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Resumo NP2 PSO

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RESUMO NP2 – PSICOLOGIA SOCIAL
6A - Texto
Duas conclusões metodológicas de Kurt Lewin (gestaltista):
1ª: para ser valida, toda exploração cientifica de problemas relativos ao campo da psicologia das relações intergrupais deve operar-se em constante referencia a sociedade global na qual estes fenômenos de grupo se inserem e se manifestam. Assim, os reflexos e atitudes dos grupos minoritários não se tornariam inteligíveis senão em referencia ao contexto sociocultural em que se inscrevem, isto é, em referencia as interações e as interdependências que toda a minoria estabelece forçosamente com a maioria pela qual é discriminada.
2ª: para abordar e interpretar cientificamente fenômenos dessa magnitude e desta complexidade , somente uma aproximação complementar de todas as ciências do social ofereceria a possibilidade de identificar corretamente as constantes e as variáveis em causa.
Para Lewin, somente a pesquisa em campo poderia leh oferecer condições válidas de experimentação. Considera a pesquisa em laboratório artificial e inadequada. Kurt Lewin propõe que os fenômenos sociais não podem ser observados do exterior, de laboratórios, de modo estático. O pesquisar deve prosseguir suas pesquisas no próprio campo em que se manifestam os fenômenos estudados e só tentar mudar sua dinâmica com o consentimento explicito dos membros do grupo que serve a sua experimentação. Durante sua pesquisa, este assume o papel de participante e de observador.
Objetos: Lewin opta por uma exploração sistemática e exclusiva dos microfenômenos de grupos. As atitudes sociais de um individuo ou as atitudes de um grupo só podem ser compreendidas pelos diferentes conjuntos sociais de que fazem parte. Célula Social Bruta = pequeno grupo concreto de dimensões reduzidas.
Métodos: Um fenômeno de grupo só se torna inteligível, quando se consegue praticar este fenômeno o que ele chama de cortes analíticos sociais e concretos, de prospecção verticais. Ou seja, o pesquisador deve conhecer em sua totalidade concreta, de dentro e não de fora, existencial, interior. Pequenos grupos testemunha = indivíduos que constituem átomo social radioativo (elementos capazes de produzir modificações completas da estrutura de uma situação social e das atitudes coletivas que lhe correspondem). Através dessa metodologia pode-se observar de dentro os processos e mecanismos em jogo neste desenvolvimento e encontra-se sob uma perspectiva ideal para descobrir sua significação essencial.
Lewin não procura a explicação dos fenômenos de grups na natureza de cada um dos seus elementos, mas nas múltiplas interações que se produzem entre os elementos da situação social onde se situam, no próprio momento em que são observados e interpretados.
Campo Social – 3 conceitos:
Totalidade Dinâmica: Noção fundamental em totalidade de grupos. O conjunto de elementos interdependentes constitui uma totalidade dinâmica.
“Eu social”: O Eu, self, revela-se em relação as realidades sociais como um sistema de círculos concêntricos. O núcleo, eu-intimo, é formado por valores fundamentais para o individuo, aos quais consagra maior importância. Em torno do núcleo temos o “Eu social” que são os sistemas de valores compartilhados em grupo. Na periferia da personalidade, está o “Eu público”, sendo está a região mais superficial da personalidade, a que esta engajada nos contatos humanos ou nas tarefas em que apenas o automatismo são suficientes ou exigidos.
Campo social: constituído por entidades sócias coexistentes. Podem coexistir no campo social grupos, sub-grupos, indivíduos separados por barreiras sociais ou ligado por redes de comunicação. O que caracteriza o campo social são as posições relativas que nele ocupam os diferentes elementos que o constituem.
Hipóteses sobre dinâmicas em grupo (4):
O grupo constitui o terreno sobre o qual o individuo se mantém.
O grupo é para o individuo um instrumento
O grupo é uma realidade da qual o individuo faz parte, mesmo aqueles que se sentem ignorados, isolados e rejeitados.
O grupo é para o individuo um dos elementos ou dos determinantes de seu espaço social.
Pesquisa-ação: para Lewin a pesquisa em psicologia social deve ser uma ação social. 
Determinou duas condições essenciais para assegurar a validade de tal experimentação:
Ela deve operar-se em pqeunos grupos engajados em problemas sociais reais e preocupados em reestruturar-se parasse inserirem na situação social onde procuram atingir seus objetivos.
Ser realizada por pequenos grupos-testemunhas, composto de experimentadores engajados e motivados em relação a mudanças sociais que querem introduzir.
A experimentação social deve realizar 3 passos:
Levantamento ou analise das percepções de grupo que caracterizam os indivíduos, os sub-grupos e o grupos.
Deduzir/Prever/Derivar destas analises, suposições sobre a possível evolução destas percepções de grupo.
Descobrir e prever os novos modos e comportamento de grupo que estarão em harmonia com a reestruturação das percepções de grupo.
Lewin teve o mérito de tornar a psicologia social consciente dos obstáculos que teria de enfrentar caso continuasse a realizar as pesquisas em laboratórios.
6A – Caderno
Na Pesquisa-ação o pesquisador é participante e observador.
Kurt Lewin é gestaltista e realizou seus principais estudos sobre o preconceito e dinâmicas em grupo. Sua conclusão metodológica foi que as realidades sciais são multidimensionais.
Os objetivos de suas pesquisas eram de conhecer e intervir.
Métodos para estudos dos grupos:
Cortes analíticos sociais e concretos de prospecções verticais: tentativa de atingir o fenômeno em sua totalidade concreta, existencial, não de fora, mas do interior.
Pequenos grupos-testemunhas: átomos sociais radioativos – elementos capazes de produzir modificações completas da estrutura de uma situação social e das atitudes coletivas que lhe correspondem.
As atitudes coletivas (intervenção/ação) são esquemas galileanos de interpretação na psicologia social. O grupo é uma Gestalt, sendo maior do que a soma de seus elementos.
A teoria de Campo: o campo é um espaço de vida de uma pessoa.
O campo social é o espaço de vida do grupo.
Os elementos fundamentais do grupo são: Existência, interdependência e contemporaneidade (características do grupo naquele momento). 
Os objetivos em comum dos indivíduos sustentam o grupo.
						Democrático
Clima Social do grupo			Autocrático
						Permissivo
Tipo de autoridade e de poder que nele se exerce, torna a mudança possível ou impossibilita sua mudança.
Personalidade tomada como totalidade (self):
Eu intimo (Núcleo): valores fundamentais para o indivíduo
Eu Social: sistema de valores que são partilhados com certos grupos (valores profissionais)
Eu público (Camada periférica): Região de contato com outros indivíduos, presente em tarefas automáticas (fenômenos de massa)
Mudança Social – Aspectos coletivos e individuais
Atitudes dos grupos diante da mudança:
Conformista
Não-conformista
O grupo é dinâmico, quase estacionário, porém em constante mudança. Grupos que não mudam = necrose do grupo. Grupos que não mudam, tendem a morrer.
A mudança social tem alguns tipos de fenômenos:
Não há desejo de mudança
Há desejo de mudança
Totalidade ou maioria, sente inclinação a mudança
6B – Texto
	Lewin estuda o porque da discriminação. Com isso, elabora uma psicologia dos grupos minoritários.
Neste contexto, grupo minoritário demográfico difere-se de grupos psicológicos. Demográficos relacionam-se a dimensões numéricas. Já na Psicologia, é considerado como minoria psicológica aquele grupo que, mais ou menos, conscientemente, percebe-se como menor, como não possuindo direitos totais. Estes se percebem sob tutela se um grupo “superior” para que possam sobreviver, independente se sua quantidade demográfica ser superior ou inferior a do grupo majoritário.
Lewin estudou o caso dos Judeus e constatou que o problema era essencialmente social.
Kurt Lewin acrescentaem seus estudos que a maioria psicológica tem sempre interesse em privar as minorias de todo direito e de todo privilegio. Mas é, sobretudo em período de tensões e de perigo coletivo que a maioria tende a exercer represálias contra as minorias, cedendo as necessidades de descarregar sobre um bode expiatório as ondas de agressividade desencadeadas elas frustrações e privações que lhe são impostas durante estes períodos críticos. Por mecanismos de deslocamento, sua agressividade torna-se extra punitiva com relação às minorias sem defesa.
Constituintes da minoria psicológica:
Estrutura: No centro encontram-se os membros que aderem com a maior boa vontade aos costumes, instituições, tradições e sistema de valores que distinguem seu grupo dos outros. As camadas periféricas são móveis e fluidas. Estas são compostas de membros que experimentam uma ambivalência marcante em relação a tudo que distingue e por isto mesmo isola seu grupo da maioria. Suportam de má vontade o espaço vital ao qual são mantidos a força por uma maioria que constrio barreiras psicológicas intransponíveis a sua imigração para a maioria que invejam.
Dinâmica de grupo: equilíbrio maios ou menos estável entre dois campos de força – o campo de forças centrípetas que exerce sobre os membros uma influencia integrante de coesão (lealdade ao grupo – atração pelos traços culturais próprios) e; o campo de forças centrífugas que exerce uma influencia dissolvente sobre os membros da minoria (oposição da lealdade ao grupo, não resistindo as ofertas da maioria a fim de assimilar-se a esta).
O fator constitutivo de todo grupo, segundo Lewin, é a interdependência da sorte de seus membros. No caso das minorias integradas, sua condição de minoritários é aceita, o que permite os membros se unirem por emancipação. Por outro lado, no caso das minorias não integradas ou mal integradas, sua condição de minoritários é suportada. Não existe interdependência entre os membros.
O futuro das minorias é social.
6B – Caderno
Minorias Psicologicas, difere-se de demográfico (dimensão numérica 50%/50%).
Na Psicologia
Maioria – grupo que dispõe de estruturas de um estatuto e de direitos que lhe permite auto determinar-se no plano do seu coletivo, independente do numero ou da porcentagem de seus membros. 
Minoria - grupo, cujo destino depende da boa vontade de um outro grupo. Seus membros se percebem como menores - não possuindo direitos totais ou estatuto completo, reconhecem-se num estado de tutela, independente da porcentagem de seus membros em relação ao todo.
Podem ser:
Minorias discriminadas – Minoria Psicologica
Minorias Privilegiadas – a Maioria psicológica
A ponte entre a minoria e a maioria quem faz é a minoria privilegiada.
O ódio de si difere-se do preconceito = Culpabilização de alguns membros do grupo (ou subgrupos) pela discriminação e violência sofrida. Leva ao enfraquecimento do grupo minoritário. “Um indivíduo tem ambições, alimenta e constrói projetos para logo descobrir que sua participação no grupo constituirá sempre uma barreira intransponível à realização dos seus projetos. Começa então a perceber e a considerar seu grupo como fonte de frustrações e passa a odiá-lo”
Constituição das minorias psicológicas:
Ao centro
As camadas periféricas
Dinâmica das minorias psicológicas:
Centrípeta - coesão – gera atitudes de lealdade e o desejo de emancipação da maioria
Centrífuga - dissolvente – gera atitudes de desamor e uma atração à maioria na busca de privilégios e direitos negados
Minorias Orgânicas - unidades articuladas, cujas camadas centrais englobam a maioria dos membros em ligações muito estreitas e em uma forte adesão a sua sorte ou destino. A maioria dos seus membros está unida na luta pela emancipação
Minorias Não integradas - unidade aparente, artificial e resultante de pressões e coerções exteriores – não constituem um grupo, mas um aglomerado de pessoas submetidas às mesmas restrições. A maioria dos seus membros vive da esperança de um dia pertencer à maioria.
Futuro das minorias:
Assimilação à maioria – quando minorias que perdem a crença em sua sobrevivência 
Integração com a maioria – quando as minorias buscam assegurar sua sobrevivência pela igualdade dos direitos e dos privilégios
Independência total e definitiva em relação à maioria –quando as minorias não acreditam poder assegurar sua sobrevivência, senão pela independência da maioria
7 – Caderno
A interação simbólica – Herbert Mead
Sociedade compreendida como processo
Individuo e sociedade estreitamente inter-relacionados
Aspectos subjetivos do comportamento humano
Principal obra de Mead: Mind, Self e Society (1934)
Behavorismo Social x Behavorismo metodológico
Ato Social (comportamento): não somente comportamento “externo”, observável, como também atividade “encoberta”.
Investigação Social
Behavorismo Social: Estuda o comportamento simbólico – Ato social quanto físico e psíquico – Busca a compreensão desse comportamento.
A sociedade
Toda atividade grupal se baseia no comportamento cooperativo
Diferenças entre atividades coletivas infra-humanas e humanas
Fatores fisiológicos não explicam a diversidade de padrões da ação cooperativa humana.
A interação humana surge quando:
-cada ator individual percebe a intenção dos atos dos outros e então,
- constroi sua própria resposta baseada naquela intenção (Intenção	Resposta)
Importância da comunicação na obra de Herbet Mead
Comportamento = respostas às intenções dos outros
Intenção transmitida através de gestos que se tornam simbólicos-passíveis de serem interpretadas.
Para haver cooperação entre seres humanos, é necessário que:
a) O indivíduo possa entender as linhas de ação dos outros e
b) possa direcionar seu próprio comportamento a fim de acomodar-se àquelas linhas de ação
Consenso de sentidos compartilhados
Simbolos significantes – gesto assume sentido comum
“Role-taking” colocar-se na posição de outra pessoa, identificar-se com ela
Compartilhar símbolos e experiências
A habilidade humana de responder a seus próprios gestos permite que diferentes seres humanos respondam da mesma forma ao mesmo gesto, possibilitando o compartilhar de experiências, a incorporação entre si do comportamento
Açãos grupal ou coletiva: alinhamento de ações individuais
O self: processo social no interior do indivíduo. Formado através de “definições” feitas por outros que servirão de referencial para que o indivíduo possa ver-se a si mesmo.
Processo social no interior do individuo
2 estagios de desenvolvimento do self: imitação (s/ qualquer componente significativo) e assumir o papel dos outros (com componente significativo)
O outro generalizado
2 fases: Eu (impulsivo) e Mim (interativo – outro)
A mente: Mead considera indispensável o aparato fisiológico para o desenvolvimento da mente, mas “o cérebro sozinho não faz a mente”. O comportamento humano inteligente é “essencialmente e fundamentalmente social”.
É a sociedade-interação social que, usando o cérebro, forma a mente. Surge no processo social de comunicação.
A natureza da interação simbólica.
�
Herbert Blumer = sistematizador da obra de Mead
8 - Caderno
A interiorização da realidade – Processo de socialização primária e secundária
Primária: Família
Secundária: Outros espaços
Interior x Exterior
Subjetividade	Objetividade
Socialização: tornar-se membro da sociedade (real)
Estrutura Objetiva
Outros significativos = mediação (primário)
Outro generalizado = identificação
Afetividade
Linguagem-socialização
Cristalização – “A versão do mundo”
Real objetiva > Real subjetiva
INCOMPLETA 
EDS – MATÉRIA NP2
7-) Kurt Lewin, teórico oriundo da Psicologia da Gestalt, é considerado um dos principais estudiosos de grupos da psicologia social. Diferentemente dos seus contemporâneos da psicologia social norte-americana, Lewin buscou compreender a lógica dos movimentos grupais tal como se expressamna sociedade e não as leis universais de grupos artificialmente controlados. Sua metodologia de pesquisa e de intervenção ficou conhecida como pesquisa-ação. Assinale a alternativa correta sobre as ideias de Lewin acerca das transformações grupais e da pesquisa-ação.
(*)A-) Kurt Lewin critica as pesquisas com grupos em laboratórios, habituais na Psicologia Social norte-americana, porque elas isolam os mesmos de seus contextos globais, impedindo a compreensão de seus movimentos. Assim, Lewin sugere alguns novos parâmetros metodológicos que incluem influências da gestalt e a proposta de que a pesquisa seja uma ação-social.
B-) Para Lewin, as transformações no grupo não implicam transformações no indivíduo. Devido às influências da gestalt, Lewin compreende o indivíduo como figura e o grupo como fundo, o que assegura a independência do indivíduo em relação ao grupo.
C-) O diagnóstico de constância social de um grupo indica um estado no qual há uma dinâmica, mas onde uma minoria privilegiada impõe barreiras às mudanças sociais.
D-) Para Lewin, o distanciamento e a neutralidade são os mais importantes atributos de um pesquisador
E-) Controlando as variáveis, o pesquisador observa as modificações do grupo e estabelece as leis de funcionamento do mesmo
JUSTIFICATIVA: A influência da Gestalt se manifesta principalmente na compreensão dos grupos e da sociedade global como totalidades dinâmicas que resultam da interrelação entre seus elementos constitutivos, indivíduos, grupos e sub-grupos. Dessa forma, a compreensão destes objetos de estudo é válida apenas quando mantém os fenômenos nesta condição, exigindo uma mudança na postura do pesquisador, que inserir-se na situação estudada para de dentro apreender seus movimentos. Esse processo de apreensão e formulação da dinâmica do grupo está diretamente articulado ao objetivo de modificar a situação social em questão, buscando favorecer o desenvolvimento autônomo do grupo através de maior consciência e controle funcional sobre sua dinâmica.
9-) (PROVÃO 2003) Ao trabalhar o espaço social, Lewin destaca que "o clima em que a criança vive é, para ela, tão importante quanto o ar que respira. O grupo a que pertence é o solo em que pisa. Sua relação com esse e sua posição nele constituem os fatores mais importantes do seu sentimento de segurança ou insegurança. Não admira que o grupo de que a pessoa faz parte, e a cultura em que vive, determinem em grande parte seu comportamento e caráter". Considerando estas ideias, a concepção que o autor confere a grupo é a de um conjunto de pessoas:
A-) configurando uma soma de indivíduos, formando um todo com interdependência entre as partes.
B-) tidas como agradáveis, gente que às vezes soma e às vezes divide e que, por isso mesmo, são independentes.
C-) com quem nos entendemos facilmente, totalizando uma soma de indivíduos que são independentes uns dos outros.
D-) com quem temos afinidade, formando um conjunto de indivíduos que são como uma família.
(*)E-) que ultrapassa a mera soma de indivíduos, constituindo um todo em que há interdependência entre as partes.
JUSTIFICATIVA: A alternativa E é a única que expressa corretamente o princípio gestáltico de que “a soma das partes não é igual ao todo”, fazendo com que o conhecimento das qualidades da totalidade não possam ser compreendidas a partir das características de seus elementos, mas do conjunto de interrelações que eles constituem entre si num determinado momento e num determinado contexto.
10-) Mead, psicólogo social norte-americano, propõe uma teoria cujo objetivo foi unificar as tendências psicológica e sociológica da psicologia social. Em relação às ideias do filósofo norte-americano George Mead, identifique a alternativa FALSA:
A-) Para Mead, o Self surge a partir da interação entre os indivíduos, sendo uma instância intermediária entre indivíduo e sociedade.
(*)B-) Mead segue as tendências principais da Psicologia Social norte-americana, em seu enfoque predominantemente experimental na tentativa de entender o indivíduo como a origem do comportamento social.
C-) Mead rompe com a dicotomia indivíduo/sociedade ao centrar sua análise no ato comunicativo.
D-) Para Mead, mais importante do que os comportamentos de pessoas em uma relação, é a forma como estes comportamentos são interiorizados, simbolizados e entendidos.
E-) Mead não compreende o comportamento como um fato psicológico objetivo e isolado, mas como uma resposta dotada de um sentido social compartilhável que se efetiva ou se modifica na interação entre pessoas.
JUSTIFICATIVA: Mead, ao contrário do que afirma a alternativa B, buscou a superação da dicotomia entre indivíduo e sociedade, compreendendo que o conhecimento acerca do comportamento não pode ser dissociado do campo social e da dimensão comunicatíva, produtora de sentidos, fundada na interação simbólica considerada base da cooperação humana no interacionismo simbólico.
11-) Sobre a obra de G.H Mead, assinale a afirmativa INCORRETA:
A-) Para Mead o estudo da inteligência humana é uma forma de psicologia social
B-) Uma das principais preocupações de Mead é com a mente, o self e a sociedade, havendo divergências quanto aos seus interlocutores quanto à "ordem natural de progressão".
C-) A linguagem é um dos temas tratados nos estudos do Mead.
D-) Segundo Mead, o ato, especialmente o ato comunicativo, envolve a fisiologia do indivíduo, bem como o contexto social em que o ato acontece.
(*)E-) O "interacionismo simbólico" é uma forma psicológica de psicologia social.
JUSTIFICATIVA: Ao contrário do que afirma a alternativa E, o interacionismo simbólico é uma forma Sociológica de Psicologia Social, pois reconhece no campo da interação social e no campo da linguagem, da dimensão simbólica (fenômeno eminentemente social), as bases para a compreensão do comportamento e da mente humana em interação com a experiência coletiva.
12-) Considerando que a PSO pode ser apresentada em uma concepção que corresponde a um movimento de Psicologia Social Europeia e a um outro de uma Psicologia Social Americana, pode-se dizer que:
I. As ciências naturais oferecem o principal modelo de ciência adotado pela Psicologia Social nos EUA, exceção feita às propostas teóricas de G.H. Mead, que incluem elementos comuns às ciências humanas e sociais.
II. A Psicologia Social na Europa se constitui a partir de uma Psicologia fundamentalmente funcionalista.
III. Um dos problemas indicados pelos pesquisadores da epistemologia da Psicologia Social aos fundadores da Psicologia Social Europeia é sua divisão em modelos de diferentes de fazer ciência: o primeiro, típico das ciências naturais, o outro, baseado na história e no contexto.
Está correto apenas o que se apresenta em:
A-) I e II
B-) II e III
(*)C-) I e III
D-) I
E-) I, II e III.
JUSTIFICATIVA: A afirmação II é falsa pois o Funcionalismo foi um movimento tipicamente norte-americano que influenciou e sedimentou as bases para a emergência do Behaviorismo, forma de Psicologia desenvolvida como Ciência Natural do Comportamento. A Psicologia Social Europeia, de base sociológica, tende a levar em consideração como determinantes no processo de produção do conhecimento sobre os fenômenos sociais as dimensões contextual e histórica.
13-) Berger e Luckmann descrevem o processo de socialização, através do qual um indivíduo se torna um membro da sociedade e pelo qual a própria sociedade é constituída (através de sua reprodução ou transformação). Os autores apontam a socialização primária como a parte fundamental deste processo, uma vez que, por meio dela, os valores sociais básicos são assimilados e, investidos afetivamente, podem ser preservados por toda a vida. Assinale abaixo a alternativa INCORRETA sobre a socialização primária, segundo Berger e Luckmann.
A-) O ponto inicial da socialização primária é a interiorização, isto é, o processo de significação da realidade a partir da interação social com os outros significativos.
B-) A relação da criançacom os outros significativos é de identificação e carregada de afetividade.
(*)C-) A socialização primária jamais termina, uma vez que nenhum indivíduo, de qualquer sociedade, pode julgar-se "pronto", no que diz respeito ao processo de socialização.
D-) A atribuição de uma identidade é também a atribuição de um lugar no mundo social, pois, a apropriação subjetiva desta identidade implica a apropriação deste lugar, da lógica social e das significações que o determinam.
E-) Durante a socialização primária, os padrões impostos são relativos, mas são tomados como absolutos, seja pelo poder que os pais possuem neste processo ou mesmo pela ignorância da criança quanto à existência de outros padrões.
JUSTIFICATIVA: A alternativa C está incorreta pois parte de uma definição errada de socialização primária. Partindo do que consta no enunciado, podemos entender a socialização primária como o conjunto de processos relativos à internalização e apropriação dos aspectos mais básicos e fundamentais da vida social, mas que ao longo do tempo, dividirão espaço com processos de socialização secundária, de nível mais geral, abstrato e menos central na vida do sujeito, vinculados aos papéis sociais resultantes das formas de divisão social do trabalho e da organização do conhecimento.
14-) Tendo em mente o processo de socialização, tal como teorizado por Berger e Luckmann, assinale abaixo a alternativa INCORRETA sobre a socialização secundária.
A-) A socialização secundária é a interiorização de "especializações" institucionais de uma dada sociedade, baseadas na divisão do trabalho e na divisão social do conhecimento.
(*)B-) A realidade de um conhecimento interiorizado na socialização secundária é mais dificilmente criticável do que aquela interiorizada na socialização primária.
C-) A interiorização de um corpo de conhecimentos na socialização secundária exige um conjunto de elementos destinados a "proválo", legitimá-lo e justificá-lo.
D-) A socialização secundária pode variar quanto ao investimento emocional em função da natureza e dos objetivos institucionais. Assim, no caso da formação de um psicólogo, a socialização pode ser mais racional, mas no caso de um padre, é importante que faça parte da formação a emoção e a afetividade.
E-) A socialização secundária pode exigir diferentes níveis de ressocialização, mas geralmente se mantém nexos e significações da socialização primária.
JUSTIFICATIVA: A alternativa B está incorreta pois apresenta uma inversão das características dos processos de socialização primária e secundária. Os conhecimentos advindos do processo de socialização primária, responsável por estabelecer os fundamentos a partir dos quais o indivíduo é inserido no mundo, é mais dificilmente criticável do que os conhecimentos advindos dos processos de socialização secundária, estes mais gerais, mais abstratos e já adquiridos sobre a base constituída dos conhecimentos estruturados no processo de socialização primária.
15-) Chamamos de agentes da socialização primária todos aqueles que, no início da vida de uma criança, atribuem as primeiras significações aos comportamentos e às experiências da mesma. A socialização secundária, por sua vez, é marcada por todas as especializações sociais posteriores, tais como as que acontecem na imitação, escolha e no desenvolvimento de papéis sociais. Diante disto, analise as três afirmações abaixo e responda a seguir.
I) A escola é exemplar no que diz respeito à socialização primária, pois na escola começa a atribuição de significados aos comportamentos da criança. E a participação em grupos de amigos, como nos casos de adolescentes, exemplifica o desenvolvimento de identidades e papéis sociais, característico da socialização primária.
II) As primeiras etapas da socialização são coincidentes com os primeiros contatos entre mãe e filho, mas não podemos identificar suas últimas etapas, pois o aprendizado de papéis sociais se estende até o final da vida.
III) Dadas as características da socialização primária, podemos dizer que a própria sensação de fome de um bebê, por mais biológica que seja, depende da atribuição de sentido, o que é geralmente feito pela mãe, para que se transforme em um componente social, isto é, em experiência humana.
JUSTIFICATIVA: A afirmação I está incorreta pois a socialização primária começa com os pais, sendo estes os primeiros responsáveis pela atribuição de significados aos comportamentos da criança. A escola é sem dúvida um espaço fundamental do processo de socialização primária, mas este não se inicia neste contexto.

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