Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A ARQUITETURA GREGA arquitetura 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. Não resta dúvida de que o templo foi um dos legados mais importantes da arte grega ao Ocidente. Suas origens devem ser procuradas no megaron micênico. Este aposento, de morfologia bastante simples, apesar de ser a acomodação principal do palácio do governante, nada mais era do que uma sala retangular, à qual se tinha acesso através de um pequeno pórtico (pronaos), e quatro colunas que sustentavam um teto parecido com o atual telhado de duas águas. No princípio, esse foi o esquema que marcou os cânones da edificação grega. arquitetura 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Acredita-se que os templos se originaram de cabanas primitivas, construídas para abrigar um xoano, escultura de madeira crua de alguma divindade. A maioria dos templos tinha face leste-oeste, de modo que o sol nascente iluminava diretamente o xoano. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Na arquitetura grega, lintéis de madeira (vigas horizontais) suportavam pesadas vigas cruzadas, que, por sua vez, sustentavam o teto. A envergadura do telhado não podia ser grande, a não ser que colunas no interior da construção o sustentassem. Mais adiante, os elementos de madeira dessa construção seriam substituídos por outros de pedra. arquitetura 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. Foi a partir do aperfeiçoamento dessa forma básica que se configurou o templo grego tal como o conhecemos hoje. No princípio, os materiais utilizados eram o adobe – para as paredes – e a madeira – para as colunas. Mas, a partir do século VII a.C. (período arcaico), eles foram caindo em desuso, sendo substituídos pela pedra. Essa inovação permitiu que fosse acrescentada uma nova fileira de colunas na parte externa (peristilo) da edificação, fazendo com que o templo obtivesse um ganho no que toca à monumentalidade. arquitetura 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Planta díptera Planta pseudodíptera Planta básica de templo 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura O Frontão é a parte triangular que decora a fachada principal. A superfície triangular limitada pelas cornijas horizontais do entablamento, embaixo, e pelas laterais inclinadas é conhecida como tímpano. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura O interior do templo era muito mais simples que o exterior devido à função do edifício. Os templos não se destinavam a abrigar as congregações de fiéis; apenas os clérigos ou as pessoas privilegiadas tinham acesso a esses espaços. Os devotos se reuniam na frente e ao redor do prédio. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura A cella ou naos, no centro do templo, continha a estátua da divindade à qual era dedicado. Esse espaço e o vestíbulo (pronaos) se enchiam de oferendas. O alpendre posterior (opistódomo) às vezes era protegido por portões de bronze e servia como tesouro. arquitetura 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. Surgiram, então, os primeiros estilos arquitetônicos: o dórico e o jônico. Os templos dóricos eram, em geral, baixos e maciços. As grossas colunas que lhes davam sustentação não dispunham de base, e o fuste tinha forma acanelada. O capitel, em geral muito simples, terminava numa moldura convexa chamada de equino. arquitetura arquitetura 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. Desenvolveu-se nas terras ocupadas pelos dórios. As colunas davam suporte a um entablamento (sistema de cornijas) formado por uma arquitrave (parte inferior) e um friso de tríglifos (decoração acanelada) entremeado de métopas. Suas características são a masculinidade, a força e a solidez. arquitetura 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura arquitetura 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. A construção jônica, de dimensões maiores, se apoiava numa fileira dupla de colunas, um pouco mais estilizadas, e apresentava igualmente um fuste acanelado e uma base sólida. De acordo com Vitrúvio, as principais características da ordem – derivadas das proporções da mulher – eram a beleza, a feminilidade e as formas longilíneas. arquitetura arquitetura 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. Diferentemente das colunas dóricas, sempre se assentam sobre uma base entre o fuste e a crepidoma. A marca da ordem era o capitel arrematado por duas espirais (volutas) nas laterais, que sustentava o entablamento, muito mais leve que o da ordem dórica. As colunas, como as dóricas, eram caneladas. Os sulcos eram mais profundos que os dóricos e unidos por arestas achatadas. arquitetura 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura arquitetura 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. Aos dois estilos já conhecidos veio se somar um outro, o coríntio, que se caracterizava por um capitel típico cuja extremidade era decorada por folhas de acanto. As formas foram se estilizando ainda mais e acrescentou-se uma terceira fileira de colunas. arquitetura 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura arquitetura 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. O Partenon de Atenas é a mais evidente ilustração desse brilhante período arquitetônico grego. Na época da hegemonia helenística (séculoIII a.C.), a construção, que conservou as formas básicas do período clássico, alcançou o ponto máximo de suntuosidade. As colunas de capitéis ricamente decorados sustentavam frisos trabalhados em relevo, exibindo uma elegância e um trabalho dificilmente superáveis. arquitetura 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Vista da Acrópole. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Acrópole. Atenas. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Altar do Templo de Apolo. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Capitel do Templo de Ártemis (detalhe). 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Cávea do Teatro de Epidauro. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Colunas dóricas do Heráion. Olímpia. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Escadaria do teatro grego de Cirene. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Estádio de Delfos. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura O Erecteion da Acrópole. Atenas. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Palácio de Cnossos (salão do trono). Creta. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Porta dos Leões. Micenas. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Ruínas da tholos de Delfos. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Ruínas da biblioteca no Asclepieion. Pérgamo. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Ruínas de um pequeno templo. Ilha de Delos. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Ruínas do Dídimo (templo de Apolo Filésio). 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Ruínas do templo de Zeus. Atenas. 27 de agostode 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Ruínas do templo Posêidon. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Santuário de Delfos. Atenas. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Templo de Júpiter. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Templo da Concórdia. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Templo de Hera. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Templo de Hera. Paestum. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Templo de Palas Atena Niké. Acrópole de Atenas. 27 de agosto de 2014 BRACARENSE, L. arquitetura Tribuna das Cariátides do Erecteion. Atenas.
Compartilhar