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Aluna: Morena G. M. Fernandes Matrícula: 261853 - Turma A - 2015/1 Angelo Ilha - Da Inimputabilidade Penal Pg. 88 - Pg. 105 NEUROSE A chamada "neurose" é tida, por diversas correntes doutrinárias, como causa de diminuição de capacidade jurídica. Historicamente, o conceito de neurose, surgido à primeira vez no século XIX, foi um dos mais equívocos e amplos termos adotados pela psiquiatria em todos os tempos. O paciente que sofresse dessa doença poderia sofrer de quase todos os males conhecidos à época. No fim dos anos 70, tal diagnóstico iria desaparecer dos manuais psiquiátricos, assim como o entendimento de que, na existência de transtornos mentais ou comportamentais, não houvesse relação direta com o cérebro. Começou a surgir à ideia de que, na perspectiva classificatória de transtornos psicológicos, haveria diferentes doenças para diferentes sintomas. Entretanto, ainda impregnava a ideia de que as desordens mentais seriam análogas de doenças físicas. A "neurose" era usada para justificar qualquer sintoma ainda não conhecido; tudo e qualquer coisa seria classificado como neurose. Constituía-se um inibidor de descobertas, a neurose converteu-se em um conceito anti-heurístico; uma das consequências que parece ter emergido da teoria das neuroses foi a teoria de complexos que pressupunha a existência de complexos inconscientes sobrepondo-se ao ego, como algo que viria de fora e assumiriam o controle do indivíduo, afetando sua capacidade de escolhas. Poder-se-ia afirmar que, por trás de atos de pessoas "neuróticas" encontra-se uma forma de alienação decorrente de uma repressão a memórias traumáticas reprimidas. Nunca seríamos plenamente conscientes de nossas motivações, sendo determinados por forças inconscientes. Contudo, aqueles historicamente chamados de neuróticos não seriam pessoas loucas, merecendo ser julgadas em sua integralidade. Segundo Roque de Brito Alves, "o neurótico é penalmente imputável, tendo plena capacidade de entendimento (...)". Houve este terreno se encontra superado pelas ciências. PSICOPATIA O reconhecimento do transtorno remoto ao século XIX, sendo conhecido como “loucura moral” e indicava pessoas em conflito com os parâmetros sociais. Robert D. Hare descreveria os psicopatas como "predadores", não sendo loucos, seus atos resultariam de uma calculada racionalidade combinada com a incapacidade de expressar emoções, e não de atos resultados de uma mente perturbada. Ausência de remorso fica apontada como principal característica desse grupo de pessoas. Seriam indivíduos incapazes de se adequar às normas sociais e dotadas de indiferença em relação à vida de outras pessoas. No campo de tratamento penal há grande controvérsia, pois os psicopatas seriam plenamente imputáveis, mas não passíveis de arrependimento, devendo ser sujeitos de tratamentos e não de penas.
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