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Introdução ao Direito do Consumidor

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Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Introdução
 O estudo desta disciplina será norteado pela Lei 8.078/ 90 (Código de 
Defesa do Consumidor), trata-se, pois, de um microssistema jurídico, de 
natureza principiológica e de ordem pública e interesse social, que 
estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, nos termos dos 
arts. 5°, inciso XXXII e 170, inciso V, da CF/ 88. 
 Os princípios do Código de Defesa do Consumidor devem ser 
observados em todas as relações de consumo, de modo que as leis que 
disciplinam matérias atinentes a seguro, alimento, transporte, etc., devem 
estar em conformidade com os princípios estabelecidos pelo CDC. 
São, outrossim, normas de interesse social, uma vez que estão 
voltadas para a tutela de toda uma coletividade de consumidores, 
garantindo-lhes o acesso à justiça.
Características do Direito do Consumidor:
 
a) Microssistema Multidisciplinar;
b) Lei Principiológica;
c) Normas de Ordem Pública e Interesse Social.
Fique sabendo!
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Relação de Consumo
 Trata-se da relação constituída entre o consumidor e fornecedor e 
que tem por objeto produtos ou serviços. 
 
 1 Consumidor
 
Definido pelo Art. 2° do CDC, é toda pessoa física ou jurídica que adquire 
ou utiliza produtor ou serviços como destinatário final.
 
A despeito desse “destinatário final”, existem duas teorias que discutem 
esse conceito:
 a) Teoria Finalista: O consumidor é necessariamente no fim da cadeia de 
consumo. “Consumidor é aquele que retira o produto ou serviço do 
mercado de consumo exaurindo a sua destinação econômica.”
b) Teoria Maximalista: Consumidor é aquele que retira o produto ou 
serviço do mercado de consumo sem necessariamente exaurir a sua 
destinação econômica.
Teoria Finalista Aprofundada, Temperada ou Mitigada: Por esta teoria, 
o Consumidor é aquele que retira um produto ou serviço do mercado de 
consumo, sem necessariamente exaurir a sua destinação econômica, 
mas desde que seja vulnerável.
 ATENÇÃO
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
 Consumidor Equiparado
De acordo com o CDC, são equiparados a consumidores: 
 
a) Coletividade de pessoas;
b) Todas as vítimas do evento, do acidente de consumo;
c) Todas as pessoas, determináveis ou não, expostas às práticas 
comerciais.
 
 
2 Fornecedor
 
Definido pelo art. 3° do CDC como: “toda pessoa física ou jurídica, pública 
ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes 
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, 
criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição 
ou comercialização de produtos ou prestação de serviços”.
 
 3 Produto
 
Definido pelo § 1° do art. 3° do CDC como: “qualquer bem, móvel ou 
imóvel, material ou imaterial”. Possui valor econômico e é suscetível de 
apropriação.
4 Serviço
 
Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante 
remuneração, inclusive de natureza bancária, financeira, de crédito e 
securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. De 
modo que o objeto da relação jurídica de consumo não está restrito 
apenas as coisas, mas abrange também as atividades ou ações humanas.
Os serviços objeto da relação de consumo podem ser de três tipos: 
* Materiais: reparação, hotelaria, transporte, etc.;
* Financeiros: seguro, crédito, etc.;
* Intelectual: médico, assessoria jurídica, etc.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Princípios
 Os Princípios que regem o Código de Defesa do Consumidor são: 
PRINCÍPIO DA BOA-FÉ: por meio deste, o conteúdo desleal de cláusula nos 
contratos, sobre relações de consumo, são proibidos. 
PRINCÍPIO DA CORREÇÃO DO DESVIO PUBLICITÁRIO: é o que impõe a 
contrapropaganda. 
PRINCIPIO DA HARMONIZAÇÃO DAS RELAÇÕES DE CONSUMO: o qual visa 
proteger o consumidor, evitando a ruptura na harmonia das relações de 
consumo. 
PRINCÍPIO DA IDENTIFICABILIDADE: impõe a identificação de anúncio ou 
publicidade. 
PRINCÍPIO DA IDENTIFICAÇÃO DA MENSAGEM PUBLICITÁRIA: por meio 
deste princípio, a propaganda deverá ser direta, para o consumidor de 
imediato poder identificá-la. 
PRINCÍPIO DA INFORMAÇÃO: princípio que estabelecer que o consumidor 
tem de receber informação clara, precisa e verdadeira, usando a boa-fé e 
lealdade. 
PRINCÍPIO DA LEALDADE: quando a concorrência legal dos fornecedores. 
Visa a proteção do consumidor ao exigir que haja lealdade na concorrência 
publicitária, ainda que comparativa. 
PRINCÍPIO DA NÃO-ABUSIVIDADE DA PUBLICIDADE: reprime desvios 
prejudiciais ao consumidor, provocados por publicidade abusiva. 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DA INFORMAÇÃO: aquele que requer 
clareza e precisão na publicidade, ou seja, o anunciante terá obrigação de 
informar corretamente o consumidor sobre os produtos e serviços 
anunciados. 
PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO: é o que sustenta ser o direito básico do 
consumidor, a prevenção de prejuízos patrimonial e extrapatrimonial. 
PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA: a atividade ou mensagem publicitárias 
devem assegurar ao consumidor informações claras, corretas e precisas.
PRINCÍPIO DA VERACIDADE: as informações ou mensagens ao consumidor 
devem ser verdadeiras, com dados corretos sobre os elementos do bem ou 
serviço. 
PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO CONTRATUAL: por meio deste, o consumidor 
pode exigir do fornecedor o cumprimento do conteúdo da comunicação 
publicitária ou estipulado contratualmente. 
PRINCÍPIO DA VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR: aquele que, ante a 
fraqueza do consumidor no mercado, requer que haja equilíbrio na relação 
contratual. 
PRINCÍPIO DO RESPEITO PELA DEFESA DO CONSUMIDOR: princípio que 
requer que no exercício da publicidade não se lese o consumidor. 
PRINCÍPIO GERAL DE TRANSPARÊNCIA: requer não só a clareza nas 
informações dadas ao consumidor, mas também ao acesso pleno de 
informações sobre o produto ou serviço e sobre os futuros termos de um 
determinado negócio. 
PRINCÍPIOS DA PUBLICIDADE: são aqueles que regem a informação ou 
mensagem publicitária, evitando quaisquer danos ao consumidor dos 
produtos ou serviços anunciados, tais como: liberdade, o da legalidade, o 
da transparência, o da boa-fé, o da identificabilidade, o da vinculação 
contratual, o da obrigatoriedade da informação, o da veracidade, o da 
lealdade, o da responsabilidade objetiva, o da inversão do ônus da prova 
na publicidade e o da correção do desvio publicitário. 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Direitos Básicos 
Do Consumidor
 De acordo com o Código do Consumidor, em seu art. 6º, os direitos 
básicos do consumidor são:
 
- Proteção da vida, saúde e segurança; 
- Educação e divulgação sobre o consumo adequado; 
-Informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços;
-Proteção contra publicidade enganosa e abusiva; 
- Proteção contratual; 
- Indenização; 
- Acesso a Justiça; 
- Facilitação de defesa de seus direitos; 
- Qualidade dos serviços públicos.
Para que o Consumidor tenha direito à modificação ou revisão das 
cláusulas desproporcionais é suficiente a onerosidade excessiva 
decorrente de fatos supervenientes, não havendo necessidade de que 
esses fatos sejam imprevisíveis ou extraordinários. Além disso, no CCB, a 
ocorrência da onerosidade excessiva pode resultar na resolução do 
contrato, enquanto que no CDC prioriza-se a conservação do contrato de 
consumo com o equilíbrio na relação entre consumidor e fornecedor.ATENÇÃO
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Responsabilidade pelo fato 
e pelo produto do serviço
a) Responsabilidade pelo fato do produto: 
 
Essa de acordo com artigo 12 do CDC, “O fabricante, o produtor, o 
construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador, respondem 
independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos 
causados aos consumidores por defeitos [...], bem como por informações 
insuficientes ou inadequadas [...]”.
O Código do Consumidor estabeleceu um rol taxativo “dos responsáveis”, 
ao invés de utilizar a palavra “fornecedor”. Para melhor explicar a 
responsabilidade de cada um deles referente ao rol taxativo, a doutrina os 
reuniu em três categorias distintas: a) fornecedor real: compreende o 
fabricante, produtor e construtor, esses fornecedores reais são os 
verdadeiros responsáveis pelo defeito, uma vez que participam direta e 
ativamente do processo de criação e concepção do produto; b) fornecedor 
presumido: entende-se pelo importador de produto industrializado ou in 
natura; c) fornecedor aparente: seria aquele que coloca o seu nome ou 
marca no produto final, pode ser visto como o fabricante ou o produtor.
 b) Responsabilidade pelo fato do serviço:
 
A responsabilidade pelo fato do serviço está disposta no artigo 14 do 
Código de Defesa do Consumidor, estabelecendo: “o fornecedor de 
serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela 
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à 
prestação de serviços, bem como por informações insuficientes ou 
inadequadas sobre sua fruição e riscos”.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Ademais, neste caso, também haverá acidente de consumo, por 
acontecimentos externos que causam danos morais ou materiais 
decorrentes de defeitos do serviço.
 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da 
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores 
por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações 
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o 
consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as 
circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi fornecido.
 
 Responsabilidade pelo fato do serviço do profissional liberal: O Código do 
Consumidor abre uma exceção em favor dos profissionais liberais no caso 
de acidente de consumo, conforme parágrafo 4º do seu artigo 14: “A 
responsabilidade dos profissionais liberais será apurada mediante a 
verificação de culpa”. Contudo, importa destacar que os profissionais 
liberais são beneficiados somente no que diz respeito a responsabilidade, 
no mais submetem-se integralmente ao Código do Consumidor.
Responsabilidade civil nas relações de consumo 
 
Nas relações de consumo, os elementos da responsabilidade civil são: 
o vício do produto ou serviço; o dano, o nexo de causalidade e o de 
imputação. 
a) Vício: A responsabilidade por vício decorre de uma obrigação de 
garantia de qualidade, abrangendo inclusive aspectos referentes à 
informação sobre características, composição e uso do produto e do 
serviço. Vale lembrar que essa garantia legal independe de termo 
informado e não poderá ser negada. O vício manifesta-se sempre que a 
esfera patrimonial do consumidor for atingida, acarretando a perda da 
utilidade e/ou valor do produto ou serviço. 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
b) Dano: No caso de vício do produto ou serviço, o dano é a 
impossibilidade de usufruí-lo de acordo com as legítimas expectativas do 
consumidor. 
c) Nexo de imputação: É o vínculo que se estabelece entre o vício e a 
atividade desenvolvida pelo fornecedor para a atribuição do dever de 
indenizar. 
d) Nexo de causalidade: É a relação de causa e efeito entre o dano 
produzido e o vício.
Práticas comerciais são os procedimentos, mecanismos, métodos e 
técnicas utilizadas pelos fornecedores para, mesmo indiretamente, 
fomentar, manter, desenvolver e garantir a circulação de produtos e 
serviços até o consumidor. 
 
a) Oferta: é a declaração unilateral de vontade que visa à propositura de 
um negócio, dirigida a todos os indivíduos enquanto coletividade. A oferta 
vincula o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar, inclusive 
integrando o contrato que vier a ser celebrado.
 
b) Publicidade: deve ser ostensiva, de modo que o consumidor a 
identifique de forma fácil e imediata. É vedada a chamada publicidade 
clandestina ou subliminar. Vale destacar que os merchandisings também 
devem ser veiculados de forma clara e ostensiva, a fim de que o 
consumidor o identifique facilmente. 
 
Práticas Comerciais
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b) Dano: No caso de vício do produto ou serviço, o dano é a 
impossibilidade de usufruí-lo de acordo com as legítimas expectativas do 
consumidor. 
c) Nexo de imputação: É o vínculo que se estabelece entre o vício e a 
atividade desenvolvida pelo fornecedor para a atribuição do dever de 
indenizar. 
d) Nexo de causalidade: É a relação de causa e efeito entre o dano 
produzido e o vício.
Distinção entre Propaganda e Publicidade:
- Propaganda: propagação de ideias, conhecimentos e teorias.
- Publicidade: significa o ato de vulgarizar, de tornar público um fato 
ou uma ideia.
c) Práticas abusivas: São ações e/ ou condutas que, uma vez existentes, 
caracterizam-se como ilícitas, independente de haver algum consumidor 
lesado ou que se sinta lesado. São consideradas práticas abusivas aquelas 
enumeradas no art. 39 do CDC, a saber: 
 
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras 
práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao 
fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a 
limites quantitativos;
II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata 
medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade 
com os usos e costumes;
III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, 
qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço;
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo 
em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-
lhe seus produtos ou serviços;
V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e 
autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de 
práticas anteriores entre as partes;
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo 
consumidor no exercício de seus direitos;
VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço 
em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes 
ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de 
Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de 
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);
IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente 
a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados 
os casos de intermediação regulados em leis especiais; (Redação dada pela 
Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. (Incluído 
pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de 22.10.1999,transformado em inciso XIII, quando da conversão na Lei nº 9.870, de 
23.11.1999
XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação 
ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério.(Incluído 
pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
 XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou 
contratualmente estabelecido. (Incluído pela Lei nº 9.870, de 23.11.1999)
 Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou 
entregues ao consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se 
às amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento.
d) Cobranças de Dívidas: o que o consumidor inadimplente não poderá ser 
submetido ao constrangimento, a situações vexatórias ou a qualquer tipo 
de ameaça. 
 
e) Banco de dados: os dados devem ser objetivos e não adjetivados, 
constando as informações precisas referentes ao crédito. O consumidor 
deve ter a informação perenemente ao seu acesso. No momento da 
inclusão dos dados do consumidor inadimplente é imprescindível que lhe 
seja dado a conhecer.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Comércio eletrônico
Uma das medidas importantes sobre o comércio eletrônico se relaciona 
ao direito de arrependimento do consumidor. Com vistas à cobertura de 
eventuais serviços prestados ou custos de operação, o substitutivo ao 
PLS 281/2012 obriga o cliente a arcar com o pagamento de tarifas por 
desistência do negócio, desde que previstas no contrato.
“Não é razoável que o consumidor disponha do crédito concedido 
dentro do prazo do exercício do direito de arrependimento e exerça o 
direito de arrependimento restituindo-o ao credor sem arcar com o 
custo proporcional da operação. A inclusão de referida disposição legal 
torna-se de suma importância em razão do elevado risco que impõe”, 
segundo senador Ricardo Ferraço. 
Fique ligado nas mudanças!
Superendividamento
Uma das mudanças feitas pelo substitutivo no PLS 283/2012 foi 
estabelecer que a fase conciliatória e preventiva do processo de 
repactuação de dívidas compete concorrentemente aos órgãos públicos 
integrantes do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (Ministério 
Público, Defensoria Pública e Procons).
“Essa alteração foi realizada para deixar clara a intenção do legislador de 
priorizar métodos alternativos de solução de conflitos. É importante 
tanto para os devedores quanto para os credores, pois delimita quais as 
dívidas que podem ser repactuadas e também o prazo para o 
consumidor pleitear nova repactuação”, explicou o senador Ricardo 
Ferraço.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Questões Comentadas
dos Últimos Exames
XV Exame da Ordem 
 
QUESTÃO 1 
 Carmen adquiriu veículo zero quilômetro com dispositivo de segurança 
denominado airbag do motorista, apenas para o caso de colisões frontais. 
Cerca de dois meses após a aquisição do bem, o veículo de Carmen sofreu 
colisão traseira, e a motorista teve seu rosto arremessado contra o 
volante, causando-lhe escoriações leves. A consumidora ingressou com 
medida judicial em face do fabricante, buscando a reparação pelos danos 
materiais e morais que sofrera, alegando ser o produto defeituoso, já que 
o airbag não foi acionado quando da ocorrência da colisão. A perícia 
constatou colisão traseira e em velocidade inferior à necessária para o 
acionamento do dispositivo de segurança. Carmen invocou a inversão do 
ônus da prova contra o fabricante, o que foi indeferido pelo juiz.
Analise o caso à luz da Lei nº 8.078/90 e assinale a afirmativa correta.
 
A) Cabe inversão do ônus da prova em favor da consumidora, por expressa 
determinação legal, não podendo, em qualquer hipótese, o julgador negar 
tal pleito.
B) Falta legitimação, merecendo a extinção do processo sem resolução do 
mérito, uma vez que o responsável civil pela reparação é o comerciante, 
no caso, a concessionária de veículos.
C) A responsabilidade civil do fabricante é objetiva e independe de culpa; 
por isso, será cabível indenização à vítima consumidora, mesmo que esta 
não tenha conseguido comprovar a colisão dianteira.
D) O produto não poderá ser caracterizado como defeituoso, inexistindo 
obrigação do fabricante de indenizar a consumidora, já que, nos autos, há 
apenas provas de colisão traseira.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
 Comentário: Na forma do atr. 12, § 1º, do CDC, “o produto é defeituoso 
quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, 
levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: I 
– sua apresentação; II – o uso e os riscos que razoavelmente dele se 
esperam; III – a época em que foi colocado em circulação”. Alternativa 
correta: D
 
QUESTÃO 2 
Roberto, atraído pela propaganda de veículos zero quilômetro, 
compareceu até uma concessionária a fim de conhecer as condições de 
financiamento. Verificando que o valor das prestações cabia no seu 
orçamento mensal e que as taxas e os custos lhe pareciam justos, Roberto 
iniciou junto ao vendedor os procedimentos para a compra do veículo. 
Para sua surpresa, entretanto, a financeira negou-lhe o crédito, ao 
argumento de que havia negativação do nome de Roberto nos cadastros 
de proteção ao crédito. Indignado e buscando esclarecimentos, Roberto 
procurou o Banco de Dados e Cadastro que havia informado à 
concessionária acerca da suposta existência de negativação, sendo 
informado por um dos empregados que as informações que Roberto 
buscava somente poderiam ser dadas mediante ordem judicial. Sobre o 
procedimento do empregado do Banco, assinale a afirmativa correta.
 
A) O empregado do Banco de Dados e Cadastros agiu no legítimo exercício 
de direito ao negar a prestação das informações, já que o solicitado pelo 
consumidor somente deve ser dado pelo fornecedor que solicitou a 
negativação, cabendo a Roberto buscar uma ordem judicial
mandamental, autorizando a divulgação dos dados para ele diretamente.
B) O procedimento do empregado, ao negar as informações que constam 
no Banco de Dados e Cadastros sobre o consumidor, configura infração 
penal punível com pena de detenção ou multa, nos termos tipificados no 
Código de Defesa do Consumidor.
C) A negativa no fornecimento das informações foi indevida, mas configura 
mera infração administrativa punível com advertência e, em caso de 
reincidência, pena de multa a ser aplicada ao órgão, não ao empregado 
que negou a prestação de informações.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
D) Cuida-se de infração administrativa e, somente se cometido em 
operações que envolvessem alimentos, medicamentos ou serviços 
essenciais, configuraria a infração penal, para fins de incidência da norma 
consumerista em seu aspecto penal.
Comentário: Configura crime previsto no art. 72 do Código de Defesa do 
Consumidor “impedir ou dificultar o acesso do consumidor às informações 
que sobre ele constem em cadastros, banco de dados, fichas e registros” e 
a pena prevista é de detenção de seis meses a um ano ou multa. 
Alternativa correta: B
 
XVI Exame da Ordem 
 
QUESTÃO 3 
 A responsabilidade civil dos fornecedores de serviços e produtos, 
estabelecida pelo Código do Consumidor, reconheceu a relação jurídica 
qualificada pela presença de uma parte vulnerável, devendo ser 
observados os princípios da boa-fé, lealdade contratual, dignidade da 
pessoa humana e equidade.
A respeito da temática, assinale a afirmativa correta.
 
A) A responsabilidade civil subjetiva dos fabricantes impõe ao consumidor 
a comprovação da existência de nexo de causalidade que o vincule ao 
fornecedor, mediante comprovação da culpa, invertendo-se o ônus da 
prova no que tange ao resultado danoso suportado.
B) A responsabilidadecivil do fabricante é subjetiva e subsidiária quando o 
comerciante é identificado e encontrado para responder pelo vício ou fato 
do produto, cabendo ao segundo a responsabilidade civil objetiva.
C) A responsabilidade civil objetiva do fabricante somente poderá ser 
imputada se houver demonstração dos elementos mínimos que 
comprovem o nexo de causalidade que justifique a ação proposta, ônus 
esse do consumidor.
D) A inversão do ônus da prova nas relações de consumo é questão de 
ordem pública e de imputação imediata, cabendo ao fabricante a carga 
probatória frente ao consumidor, em razão da responsabilidade civil 
objetiva.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Comentário: Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou 
estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência 
de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por 
defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, 
fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus 
produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre 
sua utilização e riscos. Alternativa correta: C
 
 QUESTÃO 4 
 As negociações mercantis adotaram uma nova ordem quando o Código de 
Defesa do Consumidor foi implementado no sistema jurídico nacional. A 
norma visa a proteger a parte mais frágil econômica e tecnicamente de 
práticas abusivas conferindo-lhe a tutela do Art. 4º, I, do CDC, que 
consagra a presunção de vulnerabilidade absoluta geral inerente a todos 
os consumidores. Essa nova ordem ainda conferiu especial atenção à 
Convenção Coletiva adotada em outros ramos do Direito, passando 
também a constituir forma de equacionamento de conflitos nas relações 
de consumo antes mesmo da judicialização das questões, ou mesmo se 
antecipando à instalação dos litígios.
A respeito da Convenção Coletiva de Consumo, prevista no microssistema 
do Código de Defesa do Consumidor, assinale a afirmativa correta.
 
A) A Convenção regularmente constituída torna-se obrigatória a partir da 
assinatura dos legitimados, dispensando-se o registro do instrumento em 
cartório de títulos e documentos.
B) A Convenção não poderá regulamentar as relações de consumo no que 
diz respeito ao preço e às garantias de produtos e serviços, atribuições do 
Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor.
C) A Convenção regularmente constituída vincula os signatários, mas, caso 
o fornecedor se desligue da entidade celebrante à qual estava vinculado, 
eximir-se-á do cumprimento do estabelecido.
D) A Convenção firmada por entidades civis de consumidores e associações 
de fornecedores somente obrigará os filiados às entidades signatárias.
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
Comentário: Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações 
de fornecedores ou sindicatos de categoria econômica podem regular, por 
convenção escrita, relações de consumo que tenham por objeto 
estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à 
garantia e características de produtos e serviços, bem como à reclamação 
e composição do conflito de consumo.
§ 2° A convenção somente obrigará os filiados às entidades signatárias. 
Alternativa correta: D
 
 XVII Exame da Ordem 
 
QUESTÃO 5 
 Saulo e Bianca são casados há quinze anos e, há dez, decidiram ingressar 
no ramo das festas de casamento, produzindo os chamados “bem-
casados”, deliciosos doces recheados oferecidos aos convidados ao final da 
festa. Saulo e Bianca não possuem registro da atividade empresarial 
desenvolvida, sendo essa a fonte única de renda da família. No mês 
passado, os noivos Carla e Jair encomendaram ao casal uma centena de 
“bem-casados” no sabor doce de leite. A encomenda foi entregue 
conforme contratado, no dia do casamento. Contudo, diversos convidados 
que ingeriram os quitutes sofreram infecção gastrointestinal, já que o 
produto estava estragado. A impropriedade do produto para o consumo 
foi comprovada por perícia técnica.
Com base no caso narrado, assinale a alternativa correta.
 
A) O casal Saulo e Bianca se enquadra no conceito de fornecedor do 
Código do Consumidor, pois fornecem produtos com habitualidade e 
onerosidade, sendo que apenas Carla e Jair, na qualidade de consumidores 
indiretos, poderão pleitear indenização.
B) Embora a empresa do casal Saulo e Bianca não esteja devidamente 
registrada na Junta Comercial, pode ser considerada fornecedora à luz do 
Código do Consumidor, e os convidados do casamento, na qualidade de 
consumidores por equiparação, poderão pedir indenização diretamente 
àqueles.
C) O Código de Defesa do Consumidor é aplicável ao caso, sendo certo que 
tanto Carla e Jair quanto seus convidados intoxicados são consumidores 
por equiparação e poderão pedir indenização, porém a inversão do ônus 
da prova só se aplica em favor de Carla e Jair, contratantes diretos.
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
D) A atividade desenvolvida pelo casal Saulo e Bianca não está 
oficialmente registrada na Junta Comercial e, portanto, por ser ente 
despersonalizado, não se enquadra no conceito
legal de fornecedor da lei do consumidor, aplicando-se ao caso as regras 
atinentes aos vícios redibitórios do Código Civil.
 
Comentário: Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que 
adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, 
ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. 
Alternativa correta: B
 
QUESTÃO 6
Tommy adquiriu determinado veículo junto a um revendedor de 
automóveis usados. Para tanto, fez o pagamento de 60% do valor do bem 
e financiou os 40% restantes com garantia de alienação fiduciária, junto ao 
banco com o qual mantém vínculo de conta-corrente. A negociação 
transcorreu normalmente e o veículo foi entregue. Ocorre que Tommy, 
alguns meses depois, achou que a obrigação assumida estava lhe sendo 
excessivamente onerosa. Procurou então você como advogado(a) a fim de 
saber se ainda assim seria possível questionar o negócio jurídico realizado 
e pedir revisão do contrato que Tommy sequer possuía.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
 
A) A questão versa sobre alienação fiduciária em garantia que transfere ao 
credor o domínio resolúvel e a posse indireta do bem alienado, não 
havendo aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor e, portanto, 
nem o pedido de revisão na hipótese, haja vista que a questão jurídica está 
submetida unicamente à leitura da norma geral civil, sem a inversão do 
ônus da prova.
B) A questão comporta aplicação do CDC, mas para propor ação revisional, 
a parte deve ingressar com medida cautelar preparatória de exibição de 
documentos, sob pena de extinção da medida cognitiva revisional por falta 
de interesse de agir.
 
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
C) A questão versa sobre alienação fiduciária em garantia, que transfere 
para o devedor a posse direta do bem, tornando-o depositário, motivo 
pelo qual a questão jurídica rege-se exclusivamente pelas regras impostas 
pelo Decreto-lei nº 911, de 1969, que estabelece normas de processo 
sobre alienação fiduciária.
D) A questão comporta aplicação do CDC, e a ação revisional pode ser 
proposta independentemente de medida cautelar preparatória de exibição 
de documentos, já que o pleito de exibição do contrato poderá ser 
formulado incidentalmente e nos próprios autos.
 
Comentário: AGRAVO DE INSTRUMENTO - antecipação de tutela - exibição 
incidental de documentos - art. 356 cpc. estando presentes nos autos os 
pressupostos exigidos pelo art. 356 do cpc, o deferimento do pedido para 
exibição incidental dedocumentos é medida que se impõe. Alternativa 
correta: D
 
XVIII Exame da Ordem 
 
QUESTÃO 7 
Dulce, cinquenta e oito anos de idade, fumante há três décadas, foi 
diagnosticada como portadora de enfisema pulmonar. Trata-se de uma 
doença pulmonar obstrutiva crônica caracterizada pela dilatação excessiva 
dos alvéolos pulmonares, que causa a perda da capacidade respiratória e 
uma consequente oxigenação insuficiente. Em razão do avançado estágio 
da doença, foi prescrito como essencial o tratamento de suplementação 
de oxigênio. Para tanto, Joana, filha de Dulce, adquiriu para sua mãe um 
aparelho respiratório na loja Saúde e Bem-Estar. Porém, com uma semana 
de uso, o produto parou de funcionar. Joana procurou imediatamente a 
loja para substituição do aparelho, oportunidade na qual foi informada 
pela gerente que deveria aguardar o prazo legal de trinta dias para 
conserto do produto pelo fabricante. Com base no caso narrado, em 
relação ao Código de Proteção e Defesa do Consumidor, assinale a 
afirmativa correta.
 
A) Está correta a orientação da vendedora. Joana deverá aguardar o prazo 
legal de trinta dias para conserto e, caso não seja sanado o vício, exigir a 
substituição do produto, a devolução do dinheiro corrigido 
monetariamente ou o abatimento proporcional do preço.
 Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
B) Joana não é consumidora destinatária final do produto, logo tem apenas 
direito ao conserto do produto durável no prazo de noventa dias, mas não 
à devolução da quantia paga.
C) Joana não precisa aguardar o prazo legal de trinta dias para conserto, 
pois tem direito de exigir a substituição imediata do produto, em razão de 
sua essencialidade.
D) Na impossibilidade de substituição do produto por outro da mesma 
espécie, Joana poderá optar por um modelo diverso, sem direito à 
restituição de eventual diferença de preço, e, se este for de valor maior, 
não será devida por Joana qualquer complementação.
 
Comentário: Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis 
ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou 
quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que 
se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles 
decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da 
embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações 
decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição 
das partes viciadas.
§ 3º O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1º 
deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das 
partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do 
produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
Alternativa correta: C
 
 QUESTÃO 8
 Hugo colidiu com seu veículo e necessitou de reparos na lataria e na 
pintura. Para tanto, procurou, por indicação de um amigo, os serviços da 
Oficina Mecânica M, oportunidade na
qual lhe foi ofertado orçamento escrito, válido por 15 (quinze) dias, com o 
valor da mão de obra e dos materiais a serem utilizados na realização do 
conserto do automóvel. Hugo, na
certeza da boa indicação, contratou pela primeira vez com a Oficina. 
Considerando as regras do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, 
assinale a afirmativa correta.
Licenciado para Jacqueline Mont Alvão de Oliveira, E-mail: jacquelineamontalvao@hotmail.com 
A) Segundo a lei do consumidor, o orçamento tem prazo de validade 
obrigatório de 10 (dez) dias, contados do seu recebimento pelo 
consumidor Hugo. Logo, no caso, somente durante esse período a Oficina 
Mecânica M estará vinculada ao valor orçado.
B) Uma vez aprovado o orçamento pelo consumidor, os contraentes 
estarão vinculados, sendo correto afirmar que Hugo não responderá por 
quaisquer ônus ou acréscimos no valor dos materiais orçados; contudo, ele 
poderá vir a responder pela necessidade de contratação de terceiros não 
previstos no orçamento prévio.
C) Se o serviço de pintura contratado por Hugo apresentar vícios de 
qualidade, é correto afirmar que ele terá tríplice opção, à sua escolha, de 
exigir da oficina mecânica: a reexecução do serviço sem custo adicional; a 
devolução de eventual quantia já paga, corrigida monetariamente, ou o 
abatimento do preço de forma proporcional.
D) A lei consumerista considera prática abusiva a execução de serviços sem 
a prévia elaboração de orçamento, o que pode ser feito por qualquer 
meio, oral ou escrito, exigindose,
para sua validade, o consentimento expresso ou tácito do consumidor.
 
Comentário: Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de 
qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o 
valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as 
indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o 
consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, 
sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
§ 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros 
devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor.
§ 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins 
que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não 
atendam as normas regulamentares de prestabilidade.
 Alternativa correta: C

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