade. 
A autora Maria Berenice Dias, coloca em sua pesquisa Vínculos hetero e homoafetivos que:
A preferência sexual está condicionada à identificação do sexo da pessoa escolhida em relação a quem escolhe. Tal escolha não pode ser alvo de tratamento diferenciado. Se todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, a orientação sexual não pode servir de justificativa para infirmar tal princípio.
A reflexão sobre as questões e dificuldades enfrentadas pela população homossexual é essencial. Maria Regina Castanho França, afirma em seu artigo sobre Famílias homoafetivas (2009), que:
Apesar de estarmos iniciando o século XXI, o preconceito ainda é tão forte e disseminado que, mesmo em nosso meio profissional, um homossexual tem dificuldade em se expor e lutar por sua causa, temendo a desqualificação do seu discurso e outras reações negativas.
Com o passar do tempo, a homoafetividade foi se tornando mais visível na sociedade, sendo assim, mais aceita entre os profissionais da Psicologia. A autora aponta que durante um Congresso de Terapia Familiar, realizado em Gramado, RS em 2008, foram levantadas diversas questões sobre a homossexualidade: Quais as causas da homossexualidade? A homossexualidade é uma opção, uma escolha, ou se refere à orientação sexual? Dois homens ou duas mulheres formam um casal ou um par? O que é a bissexualidade? Quais as semelhanças; quais as diferenças? Alguns grupos de adolescentes, supostamente heterossexuais (especialmente garotas) vêm desenvolvendo o hábito de beijar suas amigas na boca e eventualmente "ficam" com elas; determinaria isso uma inclinação homossexual? Como vive uma criança ou adolescente numa família homoafetiva, isto é, com dois pais ou duas mães? Como lidam com essa realidade? Como ficam as funções parentais?  O que é necessário conhecer para ser um melhor terapeuta para essas pessoas, casais e famílias? Entre outras. 
PRECONCEITO
O preconceito com os homossexuais ocorre em diversos ambientes e pode graves consequências psicológicas e em alguns casos agressões físicas. É possível encontrar atitudes preconceituosas e até homofóbicas na sociedade, nas escolas, no ambiente de trabalho e na própria família.
Algumas instituições de ensino já buscam alternativas como oferecer palestras e facilitar informações para que haja quebra do preconceito. Buscando evitar constrangimentos aos alunos, ofensas, bullying e agressões.
No ambiente de trabalho, atitudes preconceituosas são prejudiciais não somente para quem sofre preconceito, mas também para a própria empresa que precisa lidar com situações de inimizade e possível sabotagem com o colega homossexual. Frederico Oliveira comenta que preciso estimular os gestores das empresas e organizações a desenvolverem ações e políticas que determinem práticas para harmonizar conflitos e isentar preconceitos.
Na família o preconceito também e provavelmente é um dos pontos mais dolorosos para o homossexual. Em geral, as pessoas necessitam de aprovação ou aceitação de sua família com relação as suas decisões. Porém muitos pais ou irmãos não entendem e não aceitam que seu familiar tenha uma opção sexual diferente da que a sociedade considera normal. Esta situação causa o sofrimento de toda a família, que muitas vezes se afasta. Como o caso ocorrido na família de Jéssica Macêdo Vieira e publicado em seu blog. Ela relata que possui um primo homossexual, opai do jovem não aceitou esta opção e em uma briga o filho saiu de casa e afastou-se da família, causando o sofrimento da mãe, que aceitava a opção do filho, porém não contrariava o marido. Ações para a quebra do preconceito na família é muito importante e necessário.
CASAIS HOMOSSEXUAIS COM FILHOS – FAMILÍAS HOMOAFETIVAS
A maior parte das instâncias da sociedade está empenhada em reconhecer legalmente uma união estável entre pessoas do mesmo sexo. Esse reconhecimento trará inúmeras implicações psicológicas, culturais e sociais, tanto na visão individual quanto na visão do grupo familiar do individuo. Esse reconhecimento tiraria das sombras o que é vivenciado por muitos e que acaba se tornando algo que deve permanecer escondido. E em muitos casos, o indivíduo ou o casal opta por se esconder da sociedade, do seu grupo cultural, profissional e ainda do próprio grupo familiar, por conta do medo de serem vítimas de algum tipo de preconceito. 
Atualmente, os casais homoafetivos buscam na justiça não só o direito de legalizar a sua união, mas também ao direito de adotar um filho. A adoção por um casal homoafetivo contribuiria para a definição dos seus direitos, e ainda no futuro dessa criança. Os fatos de esses casais não poderem ter a união selada legalmente, acarreta em grandes danos aos casais. Gays e lésbicas sofrem ainda com os direitos relacionados aos filhos que tiveram em casamentos legais. 
A grande questão é o que acontece com crianças que são criadas por dois homens ou duas mulheres. Como fica a definição da questão materna e paterna, por exemplo? Tem-se uma grande preocupação quanto à falta de uma figura masculina ou feminina em relação à criação dessa criança. 
No entanto, a autora afirma que: 
Os papéis materno e paterno, de fato importantes para um bom desenvolvimento psicossocial da criança, não estão mais diretamente associados à figura da mulher ou do homem, nem mesmo nos casais heterossexuais atuais. Desempenha melhor a função materna e a paterna o progenitor que mais se identifica com as tarefas associadas a estes papéis, seja homem ou mulher.
Ainda se tem preconceito pelo fato de que a fantasia popular acredita que o casal homossexual tem uma intenção obscura ou perversa quanto à adoção de crianças, porém o número de abusos sexuais e físicos em crianças é o mesmo em casais hétero e homossexuais. Pesquisas mostram que pais gays e mães lésbicas cuidam com mais eficácia de seus filhos e que essas crianças não sofrem danos por serem criadas por casais homoafetivos, as pesquisas revelam que as maiores dificuldades encontradas nessas famílias estão relacionadas ao momento da revelação sobre a situação afetiva do casal. O fundamental para o bom desenvolvimento da criança, não se relaciona com o fato de os pais serem hétero ou homoafetivos, e sim em proporcionar um ambiente estável e afetivo para a criança.
Conclusão
Levando-se em consideração os aspectos apresentados no decorrer do trabalho, concluímos que as relações homoafetivas e os vínculos familiares é um assunto polêmico, que exige delicadeza e consciência ao ser tratado. 
Referências
DIAS, Maria Berenice. A família homoafetiva e seus direitos. Disponível em: <http://www.mariaberenice.com.br/uploads/45_-_a_fam%EDlia_homoafetiva_e_seus_direitos.pdf> Acesso em: 26.ago.2014
Revista Brasileira de Psicodrama. 2009 .Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S0104-53932009000100003&script=sci_arttext>. Acesso em: 05.nov.2014
DIAS, Maria Berenice. Vínculos hetero e homoafetivos. Disponível em: <http://mariaberenicedias.com.br/uploads/7_-_v%EDnculos_hetero_e_homoafetivos.pdf>. Acesso em: 05.nov.2014
QUEEN, Mariana. Homossexualidade e homofobia na escola: como lidar? Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/importante-falar-sexo-escolas-629611.shtml>. Acesso em 06.nov.2014
OLIVEIRA, Frederico. A homofobia no ambiente de trabalho. Disponível em: <http://direitoediversidadesexual.blogspot.com.br/2013/02/a-homofobia-no-ambiente-de-trabalho.html> Acesso em: 05.nov.2014
VIEIRA, Jéssica Macêdo. Homofobia dentro da Família. Disponível em: <http://semhomofobia.wordpress.com/2010/12/28/homofobia-dentro-da-familia/> Acesso em: 05.nov.2014
TOLEDO, Lívia Gonsalves; FILHO, Fernando Silva Teixeira. Homofobia familiar: abrindo o armário 'entre quatro paredes’. Disponível em: <http://seer.psicologia.ufrj.br/index.php/abp/article/view/810/821> Acesso em: 05.nov.2014

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