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Princípios Ambientais e Classificação do Meio Ambiente

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Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Princípios Ambientais
 Veremos a seguir os princípios que norteiam o direito ambiental:
a) Princípio do Desenvolvimento Sustentável: De acordo com este 
princípio, a geração presente deve buscar atender suas necessidades sem 
comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas 
próprias necessidades.
b) Princípio do Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado como Direito 
Fundamental: Este princípio preceitua que o meio ambiente 
ecologicamente equilibrado é um direito fundamental, estando atrelado 
ao princípio da dignidade da pessoa humana.
c) Princípio da Função Socioambiental da Propriedade: Tal princípio 
implica reconhecer a proibição do uso abusivo da propriedade, bem como 
a possibilidade de exigir que o proprietário adote condutas concretas para 
que a propriedade efetivamente se adeque à preservação do meio 
ambiente.
d) Princípio da Prevenção: Já este princípio, determina a atuação 
preventiva, de modo a se evitar o risco de uma atividade humana que se 
sabe ser danosa ao meio ambiente.
e) Princípio da Precaução: O referido princípio pressupõe a ausência de 
informações ou a existência de incertezas científicas sobre a 
potencialidade de danos sérios e irreversíveis de uma intervenção no meio 
ambiente.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
d) Princípio do Poluidor-Pagador: De acordo com este princípio, aquela 
pessoa (física ou jurídica) que causa direta ou indiretamente degradação 
ao meio ambiente deve arcar com as despesas de prevenção, reparação e 
repressão dos prejuízos causados.
e) Princípio Usuário-Pagador: Decorre do princípio anterior, de modo que, 
em sendo os recursos naturais escassos e passiveis de valoração 
econômica, será admitida a cobrança por sua utilização.
f) Princípio do Limite: Este princípio é voltado essencialmente para a 
Administração pública, que no exercício do poder de polícia, tem o dever 
de fixar parâmetros ou limites para o exercício de determinadas atividades 
potencialmente nocivas ao meio ambiente, levando em conta a proteção 
da vida e a manutenção, preservação e restauração dos recursos 
ambientais.
g) Princípio da Informação Ambiental: As informações sobre os 
procedimentos, públicos ou privados, que intervenham no meio ambiente 
em regra devem ser tornadas públicas, democratizando-se as discussões 
sobre o tema e permitindo a participação popular na tomada de decisões 
sobre o meio ambiente.
h) Princípio da Educação Ambiental: Tal princípio possui basicamente dois 
aspectos: a) a educação ambiental deve existir em todos os níveis de 
ensino; b) além disso, o poder público deverá promover políticas de 
conscientização da população sobre questões ambientais.
i) Princípio da Cooperação: A todos é dado o dever de preservar o meio 
ambiente, e isso deve ocorrer por meio de cooperação no âmbito 
internacional e nacional para atingir este objetivo.
Não confundir os princípios da prevenção e da precaução:
- Prevenção: o dano é certo e de consequências conhecidas;
- Precaução: o dano é incerto e de consequências desconhecidas.
 ATENÇÃO
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Conceito e Classificação
de Meio Ambiente
 De acordo com o art. 3°, inciso I da Lei 6.938/ 81, meio 
ambiente é “o conjunto de condições, leis, influências e interações de 
ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em 
todas as suas formas”.
Classificação de Meio Ambiente 
a) Meio ambiente natural: engloba os elementos bióticos e abióticos;
b) Meio ambiente cultural: compreende os bens de natureza material e 
imaterial;
c) Meio ambiente artificial: compreende o espaço urbano construído;
d) Meio ambiente laboral: está relacionado diretamente às condições de 
saúde e segurança do local em que o trabalhador exerce 
1ª Conferência sobre meio ambiente humano (Estocolmo/72) – pela 
primeira vez o mundo se reúne para discutir as questões ambientais. 
Desta conferência resultou a Declaração de Estocolmo, nela temos que o 
meio ambiente é um direito humano. O que é confirmado na nossa 
Constituição Federal em seu art. 225.
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, 
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se 
ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as 
presentes e futuras gerações .
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Relatório "nosso futuro comum" relatório Brundtland – escrito por Gro 
Brundtlad que teve papel fundamental na sua elaboração – traz o 
conceito clássico de desenvolvimento sustentável: "é aquele que 
atende às necessidades da presente geração, sem comprometer as 
necessidades das gerações futuras". Princípio da solidariedade 
intergeracional. Para a FGV O desenvolvimento sustentável pode ser 
também chamado de princípio da solidariedade intergeracional.
2ª Conferência mundial sobre meio ambiente e desenvolvimento 
(ECO/Rio/92) – Declaração do Rio trouxe os princípios ambientais, 
momento máximo da proteção ambiental.
 
3ª Conferência sobre o meio ambiente – Cúpula mundial sobre 
desenvolvimento sustentável (Rio+10/ Johanesburgo/2002) – 
discutiu o resultado das conferencias anteriores.
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Competência em Matéria
Ambiental
• Administrativa (art. 23), competência material, comum da União, dos 
Estados e dos Municípios. Poder de Polícia, fiscalização.
• Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios:[...]
• VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de 
suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; [...]
• Legislativa (art. 24 da CF) – pela literalidade do dispositivo legal, não 
cabe ao município legislar sobre meio ambiente.
• Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre:
I- direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; II- 
orçamento;
II- juntas comerciais;
IV- custas dos serviços forenses;
SISNAMA – Sistema nacional do Meio Ambiente: são os entes e órgãos 
responsáveis pela proteção ambiental no Brasil.
 
Órgão superior: Conselho de Governo – tem função de assessorar o 
Presidente da República na política governamental para o Meio Ambiente, 
formado pelos Ministros de Estado e os Secretários Especiais;
Órgão consultivo e deliberativo: CONAMA (Conselho Nacional do Meio 
Ambiente) – auxilia o Conselho de Governo (aspecto consultivo), mas 
sua principal função se relaciona com seu aspecto deliberativo: 
"estabelece, no seu âmbito de competência, normas e padrões 
compatíveis para o Meio Ambiente ecologicamente equilibrado – o 
CONAMA edita resoluções (ato administrativo típico deste órgão) com 
estas normas". Os conselheiros do CONAMA não são remunerados.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Estrutura
a) Plenário – órgão deliberativo, onde há as discussões;
b) Comitê de integração de políticas ambientais (CIPAM) – secretaria 
executiva;
c) Câmaras técnicas – câmaras temáticas, iniciam as discussões sobre 
uma resolução, antes do plenário;
d) Grupos de trabalho – responsável por iniciar discussões de novos temas;
e) Grupos assessores;
f) Câmara especial recursal (criada em novembro de 2008) – última 
instância em grau administrativo para julgar as multas e penalidades 
aplicadas pelos fiscais do IBAMA. Multa aplicada por fiscal do IBAMA só 
chega ao CONAMA se amulta for aplicada por fiscal Federal.
→ Órgão central: Ministério do Meio Ambiente – tem por finalidade 
planejar, coordenar, supervisionar e controlar a política nacional para o 
meio ambiente;
 
→ Órgão executor: IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e 
Recursos Naturais Renováveis) – autarquia federal – exerce o poder de 
polícia, executa a Política Nacional de Meio Ambiente.
Apesar de na lei apenas aparecer o IBAMA como órgão executor (na Lei da 
Política Nacional do Meio Ambiente) há um decreto que determina que O 
ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) é 
outro órgão executor, também é autarquia federal, responsável palas 
Unidades de Conservação (Lei 9985/00) no âmbito federal;
→Órgãos seccionais: Órgãos Ambientais Estaduais;
→Órgãos locais: Órgãos Ambientais Municipais;
 
 Instrumentos da Política Nacional do Meio ambiente - Licenciamento 
ambiental e o EPIA/RIMA
 
Atividade ou obra:
 
Significativa degradação: EPIA/RIMA art. 225, § 1°, IV, CF.
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
O EIA/RIMA é feito pelo empreendedor (sob sua responsabilidade técnica 
e pago por ele) que envia para o órgão ambiental (é possível também pedir 
audiência pública), que se a provado confere a licença previa ao 
empreendedor. Legitimados para pedir audiência pública: órgão 
ambiental; MP; Entidade da sociedade civil; 50 cidadãos ou mais. Pode 
haver mais de uma audiência pública, caso o impacto se dê em mais de um 
Estado. A audiência pública é requisito formal essencial, uma vez 
solicitada, deve ser realizada. Sob pena de macular a licença concedida.
 
Poluição/degradação não significativa: Licenciamento Ambiental
Resolução 237/97 do CONAMA:
1° Licença Prévia
2° Licença de Instalação
3° Licença de Operação
 
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Licenciamento Ambiental 
Ordinário
1. Licença Prévia – aprova a localização da obra ou atividade e atesta a 
viabilidade ambiental do projeto, prazo máximo de 5 anos, passado 
este prazo sem passar para a fase seguinte, inicia-se o procedimento 
novamente;
1. Licença de Instalação – depois de aprovada a obra só pode construir 
depois dessa licença,licença de edificação, prazo máximo de 6 anos;
3. Licença de Operação – depois de construída a obra, é necessária a 
licença de operação para iniciar o funcionamento, prazo mínimo de 4 anos 
e máximo de 10 anos, que deverá ser renovada.
 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia 
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o 
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras 
gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder 
Público:
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade 
potencialmente causadora de significativa degradação do meio 
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará 
publicidade;
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Órgão ambiental responsável pelo licenciamento:
 
Órgão federal (IBAMA): Para impacto nacional (Brasil e outros países) e 
regional (que abrange mais de um Estado da Federação). Atividades 
nucleares, empreendimento militar e matéria indígena são licenciadas pelo 
IBAMA. Pré-sal, tudo que se refere à Plataforma Continental também é de 
competência do IBAMA. 
 
Órgão estadual: quando o impacto atingir mais de um município dentro de 
um mesmo estado.
 
Órgão municipal: quando os impactos de restringirem ao município.
 
Responsabilidade Civil 
 A responsabilidade civil por dano ambiental é sempre objetiva. Art. 
225, § 3°, CF e art. 14, §1° da Lei 6938/82.
 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade 
de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de 
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente 
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e 
administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos 
causados.
 
Art. 14. O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de 
análise diferenciados para cada modalidade de licença (LP, LI e LO), em 
função das peculiaridades da atividade ou empreendimento, bem como 
para a formulação de exigências complementares, desde que 
observado o prazo máximo de 6 (seis) meses a contar do ato de 
protocolar o requerimento até seu deferimento ou indeferimento, 
ressalvados os casos em que houver EIA/RIMA e/ou audiência pública, 
quando o prazo será de até 12 (doze) meses.
§ 1º - A contagem do prazo previsto no caput deste artigo será 
suspensa durante a elaboração dos estudos ambientais 
complementares ou preparação de esclarecimentos pelo 
empreendedor.
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Classificação
1. Dano ambiental (lato sensu) – ao meio ambiente em sentido amplo;
2. Dano Individual ou ambiental reflexo – o dano reflete-se no âmbito do 
indivíduo (saúde, subsistência, patrimônio individual) e na natureza (petróleo 
x fauna e flora marinha);
3. Dano Patrimonial – deterioração dos bens materiais da vítima, dano físico;
4. Dano moral ambiental, dano extrapatrimonial – afeta a qualidade de 
vida, o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
 
A reparação do dano ambiental se dará em espécie ou in natura – 
(preferencial) deve ser feito no local onde ocorreu o dano e integral; caso 
não seja possível, poderá ser por indenização pecuniária. A ação de 
reparação de danos ambientais é imprescritível. O crime ambiental e a 
infração administrativa têm prescrição.
 
A responsabilidade administrativa (art. 70 a 76 da Lei 9605/98).
 
Todos os órgãos e entes do SISNAMA e a Capitania dos Portos, podem lavrar 
o auto de infração e exercer a competência legislativa.
Prazos:
 
- 20 dias – defesa/impugnação
- 30 dias – para a autoridade julgar
- 20 dias para recorrer
- 05 dias para pagar.
 
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Responsabilidade Penal da 
Pessoa Jurídica
Requisitos: 1° - uma decisão tomada pelo representante legal, contratual 
ou pelo colegiado da empresa; 2° que a empresa seja beneficiada por esta 
decisão. Para a responsabilização deve preencher todos os requisitos.
 
A ação não será intentada apenas contra o ente moral, mas também 
contra os autores, coautores e partícipes. 
 
Base legal art. 3° 9605/98.
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa 
do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e 
controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e 
paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, 
a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e 
paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino e desporto;
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; 
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de 
deficiência; XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União 
limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
§ 2ºy - A competência daUnião para legislar sobre normas gerais 
não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados 
exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas 
peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a 
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário
Cabe à União editar normas gerais, os Estados e DF editam normas suplementares. 
Caso a União não edite a norma geral, os Estado poderão ter competência 
legislativa plena §2°.
 
Em senti amplo o município tem competência para legislar sobre meio ambiente, 
conforme art. 30 da CF:
 
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Mudanças no Novo 
Código Florestal
→ O Código Florestal de 1965 estipulava a proporção de preservação da 
vegetação nativa em 80% na Amazônia Legal, 35% no Cerrado e 20% em 
todas as outras regiões e, quanto isso não houve qualquer alteração. A 
mudança ocorreu na dispensa da área de reserva legal onde não estão 
sujeitos à constituição da reserva legal, nas atividades elencadas como os 
empreendimentos de abastecimento público de água e tratamento de 
esgoto, às áreas adquiridas ou desapropriadas por detentor de concessão, 
permissão ou autorização para exploração de energia hidráulica e nas 
áreas adquiridas ou desapropriadas com o objetivo de implantar ou 
ampliar rodovias e ferrovias.
 
→ Redução da perda das áreas agricultáveis, uma vez que, impera agora a 
autorização ao proprietário rural em compensar as Áreas de Preservação 
Permanente para calcular a sua Área de Reserva Legal, o que, pelos 
ambientalistas, é dito como severo dano ao meio ambiente.
→ Não há mais a obrigatoriedade de averbação da Reserva Legal no 
Cartório de Registro de Imóveis, bastando a sua inscrição no Cadastro 
Ambiental Rural.
 
→ Imposta a obrigação do proprietário em fazer a manutenção da Reserva 
Legal mesmo quando esta encontra-se em perímetro urbano.
 
→ Introdução da questão da regularização ambiental que, pune o 
desmatamento em áreas de preservação permanente, assim como a falta 
de registro da reserva legal, com multas pecuniárias e até mesmo com a 
paralisação das atividades do produtor na área irregular.
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
→ Anistia conferida a todos aqueles que infringiram dano ambiental até 
julho de 2008, uma vez que, estes estão desobrigados à recomposição do 
estrago feito. 
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Questões Comentadas
dos Últimos Exames
XV Exame da Ordem 
QUESTÃO 1 
No curso de obra pública, a Administração Pública causa dano em local 
compreendido por área de preservação permanente. Sobre o caso 
apresentado, assinale a opção que indica de quem é a responsabilidade 
ambiental.
 
A) Em se tratando de área de preservação permanente, que legalmente é 
de domínio público, o ente só responde pelos danos ambientais nos casos 
de atuação com dolo ou culpa grave.
B) Em se tratando de área de preservação permanente, a Administração 
Pública responderá de forma objetiva pelos danos causados ao meio 
ambiente, independentemente das responsabilidades administrativa e 
penal.
C) Em se tratando de dano ambiental cometido dentro de área de 
preservação permanente, a Administração Pública não tem 
responsabilidade, sob pena de confusão, recaindo sobre o agente público 
causador do dano, independentemente das responsabilidades 
administrativa e penal.
D) Trata-se de caso de responsabilidade subjetiva solidária de todos 
aqueles que contribuíram para a prática do dano, inclusive do agente 
público que determinou a prática do ato.
 
Comentário: As condutas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os 
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, 
independentemente da obrigação de reparar os danos causados (art. 225, 
§3º, da CF/88). Alternativa correta: B
 
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
QUESTÃO 2 
Antes de dar início à instalação de unidade industrial de produção de 
roupas no Município X, Julio Cesar consulta seu advogado acerca dos 
procedimentos prévios ao começo da construção e produção. 
Considerando a hipótese, assinale a afirmativa correta.
 
A) Caso a unidade industrial esteja localizada em terras indígenas, ela não 
poderá ser instalada.
B) Caso a unidade industrial esteja localizada e desenvolvida em dois 
estados da federação, ambos terão competência para o licenciamento 
ambiental.
C) Caso inserida em qualquer Unidade de Conservação, a competência 
para o licenciamento será do IBAMA.
D) Caso o impacto seja de âmbito local, a competência para o 
licenciamento ambiental será do Município.
 
Comentário: Art. 9o São ações administrativas dos Municípios
XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas 
nesta Lei Complementar, promover o licenciamento ambiental das 
atividades ou empreendimentos:
a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, 
conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio 
Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e 
natureza da atividade. Alternativa correta: D
 
 XVI Exame da Ordem 
QUESTÃO 3
Miguel, empreendedor particular, tem interesse em dar início à construção 
de edifício comercial em área urbana de uma grande metrópole. Nesse 
sentido, consulta seu advogado e indaga sobre quais são as exigências 
legais para o empreendimento. Sobre a situação apresentada, assinale a 
afirmativa correta.
A) Não é necessária a realização de estudo de impacto ambiental, por ser 
área urbana, ou estudo de impacto de vizinhança, uma vez que não foi 
editada até hoje lei complementar exigida pela Constituição para 
disciplinar a matéria.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
B) É necessário o estudo prévio de impacto ambiental, anterior ao 
licenciamento ambiental, a ser efetivado pelo município, em razão de o 
potencial impacto ser de âmbito local.
C) É necessária a realização de estudo de impacto de vizinhança, desde que 
o empreendimento esteja compreendido no rol de atividades estabelecidas 
em lei municipal.
D) É necessária a realização de estudo de impacto ambiental, o qual não será 
precedido necessariamente por licenciamento ambiental, uma vez que a 
atividade não é potencialmente causadora de impacto ambiental.
 
Comentário: É um relatório técnico onde se avaliam as conseqüências para o 
ambiente decorrentes de um determinado projeto. Nele encontram-se 
identificados e avaliados de forma imparcial e meramente técnica os 
impactos que um determinado projeto poderá causar no ambiente, assim 
como apresentar medidas mitigadoras. Alternativa correta: C
 
 QUESTÃO 4
Hugo, proprietário de imóvel rural, tem instituída Reserva Legal em parte de 
seu imóvel. Sobre a hipótese, considerando o instituto da Reserva Legal, de 
acordo com a disciplina do Novo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012), 
assinale a afirmativa correta.
 
A) As áreas de Reserva Legal são excluídas da base tributável do Imposto 
sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), compreendendo esta uma função 
extrafiscal do tributo.
B) Caso Hugo transmita onerosamente a propriedade, o adquirente não tem 
o dever de recompor a área de Reserva Legal, mesmo que averbada, tendo 
em vista o caráter personalíssimo da obrigação.
C) Hugo não pode explorar economicamente a área de Reserva Legal, 
conduta tipificada como crime pelo Novo Código Florestal (Lei nº 12.651
/2012).
D) A área compreendidapela Reserva Legal é considerada Unidade de 
Conservação de Uso Sustentável, admitindo exploração somente se inserida 
no plano de manejo instituído pelo Poder Público.
 
Comentário: A reserva legal é a área do imóvel rural que, coberta por 
vegetação natural, pode ser explorada com o manejo florestal sustentável, 
nos limites estabelecidos em lei para o bioma em que está a propriedade. 
Alternativa correta: A
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
XVII Exame da Ordem 
QUESTÃO 5
O Município Z deseja implementar política pública ambiental, no sentido 
de combater a poluição das vias públicas. Sobre as competências 
ambientais distribuídas pela Constituição, assinale a afirmativa correta.
 
A) União, Estados, Distrito Federal e Municípios têm competência material 
ambiental comum, devendo leis complementares fixar normas de 
cooperação entre os entes.
B) Em relação à competência material ambiental, em não sendo exercida 
pela União e nem pelo Estado,o Município pode exercê-la plenamente.
C) O Município só pode exercer sua competência material ambiental nos 
limites das normas estaduais sobre o tema.
D) O Município não tem competência material em direito ambiental, por 
falta de previsão constitucional, podendo, porém, praticar atos por 
delegação da União ou do Estado.
 
Comentário: CF.88 Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios:
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, 
artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os 
sítios arqueológicos; 
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas 
formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora. Alternativa correta: A
 
 QUESTÃO 6
Determinado Município, por intermédio de lei que contemplou questões 
como potencial construtivo, zoneamento de bairros e complexos 
esportivos, reduziu os limites de uma determinada Unidade de 
Conservação. Considerando o caso hipotético em tela, assinale a opção 
que se harmoniza com a legislação ambiental.
A) A lei municipal em questão será considerada válida e eficaz, pois a 
redução dos limites de uma Unidade de Conservação pode ser feita até 
mesmo por Decreto.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
B) A redução de limites, assim como a desafetação de uma Unidade de 
Conservação, não demanda lei específica, exigindo apenas a necessária e 
prévia aprovação de Estudo de Impacto Ambiental e respectivo relatório 
(EIA-RIMA).
C) A redução operada pela lei, para produzir efeitos, dependerá da 
aprovação do Conselho Gestor da Unidade de Conservação impactada, 
garantindo-se a participação pública direta no referido procedimento de 
deliberação e aprovação.
D) A redução dos limites da Unidade de Conservação, conquanto possa 
evidenciar os efeitos concretos da lei, somente pode ser feita mediante lei 
específica, regra esta que também se aplica à desafetação.
 
Comentário: De acordo com o art. 22, parágrafo 7° da lei 9985/2000.Art. 
22.As unidades de conservação são criadas por ato do Poder Público.
§ 7o A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação 
só pode ser feita mediante lei específica. Alternativa correta: D
 
XVIII Exame da Ordem 
QUESTÃO 8
Determinada sociedade empresária consulta seu advogado para obter 
informações sobre as exigências ambientais que possam incidir em seus 
projetos, especialmente no que tange à apresentação e aprovação de 
Estudo Prévio de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório 
(EIA/RIMA).
Considerando a disciplina do EIA/RIMA pelo ordenamento jurídico, 
assinale a afirmativa correta.
 
A) O EIA/RIMA é um estudo simplificado, integrante do licenciamento 
ambiental, destinado a avaliar os impactos ao meio ambiente natural, não 
abordando impactos aos
meios artificial e cultural, pois esses componentes, segundo pacífico 
entendimento doutrinário e jurisprudencial, não integram o conceito de 
“meio ambiente”.
B) O EIA/RIMA é exigido em todas as atividades e empreendimentos que 
possam causar impactos ambientais, devendo ser aprovado previamente à 
concessão da denominada Licença Ambiental Prévia.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
C) O EIA/RIMA, além de ser aprovado entre as Licenças Ambientais Prévia 
e de Instalação, tem a sua metodologia e o seu conteúdo regrados 
exclusivamente por Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA), podendo a entidade / o órgão ambiental licenciador dispensá-
lo segundo critérios discricionários e independentemente de 
fundamentação, ainda que a atividade esteja prevista em Resolução 
CONAMA como passível de EIA/RIMA.
D) O EIA-RIMA é um instrumento de avaliação de impactos ambientais, de 
natureza preventiva, exigido para atividades/empreendimentos não só 
efetiva como potencialmente capazes de causar significativa degradação, 
sendo certo que a sua publicidade é uma imposição Constitucional 
(CRFB/1988).
 
Comentário: O EIA/RIMA é exigido para atividades que causem 
SIGNIFICATIVO impacto ambiental, logo não é para todas as atividades. 
Vejam o que diz o art. 225, § 1º, IV, da CF/88: “Incumbe ao Poder Público 
exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade 
potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, 
estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade. Alternativa 
correta: D
QUESTÃO 9
João acaba de adquirir dois imóveis, sendo um localizado em área urbana e 
outro, em área rural. Por ocasião da aquisição de ambos os imóveis, João 
foi alertado pelos alienantes de
que os imóveis contemplavam Áreas de Preservação Permanente (APP) e 
de que, por tal razão, ele deveria buscar uma orientação mais 
especializada, caso desejasse nelas intervir.
Considerando a disciplina legal das Áreas de Preservação Permanente 
(APP), bem como as possíveis preocupações gerais de João, assinale a 
afirmativa correta.
A) As APPs não são passíveis de intervenção e utilização, salvo decisão 
administrativa em sentido contrário de órgão estadual integrante do 
Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA, uma vez que não há 
preceitos legais abstratamente prevendo exceções à sua preservação 
absoluta e integral.
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
B) As hipóteses legais de APP, com o advento do denominado “Novo 
Código Florestal” – Lei nº 12.651/2012 –, foram abolidas em âmbito 
federal, subsistindo apenas nos casos
em que os Estados e Municípios assim as exijam legalmente. 
C) As APPs são espaços territoriais especialmente protegidos, 
comportando exceções legais para fins de intervenção, sendo certo que os 
Estados e os Municípios podem prever outras hipóteses de APP além 
daquelas dispostas em normas gerais, inclusive em suas Constituições 
Estaduais e Leis Orgânicas, sendo que a supressão irregular da vegetação 
nela situada gera a obrigação do proprietário, possuidor ou ocupante a 
qualquer título de promover a sua recomposição, obrigação esta de 
natureza propter rem.
D) As APPs, assim como as reservas legais, não se aplicam às áreas 
urbanas, sendo certo que a Lei Federal nº 12.651/2012 (“Novo Código 
Florestal”), apesar de ter trazido significativas mudanças no seu regime, 
garantiu as APPs para os imóveis rurais com mais de 100 hectares.
 
Comentário: A APP é definida pelo Código como a área protegida, coberta 
ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os 
recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, 
facilitar o fluxo genético de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o 
bem-estar das populações humanas. Alternativa correta: C

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