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Constituição Brasileira e Poder Constituinte

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Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Introdução
Constituição: é a lei fundamental e o limite de poder do Estado. 
Contém princípios e normas relativos à composição e forma deste, assim 
como do Governo, aos direitos e garantias fundamentais, como também 
relativos ao exercício do poder.​
 A Constituição Federal é composta pelo a) Preâmbulo: é a fonte de 
interpretação, entretanto, é desprovido de normatividade; b) Corpo Fixo: 
composto por 250 artigos; e c) Normas ADCT: atos das disposições 
constitucionais transitórias, é composto por 97 dispositivos.
O papel do ADCT é de fazer a travessia entre o ordenamento 
constitucional antigo e a nova Constituição. São normas de passagem, 
não existe hierarquia entre as normas do ADCT e as normas do Corpo 
Fixo, ambas atuam como parâmetro do Controle de Constitucionalidade 
das Leis. 
 ATENÇÃO
 A CF/ 88 pode ser classificada quanto ao Conteúdo, quanto à forma, 
quanto ao modo de elaboração, quanto à origem, quanto ao modo de 
estabilidade e quanto à extensão.​
 Quanto ao conteúdo, a Constituição Brasileira é Formal, ou seja, é 
um documento solenemente consolidado pelo Poder Constituinte 
Originário. Todas as regras desse documento são constitucionais, não 
importando seu conteúdo, pois todas são hierarquicamente superiores às 
demais normas do ordenamento. Já quanto à forma, a CF é Escrita, pois as 
regras são codificadas e sistematizadas em um só documento, este, 
contendo todas as normas fundamentais.​
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
 Quanto ao modo de elaboração, a Constituição é Dogmática, ela 
se apresenta como um produto escrito e organizado por um órgão 
constituinte, que reúne direito dominante e ideias fundamentais 
manifestando os valores sociais. Quanto á origem, a carta magna é 
Promulgada, democrática ou popular, sendo esta produto de uma 
Assembleia Nacional Constituinte, escolhida pelo povo para obter esta 
finalidade, é resultado da vontade popular e são produzidas por 
representantes eleitos pelas pessoas.​
​
 Quanto à estabilidade, a Constituição Brasileira de 1988 é 
Rígida ou Super Rígida, pois só pode ser alterada por um processo 
legislativo mais complicado e solene, do que para editar outras espécies 
normativas. A CF estabelece um regulamento diferente, tornando mais 
difícil a alteração. ​
 Por fim, quanto ao seu conteúdo, a CRFB/88 é Analítica ou 
Prolixa, pois institui minuciosamente todos os assuntos importantes para o 
funcionamento e organização Estatal.​
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Questões Comentadas dos 
Últimos Exames
XVI Exame da Ordem 
QUESTÃO 1
Dois advogados, com grande experiência profissional e com a justa 
preocupação de se manterem atualizados, concluem que algumas ideias 
vêm influenciando mais profundamente a percepção dos operadores do 
direito a respeito da ordem jurídica. Um deles lembra que a Constituição 
brasileira vem funcionando como verdadeiro “filtro”, de forma a 
influenciar todas as normas do ordenamento pátrio com os seus valores. O 
segundo, concordando, adiciona que o crescente reconhecimento da 
natureza normativo-jurídica dos princípios pelos tribunais, especialmente 
pelo Supremo Tribunal Federal, tem aproximado as concepções de direito 
e justiça (buscada no diálogo racional) e oferecido um papel de maior 
destaque aos magistrados. As posições apresentadas pelos advogados 
mantêm relação com uma concepção teórico-jurídica que, no Brasil e em 
outros países, vem sendo denominada de
 
A) neoconstitucionalismo.
B) positivismo-normativista.
C) neopositivismo.
D) jusnaturalismo.
 
Comentário: Uma das grandes características desta vertente é aquela na 
qual há a defesa da tese da constituição como fundamento central de todo 
o sistema jurídico. Ou seja, a Constituição é o fundamento de validade do 
ordenamento, a base do sistema jurídico. Alternativa correta: A
 
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Poder Constituinte
 Conceito: É o poder de criar, instituir ou reformar uma Constituição.
1. Originário/1° grau
• Poder para criar uma Constituição;
• Características: inicial (pois seria a primeira lei do ordenamento jurídico), 
soberano, absoluto, ilimitado (porque é soberano e não sofre qualquer 
limitação do Direito), incondicionado (não se sujeita a nenhum processo 
ou procedimento para manifestar-se), independente (não está ligado à 
nenhuma outra lei).​ 
2. Derivado/2° grau
• Reformador e mudança da Constituição;
• CF/88, art. 3° - Emendas Constitucionais de Revisão (só existem seis e 
não podem mais ser editadas) - Emendas constitucionais são o único meio 
de mudança da CF hoje.
 
3. Poder constituinte derivado decorrente
• Autoriza que entes federativos elaborem suas normas fundamentais 
(forma federativa de estado);
• Art. 25 CF: cada Estado-membro pode fazer sua Constituição Estadual;
• Art. 29, CF: cada município pode fazer sua Lei Orgânica;
• Art. 32, CF: o Distrito Federal pode fazer sua Lei Orgânica;
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que 
adotarem, observados os princípios desta Constituição.
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á 
por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, 
e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, 
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
 
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, 
com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos 
membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios 
estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e 
os seguintes preceitos:
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á 
por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez 
dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, 
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
4. Poder Constituinte Derivado Reformador​
Poder de modificar a CF, de acordo com o processo nela previsto. ​
É exercido pelo Congresso Nacional, quando este elabora Emendas à 
Constituição.​
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Questões Comentadas dos 
Últimos Exames
XV Exame da Ordem 
QUESTÃO 1 
Pedro, reconhecido advogado na área do direito público, é contratado 
para produzir um parecer sobre situação que envolve o pacto federativo 
entre Estados brasileiros. Ao estudar mais detidamente a questão, conclui 
que, para atingir seu objetivo, é necessário analisar o alcance das 
chamadas cláusulas pétreas. Com base na ordem constitucional brasileira 
vigente, assinale, dentre as opções abaixo, a única que expressa uma 
premissa correta sobre o tema e que pode ser usada pelo referido
advogado no desenvolvimento de seu parecer.
 
A) As cláusulas pétreas podem ser invocadas para sustentar a existência de 
normas constitucionais superiores em face de normas constitucionais 
inferiores, o que possibilita a
existência de normas constitucionais inconstitucionais.
B) Norma introduzida por emenda à constituição se integra plenamente ao 
texto constitucional, não podendo, portanto, ser submetida a controle de 
constitucionalidade, ainda que sob alegação de violação à cláusula pétrea.
C) Mudanças propostas por constituinte derivado reformador estão 
sujeitas ao controle de constitucionalidade, sendo que as normas alipropostas não podem afrontar cláusulas pétreas estabelecidas na 
Constituição da República.
D) Os direitos e as garantias individuais considerados como cláusulas 
pétreas estão localizados exclusivamente nos dispositivos do Art. 5º, de 
modo que é inconstitucional
atribuir essa qualidade (cláusula pétrea) a normas fundadas em outros 
dispositivos constitucionais.
 
 
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Comentário: As normas derivadas, ou seja, que surgem para somar forças 
às normas originárias, além de também adequar o texto constitucional à 
realidade social do momento, deve sem sombra de dúvidas respeitar o 
teor das cláusulas pétreas. Mas lembre-se: É possível a alteração para 
ampliar direitos, o que é vedado é a proposta de emenda que tenha por 
objetivo abolir as cláusulas pétreas. Elas não são “irretocáveis”. 
Alternativa correta: C
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Poder Reformador da 
CF/88 – Art. 60
- Limitações:
1) Temporais: o art. 60 não aponta limites de ordem temporal;
2) Circunstanciais: (art. 60, § 1º) a Constituição não poderá ser emendada 
na vigência de Intervenção Federal, Estado de Defesa ou Estado de Sítio;
3) Formais: estão associadas ao Processo Legislativo, devendo obedecer ao 
rol taxativo do art. 60, incisos I, II e III:
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
 I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou 
do Senado Federal; 
II - do Presidente da República; 
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da 
Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus 
membros. 
 
4) Materiais: algumas matérias não podem ser reformadas, elas são as 
cláusulas pétreas, consistem nas limitações de assunto e encontram-se 
elencadas no art. 60, § 4º: 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a 
abolir: 
 I - a forma federativa de Estado; 
 II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
 III - a separação dos Poderes; 
 IV - os direitos e garantias individuais. 
 
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Ademais, além das limitações materiais expressas no art. 60, § 4º, 
existem limites materiais implícitos (encontrados ao longo do texto 
constitucional, decorrente dos princípios, do regime e formas de governo) 
como: ​
a) forma de Governo Republicana; ​
b) Sistema de Governo Presidencialista; e ​
c) o próprio art. 60 da CF/ 88.​
 ​Fenômenos de direito constitucional intertemporal​
Revogação global: acontece com a ordem normativa constitucional 
anterior quando a nova Constituição surge no país, lei nova revoga 
completamente um instituto jurídico ou ramo do Direito;
Recepção: é um processo abreviado de criação de normas jurídicas, 
acontece quando a Constituição nova recebe a ordem normativa 
infraconstitucional anterior surgida sob a égide de cartas precedentes, se 
com ela, tais normas forem compatíveis, a estas são dadas a validade e 
evita-se assim o trabalho de elaborar toda a legislação infraconstitucional 
novamente. É um fenômeno automático e de natureza material.​
​
Repristinação: é o fenômeno pelo qual certa legislação infraconstitucional 
que perdeu sua eficácia diante de um texto constitucional posterior, por 
não ter sido recepcionada pelo mesmo, se restaura pelo surgimento de 
uma nova Constituição. Esse instituto não é aceito pelo ordenamento 
jurídico brasileiro, por disposição expressa do art. 2° § 3°, da Lei de 
Introdução ao Código Civil.​
Desconstitucionalização: trata-se da recepção pela nova ordem 
constitucional como leis originárias de disposições da Constituição 
anterior, perdendo, pois, a natureza de Constituição. Tal fenômeno, 
entretanto, não é acolhido pelo Direito brasileiro.​
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Aplicabilidade das
 Normas Constitucionais
 Todas as normas constitucionais tem eficácia no plano abstrato, 
independente da norma ter sido regulamentada.
 Normas constitucionais quanto à sua eficácia:
 
- Plena: normas da Constituição que não dependem de regulamentação, 
não necessitando de atuação do administrador ou legislador para sua 
aplicabilidade. Aplicabilidade direta e imediata. O verbo da norma é o 
verbo ser no presente do indicativo (é/são). Não irão aparecer expressões 
do tipo: "nos termos da lei", "de acordo com a lei". Ex.: art. 13, art. 2, art. 
19, CF. ​
- Contida/restringível: já produz seus efeitos desde a promulgação da CF 
independente de regulamentação, no entanto pode vir a ser restringida 
pela incidência de uma lei ou de outra norma constitucional. Não 
dependem de regulamentação por norma infraconstitucional. 
Aplicabilidade direta, imediata. Mas a CF admite redução de direito pelo 
legislador ordinário. Eficácia redutível ou restringível. O verbo da norma é 
o verbo ser no presente do indicativo (é/são). Irão aparecer expressões 
com a palavra lei visando à redução de um direito: "salvo as hipóteses que 
a lei estabelecer". Ex.: art. 5°, III. Atenção ao inciso XVI do art. 5º da CF, 
que tem sua eficácia limitada em caso de Estado de defesa e Estado de 
Sítio dos artigos 136 e 139 da CF. Art. LVIII.
OBS.: não dependem de autorização estatal:
- Limitada: é aquela norma que somente produz todos os seus efeitos 
essenciais quando é regulamentada. Dependem de regulamentação por 
normas infraconstitucionais. O verbo da norma está no tempo futuro (será, 
estabelecerá, deverá). Irão existir expressões do tipo "nos termos da lei". ​
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Ex. art. 37, VII, da CF, que estabelece o direito de greve dos servidores 
públicos, o qual deve ser fixado em lei específica (lei que só trata desse 
assunto). Sem essa lei, o direito não tinha como ser exercido. As normas de 
eficácia limitada subdividem-se em:​
​
- Limitada programática: são aquelas que visam alcançar certas metas e 
objetivos, estabelece programas ou princípios a serem desenvolvidos, e 
servirão de diretrizes para todos os órgãos estatais. Ex. art. 3º; 196º; 205º. 
Sua plena produção de efeitos depende não só de lei mas sim de 
argumentos metajurídicos que estão fora do direito (apoio da sociedade e 
políticas públicas).​
- Limitada institutiva: são normas que contém apenas comandos de 
estruturação geral da instituição de determinado órgão, entidade ou 
instituição, de forma que a efetiva criação, organização ou estruturação, 
por expressa disposição constitucional, deve ser feita por normas 
infraconstitucionais. Citamos o § 2º do artigo 18 da Carta Maior, como um 
exemplo de norma constitucional de eficácia limitada de princípio 
institutivo.
Outros exemplos de normas constitucionais de eficácia limitada de 
princípio institutivo: art. 33, art. 90, § 2º, art. 109, inciso VI, etc., todos da 
Constituição Federal.
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Questões Comentadas dos 
Últimos Exames
XVI Exame da Ordem 
QUESTÃO 1
O diretor de RH de uma multinacional da área de telecomunicações, em 
reunião corporativa, afirmou que o mundo globalizado vem produzindo 
grandes inovações, exigindo o reconhecimento de novas profissões 
desconhecidas até então. Feitas essas considerações, solicitou à diretoria 
que alterasse o quadro de cargos e funções da empresa, incluindo as 
seguintes profissões: gestor de mídias sociais, gerente de marketing digital 
e desenvolvedor de aplicativos móveis. O presidente da sociedade 
empresária, posicionando-se contra o pedido formulado, alegouque o 
exercício de qualquer atividade laborativa pressupõe a sua devida 
regulamentação em lei, o que ainda não havia ocorrido em relação às 
referidas profissões. Com base na teoria da eficácia das normas 
constitucionais, é correto afirmar que o presidente da sociedade 
empresária
 
A) argumentou em harmonia com a ordem constitucional, pois o 
dispositivo da Constituição Federal que afirma ser livre o exercício de 
qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer, possui eficácia limitada, exigindo 
regulamentação legal para que possa produzir efeitos.
B) apresentou argumentos contrários à ordem constitucional, pois o 
dispositivo da Constituição Federal que afirma se livre o exercício de 
qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer, possui eficácia contida, de modo que, 
inexistindo lei que regulamente o exercício da atividade profissional, é livre 
o seu exercício.
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
C) apresentou argumentos contrários à ordem constitucional, pois o 
dispositivo da Constituição Federal que afirma ser livre o exercício de 
qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer, possui eficácia plena, já que a liberdade 
do exercício profissional não pode ser restringida, mas apenas ampliada.
D) argumentou em harmonia com a ordem constitucional, pois o 
dispositivo da Constituição Federal que afirma ser livre o exercício de 
qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer, não possui nenhuma eficácia, devendo 
ser objeto de mandado de injunção para a sua devida regulamentação.
Comentário: Não existe na norma constitucional despida de eficácia, já 
que, por si só, ela terá o condão não de apenas revogar normas anteriores 
que com ela sejam incompatíveis, mas também de impedir o ingresso no 
ordenamento jurídico de quaisquer normas que com ela colidam. 
Alternativa correta: B
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Direitos e Garantias
Fundamentais
Os direitos e garantias fundamentais foram marcos de luta política 
emancipatória de classes populares ao longo da história, segundo o 
Professor José Afonso da Silva, os direitos fundamentais “são aquelas 
prerrogativas e instituições que o Direito Positivo concretiza em garantias 
de uma convivência digna, livre e igual de todas as pessoas”. Estão 
disciplinados no Título II da Constituição de 1988 (arts. 5º a 17), abraçando 
os direitos e deveres individuais e coletivos, a nacionalidade, os direitos 
sociais, os direitos políticos e partidos políticos.​ 
 Natureza Jurídica dos direitos fundamentais é dúplice, pois tratam-se 
de direitos subjetivos e objetivos. Possuem como características: 
a) Historicidade, diz respeito ao seu nascimento, modificação e 
desaparecimento ao longo do tempo, dependendo dos acontecimentos 
históricos; ​
​b) Inalienabilidade, é definida pela impossibilidade de negociação dos 
referidos direitos, visando não terem conteúdo patrimonial;
c) Irrenunciabilidade, significa que o cidadão não pode renunciar as 
prerrogativas, mesmo que estas não estejam sendo exercidas; ​
​d) Imprescritibilidade, pois não se perdem com o tempo, não prescrevem, 
são sempre exercidos e se não forem, não são perdidos;​
​e) Relatividade, pois nenhum direito fundamental é absoluto, podem ser 
objeto de limitação, até o direito à vida tem limitação no caso de pena de 
morte, em caso de guerra declarada; e ​
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
 Classificação dos Direitos Fundamentais:
 
A CF/88 subdivide em cinco capítulos, classificando em cinco espécies 
o gênero direitos e garantias fundamentais:
- Direitos Individuais (art. 5º)
- Direitos Coletivos (art. 5º)
- Direitos Sociais (art. 6º e 193)
- Direitos à Nacionalidade (art. 12)
- Direitos Políticos (arts. 14 à 17)
 
 Direito Fundamental à Nacionalidade
Trata-se de um direito de 1º geração e está associado à própria 
identidade do indivíduo. É formado pelo vínculo jurídico que liga o 
indivíduo a certo e determinado Estado. Ademais, a nacionalidade será 
adquirida no momento do nascimento, ou ainda pelo processo de 
naturalização.
f) Universalidade, os direitos e garantias fundamentais, possuem um 
sujeito ativo, que são todas as pessoas, independente de credo, raça, 
nacionalidade, e podem postulá-los em qualquer foro.​
​
g) Indivisibilidade, esses direitos formam um único conjunto de direitos, 
não podem ser examinados isoladamente. Se um for violado, todos os 
outros também serão desrespeitados.​
​
h) Interdependência, pois estão ligados uns aos outros, têm que serem 
vistos como um todo.​
​
i) Interrelacionaridade, a inviolabilidade dos direitos e garantias 
fundamentais têm abrangência nacional e mundial.​
​
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
j) Vedação ao retrocesso, suas aquisições não podem ser produto de um 
retrocesso, não sendo este admitido visando limitá-los ou diminuí-los. Por 
meio desta característica fica certificada a proteção à esse instituto.​
l) Efetividade, O Estado Deve garantir ao máximo a efetivação dos direitos 
fundamentais.​
​
m) Concorrência, podem ser exercidos, todos de uma vez, por um único 
cidadão.​
​
n) Aplicabilidade imediata, o art. 5º da CF, dispõe que os referidos direitos 
têm aplicação imediata, cabendo aos poderes públicos promoverem o seu 
desenvolvimento.​
Classificação dos Direitos Fundamentais:​
 ​
A CF/88 subdivide em cinco capítulos, classificando em cinco espécies 
o gênero direitos e garantias fundamentais:
- Direitos Individuais (art. 5º)​
- Direitos Coletivos (art. 5º)​
- Direitos Sociais (art. 6º e 193)​
- Direitos à Nacionalidade (art. 12)​
- Direitos Políticos (arts. 14 à 17)​.
Direito Fundamental à Nacionalidade​
Trata-se de um direito de personalidade de 1º geração e está 
associado à própria identidade do indivíduo. É formado pelo vínculo 
jurídico que liga o indivíduo a certo e determinado Estado. Ademais, a 
nacionalidade será adquirida no momento do nascimento, ou ainda pelo 
processo de naturalização, como disposto no art. 12º , “a”, “b” e “c” da CF. 
Não se confunde com cidadania, pois esta é o exercícios dos direitos.
​
 
j
​
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Nacionalidade x Cidadania: O Cidadão é um titular de Direitos Políticos, 
enquanto que o Nacional possui vínculo Jurídico que o liga ao Estado. 
Assim, nem todo Nacional é Cidadão, mas todo Cidadão é um Nacional.
Espécies de Nacionalidade:
- Originária/ Primária: será determinada por critérios diversos. No Brasil, o 
critério adotado será o jus solis (da territorialidade), onde são 
considerados nacionais os que nascem no território nacional, não levando-
se em conta a nacionalidade dos pais, sendo estrangeiros ou não. Ao 
nascer no território de determinado Estado, a pessoa adquire a 
nacionalidade . ​
- Secundária/ Derivada/ Adquirida: Nacionalidade conquistada por meio da 
naturalização, que é o ato pelo qual alguém adquire nacionalidade em 
outro país. Nesse caso, sempre irá necessitar do requerimento do 
interessado, e ainda pode ser dividida entre ordinária e extraordinária; a 
primeira se refere aos estrangeiros residentes no País, e que preencham os 
requisitos da lei (Lei 6.815/80 - Estatuto do Estrangeiro). Já a segunda, a 
extraordinária, refere-se aos estrangeiros de qualquer outra nacionalidade, 
e que tenha necessariamente residência no país a mais de 15 anos sem 
interrupção e sem nenhuma condenação criminal.​
 *Observação:é vedado qualquer tipo de tratamento diferenciado, mesmo 
por lei, entre brasileiros natos ou naturalizados, salvo os casos expressos 
na CF.​
 Direitos políticos (art. 14 ao 17 CF)​
​
 Conceito: é um grupo de normas expressas na Constituição, que se 
referem à participação do povo nos procedimentos políticos. É o exercício 
das pessoas na vida pública do Estado. 
Fique sabendo!
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São direitos públicos e subjetivos, que dão ao indivíduo o status de 
cidadão. Como exemplo temos o Direito de sufrágio (votar, ser eleito) e o 
Direito de participar no processo político (organizar e participar de 
partidos políticos, participar do processo legislativo, entre outros).​
 A Constituição da República, em seu artigo 14, estabelece que “ A 
soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto 
e secreto, com valor igual para todos e, nos termos da lei, mediante 
plesbicito, referendo e iniciativa popular”.​
​
- Plesbicito: é um parecer do povo sobre determinado assunto, e a 
depender da resposta, será adotada ou não alguma medida administrativa 
ou legislativa. É convocado antes do ato legislativo.​
- Referendo: é um parecer do povo sobre uma determinada norma já 
aprovada, para que este confirme ou rejeite. É convocado depois do ato 
legislativo.​
​
Dica! Tanto o plesbicito quanto o referendo, têm efeito mandamental, 
e representam a própria soberania popular. Ou seja, uma vez 
aprovada, no caso de plesbicito, a norma obrigatoriamente deve 
ser homologada pelo Poder Legislativo e promulgada, já no caso 
do referendo, a norma obrigatoriamente deve ser revogada pelo 
mencionado poder.​
- Iniciativa Popular: possibilidade do povo encaminhar um projeto de lei 
para o Poder Legislativo. Para isso, é necessário um por cento do 
eleitorado nacional, distribuídos em no mínimo cinco Estados-membros, 
com a consecução do apoio de no mínimo três décimos por cento de 
eleitores em cada um deles.​
​
 Ela acontece para garantir uma maior lisura ao processo eleitoral, 
impedindo que o candidato utilize-se da função, cargo ou emprego, 
público ou privado, em benefício de sua candidatura. Esse ato deve ser 
expresso em um documento, de forma a não causar dúvidas. Se o 
interessado não se afastar, não se desincompatibilizar, no prazo legal, 
ocorrerá a inelegibilidade (impedimento de alguém ser candidato).​
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Dica! Para a reeleição não precisa haver a desincompatibilização​
- Condições de elegibilidade: (art.14, § 3º):​
“I – nacionalidade brasileira;​
 II – pleno exercício dos direitos políticos;​
 III – alistamento eleitoral​
 IV – domicílio eleitoral na circunscrição;​
 V – filiação partidária;​
 VI – idade mínima de:​
a. Trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e 
Senador;​
b. Trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do 
Distrito Federal;​
c. Vinte e um anos pra Deputado Federal, Deputado Estadual e Distrital, 
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;​
d. Dezoito anos para Vereador.​
- Inelegibilidade reflexa (§7°, art. 14 CF) – impedimento para uma 
candidatura por "relação" de parentesco.​
- Inelegibilidade por motivo funcional (art. 14 §§ 5º e 6º) – impedimento 
para candidatura para os mesmos cargos , num terceiro período 
subsequente, ex: o Presidente da República, Governadores, Prefeitos, 
quem houver substituído ou sucedido nos seis meses antes ao pleito.​
 - Voto facultativo – analfabetos (pode votar, mas não pode ser votado); 
maiores de 16 e menores de 18 anos; maiores de 70 anos. ​
Cuidado! Quem sofre impeachment pode votar, mas não pode ser votado. 
Preso por sentença condenatória com trânsito em julgado não vota.​
​
Perda e Suspensão dos Direitos Políticos​
 A diferença entre perda e suspensão dos direitos políticos é que a 
primeira significa que esses direitos nunca mais poderão se readquiridos e 
a segunda, que poderão, desde que a suspensão tenha sido extinta. A 
primeira é permanente e a segunda é provisória.​
a. Caso de perda: cancelamento de naturalização por sentença 
transitada em julgado.​
b. Caso de suspensão: incapacidade civil absoluta.​
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STF​
- Maioria de 2/3 para edição, revisão ou cancelamento de súmula 
vinculante;​
- O STF pode recusar Recurso Extraordinário por não ter efeito geral, exige 
maioria de 2/3 dos ministros;​
​
Modulação de efeitos temporais​
​ - Para modulação de efeitos temporais (mudança na "data de validade") 
das decisões no controle de constitucionalidade; para o efeito ex tunc é 
necessária maioria absoluta (6 ministros), na modulação de efeitos é 
necessário manifestação de 2/3 do STF (8 ministros). Para a modulação de 
efeitos temporais não precisa ser apenas da data da decisão em diante, 
pode ser escolhida qualquer data que não a da edição da norma.​
- A modulação para ser feita requer razões de segurança jurídica ou 
excepcional interesse social;​
- Só existe autorização expressa para a modulação no controle 
concentrado (artigo 27 da Lei n.° 9868/99). Todavia o Supremo, nas suas 
decisões no controle difuso admite a modulação de efeitos por analogia.​
A CF também exige maioria de 2/3:​
​
- Para que a Câmara dos Deputados autorizarem o processamento do 
Presidente da República pela prática de crime comum ou de 
responsabilidade. Se o crime for comum o processamento será feito no 
STF. Se for crime de responsabilidade quem julga é o Senado (art. 85, CF).​
- Para o Senado condenar o presidente pela prática de crime de 
responsabilidade. Penas para crime de responsabilidade o Presidente se 
sujeita a duas penas possíveis: perda do cargo com inabilitação por oito 
anos para concorrer a cargos políticos (eventual renúncia não impede a 
inabilitação por oito anos).​
​
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Questões Comentadas dos 
Últimos Exames
XV Exame da Ordem 
QUESTÃO 1 
 A CRFB/88 identifica as hipóteses de caracterização da nacionalidade para 
brasileiros natos e os brasileiros naturalizados. Com base no previsto na 
Constituição, assinale a alternativa que indica um caso 
constitucionalmente válido de naturalização requerida para obtenção de 
nacionalidade brasileira.
 
A) Juan, cidadão espanhol, casado com Beatriz, brasileira, ambos 
residentes em Barcelona.
B) Anderson, cidadão português, domiciliado no Brasil há 360 dias.
C) Louis, cidadão francês, domiciliado em Brasília há 14 anos, que está em 
liberdade condicional, após condenação pelo crime de exploração sexual 
de vulnerável.
D) Maria, 45 anos, cidadã russa, residente e domiciliada no Brasil desde 
seus 25 anos de idadade, processada criminalmente por injúria, mas 
absolvida por sentença transitada em julgado.
 
Comentário: Art. 12. São brasileiros: II - naturalizados:
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República 
Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem 
condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. 
Alternativa correta: D
 
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QUESTÃO 2
 Pedro promoveu ação em face da União Federal e seu pedido foi julgado 
procedente, com efeitos patrimoniais vencidos e vincendos, não havendo 
mais recurso a ser interposto. Posteriormente, o Congresso Nacional 
aprovou lei, que foi sancionada, extinguindo o direito reconhecido a Pedro. 
Após a publicação da referida lei, a Administração Pública federal notificou 
Pedro para devolver os valores recebidos, comunicando que não mais 
ocorreriam os pagamentos futuros, em decorrência da norma em foco. 
Nostermos da Constituição Federal, assinale a opção correta.
A) A lei não pode retroagir, porque a situação versa sobre direitos 
indisponíveis de Pedro.
B) A lei não pode retroagir para prejudicar a coisa julgada formada em 
favor de Pedro.
C) A lei pode retroagir, pois não há direito adquirido de Pedro diante de 
nova legislação.
D) A lei pode retroagir, porque não há ato jurídico perfeito em favor de 
Pedro diante de pagamentos pendentes.
 
Comentário: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a 
coisa julgada. Alternativa correta: B
XVI Exame da Ordem 
QUESTÃO 3 
Alessandro Bilancia, italiano, com 55 anos de idade, ao completar 15 anos 
de residência ininterrupta no Brasil, decide assumir a nacionalidade 
“brasileira”, naturalizando-se. Trata-se de renomado professor, cuja 
elevada densidade intelectual e capacidade de liderança são muito bem 
vistas por um dos maiores partidos políticos brasileiros. Na certeza de que 
Alessandro poderá fortalecer os quadros do governo caso o partido em 
questão seja vencedor nas eleições presidenciais, a cúpula partidária já 
ventila a possibilidade de contar com o auxílio do referido professor na 
complexa tarefa de governar o País.
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Analise as situações abaixo e assinale a única possibilidade idealizada pela 
cúpula partidária que encontra respaldo na Constituição Federal.
 
A) Alessandro Bilancia, graças ao seu reconhecido saber jurídico e à sua 
ilibada reputação, poderá ser indicado para compor o quadro de ministros 
do Supremo Tribunal Federal.
B) Alessandro Bilancia, na hipótese de concorrer ao cargo de deputado 
federal e ser eleito, poderá ser indicado para exercer a Presidência da 
Câmara dos Deputados.
C) Alessandro Bilancia, na hipótese de concorrer ao cargo de senador e ser 
eleito, pode ser o líder do partido na Casa, embora não possa presidir o 
Senado Federal.
D) Alessandro Bilancia, dada a sua ampla e sólida condição intelectual, 
pode ser nomeado para assumir qualquer ministério do governo.
Comentário: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade 
brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas 
residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República 
Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem 
condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
Alternativa correta: C
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Comissão Parlamentar
 de Inquérito – CPI 
(art. 58, §3º, CF)
- Função: investigação;
- Natureza: de caráter investigatório, administrativo e inquisitorial. 
Investigatório pois procuram provas sobre determinados fatos; 
administrativo porque os atos praticados assim de caracterizam, sem 
natureza jurisdicional; inquisitorial pois os parlamentares têm autonomia 
para analisar o objeto em foco, mas, respeitando os direitos fundamentais.​
- Conclusão das investigações: será feito um relatório , e as conclusões da 
CPI serão enviadas ao Ministério Público, que deverá tomar as medidas 
cabíveis, responsabilidade civil ou criminal aos infratores.​
- Poderes: das autoridades judiciais. Nem todos os poderes da autoridade 
judicial foram conferidos à CPI (reserva de jurisdição).​
Reserva de jurisdição CPI
- Interceptação telefônica (escuta);
- Busca e apreensão domiciliar (art. 
5º, XI, CF);
- Medidas cautelares (prisão 
preventiva, arresto, sequestro, 
impossibilidade de se ausentar da 
comarca, indisponibilidade de 
bens);
- Prisão (art. 5º, LXI, CF)
- Quebra do sigilo telefônico, fiscal e 
bancário (extrato);
- CPI decreta busca e apreensão 
genérica;
- CPI pode decretar prisão em 
flagrante, que será compulsória 
(para qualquer do povo é 
facultativa);
CPI também não pode:​
- Prender (a não ser caso de flagrante delito);​
- Decretar sequestro;​
​
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- Formular acusações e nem punir delitos;​
- Realizar apreensão ou decretar indisponibilidades de bens;
- Desrespeitar o direito contra a auto-incriminação que assiste a qualquer 
indiciado ou testemunha;​
- Impedir alguém de sair do País​
- Anular atos do executivo;​
- Convocar magistrado para prestar depoimento que verse exclusivamente 
sobre sua função jurisdicional;​
- Investigar fatos que digam respeito exclusivamente a outra entidade 
federativa;​
- Inviolabilidade do domicílio;​
- Decretação de prisão que não seja em flagrante;​
 - Interceptação telefônica.​
​
* Observação: As assembleias Legislativas, a Câmara Legislativa do Distrito 
Federal e as Câmaras Municipais também podem formar CPI’s para 
investigar questões relacionadas ao respectivo ente federativo. Portanto, 
não pode uma CPI do Congresso, Câmara dos Deputados ou Senado 
investigar questões de Estados ou Municípios.​
CPI deve:​
- Proceder à oitiva de investigados e testemunhas, respeitado o direito ao 
silencio (de ambos, não autoincriminação);​
- Deve respeitar o direito à assistência jurídica;​
- Controle jurisdicional feito pelo Supremo (HC, MS)​
 ​
Requisitos para instauração:​
a) Formal: necessidade de obtenção de um determinado quórum para a 
criação da CPI. Para sua criação, na Câmara ou Senado é necessário ter o 
apoio de um terço dos deputados e senadores de cada Casa respectiva 
Requerimento de 1/3 dos membros da Câmara ou do Senado. Ou das duas 
Casas se a CPI for mista (CPMI);​
b) Substancial: se relaciona com o assunto a ser investigado que deve ser 
determinado antes de sua criação. ​
c) Temporal: seu funcionamento seja por período determinado. O prazo 
pode ser prorrogado até o fim da legislatura (4 anos).
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A CF exige 1/3 dos membros:​
- Dos Deputados ou Senadores apresentem proposta de emenda 
constitucional (PEC).​
- Dos Deputados ou Senadores para apresentarem uma CPI.​
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Questões Comentadas dos 
Últimos Exames
XVI Exame da Ordem 
QUESTÃO 1
Ocorreu um grande escândalo de desvio de verbas públicas na 
administração pública federal, o que ensejou a instauração de uma 
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), requerida pelos deputados 
federais de oposição. Surpreendentemente, os oponentes da CPI 
conseguem que o inexperiente deputado M seja alçado à condição de 
Presidente da Comissão. Por não possuir formação jurídica e desconhecer 
o trâmite das atividades parlamentares, o referido Presidente, sem 
consultar os assessores jurídicos da Casa, toma uma série de iniciativas, 
expedindo ofícios e requisitando informações a diversos órgãos. 
Posteriormente, veio à tona que apenas uma de suas providências 
prescindiria de efetivo mandado judicial.
Assinale a opção que indica a única providência que o deputado M poderia 
ter tomado, prescindindo de ordem judicial.
 
A) Determinação de prisão preventiva de pessoas por condutas que, 
embora sem flagrância, configuram crime e há comprovado risco de que 
voltem a ser praticadas.
B) Autorização, ao setor de inteligência da Polícia Judiciária, para que 
realize a interceptação das comunicações telefônicas (“escuta”) de 
prováveis envolvidos.
C) Quebra de sigilo fiscal dos servidores públicos que, sem aparente 
motivo, apresentaram público e notório aumento do seu padrão de 
consumo.
D) Busca e apreensãode documentos nas residências de sete pessoas 
supostamente envolvidas no esquema de desvio de verba.
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Comentário: A quebra de sigilo fiscal pode ser decretada de ofício numa 
CPI. A CPI pode declarar:
quebra de sigilo fiscal
quebra de sigilo bancário
- quebra de registro telefônico
Alternativa correta: C
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Organização do Estado
De acordo com o art. 18 da CF, “República Federativa do Brasil é formada 
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal”.
Forma de Estado: Federal – Estados Autônomos. Não são soberanos, a 
soberania é da RFB.
Auto-organização: Capacidade de editar sua lei fundamental e o restante 
do corpo normativo.
Autogoverno: capacidade de eleger seus próprios representantes.
Autoadministração: Territórios Federais não são entes da federação, não 
são autônomos, eles integram a União. 
 
Repartição constitucional da competência legislativa:
 
1. Estado: organizam-se e regem-se pela Constituição Estadual (auto-
organização - poder constituinte derivado decorrente) e leis que adotarem 
(autolegislação). Possuem autogoverno (eleição de seu governador e 
deputados estaduais) e autoadministração (competências administrativas 
e tributos próprios). 
● Poder executivo: Governador e vice-governador (art.28 da CF)
● Poder Legislativo: Assembleia Legislativa (Deputados Estaduais) - art. 
27 da CF.
● Poder Judiciário: Justiça Estadual (arts. 125 e 126 da CF)
 
 
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Competência residual (art. 25, §1º, CF), todavia o Estado possui algumas 
competências expressas: regiões metropolitanas, microrregiões e 
aglomerações urbanas – envolvem municípios limítrofes (25, §3º, CF); gás 
canalizado, na forma da lei, não cabe MP (25, §2º, CF) – Estados podem 
editar medida provisória, desde que haja previsão expressa na 
Constituição Estadual.
2. Distrito Federal: É unidade federada dotada de autonomia, com 
capacidade de auto-organização (rege-se por lei orgânica - art. 32 da CF), 
autolegislação (competência para editar leis distritais), autogoverno e 
autoadministração. Seu poder Legislativo é formado pela Câmara 
Legislativa (deputados distritais) e o Judiciário é organizado e mantido pela 
União, por lei federal (art. 48 da CF)
Competência legislativa cumulativa, a mesma reservada aos Estados e 
Municípios. (O distrito Federal não se reparte em municípios).
3. Municípios: art. 30, CF. São pessoas jurídicas de Direito Público interno, 
autônomos, regisdos por Leis Orgânicas Municipais. 
● Poder Executivo: Prefeito e Vice-Prefeito - art. 29 da CF
● Poder Legislativo: Câmaras Municipais (vereadores) - art. 29 e 29-A 
da CF.
● Poder Judiciário: Não Possui
I – competência legislativa local
II – suplementar (suplementa lei federal ou estadual) III a IX – 
materiais/administrativas
4. União: É a Pessoa Jurídica de Direito Público, componente da Federação 
Brasileira e autônoma, na medida em que possui capacidade de auto-
organização (Constituição Federal), autolegislação, autogoverno e 
autoadministração. Exerce competências atribuídas pela própria CF.
DICA! a União não se confunde com a República Federativa do Brasil. A 
União é ente da federação, e a República é o Estado soberano.
 
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Atribuições materiais:
Exclusivas – indelegáveis (art. 21, CF); incisos XII e XIV: algumas instituições 
no DF são organizadas e mantidas pela União: PJ, DP, MP, PC, PM e 
Corpo de bombeiros.
Comuns – delegáveis aos entes federativos (art. 23, CF).
Legislativas: 
Privativas – 22, CF, da União, mas delegável. Existem três requisitos para 
que a delegação ocorra de maneira adequada: Lei Complementar; não 
abrange a matéria inteira, somente questões específicas; a delegação será 
estendida de um Estado para todos. (19, III, CF). Ramos do direito para os 
quais a competência é privativa: Para memorizar - CAPACET DE PM: Civil 
Agrário Penal Aeronáutico Comercial Eleitoral Trabalho Espacial Processual 
Marítimo. 
Concorrente – 24, CF, entre União, Estados e DF. Ramos do direito para os 
quais a competência é concorrente: PUTO FE: Penitenciário Urbanístico 
Tributário Orçamentário Financeiro Econômico
Parágrafos do 24, CF:
§1º: normas gerais, União;
§2º: Estado suplementa legislação federal;
§3º: inexistindo norma federal geral os Estados exercem competência 
legislativa plena.
§4º: a superveniência de lei federal sobre normas gerais, suspende a 
eficiência da lei estadual, no que lhe for contrária. A lei estadual não será 
inconstitucional, haverá apenas uma suspensão da norma.
 
 
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Questões Comentadas dos 
Últimos Exames
XV Exame da Ordem 
QUESTÃO 1 
No município de São José dos Cavaleiros, 87% dos atendimentos médicos 
nas emergências hospitalares são decorrências de acidentes 
automobilísticos ocasionados pelo consumo de bebidas alcoólicas. Uma 
vereadora do município, Sra. X, ciente das estatísticas expostas, apresenta 
projeto de lei propondo que os cidadãos proprietários de veículos 
automotores, residentes no município, municiem seus veículos com 
equipamento que impeça a partida do carro no caso de o condutor ter 
consumido álcool. A Câmara Municipal, por voto de 2/3 dos vereadores, 
aprova a lei. Esta legislação deve ser considerada
A) constitucional, por tratar de proteção de direito fundamental.
B) inconstitucional, por tratar de matéria de competência privativa da 
União.
C) inconstitucional, por vício formal relacionado ao quórum mínimo para 
votação.
D) constitucional, por tratar de assunto de interesse local e ter sido 
aprovada por processo legislativo idôneo.
Comentário: Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XI - trânsito e transporte. Alternativa correta: B
 
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Controle de 
Constitucionalidade
Controlar a constitucionalidade das normas significa fiscalizar se a 
aludida norma inferior é ou não compatível com a norma superior, a fim 
de manter a sua supremacia. É a verificação da compatibilidae das leis ou 
atos normativos com a Constituição, assegurando-se, com isso, a 
supremacia da Lei Maior. Isso porque a Constituição está 
hierarquicamente acima de todas as normas do ordenamento. No Brasil, a 
teoria adotada é a de nulidade, segundo a qual a decisão que reconhece a 
inconstitucionalidade de uma lei, ou ato normativo, tem natureza 
declaratória, ademais, seus efeitos são “ex nunc”, sendo o ato impugnado 
declarado nulo.
 Importa destacar que o Controle de Constitucionalidade pode ser 
realizado por diversos órgãos integrantes do mesmo Poder ou por Poderes 
distintos. Quanto à competência, o controle pode ser: a) Político – quando 
realizado por órgão não integrante do Poder Judiciário; b) Jurisdicional – 
quando realizado pelo Poder Judiciário, e c) Misto – quando realizado por 
órgãos jurisdicionais e políticos.
Para o Exame da Ordem é importante atentar para as espécies de 
inconstitucionalidade:
a) Inconstitucionalidade por ação: a inconstitucionalidade é fruto de uma 
conduta positiva ou comissiva praticada por algum órgão estatal. 
b) Inconstitucionalidade por omissão: neste caso, o Legislador, ou 
administrador público, não observa a Constituição ao deixar de produzir 
a norma regulamentadora de suas disposições, tal inconstitucionalidade 
pode ser sanada através da ação direta de inconstitucionalidade por 
omissão e por meio do mandado de injunção.ATENÇÃO
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Espécies de Controle de Constitucionalidade
 
- Quanto ao momento em que é realizo: 
a) Preventivo – visa a impedir que a norma inconstitucional ingresse no 
ordenamento jurídico, violando a Constituição. O aludido controle pode 
ser realizado pelo: Poder Legislativo (pelas Comissões Permanentes de 
Constituição e Justiça e pelo próprio Plenário., Poder Executivo (Presidente 
da República) e Poder Judiciário (via mandado de segurança, impetrado 
exclusivamente por membro da Casa Legislativa). 
b) Repressivo – tem por finalidade a exclusão de norma inconstitucional 
que já ingressou no ordenamento jurídico, objetiva retirar da ordem 
jurídica a norma violadora da constituição. No Brasil esse controle é 
exercido, em regra, pelo Poder Jurisdicional, que controla as leis ou atos 
normativos já editados, de modo concentrado ou difuso. Entretanto, 
teremos também as leis delegadas e os atos normativos, assim como as 
medidas provisórias, controlados pelo Poder Legislativo (art.52, X; 49,V; 
62, § 5º, todos da CF). Admite-se também controle pelo Tribunal de 
Contas.
c) Difuso – exercido por todos os componentes do Poder Judiciário, todos 
os magistrados. Será realizado incidentalmente porque o objeto da ação é 
a satisfação de um direito individual ou coletivo. O controle concreto 
incidental produz efeitos “inter partes”, não atingindo terceiros órgãos do 
Judiciário, Legislativo ou Executivo, nem às demais relações privadas. 
d) Concentrado – deferido a um Tribunal de cúpula do Poder Judiciário ou 
a uma corte especial. Tem por objeto a própria declaração de 
inconstitucionalidade do ato legislativo ou normativo. Tal controle será 
realizado através das seguintes ações: Ação direita de 
inconstitucionalidade genérica, Ação direita de inconstitucionalidade por 
omissão, Ação direita de inconstitucionalidade interventiva, Ação direita 
declaratória de constitucionalidade e Arguição de descumprimento de 
preceito fundamental.
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Controle Difuso ou Incidental de Constitucionalidade
 
É modalidade de controle repressivo que pode ser exercido por 
todos os juízes ou tribunais. Qualquer Juiz ou Tribunal brasileiro possui 
competência para reconhecer a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo no controle difuso ou incidental. Trata-se de questão incidente, 
indispensável ao jugalmento do mérito. Contudo, no caso dos Tribunais, a 
declaração de inconstitucionalidade depende de manifestação da maioria 
absoluta de seus membros ou do órgão especial (cláusula de reserva de 
plenário).
O STF, visando garantir a observância da cláusula de reserva de plenário, 
editou a Súmula n.° 10 nos seguintes termos: “viola a cláusula de reserva 
de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de Tribunal 
que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei 
ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em 
parte”. 
Qualquer pessoa, física ou jurídica, tem legitimidade para discutir a 
constitucionalidade de uma Lei ou ato normativo do sistema difuso. 
Ademais, qualquer lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal está 
sujeito ao controle difuso de constitucionalidade. Em regra, no sistema 
difuso, a decisão produz efeitos “inter partes”, não vinculante e em regra, 
“ex tunc” (retroage). O órgão competente para julgar será qualquer juiz 
(monocrático; colegiado, cf. o art. 97 da CF).
Efeito Repristinatório: ocorrerá quando a declaração de 
inconstitucionalidade de uma Lei, ou ato normativo, conduzir à vigência 
de outra norma, anteriormente revogada por aquela. 
Fique sabendo!
 ATENÇÃO
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Quadro comparativo entre o controle concentrado e o difuso:
 
CONCENTRADO DIFUSO
STF Todos os juízes
Legitimados (art.103/CF) Qualquer pessoa
Via ação Via defesa/exceção
Abstrato Concreto 
Principal Incidental 
Efeito erga omnes e vinculante Efeito só para as partes
Cabe ao Senado Federal, no Controle Concreto ou Incidental, suspender 
a eficácia de lei ou ato normativo declarado inconstitucional pelo STF, 
ademais, o instrumento a ser utilizado pelo SF será a Resolução. O SF não 
está obrigado a suspender a lei ou ato normativo, sua atuação é apenas 
político-discricionária. 
Fique sabendo!
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Controle Abstrato ou concentrado de Constitucionalidade
 Este tipo de controle é realizado somente por alguns órgãos do Poder 
Judiciário; pelo STF ou TJ do DF. O controle abstrato de constitucionalidade 
tem por objetivo principal a manutenção da supremacia do Texto 
Constitucional, trata-se, pois, de um processo objetivo no qual a 
declaração de constitucionalidade do ato normativo impugnado constitui o 
objeto litigioso principal. Ademais, o controle abstrato de 
constitucionalidade tem causa de pedir aberta, de modo que ao apreciar a 
inconstitucionalidade, não há vinculação aos motivos apresentados. 
Ambas as sentenças do controle abstrato, tem efeitos “erga omnes” ou 
vinculante.
 O controle abstrato realiza-se através das seguintes ações: a) Ação 
direta de inconstitucionalidade (ADI) genérica; b) Ação direta de 
inconstitucionalidade por omissão; c) Ação direta de inconstitucionalidade 
interventiva; d) Ação direta declaratória de constitucionalidade (ADCon); e 
Arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF). 
O STF não reconhece a chamada inconstitucionalidade superveniente, as 
normas anteriores e incompatíveis à constituição são simplesmente 
revogadas, não podendo, pois, ser objeto de ADI.
 ATENÇÃO
Ação Direta de Inconstitucionalidade
 O objeto é a obtenção da declaração de inconstitucionalidade em tese 
de LEI ou ATO NORMATIVO FEDERAL ou ESTADUAL (em que se incluem as 
emendas constitucionais).
 São legitimados à propositura da ADI: 
- Presidente da República;
- Mesa do Senado Federal;
- Mesa da Câmara dos Deputados;
- Mesa de Assembleia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do 
Distrito Federal;
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
- Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal;
- Procurador-Geral da República;
- Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
- Partido político com representação no Congresso Federal;
- Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
 O procedimento da ação direta de inconstitucionalidade está 
estabelecido na Lei nº 9.868/99. O órgão competente para julgar é o 
Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 102, I, a.
 Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação 
direta e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-à procedente a ação 
direta. É por este motivo que a ADI é uma ação de natureza dúplice, na 
medida em que será proferida uma decisão declarando a 
constitucionalidade ou inconstitucionalidade.
 A decisão é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos 
declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória. 
Quando declarada a constitucionalidade, o efeito será ex tunc. Quando é 
declarada a inconstitucionalidade, em regra, o efeito também é ex tunc.
 ATENÇÃO
 ATENÇÃO
Ação Declaratória de Constitucionalidade
 
O objetivo é obter a declaração de constitucionalidade em tese de LEI 
ou ATO NORMATIVO FEDERAL (em que se incluem as emendas 
constitucionais). Tem por objeto lei federal inconstitucional, verificada em 
processos judiciais em que União está perdendo. Seu escopo é pôr termo à 
segurança jurídicaou condição de incerteza sobre a legitimidade da 
norma. Transformando a presunção relativa de constitucionalidade em 
absoluta. 
As Mesas das Assembleias e Câmaras Legislativas, Governadores de 
Estados e do DF e confederações sindicais são legitimados especiais. 
Desse modo, devem demonstrar a pertinência temática, só podendo 
demandar em relação à determinadas matérias em que tenham 
interesse. 
 ATENÇÃO
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Fruto da relevante controvérsia judicial. Autor: (art. 103 da CF e EC 
45/2004): Presidente da República - Mesa do Senado Federal - Mesa da 
Câmara dos Deputados - Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara 
Legislativa do Distrito Federal - Governador de Estado ou do Distrito 
Federal - Procurador-Geral da República - Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil - Partido Político com representação no Congresso 
Nacional - Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
Lei n. 9869/99, só previa quatro autores. Contudo, após a Emenda 
Constitucional n. 45/2004, este rol foi ampliado. O órgão competente para 
julgar é o Supremo Tribunal Federal. Seu procedimento está estabelecido 
na Lei nº 9.868/99. Proclamada a constitucionalidade, será procedente a 
ação declaratória, e do contrário, julgará improcedente. É uma ação de 
natureza dúplice. A decisão também é irrecorrível. 
Foro: Supremo Tribunal Federal.
Efeitos: erga omnes (conforme o art. 102, § 1º, CF), vinculante e ex tunc 
(retroativo).
● não é obrigatória a pertinência temática, que só é exigida na ADIN.
 
Arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF): 
 
 Na Constituição, o único dispositivo sobre essa ação é o art. 102, §1º, 
acrescentando a EC. nº 3/1993. Todas as regras relativas a essa ação estão 
na lei nº 9.882/99. As hipóteses de cabimento são: 
1 - para evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato 
do Poder Público, quando não houver outro meio;
2 - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional 
sobre LEI ou ATO NORMATIVO FEDERAL, ESTADUAL ou MUNICIPAL.
 É uma ação subsidiária. Quanto à legitimidade ativa, nos termos do art. 
2º da Lei nº 9.882/99, podem propor os mesmos legitimados para a ADI.
Previsão: art. 102, § 1.º, da Constituição Federal e Lei n. 9882/99 (art. 102, 
§1º: A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente 
desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na 
forma da lei).
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Princípio da subsidiariedade: O princípio da subsidiariedade deve ser 
interpretado como inerente à preservação das individualidades, ou seja, o 
desenvolvimento nasce na pessoa, chega à sociedade e às instituições e 
retorna a pessoa, restituindo-lhe espaços e instrumentos de iniciativa, 
tornando-as co-responsáveis pelo bem comum. O lema da subsidiariedade 
é: “in dúbio pro individuo vel minore” na dúvida, pelo individuo ou pela 
unidade inferior. Se houver algum mecanismo processual para sanar a 
lesão, não é possível a utilização da arguição de descumprimento de 
preceito fundamental.
Autor: Presidente da República - Mesa do Senado Federal - Mesa da 
Câmara dos Deputados - Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara 
Legislativa do Distrito Federal - Governador de Estado ou do Distrito 
Federal - Procurador-Geral da República - Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil - Partido Político com representação no Congresso 
Nacional - Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
Lei n. 9869/99, só previa quatro autores. Contudo, após a Emenda 
Constitucional n. 45/2004, este rol foi ampliado.
 Foro: Supremo Tribunal Federal.
Efeitos: erga omnes, vinculante e ex tunc.
Para todas as ações:
� Quórum de instalação: 2/3 dos membros, ou seja, 8 membros.
 ATENÇÃO
• Quórum de aprovação: maioria absoluta, ou seja, 6 membros.
• Amicus curiae: (amigo da Corte) terceiro, de fora da corte, que endente 
da matéria a ser decidida, chamado pelo Ministro-relator para auxiliar o 
julgamento (espécie de perito).
• Modulação temporal: mudança dos efeitos do ex tunc para ex nunc. São 
necessários relevante interesse público e manifestação de 2/3 do tribunal.
• Requisitos: relevante interesse público e manifestação de 2/3 do 
Tribunal.
• Dúplices ou ambivalentes: o nome da ação não vincula a decisão.
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Questões Comentadas dos 
Últimos Exames
XV Exame da Ordem 
QUESTÃO 1 
O Supremo Tribunal Federal editou súmula com efeito vinculante. Pedro, 
advogado, deseja pleitear o cancelamento da referida súmula. Nos termos 
da Constituição Federal, considerando a legitimação para propor 
aprovação ou cancelamento de súmula junto ao Supremo Tribunal Federal, 
Pedro poderá provocar o seguinte legitimado:
 
A) o interessado que tenha tido a repercussão geral de seu recurso 
extraordinário reconhecida pelo STF.
B) a seccional da Ordem dos Advogados do Brasil de qualquer estado da 
Federação.
C) a Mesa de Câmara dos Vereadores de município que tenha interesse 
direto na súmula.
D) o Partido Político com representação no Congresso Nacional.
 
Comentário: Art. 103 c/c 103-A, §2º: “Sem prejuízo do que vier a ser 
estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula 
poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de 
inconstitucionalidade” Alternativa correta: D
QUESTÃO 2
 A discussão a respeito das funções executiva, legislativa e judiciária parece 
se acirrar em torno dos limites do seu exercício pelos três tradicionais 
Poderes. Nesse sentido, sobre a estrutura adotada pela Constituição 
brasileira de 1988, assinale a afirmativa correta.
 
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A) O exercício da função legislativa é uma atribuição concedida 
exclusivamente ao Poder Legislativo, como decorrência natural de ser 
considerado o Poder que mais claramente representa o regime 
democrático.
B) O exercício da função jurisdicional é atribuição privativa do Poder 
Judiciário, embora se possa dizer que o Poder Executivo, no uso do seu 
poder disciplinar, também faça uso da função jurisdicional.
C) O exercício de funções administrativas, judiciárias e legislativas deve 
respeitar a mais estrita divisão de funções, não existindo possibilidade de 
que um Poder venha a exercer, atipicamente, funções afetas a outro 
Poder.
D) A produção de efeitos pelas normas elaboradas pelos Poderes 
Legislativo e Executivo pode ser limitada pela atuação do Poder Judiciário, 
no âmbito de sua atuação típica de controlar a constitucionalidade ou a 
legalidade das normas do sistema.
 
Comentário: É através do controle de constitucionalidade que o poder 
judiciário resguarda a segurança da constituição, elaborando controle de 
leis ou atos normativos que atentem contra a carta magna. Para isso 
existem as chamadas ações de controle de constitucionalidade (ADI, ADC, 
ADPF...) e também a reclamação constitucional. 
Desta forma, tanto as normas do poder executivo quanto do poder 
legislativo são passíveis do controle de constitucionalidade por parte do 
judiciário. Cabe lembrar que o executivo também produz normas, como a 
medida provisória por exemplo. A medida provisória, por exemplo, pode 
ser objeto de controle de constitucionalidade se não forem observados os 
requisitos de relevância e urgência por parte de quem a emitiu – até 
mesmo para evitar abuso na utilização das MPs e obviamente proteger a 
Constituição de possíveis pedaladas legislativas. Alternativa correta: D
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Federalismo
 O federalismoé um sistema político em que organizações políticas 
(estados, províncias) ou grupos se unem para formar uma organização 
mais ampla. No sistema federalista, os estados que o integram mantém a 
autonomia. No Brasil, adota-se esse sistema.
• Novos estados: 
1º - plebiscito (consulta prévia) e;
2º - lei complementar do Congresso Nacional.
Art. 18, § 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou 
desmembrar-
se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios 
Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, 
através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
 
• Novos municípios:
1º - lei complementar federal (estabelecendo prazo para criação de 
municípios);
Divisão de competências entre os 
entes federativos.
República Federativa do Brasil Organização Política-Administrativa da República Federativa do Brasil
Art. 1º, caput/ Estados, Distrito 
Federal e Municípios.
Art. 18, caput/União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios.
Soberana Autônomos
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2º - estudo de viabilidade;
3º - plebiscito;
4º - lei estadual.
Art. 18, § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de 
Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por 
Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante 
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos 
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da 
lei. A criação de novos estados ou municípios são exemplos de normas de 
eficácia limitada.
 
Vedações no federalismo (art. 19):
• Os entes federativos não podem adotar uma religião oficial: O Brasil é 
um país laico/leigo/não confessional.
 • É vedada a recusa à fé pública dos documentos públicos dos entes 
federativos.
• É vedada a discriminação entre nacionais. 
 Art. 19 – É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes 
o Funcionamento ou manter com eles ou seus representantes, relações de 
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de 
interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
Não confundir com ações afirmativas/ discriminações positivas (ações 
realizadas pelo Estado para proteger grupos de pessoas prejudicas 
historicamente). Está prevista no Tratado Internacional de Combate ao 
Racismo do qual o Brasil é signatário.
Fique sabendo!
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Repartição das 
Competências 
Constitucionais
A. Administrativa/Material
a) Exclusiva (indelegável): art. 21, CF (é aquela competência que pertence 
apenas à União, sem nenhuma possibilidade de delegação para os Estados 
e Municípios). São restritas á União pelo fato de que são inerentes a 
realizações de obras de vulto, de valor elevado, etc.
b) Comum (cumulativa/ paralela): art. 23, CF (é uma competência material, 
administrativa, pertencendo sua titularidade também à União, aos 
Estados, ao DF e aos Municípios. Seu objetivo se concretiza na feitura de 
pequenas obras e serviços realizados por qualquer um desses entes). Os 
entes realizam a mesma função, atuando cada um de forma separada.
 
B. Legislativa
a) Exclusiva (indelegável): art. 21, CF;
b) Privativa (delegável): art. 22,CF (pertence a um ente federativo, mas que 
pode ser delegada a outro. A competência pertence à União, mas pode ser 
delegada aos Estados-membros e ao DF, por intermédio de Lei 
complementar. A concessão da delegação é uma opção discricionária da 
União.
c) Concorrente: art. 24 CF. Regras de aplicação – parágrafos do art. 24, CF. 
União e Estados atuam, com prerrogativas próprias, legislando sobre uma 
mesma matéria. Se forma da elaboração normativa da União e dos 
Estados-membros.
1º A União faz normas gerais por meio de leis federais;
2º Os Estados podem suplementar a legislação federal;
3º Não existindo lei federal os Estados legislam livremente para atender 
suas peculiaridades;
4º A lei federal foi feita depois da lei estadual e suspenderá a eficácia 
desta, no que lhe for contrário.
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d) Local: art. 30, I, CF
e) Cumulativa: lei distrital pode ter conteúdo estadual e municipal;
f) Residual: art. 25, §1º, CF. Permite aos Estados-membros legislar sobre 
todos os assuntos que não tenham sido vedados ou que não tenham sido 
discriminados pela Constituição, aquelas matérias que sobraram depois da 
numeração de competência para os componentes federativos.
Intervenção Federal
 É o remédio típico da forma do Estado federativa, constituindo um 
instrumento cabível para sua manutenção, de utilização necessária todas 
as vezes que um Estado-membro ou um município desrespeitar os 
princípios constitucionais federativos ou provocar uma instabilidade na 
normalidade jurídica. Tipos de intervenção:
 
- Comum (art. 34 da CF): União, Estados e Municípios e DF
- Anômala/Incomum: união em Municípios localizados em Territórios 
Federais (art. 35, 2ª parte).
 Quando o Chefe do Executivo instaurar a intervenção, sem requisição ou 
solicitação, o ato será corrompido pelo vício da inconstitucionalidade.
 
I. Intervenção federal de acordo com a doutrina (art. 34, CF)
a) De ofício (art. 34, I, II, III e V, CF)
b) Por solicitação de poderes (art. 34, VI, CF)
c) Requisição judicial (art. 34, VI e VII, CF)
Podem requisitar judicialmente a intervenção STF, STJ e o TSE.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto 
para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da 
Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos 
consecutivos, salvo motivo de força maior;
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b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta 
Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta;
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos 
estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na 
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços 
públicos de saúde.
Procedimento da Intervenção Federal
 
1º de ofício e solicitação dos poderes legislativo e executivo coagidos em 
suas unidades federativas:
a) O Presidente da República ouve 2 Conselhos (CR e CDN) b) O Presidente 
da República decreta a Intervenção Federal c) Controle Político (CN)
 
2º nos casos de requisição judicial, inclusive por solicitação do Poder 
Judiciário do local coagido: o Presidente da República decreta a 
intervenção Federal nos termos da decisão judicial. Não precisam ouvir os 
dois conselhos e não tem controle político feito pelo CN.
f) Concretização da intervenção: ela é realizada através de decreto do 
Chefe do Executivo, em que especificará a abrangência, a amplitude 
e o tempo em que ela deverá ocorrer.
g) Limites da intervenção federal: o seu alcance e as prerrogativas do 
interventor não pode descura dos princípios constitucionais impostospelo ordenamento jurídico.
Estado de Defesa (art. 136, 140 e 141 da CF)
 
• Ameaça a Ordem Pública/Paz Social;
• Grave Iminência/Instabilidade Institucional (país Brasil)
• Calamidade de Grande Porcentagem da Natureza
 
 
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Estado de Defesa (art. 136, 140 e 141 da CF)
O Estado de Defesa será sempre decretado pelo Presidente da República, 
após ouvir os conselhos da República e de Defesa Nacional, para preservar 
ou prontamente restabelecer, em locais restritos e certos a ordem pública 
ou a paz social ameaçadas:
1) por grave e iminente instabilidade institucional; ou 
2) atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
 
• Ameaça a Ordem Pública/Paz Social;
• Grave Iminência/Instabilidade Institucional (país Brasil)
• Calamidade de Grande Porcentagem da Natureza
 O decreto deve conter o seu tempo de duração, que será no máximo 30 
dias, prorrogáveis uma vez por igual período; a área abrangida; bem como 
as medidas coercitivas que poderão ser:
3) Restrições aos direitos de reunião;
4) Sigilo de correspondência, de comunicação telegráfica e telefônica;
5) ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos (nos casos de 
calamidade, é a União que responde pelos danos e custos).
Procedimento:
 1. O Presidente da República ouve 2 Conselhos (CR e Conselho 
Deliberativo Nacional)
2. O Presidente da República decreta o Estado de Defesa
3. Controle Político (CN)
a. Confirmará decreto
b. Controle político concomitante: 5 membros da mesa do Congresso 
Nacional
c. Controle político sucessivo: o presidente da República relata 
através de mensagem ao CN.
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 Direitos Fundamentais que podem ser limitados:
 
a) Direito de reunião
b) Sigilo da correspondência
c) Sigilo das comunicações telegráficas e telefônicas
 
 Estado de sítio (art. 137 ao 139, CF)
O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e 
Conselho de Defesa Nacional, solicitar autorização ao Congresso Nacional 
(que decidirá por maioria absoluta) para decretar o estado desítio nos 
casos de:
● comoção grave de repercussão nacional;
● ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia das medidas 
tomadas no Estado de defesa.
 
a) Ineficácia do Estado de defesa/comoção grave de repercussão nacional 
(interno). Prazo: não mais de 30 dias a cada vez. Direitos fundamentais que 
podem ser limitados estão no art. 139, CF.
b) Guerra/resposta agressão armada estrangeira/beligerância (externo). 
Não tem prazo; não tem limites expressos, sendo possível a pena de 
morte.
 
Procedimento
1. O Presidente da República ouve 2 Conselhos (CR e CDN)
2. O Presidente da República pede autorização ao CN
3. O Presidente da República decreta o Estado de Sítio
4. Controle político (concomitante e sucessivo).
Na vigência do Estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, 
somente poderão ser adotadas as seguintes medidas restritivas (art.39)
● Obrigação de permanência em localidade determinada;
● Detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por 
crimes comuns;
● Intervenção de empresas e serviços públicos; entre outros.
 
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Questões Comentadas dos 
Últimos Exames
XVI Exame da Ordem
QUESTÃO 1
Determinado Governador de Estado, inconformado com decisões 
proferidas pelo Poder Judiciário local, que determinaram o fechamento de 
diversos estabelecimentos comprovadamente envolvidos com ilícitos, 
decidiu que os órgãos estaduais a ele subordinados não cumpririam as 
decisões judiciais. Alegou que os negócios desenvolvidos nesses 
estabelecimentos, mesmo sendo ilícitos, geravam empregos e 
aumentavam a arrecadação do Estado, e que o não cumprimento das 
ordens emanadas do Poder Judiciário se justificava em razão da 
repercussão econômica que o seu cumprimento teria. Das opções a seguir, 
assinale a que se mostra consentânea com a Constituição Federal.
 
A) O Presidente da República, após a requisição do Supremo Tribunal 
Federal, decretará a intervenção federal, dispensado, nesse caso, o 
controle pelo Congresso Nacional.
B) O Governador de Estado, tendo por base a inafastável autonomia 
concedida aos Estados em uma organização federativa, está juridicamente 
autorizado a adotar o indicado posicionamento.
C) O Presidente da República poderá decretar a intervenção federal, se 
provocado pelo Procurador Geral da República e com autorização prévia 
do Congresso Nacional, que exercerá um controle político.
D) O Supremo Tribunal Federal, prescindindo de qualquer atuação por 
parte do Presidente da República, determinará, ele próprio, a intervenção 
federal, que será posteriormente apreciada pelo Congresso Nacional.
 
 
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Comentário: Na hipótese de descumprimento de ordem judicial, caberá ao 
STF requisitar ao Presidente da República a intervenção da União no 
Estado. Nesta hipótese o ato do Presidente da República é vinculado e por 
isso, não depende de controle por parte do Congresso Nacional (art. 34 e 
36 da CF) Alternativa correta: A
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Remédios Constitucionais
São meios jurídicos Constitucionais que visam restabelecer direitos 
violados.
 
- Mandado de Injunção: (Art. 5º, LXXI) Visa suprir a falta de norma 
regulamentadora que torne inviável o exercício de direitos e liberdades 
constitucionais e prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à 
cidadania. Não possui norma infraconstitucional, aplicando-se por analogia 
a Lei do Mandado de Segurança (Lei n.º 12.016/ 2009). A finalidade do MI 
é dar plena efetividade a direitos fundamentais previstos na Constituição e 
ainda pendentes de regulamentação. Cabível em normas de eficácia 
limitada que não foram regulamentadas.
Mandado de Injunção ADIN por omissão
Controle difuso Controle concentrado
Intentado por qualquer pessoa Intentado pelas pessoas do103 CF
Competência: STF ou STJ Competência: STF
Efeito concreto (resolve o caso 
concreto – de meados de 2007 pra 
cá, 1° caso: aposentadoria de 
servidor público – aposentadoria 
especial, MI 721) (ver MI 670, o 
primeiro vencedor)
Efeito (103, § 2º) só resolve o caso 
concreto se a omissão for do 
legislativo, caso seja do executivo 
não resolve.
1. Dar ciência (§ 2° do art. 103 CF).
2. Fazer em 30 dias (ler art. 12, "h" 
da lei 9868/99), para o 
administrativo.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
- Habeas corpus (art. 5° LXVIII CF, art, 647 a 667 CPP) –
 
 É uma ação constitucional de caráter penal, gratuita, para a garantia 
individual do Direito de locomoção, o direito de ir e vir. Será concedido 
sempre que alguém estiver sofrendo ou ameaça de sofrer violência ou 
coação na sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. 
a) Preventivo – ameaça de um ato constritivo ao direito de ir e vir. Ameaça 
de prisão por um tipo penal que não existe. O que se pede é o salvo 
conduto. Ex. prostituição e adultério.
b) Repressivo (liberatório) – preso ilegalmente ou existe mandado de 
prisão não cumprido. Aqui se pede a revogação do mandado de prisão, é 
um contramandado.
 
SÚMULA nº 693: Não cabe "habeas corpus" contra decisão condenatória 
a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a 
que a pena pecuniária seja a única cominada.
SÚMULA Nº 694: Não cabe "habeas corpus" contra a imposição da pena 
de exclusão de militar ou de perda de patente ou de função pública.
SÚMULA Nº 695: Não cabe "habeas

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