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RESUMO NP2 – PSICOLOGIA GERAL E EXPERIMENTAL Controle de estímulos: o papel do contexto Controle de estímulos: influência dos estímulos antecedentes sobre o comportamento Tríplice contingência: Analisar funcionalmente um comportamento significa encaixá-lo em uma contingência de três termos. O R C O = ocasião ou antecedente R = resposta C = consequência Devemos verificar em que circunstâncias o comportamento ocorre (O-ocasião) e quais suas consequências mantenedoras (C – consequência). Estímulos discriminativos (SD): Estímulos que sinalizam se uma dada resposta será reforçada. Ex: Professor falando é SD para a resposta de permanecer em silêncio. Estímulo Delta (SΔ): Estímulos que sinalizam que uma resposta não será reforçada. Ex: Professor conversando com um aluno específico antes de iniciar a aula é SΔ para a resposta de permanecer em silêncio, pois sinaliza que o reforçador (aula) não estará disponível. O organismo está discriminando quando responde na presença dos estímulos discriminativos e não emite a resposta na presença dos estímulos delta. Ex: Aviso “mulheres” na porta do banheiro é SD para a entrada de mulheres e SΔ para a entrada de homens. Discriminação operante: Processo no qual respostas específicas ocorrem apenas na presença de estímulos específicos. Cada estímulo evoca uma resposta específica. Assim, os antecedentes sinalizam qual resposta produzirá uma consequência reforçadora. Ex: Girar a torneira em vez de pressioná-la / Ao ver determinada pessoa, chamá-la por seu nome. Treino discriminativo: O controle discriminativo de estímulos é estabelecido quando um determinado comportamento tem alta probabilidade de ocorrer na presença do SD e baixa probabilidade de ocorrência na presença do SΔ. Estímulos que antecedem um comportamento que é reforçado tornam-se um SD para esse comportamento. Ex: Pai corinthiano – 1ª situação: o time perdeu um jogo e o filho pediu a chave do carro emprestado. O pai respondeu que não. O filho aprende que ao pedir a chave em dia que o time perde, não poderá receber a chave do carro | 2ª situa~ção: o time ganhou um jogo e o filho pediu a chave do carro emprestado. O pai respondeu que sim. O filho aprendeu que ao pedir a chave em dia que o time ganhe, ele recebera a chave do carro. Generalização de estímulos: Uma resposta é emitida na presença de novos estímulos que partilham alguma propriedade física com o SD na presença do qual a resposta fora reforçada no passado. Um organismo está generalizando quando emite uma mesma resposta na presença de estímulos que se parecem com um SD. Ex: se precisarmos fazer ligação em um celular emprestado, saberemos realizar a ligação pois esse estímulo partilha uma propriedade física parecida com a de um estimulo que já ocorreu no passado. A generalização é um processo comportamental importante para a adaptação ao meio. Gradiente de generalização: Frequência de um comportamento emitido na presença de diferentes variações de um SD. Ex: Medo de galinha. A pessoa pode ter medo de aves no geral, mas pode variar dependendo da diferença da galinha para a outra ave. Uma calopsita pode despertar uma reação diferente, por ter uma aparência distante da galinha, mas apresenta por lembrar sendo esta uma ave. Teste de generalização: Cada variação deve se apresentada o mesmo numero de vezes e deve ter a mesma duração. Sua ordem de apresentação deve ser randômica e deve ser feito em extinção. Reforçamento diferencial: Reforçar um comportamento na presença de um SD e extinguir o mesmo comportamento na presença de um SΔ (favorecendo a discriminação). Reforçamento adicional: Reforçar o comportamento na presença de todas as variações do SD (favorecendo a generalização). Classes de estímulos: Conjunto de estímulos que servem de ocasião para uma mesma resposta. Podem ser classes por similaridade física ou por funcionalidade. Cadeia comportamental/de respostas: sequência de comportamentos que produzem uma consequência que só pode ser produzida se todos os comportamentos envolvidos forem emitidos em uma certa ordem. Reforço condicionado: é ao mesmo tempo consequência reforçadora para o comportamento que o produz e SD para a ocorrência do próximo comportamento. Reforçadores condicionados generalizados: São reforçadores condicionados que funcionam com SD para muitas respostas diferentes. Não é necessária uma privação específica para que esse reforçador tenha seu efeito. Ex: Ver a mãe -> Dizer “Mãe”-> A mãe olha ------( A mãe olha -> Diz “Brinquedo” -> Recebe o brinquedo Esquemas de reforçamento São dois tipos de reforçamentos: Esquema de reforço contínuo (CRF): toda vez que a resposta é emitida ela é reforçada. Esquema de reforçamento intermitente: a resposta nem sempre é forçada. Ex: Pregar um prego na parede (é preciso emitir um certo número de marteladas para ver o prego fixo na parede); Principais esquemas de reforçamento intermitentes: Razão Fixa: o número de respostas exigido para a apresentação do reforçador é sempre o mesmo, ou seja, o organismo deve emitir um número fixo de respostas para ter seu comportamento reforçado Ex: Joãozinho dá cinco voltas na quadra de basquete para poder. Ex: Joãozinho dá cinco voltas na quadra de basquete para poder beber água (FR:5) Razão Variável: o número de respostas entre cada reforçador varia, ou seja, o organismo deve emitir um número variável de respostas para ter seu comportamento reforçado. Ex: Cabeleireiro corta cabelos a R$20,00/corte, entretanto o número de tesouradas varia de um cabelo para outro. Intervalo Fixo: O período entre o último reforçamento e a disponibilidade do próximo reforçador é sempre o mesmo para todos os reforçamentos. Ex: Programas de TV diários ou semanais. Intervalo Variável: os intervalos entre o último reforçador e a próxima disponibilidade são variáveis. Ex: Achar uma música boa no rádio é reforçado de tempos em tempos Para os esquemas de razão, o que importa é o número de respostas emitidas para cada reforçador. Para os esquemas de intervalo, o que importa é o tempo entre reforçadores. O requisito para que uma resposta seja reforçada é o tempo decorrido desde o último reforçamento, o número de respostas não é relevante. Tempo de disponibilidade: Representa um limite temporal para a resposta ser emitida. Comparação entre os esquemas intermitentes e contínuos: Frequência de respostas: Maior no reforçamento intermitente pois a relação de respostas por reforço é maior. Além disso, quando os reforçadores são primários a saciação ocorre mais rapidamente em CRF. Aquisição do comportamento: CRF é mais eficaz. Nos esquemas intermitentes a resposta é mais suscetível à extinção. Manutenção do comportamento: Esquemas intermitentes são ideais para a manutenção da resposta, ou seja, aumentam sua resistência à extinção. Demais efeitos sobre a extinção: Extinção após reforçamento intermitente produz efeitos mais amenos (aumento no início do processo de extinção e eliciação de respostas emocionais) e diminuição do responder é mais lenta. Padrões comportamentais de cada esquema: Padrão de Razão Fixa: Taxa de alta resposta, pois quanto mais o organismo responder mais reforços ele obterá. Ex: Sniffy pressiona com muita frequência a barra, pois sempre é reforçado com a pelota de comida. Pausa após o reforçamento: logo após o reforço, o organismo demora um pouco para iniciar seu responder. Ex: série de abdominais na academia Padrão de Razão Variável: Produz taxas ainda maiores de respostas. Ausência de pausas ou apenas pausas curtas após reforçamento pois não há como discriminar se o número de respostas para o próximo reforço é grande ou pequeno. Padrão de Intervalo Fixo: Produz as menores taxas de resposta. Não faz diferença responder muito ou pouco, mas sim no momento certo. Produz as maiores pausas após o reforçamento, uma vez que a discriminação temporal entre o reforçamento e o não reforçamento é facilitada pela regularidade das durações dos intervalos entre reforçamentos. Padrão de Intervalo Variável: Taxa relativamentealta das respostas. O organismo não tem como prever quando o reforçador estará disponível, ele responderá quase o tempo todo. Efeito do tamanho do esquema: Nos esquemas de razão: O organismo não tem como prever quando o reforçador estará disponível, ele responderá quase o tempo todo. Maiores serão as pausas após o reforço, pois o último reforçamento será menos correlacionado com o próximo reforçador. Nos esquemas de intervalo: Quanto maior o valor do esquema, menores serão as frequências de respostas. Maiores serão as pausas após o reforço devido a discriminação temporal. Esquemas não contingentes e o comportamento supersticioso são esquemas em que não há relação de contingência, ou seja, o reforço é liberado independentemente de uma resposta específica. Os esquemas exclusivamente temporais são o reforço apresentado de tempos em tempos, sem a necessidade da emissão de uma resposta. Tempo Fixo: Reforçadores são apresentados em intervalos de tempo regulares. Ex: Mesada – Ocorre a ausência no responder. Tempo Variável: Reforçadores são apresentados em intervalos irregulares de tempo. Ex: Eventos climáticos – Ocorre comportamento supersticioso por reforçamento acidental. Reforçamento diferencial de outros comportamentos é a principal alternativa para reduzir a frequência de um comportamento sem a utilização de punição. Neste esquema reforçam-se todos os comportamentos, exceto aquele que se deseja reduzir a frequência. Esquemas Compostos, podem ser: Esquema Múltiplo: A resposta é a mesma mas está sob controle de esquemas diferentes, que são sinalizados por estímulos diferentes. O organismo sob o controle de determinado esquema emite o padrão comportamental meramente por entrar em contato com o estímulo sinalizador. Ex: crianças que fazem muitas birras quando estão com a avó, poucas quando estão com a mãe e nenhuma quando estão com o pai. Mãe, pai e avó são estímulos discriminativos correlacionados com cada componente do esquema múltiplo: a avó reforça as birras em CRF, o pai nunca reforça as birras (extinção) e a mãe reforça ocasionalmente (VR) Esquema Misto: Não há estímulos discriminativos que sinalizam qual esquema está em vigor. Esquema Encadeado: Cada componente está em vigor em determinado momento; Surgem sempre na mesma ordem; A ocorrência de um depende da ocorrência do anterior. Ex: R:10 barra da esquerda e FI: 20” barra da direita (10 pressões à barra da esquerda acendem uma luz. A luz estando acesa, após se passarem 20 segundos, a primeira pressão à barra da direita é reforçada). Esquemas Concorrentes: Duas ou mais fontes de reforço disponíveis ao mesmo tempo. Dois esquemas em vigor ao mesmo tempo. Ex: ir à escola ou ficar em casa vendo TV; Lei da Igualação: Como os organismos distribuem seus comportamentos em situações onde há esquemas concorrentes. Há uma relação de igualação entre o comportamento e vários parâmetros do reforço, por exemplo, a quantidade de reforço produzido em cada ocorrência da resposta, a qualidade do reforço, o atraso do reforço e o esquema de reforçamento em vigor. A distribuição do tempo que passamos realizando uma ou outra atividade é proporcional à quantidade, qualidade e frequência dos reforçadores disponíveis em cada esquema.
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