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27/5/2013 1 Citomorfologia Bacteriana Microbiologia I 2013.1 Universidade Federal da Bahia Instituto de Ciências da Saúde Departamento de Bio-interação UFBA Características diferenciais Procariotos Eucariotos 1. Material genético não está envolvido por membrana (cromossomo circular) 1. DNA encontrado no núcleo da célula 2. DNA não está associado a histonas 2. DNA associado a proteínas cromossômicas 3. Não possuem organelas revestidas por membranas 3. Diversas organelas revestidas por membranas 4. Divisão por fissão binária 4. Geralmente se dividem por mitose 27/5/2013 2 Morfologia bacteriana • Em geral medem de 0,2 a 2 µm de diâmetro e 2 a 8 µm em comprimento. • Morfologias básicas: – Células esféricas ou cocos; – Células em forma de bastão ou bacilos; – Em forma de espiral (espiroquetas, vibriões). • Pleomórficas e filamentosas: – Corynebacterium – Streptomyces sp. Morfologia bacteriana • Arranjo bacteriano – O tipo de grupamento formado depende basicamente do plano de divisão das células – As células epiraladas normalmente aparecem como células únicas 27/5/2013 3 Organização dos cocos Organização dos bacilos 27/5/2013 4 Organização dos bacilos Corynebacterim diphtheriae Fusobacterium Espirais 27/5/2013 5 Formas filamentosas Estrutura típica de célula procariótica 27/5/2013 6 Estruturas externas à parede celular 1. Flagelos 2. Filamentos axiais 3. Pili / Fímbrias 4. Glicocálice /Cápsula Flagelo 27/5/2013 7 Estruturas bacterianas • 1. Flagelos – Longos apêndices filamentosos que propulsionam a bactéria (conferem motilidade). Se estendem a partir da membrana citoplasmática e atravessam a parede celular. Flagelo • Apresenta 3 partes: – Gram positivos: um par de anéis – Gram negativos: dois pares Corpo basal Estrutura curta em forma de gancho Filamento helicoidal 27/5/2013 8 Tipos de flagelos Flagelos • Taxia – Movimento de uma bactéria para perto ou longe de um determinado ambiente – Quimiotaxia • estímulos químicos – Fototaxia • estímulos luminosos 27/5/2013 9 Estruturas bacterianas 2. Filamentos axiais – Espiroquetas • motilidade através de filamentos axiais ou endoflagelos Estruturas bacterianas 3. Pili e fímbrias: – Pili sexual (conjugação): • Transferência de DNA de uma célula (doadora) para outra (receptora). 27/5/2013 10 Estruturas bacterianas • 3. Pili e fímbrias: – Fímbrias envolvidas com adesão a superfícies. • As fímbrias ajudam bactérias patogênicas a aderir às células superficiais do trato respiratório, intestinal ou geniturinário. • Ex: Neisseria gonorrhoeae. Estruturas bacterianas 4. Glicocálice (glicocálix) • Polissacarídeos • Polipeptídeos – Cápsula – Camada limosa – Funções do glicocálice • Aderência; • Reservatório de alimentos; • Evitar a lise da célula por bacteriófagos; • Proteção da fagocitose. 27/5/2013 11 Parede celular – Estrutura semi-rígida que mantém a forma característica de cada célula bacteriana. – Circunda a membrana plasmática protegendo-a de condições adversas. – As diferenças permitem agrupá-las em Gram positivas ou Gram negativas • Hans Christian Joachim Gram – 1884. Parede celular Composição química da parede celular: Gram positivas • Eubactérias Gram negativas • Aqueobactérias • Pseudopeptideoglicano • Parede composta por polissacarídeos, glicoproteínas ou proteínas • Micoplasmas (sem parede – presença de esteróis em suas membranas para conferir rigidez) 27/5/2013 12 Peptideoglicano - mureína Coloração de Gram 27/5/2013 13 Bactérias Gram positivas Bactérias Gram negativas 27/5/2013 14 Exemplos de materiais corados pelo Gram (direto) Cocobacilos – Haemophilussp. Diplococos - Neisseria sp. Bacilos retos – Pseudomonas sp. Bacilos fusiformes 27/5/2013 15 Cocos agrupados em cachos Cocos em cadeias Diplococos - pneumococos Bacilos – Bacillus cereus Bacilos curtos – Listeria sp. Bacilos ramificados – Streptomyces sp. Lactobacillus sp. 27/5/2013 16 Parede celular de Mycobacterium Parede celular rica em lipídeos (ácido micólico), que evita a penetração de diversos corantes. Paredes celulares atípicas • Arqueobactérias • Mycoplasma • Desprovidas de parede celular 27/5/2013 17 Protoplasto Membrana externa de Gram negativas • Lipopolissacarídeo (LPS) – Polissacarídeo O – Lipídeo A (endotoxina) 27/5/2013 18 Membrana externa - Porinas • Maior permeabilidade em comparação à membrana citoplasmática devido a PORINAS – Formam canais que permitem a entrada e saída de substâncias hidrofílicas de baixa massa molecular. – Impermeável às enzimas e outras moléculas grandes. Estruturas internas à parede celular 1. Membrana citoplasmática 2. Citoplasma 3. Área nuclear ou Nucleóide 4. Ribossomos 5. Inclusões 6. Esporos 27/5/2013 19 Estruturas bacterianas 1. Membrana citoplasmática – Estrutura delgada que envolve o citoplasma da célula. Composição química da membrana •Bicamada fosfolipídica: •Porções hidrofóbicas – ácidos graxos •Porções hidrofílicas – glicerol. •Proteínas. •Sem esteróis (bactérias metanotróficas e micoplasmas – exceções). 27/5/2013 20 Membranas de Archaea • Formação de uma monocamada lipídica bastante resistente a rupturas. Funções da membrana 27/5/2013 21 Membrana - transporte • Passivo – Substâncias atravessam a membrana a favor do gradiente de concentração (sem gasto de ATP) – Difusão simples, difusão facilitada, osmose • Ativo – Substâncias atravessam a membrana contra o gradiente de concentração – Transporte ativo, translocação de grupo Processos passivos – difusão simples Moléculas pequenas como o O2 e o CO2. 27/5/2013 22 Processos passivos – difusão facilitada Osmose Movimento de moléculas de solvente. Pressão osmótica – Pressão necessária para interromper o fluxo de água através da membrana (manter o equilíbrio) 27/5/2013 23 Processos ativos • Transporte ativo – A célula utiliza energia na forma de força próton motiva, de ATP, ou outro composto de alta energia, para mover as substâncias através da membrana plasmática. Processos ativos • Translocação de grupo Ocorre exclusivamente em procariotos, requer energia, suprida por compostos de fosfato de alta energia, como o ácido fosfoenolpirúvico (PEP) Ex: transporte de glicose, manose e frutose A substância é alterada quimicamente durante o transporte através da membrana 27/5/2013 24 Estruturas bacterianas 2. Citoplasma – Contém cerca de 80% de água, além de ácido nucléico, proteínas, carboidratos, lipídios , íons inorgânicos 3. Área nuclear – Contém uma única molécula longa normalmente circular de DNA de dupla fita – Cromossomo bacteriano – Plasmídeos Estruturas bacterianas 4. Ribossomos – Partículas densas, dispersas no citoplasma que servem como locais de síntese protéica – São compostos por duas subunidades, cada uma consistindo de proteína e de r-RNA - 70S (30S + 50S) – Alvo para antibióticos que atuam inibindo a síntese protéica. 27/5/2013 25 Estruturas bacterianas 5. Inclusões • Depósitos de reserva acumulados no citoplasma da célula – Grânulos metacromáticos • constituídos de polifosfato – reserva de fosfato inorgânico que pode ser usado na síntese de ATP – Grânulos polissacarídicos • compostos de glicogênio e amido Estruturas bacterianas 5. Inclusões • Grânulos de enxofre – Reserva de energia para bactérias que obtêm energia oxidando enxofre e compostoscontendo enxofre 27/5/2013 26 Estruturas bacterianas 5. Inclusões • Vacúolos de gás – Cavidades ocas encontradas em muitos procariotos aquáticos, incluindo cianobactérias • Magnetossomos – Inclusões de óxido de ferro, que atuam como ímãs Estruturas bacterianas 6. Esporos – Células metabolicamente inativas, que podem sobreviver a temperaturas extremas, falta de água e exposição a substâncias químicas tóxicas e radiação • Endósporos – esporos que se formam dentro das células. • Possuem parede celular espessa, são altamente refráteis e resistentes às mudanças do ambiente. 27/5/2013 27 27/5/2013 28 27/5/2013 29 Coloração de esporos Referências – MADIGAN, M.T.; MARTINKO, J.M.; DUNLAP, P.V.; CLARK, D.P. Microbiologia de Brock. Porto Alegre: Artmed, 12a ed., 2010. – TORTORA, G.J.; FUNKE B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. Porto Alegre: Artmed (Grupo A), 10ª ed, 2012. – TRABULSI, L.R.; ALTERTHUM, F.; GOMPERTZ, O.F.; CANDEIAS, J.A.N. Microbiologia. São Paulo: Atheneu, 5ª ed, 2008. – PELCZAR JR, M.J.; CHAN, E.C.S.; KRIEG, N.R. Microbiologia – conceitos e aplicações. Vol 1. São Paulo: Makron Books do Brasil Limitada, 2ª ed,1997.
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